- O Mundo Sem Esperanças
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Atualizado em: 15 de dezembro de 2008
Capitulo I: O Mundo Sem Esperanças
( Roger von Oech )
Ele não desejava isso para ninguém.
Voldemort sempre ele. Ele lhe tirara os pais e alguns amigos. Pessoas inocentes. E como se isso não bastasse, acabou com o ultimo laço de sangue que ele tinha. Sirius Black. Essa era a razão pela noite passada em claro, sentado no parapeito da janela, olhando vagamente para um dos aros do campo de quadribol. O seu padrinho fora um ótimo batedor, e eles não compartilharam nem uma partida nesses dois anos. E para completar, nos últimos três dias, o profeta diário e o ministério resolveram pedir desculpas a ele e a Dumbledore. Depois de um ano infernal com todos o apontando e chamando de mentiroso, não deu nem tempo de pensar em desculpar, já que lançaram mais uma moda, sendo agora chamado de O Eleito, tudo isso por causa de um nome. Por causa do seu nome. Ah, se Sirius estivesse ali com ele, para compartilhar sua angustia.
Flashback:
Harry viu Sirius desviar do jato de luz vermelha de Bellatrix: ele estava rindo dela.
- Vamos lá! Você pode fazer melhor que isso! - gritou, sua voz ecoava na sala cavernosa.
O segundo jato de luz o acertou diretamente no peito. O riso não saiu completamente de seu rosto, mas seus olhos se arregalaram em choque.
Harry soltou Neville, que estava incapaz de fazer algo. Estava pulando os degraus novamente, pegando sua varinha enquanto Dumbledore também virou em direção do balcão.
Pareceu pegar Sirius numa geração avançada: seu corpo, curvado em um gracioso arco, enquanto afundava para trás no áspero véu, suspenso pelo arco.
Harry viu no olhar uma mistura de medo e surpresa em seu padrinho, gasto, uma vez bonito, enquanto caía através da velha entrada e desaparecia por trás do véu, que se sacudia agitado, apesar do vento forte, depois caiu de volta no lugar.
Harry escutou um grito triunfante de Bellatrix Lestrange, mas sabia que isso não significava nada - Sirius só tinha caído através da passagem arcada e ele reapareceria do outro lado em qualquer minuto...
Mas Sirius não apareceu.
- SIRIUS! - Harry gritou. - SIRIUS!
Ele se estendeu no chão, sua respiração veio em cauterizadas arfadas. Sirius tinha que estar logo atrás da cortina, ele, Harry poderia puxá-lo de volta...
Mas enquanto se alcançava o chão e corria a toda velocidade até o balcão Lupin agarrou Harry pelo peito, puxando-o de volta.
- Não há nada que você possa fazer Harry...
- Pegue-o! Salve-o, ele está simplesmente lá dentro!
-... É muito tarde Harry.
- Nós ainda podemos alcançá-lo... - Harry se debateu dura e cruelmente, mas Lupin não o deixaria ir...
- Não ha nada que você possa fazer Harry... Nada... Ele se foi.
- Ele não se foi! - gritou Harry.
Ele não acreditava; não podia acreditar; ainda lutava com Lupin com todas as forças que tinha. Lupin não entendia; as pessoas estavam escondidas atrás da cortina; Harry as tinha escutado sussurrar na primeira vez que entrou na sala. Sirius estava escondido, só isso...
- SIRIUS! - ele exclamou. - SIRIUS!
- Ele não pode voltar Harry - disse Lupin, sua voz falhando enquanto tentava conter Harry. - Ele não pode voltar porque ele está m...
- ELE NÃO ESTÁ MORTO! - rugiu Harry. - SIRIUS!
Havia movimento à volta deles, flashes de mais feitiços. Para Harry não passavam de barulho sem sentido, as maldições desviadas voando à sua frente não importavam, nada importava, exceto que Lupin devia parar de fingir que Sirius – que estava a alguns metros dele, atrás da cortina - não ia aparecer a qualquer momento, chacoalhando seus cabelos negros e louco para voltar à batalha.
Lupin arrastou Harry para longe do tablado. Harry, ainda olhando para a passagem em arco, estava brabo com Sirius por tê-lo deixado esperando...
Mas parte dele percebia, embora lutasse para se libertar de Lupin, que Sirius nunca o tinha deixado esperando antes...
Sirius arriscaria tudo, sempre, para ver Harry, para ajudá-lo... Se Sirius não estava aparecendo sob a passagem, mesmo com Harry gritando por ele como se sua vida dependesse disso, a única explicação possível era a de que ele não ia voltar... Era que ele estava realmente...
Fim do Flashback
Era realmente uma lástima o que aconteceu ao seu padrinho. Mais uma morte. E a culpa fora completamente dele. Se ele não tivesse acreditado naquela visão de Voldemort, Sirius ainda estaria vivo e eles ainda poderiam jogar quadribol em uma tarde de domingo. Mas pensando por outro lado, ele não era o único culpado por isso ter acontecido. Dumbledore. Dumbledore, sempre querendo protegê-lo. Se ele tivesse contado sobre a profecia antes, nada disso estaria acontecendo. Sirius estaria vivo, e no momento era isso que importava.
- Se eu contasse para a Hermione que a Trelawney não era uma charlatã, como todos pensavam que fosse, ela provavelmente me internaria na Seção de Danos Permanentes do St’Mungus... – Murmurei vagando os olhos pelo dormitório enquanto deixava as lembranças de três dias atrás me assombrarem.
