Capítulo oito

- capítulo oito: relacionamentos, planos para as férias e cinzas.

 

Narrado por: Dorcas Meadowes Fazendo: Planejando esmagar traidoras com salto agulha 15 cm Ouvindo: O próprio cérebro trabalhar

 

Então a dica daquele loser valeu de alguma coisa. Maravilha! Simplesmente não sei como não pensei em ter acesso às câmeras de segurança da outra escola antes. Bom, na verdade sei: ele é um loser, o trabalho dele é pensar para mim!

- Sinto muito, não posso fazer isso – disse o diretor da escola. Porque para fazer as coisas direito, você tem que chegar direto à fonte principal.

Ou alguma coisa desse tipo.

- Escuta, eu estou falando sério – disse, enquanto ameaçava ele com o meu canivete. Brincadeirinha. – Uma garota da minha escola se passou por mim para me tirar da torcida. É só ver no vídeo, porque razão eu te pediria isso se tivesse algo a perder?

Ele me olhou desconfiado enquanto eu piscava meus olhos de maneira inocente. Não estava acreditando que suas líderes de torcida – nossas principais rivais no campeonato – poderiam ter comprado a coreografia. Pensando bem, é muito suspeito eu ter vindo aqui denunciar isso.

Droga, porque não abordei a situação de outro modo?

- Eu sei que somos rivais – adiantei antes que ele pudesse abrir a boca e me expulsar de lá – E sei que parece muito suspeito eu vir aqui. Mas, veja: se ficar provado fora daqui que sua torcida está usando uma coreografia comprada, vocês ficarão em uma situação péssima. Eu só quero voltar para a minha própria torcida. Deixar as coisas de volta nos trilhos. Entende?

Ele balançou a cabeça como se realmente não estivesse acreditando em nada do que eu estava falando. E agora, produção?

- O que a senhorita está dizendo é muito grave – falou, se levantando – Nenhuma das minhas meninas compraria uma coreografia. Somos muito rigorosos quanto a isso nesta escola.

- Se for mentira minha, então não haverá nada nas filmagens – falei.

Oh meu Deus, por favor, que ele abra essas imagens! Daí eu vou correndo mostrar para a Cloe quem é a verdadeira falsa da equipe!

Antes que eu pudesse pensar que a situação estava perdida, ele deu de ombros e sorriu de leve, abrindo um grande armário onde se lia “Vídeos de Segurança”.

Isso!

[...]

- Vocês têm alguma noção do quanto isso é sério? – disse Cloe, completamente furiosa.

O time todo da torcida estava na sala dela, e eu podia ver pelo menos cinco meninas com lágrimas nos olhos. Na verdade, eu mesma estava me sentindo um pouco amedrontada. Mesmo sendo a maior vítima da história.

Cloe olhou diretamente pra Lauren. E outras duas amigas dela, tão insignificantes que eu nem me lembro o nome. Deve ser alguma coisa com S. Ou R. Elas tinham sido vistas no vídeo, claramente vistas negociando o DVD da coreografia com outras três meninas do outro time. Como eu sabia que seria, já que, mais do que nunca, sabia que não tinha traído ninguém.

Muito menos o meu time.

As outras meninas da torcida não sabiam realmente o que estava acontecendo. Sabiam do escândalo da venda, mas não que Lauren era a responsável por isso. Como elas puderam nem ao menos desconfiar?

- Nunca, em todos os meus anos como educadora, eu vi uma prova tão grande de desonestidade! – disse – No que vocês estavam pensando? Eu acreditava que estava treinando meninas educadas e esclarecidas! Mas não, estou dentro de uma jaula de leoas, prontas a devorarem uma as outras? O que é isso?

Cruzei os braços e olhei para as meninas. Tinha sido a maior alegria da minha vida entregar esse DVD pra Cloe, dizendo: “Aqui está. Isso prova que eu não tive nada a ver com a venda da nossa coreografia”.

Treinei a frase dez vezes no espelho do banheiro antes de ir na sala dos professor procurando a Cloe. Talvez eu devesse ter posto um pouco mais de ênfase na frase.

Droga.

- Eu não preciso dizer que espero que isso nunca mais aconteça, certo? – ela se inclinou um pouco mais, olhando profundamente para Lauren. Espera, essa não é a hora onde ela deve ser expulsa da torcida? – Todas vocês devem sinceras desculpas à Dorcas, que volta hoje a sua posição, de onde nunca deveria ter saído...

