Hogsmeade.

Capítulo 33 – Hogsmeade.

 

Finalmente chegou o primeiro passeio até a vila. Aqueles alunos que poderiam visitá-la estavam entusiasmados com isso. Rony era um deles, apesar de já conhecer, não parava de falar sobre isso para os amigos. Os melhores lugares para poderem ir, o que fazer.

Harry percebeu que essa notícia deixou alguém muito triste.

- O que aconteceu Gi? – perguntou o moreno quando ela se sentou ao seu lado no jantar do dia anterior ao passeio.

- Nada não. – disse ela.

- Como nada? Você está triste tem uma semana. Me conta, vai.

- Tomo mundo tá falando desse tal passeio. E eu não vou poder ir. – disse ela com a cara emburrada.

- Mas Gina, você conhece a vila. – disse Rony.

- Isso não impede de você quer ir. – respondeu a ruiva.

- Ela tem razão. – disse Hermione. – Aliás, os dois têm.

- Mione, uma coisa é conhecer a vila, outra e conhecer a vila em dias de visita dos alunos. – disse Harry. – Eu também quero saber como fica a vila nestes dias.

- Certo, mas ela não pode ir, não tem autorização. Se pegarem ela pode pegar uma detenção, ou pior ser expulsa.

- Você disse certo: Se ela for pega. – disse Harry com um brilho no olhar.

- Que ce vai aprontar? – perguntou a morena.

- Eu nada. – disse ele. – Ou melhor, ninguém vai ver nada.

- A capa. – sussurrou Gina pescando a indireta dele.

- Sim. Você a usa, mas tem que ficar perto da gente, evitando esbarrar nos outros, ou ser vista.

- Isso não vai dar certo. – disse Mione.

- Se der algo errado eu assumo a culpa. – disse o moreno.

- Antes ele que eu. - disse Rony.

O dia amanheceu branco. Os quatro tomaram café normalmente. Harry passou a capa para Gina discretamente.

A ruiva se despediu e se afastou com o intuito de vestir a capa. Assim que o fez, em um corredor vazio, voltou para perto dos amigos que estavam esperando por ela. Ela podia ver que Mione ainda não tinha gostado da idéia. Ela se aproximou de Harry e sussurrou em seu ouvido.

- Estou aqui. – e colocou uma mão nas costas dele.

- Isso mesmo, mantenha contato físico com um de nós, assim saberemos onde você está. – disse ele.

Os três ficaram esperando na fila para que o zelador conferisse as autorizações parados de tal forma que Gina ficava entre eles e ninguém conseguiria esbarrar nela.

Respiraram aliviados quando conseguiram passar pelo portão. E seguiram para o povoado.

Começaram pela Dedos de Mel. Harry se ofereceu para pagar os doces para ela é para Hermione. Depois de uma discussão elas aceitaram.

Seguiram para Penas Escribas, para que a morena comprasse uma pena. Seguindo para Zonko’s, mas não ficaram lá por muito tempo, já que era uma loja bem movimentada e alguém poderia descobri-los. 

- Vamos para o Três Vassouras. – disse Rony.

- Mas eu não vou conseguir beber nada. – disse Gina, de forma que todos perceberam que ela fez beicinho.

- Tive uma idéia. – disse Harry. – Depois que entrarmos, eu vou ao banheiro e vocês dois pedem três canecas de Cerveja Amanteigada, Gina pega uma e coloca debaixo da capa. Quando eu sair do banheiro eu vou ao balcão e peço uma caneca pra mim.

- Perfeito. – disse Gina, dando um beijo nele.

Harry estancou por um segundo, mas Rony percebeu.

- O que aconteceu Harry?

- Nada. – disse ele tomando a dianteira e seguindo para o Bar.

O plano deu certo, apesar de toda vez que Madame Rosmerta passava por eles, dava uma olhada feia.

Saíram do bar antes que ele enchesse muito e dificultasse os movimentos.

Ficaram perambulando pela vila, Gina preferia ficar em contato com Harry, ele agia mais naturalmente, até mesmo para falar com ela, evitando que ela apenas ficasse calada.

- Essa é a Casa dos Gritos. – disse Rony, quando eles se aproximavam do edifício. – É considerada a casa mais mal-assombrada de todo o Reino Unido.

- Procurando uma casa para sua família. – disse Draco com sua voz arrastada. – Fiquei sabendo que todos dividem apenas um quarto.

- Não devia acreditar em tudo o que ouve. – disse Harry. – Mas eu te garanto que eu preferiria  dividir um quarto com todos os Weasley que visitar a sua casa.

- Seu... – começou a falar Malfoy, enquanto os dois gorilas se aproximavam.

Uma bola de neve acertou a cabeça do loiro.

- O que foi isso? – disse ele, enquanto outra acertava Goyle.

- Não sabia, essa casa é mal-assombrada. – disse Harry. – Os fantasmas daqui não gostaram de você.

Outra bola de neve acertou os sonserinos. Harry sabia que isso era coisa de Gina, e resolveu ajudar, disfarçadamente ele fez com que um pedaço de madeira acertasse os três, usando magia sem varinha.

Assustados os três saíram correndo.

- O que foi isso? – perguntou Rony.

 - Fui eu, seu idiota. – disse Gina acertando o irmão na barriga.

- Eu sabia. – disse ele massageando o local acertado pela irmã.

- Acho melhor irmos embora. – disse Hermione. – Eles podem encrencar conosco no castelo,

Eles foram saindo, até que encontraram Tiago e Lilian.

- Onde vocês quatro pensam que vão? Letícia vai ficar muito decepcionada se vocês não visitarem ela.

- Quatro? – disse Mione. – Nós somos somente três.

- Deve ser meus óculos, já que estou vendo a pequena Gina escondida debaixo da capa do Harry, bem atrás dele.