Flashback
Ergueu-se da penseira uma figura envolta de xales, os olhos enormes por trás dos óculos que girou lentamente, os pés dentro da bacia. Mas quando Sibila Trelawney falou, não foi com sua voz normal, etéria e mística, mas no tom áspero e rouco que Harry a ouvira uma vez.
“Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês... e o Lorde das Trevas o marcará como seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece... e um dos dois deverá morrer na mão do outro, pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver... aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar...”.
- Prof. Dumbledore? – disse Harry baixinho, porque o diretor, ainda contemplando a penseira, parecia completamente absorto em pensamentos. -... Isso... Isso significa... Que significa isso?
- Significa que a pessoa que tem a única chance de vencer o Lord Voldemort para sempre nasceu no fim de julho, há quase dezessete anos. Este menino nasceria de pais que já haviam desafiado Voldemort três vezes.
Harry sentiu como se alguma coisa se fechasse sobre ele. Sua respiração parecia penosa.
- Mas Professor, na profecia diz que eu teria o poder que o Lorde das Trevas desconhece, mas eu não tenho – protestou Harry com a voz estrangulada. – Não tenho nenhum poder que o lorde não tenha, eu não poderia lutar como ele lutou esta noite, não sou capaz de possuir pessoas nem... Nem matá-las...
- Você contem a força mais maravilhosa do que a morte, do que a inteligência humana, do que as forças da natureza. É o poder do amor que você possui em grande quantidade e q Voldemort não possui. E é o seu coração que te salvará dele. E quanto a esse poder, sinto Harry... - Ele me interrompeu antes de perguntar. - Mais essa explicação você só entenderá quando descobrir realmente o poder do amor.
- Então – disse Harry, retirando do peito as palavras do que lhe parecia um poço de profundo desespero – então isso significa que... Que um de nós terá que matar o outro... No fim?
- Sim.
Fim do Flashback
- Harry?
- Oi. - Ele estava de costas para mim e não se deu ao trabalho de se virar ou ser gentil.
- Estamos preocupados com você. Quase não comeu esses dias.
- Preocupados é? Enquanto Voldemort mata pessoas fora desse castelo, vocês estão preocupados com o que eu como? – Ouvi Harry dizer em um tom bastante seco por cima do ombro.
Tive que recorrer a toda a calma possível, pois do contrário, eu o penduraria pela janela até fazê-lo entender que a culpa de tudo não era dele.
- Você não deve se culpar pelo o que aconteceu com ele Harry. Ele, eu e todos os outros fomos lá sabendo o que poderia acontecer, e ninguém se acovardou. Você acha que Sirius gostaria de te ver assim? - Senti um estremecimento por parte de Harry e pensei na hora ihh ferrou mas continuei firme, obstinada a conseguir que ele me escutasse e mudasse de atitude. - Você acha realmente que ele morreu para te encontrar logo? Se você quer morrer Potter, que não seja de fome, como acabará acontecendo se você continuar assim.
Diabos. Ninguém o deixava em paz. Há três dias era a mesma coisa. Rony e Hermione tentavam convencê-lo a comer algo e ele sempre rechaçava os convites - que mais pareciam ordens – dizendo que estava cansado.
Ele já vinha se prevenindo que à hora em que eles apareciam estava chegando e, tentou se manter o mais calmo possível exteriormente, enquanto pensava nas possíveis maneiras de descarregar sua raiva na primeira pessoa que o estorvasse.
Ele não contava que seria um Anjo quem receberia toda a carga.
Tinha sentido a presença de alguém antes mesmo de a porta ser aberta, e tentou não se assustar devido à descoberta do novo poder, que segundo Dumbledore, havia herdado de Voldemort.
Encontrava-me parado de costas para a porta e não me dei o trabalho de virar quando escutei um suspiro cansado, que soaria terrivelmente sensual em outras circunstancias.
Mesmo depois de a garota ter começado o monologo terrivelmente parecido com o que Hermione sempre dizia, não consegui reconhecer a voz da menina. Porém o fato de estar me falando com bastante liberdade, e o tom falsamente gentil que ela estava empregando quase me fez repensar na possibilidade de ignorá-la e me virar para – finalmente – descobrir quem era a dona da voz baixa e rouca, que sem duvida enlouqueceria qualquer garoto com sangue correndo nas veias.
Quando percebi o rumo que meus - nada castos - pensamentos estavam tomando, resolvi voltar a prestar atenção a misteriosa garota.
Espera um pouco. Ela acabava de repreendê-lo ou era só impressão?
Por Merlin! Aquela garota era digna de ser apresentada a mãe - se eu tivesse uma ao menos - somente por agir diferente de Hermione.
Enquanto Hermione sempre me trata como um bebê e parece ter medo quando eu perco a paciência, essa garota me enfrenta.
Hermione quase nunca me apóia e - às vezes - se nega a entender o que eu estou sentindo, além do mais não bate de frente comigo.
- Você não entende não é? - Soltei com fúria mal contida. - ELE matou meus pais. ELE matou o meu único parente vivo e continuará matando todos até chegar a mim. Eu não posso ficar parado esperando isso acontecer. Voldemort me possuiu a três dias atrás e até hoje eu não me sinto limpo. Quando Voldemort estava dentro de mim, eu vivi os piores momentos da minha vida. Eu vi meus pais serem mortos. Mas você não entende não é? Ninguém entende. Afinal de contas, vocês não foram possuídos por Voldemort não é mesmo?
