Sanção
-Meus parabéns, Snape.- Disse Voldemort, mais tarde naquela noite.
Estavam todos reunidos ao redor de uma grande mesa retangular, Snape sentado à direita do Lorde. Katherine fizera questão de sentar-se um pouco mais longe do que de costume, porém obteve a desculpa de que seu lugar já havia sido tomado por Bela.
- Estamos um passo mais perto de nosso propósito agora. Em breve, o Ministério será nosso, assim como todo o resto do mundo.
“Não consigo acreditar que você lançou uma maldição nela.” Brandou Morgan. Katherine ignorou-a o quanto pôde, porém a tia insistia em que discutissem.
“Ela estava no meu caminho, eu estava obedecendo ordens. Além do mais, sua filhinha está torcendo para o lado errado, esqueceu?”
“Mesmo assim ela é minha filha, Katherine. Sua prima.”
“E?” Katherine sentiu o ódio que Morgan sentia, porém não se importou. Não pretendia se importar mais com ela.
Após a reunião, Voldemort chamou Katherine para uma conversa particular. Ao contrário do usual, Morgan não tentou dominar a garota; provavelmente estava envergonhada demais com tudo o que descobrira naquele dia.
-Katherine. Suponho que saiba que não pode esconder nada de mim.
-Sim, eu sei.
-E suponho que Morgan também o saiba.
-Também o suponho.- Katherine se perguntou aonde ele pretendia chegar com aquela conversa e viu os olhos de seu Lorde brilharem.
-Eu sei sobre Elizabeth. Quando pretendia me contar, Katherine?
-Perdoe-me Lorde, porém não creio que isso seja referente à minha pe…
-CLARO QUE É REFERENTE À SUA PESSOA, sua tola. Você deve me contar TUDO, está entendendo? TUDO o que descobrir.
-Me perdoe milorde, eu não sabia…- A resposta de Voldemort veio rápida como um raio, deixando Katherine próxima de gritar com a dor que a maldição lhe causara. A garota caiu no chão, ofegante. Aquilo fora demais para Morgan.- O que você pensa que está fazendo?
-Ah, Morgan… Resolveu aparecer para a festa. Creio que um pouco tarde demais, se me permite dizer.- Ele pegou Katherine pelo pescoço, obrigando-a a levantar-se.- Já havia suspeitado anteriormente de sua fidelidade, Morgan. Porém não dizer-me que nossa filha estava bem aqui, sob meus olhos…
-Eu só o descobri hoje, Tom. Não pretendia encondê-lo de você.
-Já disse-lhe para que não me chamasse mais assim, Morgan.
-Que seja, Lorde.- Morgan lançou-lhe um olhar de puro ódio, o que pareceu dar ao Lorde alguma espécie de satisfação. Ele jogou-a contra a parede e virou-se para sentar-se.
-Saia daqui Morgan. Saia antes que eu não consiga mais me controlar.
Morgan levantou-se e saiu rapidamente. Katherine ainda sofria com a maldição que for a lançada contra si, sua raiva de Morgan e Elizabeth aumentando cada vez mais. Como não olhava por onde andava, acabou trombando com Draco, que descia as escadas. Ele não parecia muito melhor agora que sua missão havia acabado.
-Cuidado! Você não olha por onde anda?- Perguntou Katherine, irritada. Porém mudou de atitude ao ver quem era.- Ah, é você. O que foi? Você não me parece muito bem.
-Não é nada. Não foi nada. Katherine, eu gostaria de te perguntar uma coisa.
Katherine considerou por um momento todas as coisas que Draco poderia perguntar-lhe e então disse:
-Então pergunte.
-Aqui não, seria melhor em algum lugar mais privado.- Ele segurou o punho da garota e guiou-a até o porão de sua casa.- Katherine, você… Droga, como eu posso dizer isso?
-Com a boca, querido.
Draco dispensou-lhe um olhar demonstrando o que havia achado do comentário.
-Certo, então direi de uma vez. Você é a nova amante do Lorde?
-O quê? Do que você está falando garoto?
-É só que… Não pude deixar de notar que vocês passam muito tempo sozinhos… Katherine bufou, zangada.
-E de que forma isso lhe diz respeito? Amante do Lorde… Me poupe, Malfoy!
O outro observou-a irritado.-Sabia que você o faria novamente. Você é completamente maluca.
-Sabia que eu faria o que de novo?
-De que importa, não é? Você é sempre assim tão… inconstante? Você deveria ser internada!
Descontrolada, a garota acertou-o com seu punho. Draco cambaleou para trás com o golpe, tropeçou em um banco e caiu. Katherine gargalhou espalhafatosamente enquanto abaixava-se até o garoto, que apalpava o nariz com a mão. Aproximou-se de seu ouvido e disse-lhe, docemente:
-Você acha que eu deveria ser internada? Pense bem; quem está atrás da mulher do lorde? Oh, quem diria, é você! Agora… isso sim pode ser chamado insanidade.
Ela plantou um beijo na orelha do garoto, outro no pescoço e, tirando as mãos dele do caminho, beijou seus lábios. Lambeu o sangue que havia escorrido do nariz do rapaz em seus lábios.
-Até mais, Malfoy.
E subiu novamente para a sala, de onde aparatou para sua casa.
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