- Por que você não disse que seu pai podia ver por baixo de uma capa. – disse a ruiva dando um soco nas costas do moreno.

- Eu não sabia. – disse ele se desculpando.

- Vamos logo. – disse Lilian.

Eles chegaram em casa, e Letícia pulou no pescoço do irmão como acontecia. Logo que Gina tirou a capa, ela olhou bem para ela. E depois de algum tempo deu um forte abraço nela.

- Acho que ele vai tentar dar uma de cupido. – disse Lilian entrando na cozinha para pegar um lanche para todos.

- Melhor que irmã ciumenta que quer atrapalhar tudo. – disse Tiago. – Ela vê que somos felizes e quer o mesmo para o irmão. Só espero que ela não fale demais.

- Não se preocupe, nisso ela puxou você. Pode parecer uma bela concha impenetrável quando quer.

- Você penetrou. – disse ele.

 

 Tiago tinha ensinado mais um feitiço para seus pupilos, algo que poucos aurores sabiam. Não que fosse extremamente complicados, mas muitos achavam que era muito fraco, porém se fosse bem executado poderia tirar um adversário de combate por muito tempo. Era capaz que formar uma névoa envolta do atacado que impedia seus movimentos.

Todos estavam saindo muito bem quando Tiago sente alguma coisa.

- Todos peguem os livros que estão em cima da mesa, Hermione pegue um pergaminho e copie rapidamente um parágrafo qualquer.

Eles fizeram o que foi pedido, mesmo não entendendo.

O auror incentivou uma discussão sobre o texto que a morena tinha copiado e eles começaram a pesquisar sobre isso nos livros.

Alguém bateu na porta, Lilian foi quem atendeu.

- Boa Noite, Professor Snape. Em que posso ajudar? – disse a ruiva.

- Alguns alunos foram vistos em atitude suspeita por um dos monitores. Como eles não foram vistos voltando para sua sala comunal, e já passou do horário permitido, estou a procura deles. Pelo jeito os encontrei.

- Já está na hora, desculpe, mas acho que acabamos nos esquecendo do tempo. Estamos no meio de uma pesquisa.

- Pesquisa? Sobre o que?

- Como você deve saber, Eu e Tiago estamos na escola para fazer algumas pesquisas, além de nossa função original. Alguns alunos se voluntariam para isso, podendo melhor suas notas, aumentando seu conhecimento em magia e podendo se preparar melhor para seu futuro. Uma pena que nem você, nem seus alunos reconhecem isso.

- Isso é uma bobagem. – disse o professor com cara de nojo.

- Estranho, Dumbledore discorda, assim como os outros professores, Amélia Bones, minha chefe, os dois chefes do Tiago, os alunos que participam e seus pais, até mesmo o ministro.

- Vocês que sabem. – disse ele saindo.

- Seboso idiota. – disse Lilian se aproximando dos outros.

- Ele quer ser o único a saber poções para nunca perder o cargo. – disse Tiago. – Mas ele tem razão, está tarde está na hora de vocês voltarem para a torre. Eu levo vocês para o Snape não ter nada para punir vocês.

 

A comemoração do Natal deste ano seria na Toca. Molly preparou tudo para a festa. Tinha convidado Remo, Sirius e Manú para participar. O professor acabou levando Tonks, que havia falado que seus pais estariam viajando e ficaria sozinha. E Manú levou a irmã mais nova para apresentar a todos.

Carmen era muito parecida com a irmã, mas tinha apenas 14 anos.

Os gêmeos ficaram extremamente interessados nela, mas ela não dava bola nenhuma para eles. Ela tentou a festa inteira se aproximar de Harry, ou melhor, ficar sozinha com ele. Porém, o moreno não percebeu nada, e a tratava normalmente.

- Eu estudo na Espanha mesmo. – Disse Carmen para Harry e Gina. – Mas mesmo lá ouvi falar de você.

- Ainda não entendo porquê, eu não fiz nada. – disse ele encabulado.

- Harry, pega um suco pra mim. – disse Letícia pulando no pescoço dele.

- Claro. – disse ele aceitando a desculpa para encerrar a conversa.

- Ela é sempre assim? – perguntou a espanhola para Gina.

- Não, costuma ser pior. – disse Gina morrendo de ciúmes. – Eu se fosse você tomava cuidado com seu copo. Na última festa ela colocou um negócio no copo de uma prima minha, a coitada começou a cacarejar, parou apenas três dias depois.

Gina saiu vitoriosa com a cara de medo da morena. Seguindo para a cozinha onde estão os dois irmãos.

- Devíamos avisar ao Sirius para dar um toque na Manú, sobre a Carmem. – disse Lilian ao ver a cena de longe.

- Sim, acho que assim ela não tenta nada ousado, e nem se machuca. O Harry não vai notar ela. Pelo menos não agora. – disse Tiago.

- Como você sabe? – perguntou Lilian.

- Eu só fui notar alguém, por ser diferente. Ela é muito parecida com Manú para ele reparar. Sem contar que parece que Letícia não vai perder a chance de atrapalhar.

Neste momento a menina derrubar “acidentalmente” o suco em Carmem.

- Não disse.

Tiago foi falar com Sirius, enquanto Lilian foi ajudar a limpar a sujeira. Letícia jurava que foi sem querer,

- Pessoal, está na hora do show de fogo. – disse George.

- Vamos lá para fora. – disse Fred.

Todos seguiram para fora.

Gina começou a sentir um pouco de frio, já que estava nevando e sua roupa não era tão grossa. Harry percebeu e abraçou a menina pelas costas, apoiando a cabeça no ombro dela. Ela se aproveitou e se acomodou contra o peito dele.

 Foi um magnífico espetáculo.

 

 

 

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