Terminei com uma risada sarcástica e finalmente me virei para ver quem estava me importunando hoje.
A tormenta se instalou. Violentamente.
Tudo porque a garota do suspiro sensual. Da voz rouca. A garota que eu acreditava ser capaz de me enfrentar e eu já a via como igual era Gina. Gina Weasley. Que até pouco tempo nem sequer me dirigia à palavra sem corar feito uma louca.
Merda! Gina estava com os olhos nublados e se segurava na cama de dossel de um dos garotos. Obviamente eu a fiz lembrar-se da terrível aventura na Câmera Secreta. Diabos.
Vi Gina se recompor rapidamente e me fuzilar com o olhar antes de vir caminhando em minha direção com o dedo em riste apontando diretamente para o meu tórax enquanto ia baixo e deliberadamente calmo me responder às odiosas acusações, a qual eu tinha feito, mesmo que sem querer.
- Olha aqui Potter, eu já te disse uma vez e vou repetir. Eu sei pelo o que você está passando. E eu era bem mais nova do que você é hoje. Eu não perdi nenhum ente querido ou meu ultimo laço de sangue, mas não se esqueça que eu sei o que Voldemort pode fazer com uma pessoa. Não. Se. Esqueça. Disso.
E eu achava que ela ia se colocar a chorar.
Obviamente ela ter me enfrentado me fez muito mais feliz, do que ela ter se rendido as lagrimas.
Demônios. Nem sequer sabia nada sobre Gina e já a via como igual. No fundo mesmo, alguma coisa já me alertava que mesmo que me estressasse nunca conseguiria me descontrolar mesmo com a garota.
Vi quando ela se virou para sair a chamei. Embora tivesse certeza que muito provavelmente ela não se voltaria, a chamei pela segunda vez.
É. Depois de tudo, eu teria que ter me lembrado que, diferente dos Potter, que na maioria dos casos são calculistas; os Weasley sempre agem por impulso.
Merda! Ia ter que ir atrás da garota e se desculpar. Afinal de contas ela era a irmã do seu melhor amigo e o tinha ajudado na batalha no ministério certo?
Desci correndo as escadas que ligavam o dormitório masculino do 5° ano com o Salão Comunal e dei graças a Merlin pelo fato dos Grifinórios não serem como os Corvinais e abdicarem do café da manhã para ficar no Salão Comunal da casa estudando.
É. Isso definitivamente contava uns pontos a meu favor.
Apesar da diferença entre os Potter e os Weasley na hora de agir, o orgulho das duas famílias era igualmente grande, e se desculpar na frente de muitas pessoas seria uma humilhação para mim.
- Gina. – Me ajoelhei na frente da poltrona em que ela estava sentada com as mãos sobre o colo, aparentemente muito abalada por ter lembrado do seu primeiro ano. – Desculpa. Mesmo. – Percebi que minha voz saiu meio estrangulada, mas não era para menos. A meses não pedia desculpas de verdade a ninguém e estava se voltando incrivelmente doloroso o fazer agora. - Acontece que Voldemort está matando cada vez mais pessoas, e essas são pessoas próximas a mim. Que morreram para me proteger. Isso significa que ele não vai sossegar enquanto não conseguir chegar a mim. Eu sou o culpado por tudo isso.
Ta certo que isso soou muito melodramático. Mas, puxa, depois que eu comecei eu não consegui mais parar. Parece que com a Gina eu sempre vou acabar falando demais.
Pude sentir que a tensão ia pouco a pouco se desvanecendo dos ombros dela e realmente me assustei quando a sentir pegar minhas mãos e as segurar em cima de suas coxas.
- Harry, vamos esquecer isso está bem? – Aquilo foi formulado como uma petição e dito como uma ordem. Não cabia duvidas que Gina exigia que o assunto não saísse dali. – Você não é o culpado por isso que vem acontecendo. Se existe um culpado ele é Voldemort e ponto final. – Eu nunca havia percebido que Gina não temia falar o nome de Voldemort como Rony, ou o falava devagar demais como Hermione, mas agora, definitivamente, eu me comprazia. Conhecer mais sobre Gina estava sendo ótimo, embora não entendesse o porque.
Depois de refletir por um instante, dei um apertão em suas mãos e concordei com a cabeça.
Levantei e puxei Gina pela mão. Dispunha-me a dizer que estava voltando para o dormitório quando ela perguntou se eu não iria tomar café com ela.
Eu não estava com a mínima vontade de comer algo, mas somente o fato de poder ficar próximo a Gina, por menor que fosse o tempo, agora já era importante.
Torci o gesto em uma careta, enquanto concordava com a cabeça e tentava entender aquela súbita necessidade de ficar próximo a Gina.
Peguei a mão de Gina como se fosse absolutamente normal aquele gesto e ignorei o olhar indeciso que ela me lançou.
Oras, eu tinha coisas mais importantes para fazer.
Caminhamos em silencio pelos corredores vazios de Hogwarts. Quando eu digo a Hermione e ao Rony que os alunos de Hogwarts nunca. Nunca perdem uma refeição e é por isso que o índice de garotas com umas gordurinhas a mais está aumentando, eles me mandam calar a boca e sempre retrucam dizendo que só eu acordo as seis para malhar na sala precisa.
Aproveitei que Gina aparentemente estava distraída e me coloquei a observá-la.
A verdade era que eu nunca tinha reparado em como ela poderia chegar a ser bonita daqui alguns anos.