Ai, eu sei!

- E quanto à vocês... – olhou pra Lauren e Cia – Ainda vamos ter nossa conversinha.

Ela dispensou o time, me dando um aperto no ombro. Droga, eu queria ouvir em primeira mão ela dando carão nas garotas. Porque tenho que ser privada de toda alegria do mundo?

As meninas que saíram da sala comigo se desculparam. Algumas me abraçaram – as mais legais – e riram da cara da Lauren – as mais legais ainda. Outras pediram desculpas – sentindo uma merecida vergonha. Mas o que realmente importa é que eu estou de volta. Melhor do que nunca!

Já estava tarde e eu não esperava realmente que tivesse alguém na escola. O que é realmente uma pena, porque eu adoraria que todos estivessem aqui para ver a cara da Lauren saindo da sala em fúria e com a maquiagem escorrendo.

Oh, eu ima amar.

- Dorcas! – alguém me gritou.

Lene estava saindo do laboratório de ciências. Que diabos ela estava fazendo ali dentro? Correu pra perto de mim, meio ofegante. Porque ela parecia tão surpresa em me ver?

- O que você está fazendo aqui uma hora dessas? – perguntou, me puxando para o banheiro feminino.

- Posso te fazer a mesma pergunta! Aquele ali não era o laboratório de ciências?

Lene riu e disse que estava estudando pra não bombar em biologia. O que era uma explicação plausível. Quer dizer, todo mundo bomba em biologia, é uma matéria diretamente vinda do inferno.

Além do mais, quem me preocupa realmente é a Lily.

Mas esse é assunto pra mais tarde.

- Bom, eu estava na reunião da torcida! – sorri enquanto ela me olhava com cara de “ahn?” – Sim, eu voltei pra torcida!!

Ouvi Lene suspirar impaciente, tipo: “Oh, porque você ainda se importa com isso?”. Mas eu me importo. Me importo muito, muito mesmo. Aquela torcida é minha vida!

- Estou preocupada com a Lily – falei enquanto saíamos do banheiro. Já estava tarde e Petra ia me matar no segundo em que eu colocasse os pés em casa.

- Ué, porque? – disse Lene, olhando para trás. – Ela nunca esteve tão bem, na minha opinião.

Um loser passou pela gente, esbarrou de leve na Marlene e pediu desculpas. Sinceramente, não sei o que deu nesses losers de hoje em dia. Na minha época, eles tomavam tombos pra não sequer respirar perto da gente. O que está acontecendo com a ordem do mundo?

Oh, já sei. Lily Evans está mudando toda ela.

 

Narrado por: Marlene McKinnon Fazendo: Apertando incessantemente a campainha da casa da Lily Ouvindo: O barulho estridente que ela faz

 

Odeio quando Lily demora tanto pra atender a porta. Sinceramente, acho que já passou da hora dela me dar uma chave da casa. Quer dizer, eu passo mais tempo aí do que na minha própria, se você parar para pensar.

- FINALMEN...! – comecei a berrar, pronta para me atirar no colo da Lily como estava acostumada a fazer sempre que ela abria a porta.

Mas não era a Lily que estava me dando as boas-vindas. Na verdade, era James Potter. Abrindo a porta com aquela cara de quem comeu o canarinho, ou qualquer que seja o ditado. Mas, nesse caso, eu poderia apostar que ele andou comendo outra coisa.

- Opa... Oi! – ele disse. Acho que ainda estou olhando de boca aberta pra cara dele.

O que me lembra do motivo que me levou a sair de casa em desespero nessa noite. Um motivo muito parecido com o cara que me olhava agora, meio que perguntando que diabos eu estava fazendo na casa da namorada dele, atrapalhando a rapidinha noturna.

Namorada!!!

Rapidinha!!!!

Mas o fato é que eu ainda estava desesperada, rapidinhas a parte. Dorcas quase me flagrou saindo do laboratório hoje COM sirius_htinho100sual. O problema é: porque eu estava lá dentro com ele? Não consigo entender. Bom, na verdade consigo. Mas não quero. Entende a diferença?