Os cabelos ruivos, sempre presos em um rabo-de-cavalo, acentuavam a pela alva. Tinha umas poucas sardas no nariz e iam se dissipando pelas maças do rosto. Maças essas que estavam cobertas de rubor.
Seguindo o olhar dela, percebi que algumas sextanistas da corvinal , apontavam e davam aquelas risadinhas irritantes, que toda garota dá quando vê algum novo casal.
Não que eu e Gina fossemos um casal no sentido passional. Eu sabia disso. Ela sabia disso. Mas as tais garotas pareciam não entender um fato tão obvio.
Nunca. Nunca, Harry Potter praticaria incesto. Afinal, todos os Weasleys eram como irmãos para mim, assim como o Sr. e a Sra. Weasley eram como os meus segundo pais.
Puxei Gina pela mão e rapidamente entramos no salão principal. Percebi que todos nos encaravam e que o rosto de Gina – se possível – ficou mais vermelho.
Cara, eu não sei bem porque estavam nos olhando. Ta certo que eu não saia do quarto a três dias, mas não seria esse o motivo dos cochichos, do sorriso eu-sei-de-uma-coisa-que-você-não-sabe da Hermione, e principalmente do olhar assassino que Rony me lançou, quando finalmente nos sentamos na frente deles.
Servi-me de um pouco de mingau de milho observando atentamente Hermione, Rony e Gina.
Desde que eu e Gina entramos no salão principal Rony não disse uma palavra. Sempre que tentava puxar assunto ele me olhava, balançava a cabeça negativamente e voltava a comer.
Definitivamente não estava entendendo merda nenhuma. Por um acaso não era isso que eles queriam? Que eu saisse do dormitório e voltasse a minha vida?
- Qual é o problema de vocês? – Percebi que Gina engasgou com o suco e ficou me olhando assustada, enquanto eu via Rony bufar e deixar cair sua torrada com patê de fígado.
Olhei a Rony e Hermione, claramente esperando por uma resposta.
- O nosso problema? – Cara, você já reparou como as orelhas de um Weasley ficam rapidamente vermelhas, quando estão com raiva? É sempre muito cômico, ver o Rony assim, mas definitivamente, não quando essa raiva, era dirigida a mim. – O meu problema Harry, - Era uma impressão ou tinha realmente alguém me cutucando no ombro? - É que eu não gosto – Merda. Eu quero ouvir o que o Rony tem a me dizer, e esse incomodo no ombro direito não passa. - De ver minha – Definitivamente perdi a paciência nessa hora. Onde já se viu? Estamos tentando manter uma conversa aqui.
- O que foi heim? – Me virei rapidamente e percebi que o segundoanista que me chamava ficou branco como leite e faltou pouco para sair correndo. Obriguei-me a ser gentil, afinal, o Menino-Que-Sobreviveu é uma pessoa tranqüila e amiga. – Então? Tudo bem? – Ta eu sei que soou bastante falso isso, mas, eu já estava me irritando. Porque o garoto não entregava a carta que segurava na minha direção logo, e ia embora para eu finalmente descobrir o porque do mau humor do Rony, do sorriso de satisfação da Hermione, e do rubor da Gina. Definitivamente, todos devem ter tomado algo ontem no jantar. – É... Como você se chama? – Que garoto irritante! Se não fosse contra as regras eu já teria pego minha varinha e estuporado esse infeliz. – Certo, veio me entregar uma carta não é? – Segui rapidamente, afinal, ele não ia me responder mesmo. – Essa? – Puxei a carta da mão do garoto e ensaiei um sorriso. – Obrigado. Bem, você precisa de ajuda? – Ele já fez o que tinha que fazer, porque o garoto não ia embora? Que coisa. Eu com certeza não era assim quando tinha 12 anos. Era?
Ignorando intencionalmente o garoto, sentei direito no banco e abri o pergaminho.
- Qual é o problema desses pivetes? – Ouvi de relance alguém perguntar, enquanto eu lia o bilhete.
Harry,
Temos assuntos pendentes.
Você foi liberado de suas atividades matutinas, te espero as nove horas.
PS: Babas de Caramelos ao Rum.
Alvo P.W.B. Dumbledore
Terminei de ler exatamente na hora em que se desencadeava uma das inúmeras brigas de Rony e Hermione.
- Eles não são pivetes Ronald. – Ah, então foi o Rony quem tinha xingado do garoto. Agora eu teria que suportar a Hermione enumerar os motivos para essa repressão. – Você está no quinto ano, não se esqueça que já foi assim um dia. E além disso, - Vi que ela continuou sem fazer caso do Hei! lançado pelo Rony. – você é um monitor agora Ronald, você pode não gostar deles, mas os deve respeito se quiser ser respeitado. – Ah, como a Hermione é previsível.
Olhei no relógio. Oito e Vinte. Se eu fosse para os jardins e ficasse lá por uns vinte minutos, teria mais vinte para chegar na diretoria. Um bom tempo, obviamente. Me virei para a Gina e contei rapidamente da carta, pedindo para ela explicar a Rony e Hermione, quando eles – finalmente – parassem de discutir.
Entrei na sala do diretor e a encontrei impecável do jeito que sempre fora, sem nenhum vestígio do meu descontrole há dias atrás. Dumbledore estava sentado em seu lugar de costume, com o semblante sereno e olhar penetrante, caminhei em sua direção e me sentei na cadeira de fronte à mesa do diretor.
- Olá Harry - Dumbledore me cumprimentou, assim que me sentei, percebi que ele não mostrava nenhum indicio de vergonha por ter escondido a profecia de mim durante todos esses anos. – Espero que já esteja um pouco melhor.
- Eu vou sobreviver – Disse frio, de modo que demonstrava toda a minha raiva contida – Afinal é o que sempre faço, eu só sobrevivo.
- Não, Harry – Ah, como eu odeio ser contrariado. Cara, o Dumbledore não percebe que isso não vai nos levar a lugar nenhum? – Você tem uma vida para viver sim, tem seus amigos.
- Chega! – Exclamei, com uma voz alta e forte. Merda. Já estava me descontrolando de novo. Daqui a pouco eu explodo o escritório dele novamente. – Afinal o Senhor me chamou aqui para quê? Resolveu me contar mais alguma coisa que o Senhor escondeu de mim?
- Não. Eu já te contei tudo o que eu tinha que contar. Até o momento. – Ahá. Então tinha mais alguma coisa ainda? Será que o cara não entende que quanto mais coisas ele esconde mais revoltado e fora de controle eu fico? Quando ia abrir a boca para exigir que ele me contasse ele continuou, sem fazer caso da minha expressão contrariada. – No entanto, hoje preciso tratar com você noticias mais urgentes.
Definitivamente. Se ele queria que me descontrolar, estava conseguindo. Eu já podia sentir a magia emanando de mim.
- E o que seria mais importante do que informações da minha vida, que o Senhor esconde e que podem derrotar Voldemort!? – Queria entender porque exatamente ele estava dando voltas e voltas. Se ele queria falar do show das Esquisitonas – que provavelmente muito mais importante que a derrota do Lorde – ele chamasse a Trelawney e bebessem uísque de fogo enquanto conversavam animadamente.
- Noticias que vai mudar a vida de muita gente e não só a sua. – Ele havia acabado de dizer que eu estou sendo egoísta? Ou é só uma má interpretação minha? – Bom, a primeira noticia é que Hogwarts não abrirá mais a partir do próximo ano letivo.
- Hogwarts o quê? – Se ele queria me assustar. Conseguiu. Como assim Hogwarts não vai mais abrir? Onde os alunos vão aprender a se defender? Onde eles vão estar protegidos? Para onde eu vou? Eu não vou ficar na casa dos Dursley durante o ano todo. Não mesmo.
- Isso mesmo que você ouviu. – Ele me respondeu com uma calma que não me comprazia em nada. Como ele podia falar de Hogwarts assim? Acaso a vida dele também era aqui não?
- Vocês não podem fazer isso. – Não consegui me segurar, ainda abismado com a noticia – Hogwarts é o lugar mais seguro para todos.
- Eu concordo com você, Harry. Mas o conselho da escola junto com o Ministro da Magia decidiu que devido a eminente guerra, os alunos ficariam melhores em suas casas com a família. Mas Hogwarts estará sempre aberta para aqueles que precisarem. – Hum. Interessante aquela piscada. Eu sei o que ele quis dizer com isso. Mas como vamos fazer? Nunca demorei tanto para achar uma solução para os problemas. Minha vontade era de sair daquela sala gritando, deitar na minha cama de dossel e acordar descobrindo que tudo foi um pesadelo.
Depois de um tempo, enquanto eu digeria a noticia, o Dumbledore continuou com a voz serena, que já estava me irritando. Será que só eu me desesperava com o fato de Hogwarts fechar?
- O outro assunto que quero tratar com você é sobre a sede da Ordem da Fênix. – Percebi que sobre esse assunto ele iria com mais cautela. Eu ainda não tinha pensado na ordem. Como ficaria? Eu era o herdeiro do Sirius, já sabia, ele tinha me falado isso quando aconteceu o ataque ao Sr. Weasley, mas não sei se gostaria de voltar para lá, relembrar tudo. – Encontraram o testamento de Sirius, e ele deixa todos os seus bens para você. Mas o Largo Grimmauld possui um encantamento que faz com que a casa passe ao parente vivo mais velho de Sirius, que no caso trata-se de...
- Belatriz Lestrange – Ah, a vaca. Ela vai pagar pelo que fez a Sirius, aos pais do Neville e a todas as outras vitimas. E eu vou me encarregar disso.
- Sim, exato.
Respirei fundo, pois afinal de contas, as próximas noticias também não pareciam ser boas.
- A sede da ordem não é mais protegida. – Se o diretor tivesse me oferecido uma daquelas balinhas dele agora eu teria engasgado. Como assim a sede da Ordem não é mais protegida? Acaso ele me chamou aqui hoje só para me informar que todos os lugares bruxos não são mais seguros e que todos nós deveríamos comprar casas trouxas para viver?
Casa. Trouxa.
É isso! É uma idéia brilhante, lógico. Não é possível que Dumbledore ainda não tenha pensado nisso.
- Mas, podemos usar a toca... Não é? – Pronto, todos os nossos problemas estão resolvidos. Agora eu vou indo porque provavelmente a Gina contou pro Rony e para a Hermione sobre o bilhete e eles devem estar curiosos sobre o assunto.
- Não, Harry. A Toca é um lugar muito conhecido pelo mundo bruxo e seria muito perigoso para a família Weasley. – Como é que é?
Parece que ele queria me fazer entender uma coisa muito complexa. Mas provavelmente era sim, já que eu não conseguia entender porque eles simplesmente não colocavam os feitiços de proteção que tinham no Largo, fizessem um fiel do segredo – confiável – e aumentassem o tamanho da Toca para conseguir abrigar todos os integrantes da Ordem.