E eu não podia dizer nada para a Dorcas, porque... Veja bem, as coisas já estão sendo complicadas demais com a Lily. Todo mundo na escola comenta sobre ela e o James. Todo mundo mesmo. O Matt está furioso. E eles nunca tiveram nada em público, só as conversas. E os olhares ridiculamente apaixonados que Lily manda pro menino. Era de se esperar que ela pudesse ser um pouco mais discreta e controlada.

Não posso simplesmente virar pro mundo e dizer: “olá, todo mundo. Resolvi pegar meu próprio nerd pra me divertir. Sabe como é, tá na moda”. Não posso fazer uma coisa dessas. Dorcas me mataria!

Pensando bem, eu mesma me mataria.

- A Lily está? – perguntei estupidamente. Mas vai que ele esquartejou e escondeu os restos mortais na caixa d’água?

Nunca se sabe.

- É, ela está no banho – Ótimo, isso elimina a possibilidade dela estar morta e... O que ela está fazendo no banho enquanto esse cara está aqui atendendo a porta? – Pode entrar.

Como estava tudo normal e sem nenhum sinal de sangue pela casa, eliminei a ideia de que ele podia de algum modo ter utilizado o corpo dela em alguma experiência nerd.

O que não elimina a hipótese da rapidinha. Não acredito que Lily estava fazendo isso! Com esse cara! Feio!

Oh, wait. Não tenho moral pra dizer isso. Quero dizer, eu estava me agarrando num laboratório escuro e úmido com um cara igualmente feio e esquisito.

Vou me matar.

- Bom... – falou sem graça. E é bom ele ficar muito sem graça mesmo. Quem pensa que é para vir aqui e ir logo marcando território? – Vou pra casa, está tarde. Eu já estava indo embora mesmo... – ele corou. Bem feito, aposto como não esperava ser pego assim no pulo. – Diz pra Lily que eu ligo mais tarde?

Ele sorriu e saiu, enquanto eu fechava a porta discretamente (com um pontapé) e subia graciosamente (pulando três degraus por vês) as escadas para falar com a minha melhor amiga.

- Sua descarada! – saudei.

- Lene? – ela respondeu do banheiro. A porta fechada abafou a voz dela – O que você está fazendo aqui?

- Oh, estou muito bem também, obrigada por perguntar. – reclamei. Tenho todo o direito de me sentir abandonada.

- Você parece minha mãe! – ela riu, fechando o chuveiro.

Remexi nas coisas dela enquanto ela se trocava, pronta para achar alguma prova da honra comprometida da minha melhor amiga. Mas não achei nada. Como será que eles conseguiram encobrir assim tão bem e rápido os vestígios da maldade que se passou aqui?

Tenho que aprender.

Deleta essa frase.

- O que você está fazendo? – Lily perguntou enquanto eu olhava embaixo da cama.

Oh, droga, fui pega. É melhor dar adeus a carreira de investigadora.

- Poderia te fazer a mesma pergunta – me joguei na cama – O que James estava fazendo na sua casa a essa hora? Enquanto você estava no banho?

Ela riu.

- Estávamos fazendo torta – disse, como se fosse a explicação mais lógica do mundo. – Eu estava fazendo a cobertura, mas a panela explodiu em mim e eu fiquei meio suja. Então tive que tomar banho.

Eu podia sentir a malícia em cada frase, como se eles tivessem se agarrado, rolando no chão em meio a toda aquela calda de chocolate. Mas não vou dizer nada. Até mesmo porque é meio indigesto imaginar isso com aquele garoto magricela e espinhento que acabou de sair daqui.

- Lily... – comecei.

- Ah, nem vem - ela se jogou na cama com a delicadeza de um mamute – Eu não aguento mais. Docas me ligou mais cedo e ficou meia hora, MEIA HORA, dizendo coisas estúpidas sobre ser insano eu ficar com James – arregalei os olhos. Isso é tão típico dela – E daí se eu gosto dele? Eu gosto! Ele é deferente dos garotos idiotas que andam com a gente... e você devia saber disso, já que ficou de agarramento com o Sirius!

Pisquei os olhos.

- Já acabou com o seu discurso? – perguntei. Ela disse que sim com a cabeça. – Ótimo, porque eu não ia falar nada disso.

- Não? – ela piscou os olhos. Que conversa mais estranha!