- Então devido a tudo que lhe expliquei antes e também pela proteção já existente, usaremos a casa dos seus tios como sede, é claro assim que eu conversar com eles e aceitarem tal situação. – Parecia que ele havia lido minha mente. Como ele sabia que eu estava pensando na proteção? Mas calma aí, a casa dos meus tios? Dos Dursley? Nessa hora eu não consegui me segurar e soltei uma gargalhada de escárnio. O diretor me encarou em silencio, provavelmente esperando eu me acalmar.
- Desculpe Professor. Mas eles nunca que vão aceitar isso. – Eu fui enfático quando disse isso, assim que consegui recuperar o fôlego. Nunca que os Dursley iriam aceitar no mínimo vinte bruxos, fazendo magia, diariamente dentro da casa deles.
- Não se preocupe, saberei como os convencer. – Bom por mim tudo bem. Mas eu sei que vai ser perda de tempo. – Conversarei com eles assim que você voltar para casa, e tão logo concordarem realizaremos os devidos feitiços de ampliação no interior da casa e mais feitiços de proteção. E depois os Weasleys e a Srta. Granger junto com seus pais poderá mudar-se para lá também.
Então quer dizer que ele realmente acha que os Dursley aceitariam sem reclamar? Bem, a não ser que o Dumbledore lance um imperius neles, ou um feitiço de confusão, eu acho muito difícil.
- Bom Harry. Era só isso que eu queria tratar com você hoje.
Ta, eu entendi que essa é uma maneira educada de pedir para ficar a sós.
- Certo. Boa noite, senhor.
- Boa noite, Harry.
A viagem para casa no Expresso Hogwarts no dia seguinte foi memorável, Rony, Hermione e Gina faziam de tudo para me alegrar e não me deixar lembrar dos últimos acontecimentos. Mais inesperadamente o que mais me agradou foi a noticia do termino do ‘namoro’ de Gina com o Corner e em nada me afetou saber que o mesmo estava agora com Cho Chang, minha antiga paixão.
Chegamos na estação aparentemente mais rápido que o normal e assim que Rony e Hermione saíram da cabine para ajudar na organização, peguei meu malão e o de Gina para juntos procurarmos pelos Weasleys.
Levando em conta o numero considerável de pessoas aglomeradas na estação, os achamos bastante rápido. Bem, não eu exatamente e sim Gina, que deu um grito assim que viu a família.
Cumprimentei o Sr. e a Sra. Weasley, e vi que logo atrás estavam respectivamente, Moody, Lupin e Tonks.
Rony e Hermione rapidamente se juntaram a nós e Moody começou a nos apressar para atravessar a plataforma.
A verdade era que eu não queria ter um choque de realidade. Sair dali significava não só voltar para passar mais dois meses – infernais – com meus tios, denotava também a incerteza da volta ao mundo bruxo. Ao meu mundo. O fato de Hogwarts não reabrir mais, estava me deixando doido. E só eu sabê-lo, estava me revoltando.
Dumbledore, muito provavelmente já estaria na casa dos Dursley nos esperando para a conversa. Não que eu preferisse passar meses sem contato algum com os bruxos. Mas não podiam escolher um lugar melhor para a sede da ordem, que não fosse a Alfeneiros, 4?
Ele estava tenso.
Qualquer um podia perceber que algo havia mudado. E não era pela morte de Sirius, embora parecesse que só eu enxergasse esse fato tão obvio.
Para mim, ele estava assim porque mais um ano letivo acabava, e embora para a maioria dos alunos significasse dois meses com a família matando a saudade, inevitavelmente, para ele era uma tortura.
Atravessamos a barreira que liga a Plataforma 9 ¾ a King Kross e qual não foi a minha surpresa de ver os tios do Harry, sentados em um banco com expressões assassinas no rosto.
Definitivamente, ele estava ferrado.
Era só o que me faltava.
Atravessamos a plataforma e a primeira visão que tenho é dos meus queridos tios sentados em um banco com expressões que assustariam até Voldemort.
Enquanto Moody, Lupin e Tonks iam pedir a autorização dos meus tios para me acompanharem até em casa, me aproveitei para me despedir dos Weasley e de Hermione. Depois de alguns tapinhas nas costas, beijos estalados na bochecha, apertos de mão e recomendações, me virei para anunciar a meus tios que já estava pronto, e que poderíamos finalmente ir para a Alfeneiros.
Aparentemente Moody, Lupin e Tonks estavam tendo alguma dificuldade em explicar aos tios do Harry o motivo deles quererem acompanhá-los até a casa deles. Segundo os Dursley, Moody tinha aquele olho de vidro e eles não apareceriam com ninguém assim em publico, Lupin era lobisomem e definitivamente não iriam correr risco de vida, e Tonks tinha aqueles cabelos rosa choque.
É, parece que vamos ter problemas com relação à segurança.
Harry estava se despedindo de todos. Apertou à mão do meu pai, os gêmeos deram uns tapinhas nas costas dele, Rony um abraço meio desajeitado, Hermione um beijo na bochecha dele, mamãe fez mil e uma recomendações para ele enquanto Harry só concordava ou discordava com a cabeça.
Aparentemente, mesmo depois do Corner, eu não consegui esquecer o Harry. Certo que não fizemos nada além de uns selinhos e uns beijinhos mais tímidos, mas eu sempre me imaginava com ele. Não era correto, eu sabia, mas eu não conseguia fazer meu coração entender esse fato tão obvio.
- Sem ressentimentos? – Uh. Uh. Uh. Uh. Respira vermelho, inspira azul, Gina. Calma, foi só um susto. Aparentemente estava perdida em pensamentos e não percebi que ele havia terminado de se despedir e só faltava eu.
- Sem ressentimentos, Potter. – Ri com a careta que ele fez, e percebi que os Weasley estavam nos observando de longe, enquanto conversavam com os Granger. Parecia que Harry queria me dizer mais alguma coisa. Alguma coisa importante, mas aparentemente não havia decidido se diria ou não.
Ele se abaixou e me deu um abraço, confesso que meu coração quase parou, mas puxa, eu nunca tinha estado tão próxima a ele. Quando se afastou, me deu um beijo na testa e se virou para ir embora.
- Gin? - Ele não deu dois passos completos e virou a cabeça por cima do ombro. Gin definitivamente é um ótimo apelido. Ninguém nunca havia me chamado assim antes. O incentivei com a cabeça a continuar. – Se cuida.
Estava pasma.
Até agora eu não entendia o que me motivou a dizer aquilo para a Gina. Porque eu iria mandar ela se cuidar? Nem amigos éramos. Certo que nos aproximamos um pouco esses dias, mas não podia ser considerada amizade ainda. Podia?
Estava muito confuso. Para começar, Dumbledore me vem com a bomba de que Hogwarts vai fechar. Logo depois eu me sinto felicíssimo, quando o rolo da Gina com o Corner termina. Endoido de vez e mando a mesma se cuidar, no meio da estação King Kross, e para completar, voltava para casa com Tonks nos acompanhando. Confusão era pouco para o que eu estava sentindo agora.
Segundo a própria Tonks, Lupin e Moody não puderam vir porque meus tios não queriam aparecer com aberrações perto de casa. Para eles, provavelmente, Tonks era a mais normal e por isso mais apta para o serviço.
Já estávamos quase chegando à Alfeneiros, e somente nesse momento, percebi que, por mais que eu quisesse adiar a conversa do Dumbledore com os Dursley, ela iria acontecer mais cedo, ou mais tarde. Uma lástima que seria mais cedo. Antes de sairmos de Hogwarts, ele me informou que estaria nos esperando na casa dos meus tios para a tão esperada conversa. Eu particularmente, não quero participar, vou ficar estressado e acabar explodindo a sala dos Dursley como fiz com a do Diretor, somando assim mais – pelo menos – duas semanas de castigo.
As expressões dos meus tios eram de dar dó, ter uma bruxa adulta dentro do carro deles devia ser apavorante. Pensando bem, isso tudo poderia ser engraçado, se a Ordem mudar mesmo para a casa deles, eles vão pirar, literalmente.
pra existir história tem que existir verdade
Numa estrela cadente o sonho se faz presente
no compasso do batuque de um coração doente
A fera tá ferida, mas não tá morta
Deus fecha a janela, mas deixa aberta a porta
Foi realmente rápido a viagem, levando em consideração a tensão de tio Valter, e a força com que se agarrava ao volante. Pensando bem, coitado do pedal do acelerador.
Estava tão perdido em pensamentos, que nem sei se respondi a despedida da Tonks. Só reparei que ela não estava mais lá, quando me vi encurralado pelos meus tios.
De verdade? Eu estava ferrado.
Bom, foi ótimo mesmo conhecer o Rony e a Hermione, duelar com Voldemort, por sei lá quantas vezes para ser morto pelos Dursley. Seria maravilhoso sair na capa do Profeta Diário: Harry Potter é morto pelos tios a modo trouxa.. É, seria humilhante.
Por sorte, Dumbledore já estava na frente do numero 4, e veio ao nosso encontro enquanto se dirigia ao tio Valter.
- Boa Tarde, Sr. Dursley. Certamente o senhor recebeu minha carta dizendo que compareceria hoje para que possamos conversar.
Tio Valter continuou somente encarando o Diretor com seus olhinhos miúdos. Seu rosto já estava completamente vermelho, seria facilmente confundido com os cabelos Weasley. Com certeza, ele explodiria assim que entrássemos na casa, afinal, uma discussão no meio da rua – principalmente com estranhos – geraria muitas fofocas, e apesar de Tia Petúnia adorar uma, quando o nome dela estiver no meio, não creio que agirá bem.
Os dias e noites são longos,
Quando você sentir [que] teve demais desta vida
Para persistir...
Bem, todo mundo sofre
Às vezes, todo mundo chora.
E todo mundo sofre
Às vezes...
- Agora, como vocês já sabem o mago chamado Lord Voldemort retornou a este país. A comunidade da Magia está atualmente em um estado de guerra aberta. Harry, a quem Lord Voldemort já tentou matar em várias ocasiões, está agora até em maior perigo que o dia em que eu o deixei quatorze anos atrás em seu degrau da porta de entrada, com uma carta explicando sobre o assassinato dos pais dele e expressando a esperança que vocês tomariam conta dele, apesar de que ele já estaria entre os seus. - Dumbledore pausou, e embora a voz dele permanecesse clara e calma, e não desse nenhum sinal óbvio de raiva, eu sentia um tipo de frio que emanava dele e notei que os Dursley se juntaram muito ligeiramente uns aos outros. - Você não fez como eu pedi. Você nunca tratou Harry como um filho. Ele conheceu nada mais que negligência e freqüentemente crueldade sob suas mãos. E o melhor que pode ser dito é que ele pelo menos escapou do dano apavorante que você infligiu ao infeliz menino que está entre vocês. – Uh, o Dumbledore pegou pesado agora. - A magia que eu evoquei quinze anos atrás para que Harry tivesse uma poderosa proteção enquanto ele ainda pudesse chamar esta casa de lar. Porém miserável ele esteve aqui, indesejado e tratado mal de qualquer forma, vocês tem pelo menos, rancorosamente, lhe permitido quarto. Esta magia deixará de operar no momento que Harry atingir dezessete; em outras palavras, no momento ele se torna um homem. Por isso é de extrema importância que ele permaneça nesta casa até seu décimo sétimo aniversario.