- Não! – disse – Ok, ele é estranho. Mas esse não é o maior problema do mundo. Pensando bem, vocês combinam... Quero dizer, VOCÊ é estranha!

Ela gargalhou e começou um monólogo incrivelmente longo sobre as qualidades aparentemente infinitas de James Potter. E eu ouvi, como a boa melhor amiga que sou, ignorando o problema desesperador que tinha me feito ir até ali.

Pensando bem, a melhor coisa que eu tenho a fazer é ignorar o assunto Sirius Black.

 

Narrado por: James Potter Fazendo: Voltando do dentista Ouvindo: O som dos meus passos

 

Boas notícias, parece que vou tirar o aparelho em breve! Nem posso acreditar nisso. Depois de quase cinco anos de aparelho, vou finalmente me ver livre dessa coisa. Lily é que vai adorar a novidade. Eu acho que o ferrinho do aparelho cortou a boca dela essa tarde. Deve ter doído, mesmo que ela tenha dito que não foi nada.

Porque essas coisas sempre acontecem comigo?

Bom, pelo menos dessa vez, eu não posso reclamar da vida. As coisas não poderiam estar melhores.

- Vejo você daqui há duas semanas, James – disse minha dentista. Eu costumava ter uma queda por ela, antes de Lily Evans fisgar completamente o meu coração. – Aí então vamos nos livrar desse aparelho. – ela riu – Está tarde... Não acha melhor chamar um taxi?

- Não, pode deixar – exclamei feliz – Vou a pé, estou acostumado com esse caminho. Até logo!

Ela sorriu e acenou. Nunca tinha me atrasado para o dentista antes, mas também nunca tinha tido um motivo tão bom para fazer isso. Lily queria cozinhar a tarde toda. O que resultou num completo desastre, como sempre acontece quando ela cozinha. Mas tudo bem, quando nos casarmos eu vou virar o chefe de cozinha oficial da casa.

A menos que sempre resulte em brincadeiras divertidas com a calda de chocolate como hoje. Mal posso me lembrar disso sem que minha respiração resolva me abandonar por alguns segundos.

- Ei, você ai! – alguém gritou atrás de mim.

As coisas eram realmente diferentes por aqui quando anoitecia. Parecia tudo muito... quieto. Mas eu estava tão absorto nos meus pensamentos que não percebi se aproximarem de mim. Não percebi os três caras de capuz preto que agora me olhavam de maneira tão ameaçadora.

Oh, droga, vão me assaltar! Roubem tudo, só não tirem meus óculos! Como vou voltar pra casa sem eles?

- O-oi? – gaguejei. Seja homem, James!

OH, MAMÃE! Porque eu não aceitei o taxi e fui tranquilamente para casa? Em que diabos eu estava pensando.

Lily. É. Certo.

- Temos um recado para você – o maior se aproximou. Eu conhecia a voz daquele cara de algum lugar.

Mas não dava para pensar nisso agora. Não quando os amigos dele se colocavam um em cada lado meu, como se estivessem prontos para me segurar e me espremer até minhas tripas saírem pelo meu nariz.

O que seria terrivelmente doloroso.

- Pra mim? – repeti de maneira idiota, começando a ter medo. O que três caras querem comigo num beco escuro?

Nada bom.

- Fique longe de Lily Evans – ele disse. Eu pisquei.

E então tudo aquilo fez sentido. É claro que fazia sentindo. Por detrás daquelas máscaras, eu podia apostar a minha vida, estavam alguns dos populares idiotas que andavam dizendo coisas estúpidas sobre a Lily e esbarrando em mim no corredor quando ela estava longe. Agora eles resolveram me seguir, me ameaçar e tentar me manter longe dela.

É quase tão clichê que me faz querer vomitar.

- Escuta aqui – falei, me enchendo todo de coragem e ignorando os brutamontes que estralavam seus dedos perigosamente na minha direção – Quem é que você pensa que é para me dizer o que fazer ou não?

Ele riu malignamente. É uma pena que no ensino médio as pessoas parecem levar mais em conta o tamanho do seu braço do que a potência do seu cérebro. Caso contrário, eu não estaria nessa situação. Lily era a única pessoa que eu conhecia que não se importava se eu tinha uma, duas ou trezentas espinhas na cara. Porque ela gostava de mim, de um jeito que nem mesmo eu conseguia explicar a razão. Porque então eu deveria me afastar dela?

- Porque você é um loser – ele disse – E você tem que eu fazer o que eu mandar se quiser sobreviver.

E a próxima coisa que eu tive consciência foi do punho dele diretamente no meu nariz enquanto seus amigos me seguravam pelos braços.

 

Narrado por: Lily Evans Fazendo: Atravessando a rua com cuidado, quase fugindo de casa Ouvindo: Corujas, o que indica o quão tarde está

 

Minha mãe vai me matar se descobrir que estou fora de casa a essa hora. Oh, ela vai me matar muito bem matadinho. Depois vai me ressuscitar só para ter o prazer de me matar de um jeito diferente.

E então vai fazer isso de novo e de novo até que eu me torne maior de idade.

Mas, veja bem, eu precisava falar com James. De verdade. Ele não atendeu nenhuma das minhas três mil ligações. Nem as minhas vinte milhões de chamadas de atenção no msn. E, como Marlene jura que não disse nada ofensivo pra ele... Bom, a minha única resposta é que ele se aborreceu com alguma coisa que eu fiz.

Será que foi a história do aparelho? Eu juro que nem doeu!

- Lily! – a mãe dele piscou surpresa quando abriu a porta.

Eu nunca bateria na casa dos outros nessa hora se não fosse uma situação de emergência. Nem se as luzes estivessem apagadas. Mas como estavam todas acessas, imaginei que não havia nenhum problema com a etiqueta se eu tocasse a campainha.

Até parece.

- Oi, Sra. Potter – sorri. Ela já havia se acostumado com a nova amiga do James. E, sinceramente, ela é minha fã.

1º passo: conquistar a sogra. Feito.

- Posso ajudar? – Ela perguntou, sorrindo de leve. Tinha um frasco de algodão na mão dela. Será que atrapalhei enquanto ela fazia as unhas?

- Hm, James está por ai, acordado ainda? – perguntei, tentando espiar dentro da casa. A mochila dele estava largada no sofá – É que eu queria falar com ele, mas ele não está me atendendo.

Ela piscou os olhos, como se estivesse surpresa. Achei que a parte de ficar assim porque uma garota estava atrás do filho dela já tivesse passado. Será que eu fiz alguma coisa errada para, de repente, não ser mais a favorita dela?

- Sim, James está acordado – ela sorriu de novo. – Ele disse que não queria ver ninguém, mas... Acho que vai gostar de ver você. Suba, querida.

Muito mais aliviada, pedi licença e desculpas pelo horário. Mas ela ainda nem estava de pijamas, então isso me aliviou um pouco. Ficaria mortificada se tivesse interrompido alguma coisa. Tipo o sono.

Ninguém que interrompe o sono de outra pessoa merece escapar com vida.

A luz estava acesa no quarto do James. Tínhamos estado ali jogando vídeo game um dia desses, então eu conhecia o caminho perfeitamente. Bati na porta e ele disse “entre” com uma voz meio abafada. Será que o dentista pegou pesado com ele hoje?

- Jay! Porque você não me atend...

Mas quando ele olhou nos meus olhos, completamente surpreso por me ver ali, eu senti como se minha alma estivesse dizendo até logo para o resto do meu corpo, e a única coisa que fui capaz de pensar e dizer foi:

- James, o que fizeram com você?

 

**

 

n/a: Maldade o que fizeram com o James! Como será que ele ficou? E, mais importante: como será que ele vai reagir agora com a Lily? Mistérios! Dorcas finalmente recuperou a torcida, aleluia! Será que ela vai dar algum prêmio pro Remus?  E a Lene, quem diria, se agarrando com o htinho100sual outra vez. Nossa! Bom, esse foi o capítulo 8, o tão demorado capítulo 8. Muito obrigada quem esperou até aqui. São duas horas da manhã e eu estou acabada! Mas valeu a pena! E para vocês? Um beijo, Deb.
P.S.: O twitte da fic parou no @RemusMoonyLup. Se não conseguir entrar, tente os outros usernames! 

n/b: tô pasma até agora gente, comassim bateram no James? D: tadinho! E aí pessoal, o que acharam desse capítulo novo? Estou ansiosa pra saber como vai continuar essa história! E vocês? <3

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