- Foi esta magia que nos trouxe a ter esta conversa. Foi criada há muitos anos e recentemente reativada uma sociedade chamada Ordem da Fênix, para combater as forças de Voldemort. Acontece que a Ordem necessita de uma nova sede, por motivos que não convém mencionar no momento, e o melhor lugar para a sede seria um que já possui um encantamento muito forte e que nos deixe sempre próximos de Harry. – Até agora o Dumbledore estava indo muito bem, uma pena que depois dessa ultima frase, ele tenha literalmente se ferrado quando o tio Valter explodiu.
Eu disse que ele explodiria.
- Perai! – Se o Diretor não fosse um bruxo, provavelmente já teria levado um tiro da escopeta do tio Valter. – Me deixa ver se estou entendendo direito. Você está querendo encher a minha casa de aberrações? Quer a minha casa cheia desses anormais? Nunca que eu vou permitir uma loucura dessas. O que os visinhos irão dizer? Não, não. De anormal aqui já basta esse moleque, que desde que foi para aquela escola só nos traz probl...
Tio Valter foi bruscamente interrompido de seu discurso ante-bruxo, por um barulho alto, que resultou na aparição de Alastor Moody no meio da sala. Ignorando as hilárias expressões raivosas, assustadas e medrosas dos meus tios Moody logo localizou Dumbledore e bateu com a ponta de sua varinha no próprio braço para fechar as feridas ali existentes.
- Alvo. Estamos sob forte ataque na vila de Ottery St. Catchpole temos poucos homens, precisamos de mais gente.
Os Dursley estavam paralisados. Provavelmente imaginando como uma pessoa era capaz de simplesmente aparecer no meio da sala deles. Eu estava começando a gostar da idéia da Ordem se mudar para lá.
Eu sou um porco. Moody acaba de vim interromper o Dumbledore no meio de uma reunião – só isso já choca qualquer um – dizendo que está tendo um ataque perto da casa dos Weasley e eu estou me divertindo a favor dos Dursley.
Provavelmente Moody viu que tio Valter ia se levantar, porque ele se virou rapidamente com a varinha apontada para ele, o fazendo sentar de novo.
- Olha aqui Dursley, eu fui contra o Dumbledore vim aqui pedir a autorização de vocês. Por mim vocês só ficariam sabendo no dia da mudança. Entenda de uma vez por todas, o Potter está em perigo constante. Nós vamos nos mudar para cá e ponto final. Vamos fazer magia livremente, na frente de vocês e foda-se seu padrão de normalidade. Entendeu ou vou ter que mandar alguns daqueles dementadores que atacaram a orca em julho para ter uma conversinha com vocês também?
É até eu me assustei com essa. Nessa altura Dumbledore já tinha ido, e Moody enquanto se encaminhava para pegar sua capa, fazia um floreio com a varinha para aparecer uma espécie de ampulheta na sala.
- Quando a areia acabar de cair, não vou querer ouvir mais nem uma reclamação de vocês Dursleys. Potter, seus amigos chegarão em breve.
Depois de Moody aparatar, fiquei observando a ampulheta, com as palavras dele ecoando na minha cabeça.
Caroline
Lê Grint ™
N/A¹: Bom, sempre odiei notas enormes, então vou ser o mais breve possível aqui. Respondendo a perguntas que sei que vão aparecer mesmo depois da nota. Sim, a fic é escrita por duas pessoas. E, Não, a qualidade dela não vai cair por causa disso.
Para falar mesmo eu não sei o que escrevo aqui. ;x
Espero que gostem da fic, e aproveitem bastante ela. Comentários são sempre bem vindos, para sabermos se estão, ou não gostando, para podermos melhorá-la.
Acho que é só obrigada por lerem e faremos o possível para atualizar rapidamente.
E aah, agora que a outra autora me lembrou prazer, Fernanda, Fê, Nanda, Nandinha, ou qualquer outro que quiserem.
:D
Até mais.
*E isso era porque eu odiava notas enormes.
N/A²: Olá pessoas. Meu nome é Jackeline (podem me chamar de Jack). Bom essa é nossa primeira fic, então a opinião de vocês é mais que importante para nós. Aceitamos elogios e criticas. Comentem, por favor.
Ahh, a classificação da fic está como livre, mas na fic terá cenas mais picantes e NCs, não se preocupem quem não gosta dessas cenas que quando tiver nós avisaremos antes.
Bom é isso, e até o próximo.
N/B: Oi gente, meu nome é Amanda (tipo, eu não sei do que vocês podem me chamar, todo mundo me chama de Amanda mesmo, então, fica a critério de vocês).
Bom, eu espero que vocês gostem e aproveitem a fic. Podem ter certeza que ela foi escrita com todo o carinho do mundo. Claro, comentem ok? Seja pra criticar, elogiar, dar sugestões e tudo mais, isso é o importante.
Bem, acho que é isso gente.
Até mais.
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