Cap. único.
Luxúria? Infidelidade? Cobiça? Escolha o seu pecado. (Ou será que o amor fica acima de tudo?)
Luxúria... Bom sentimento, boas sensações. Primeiro o prazer, depois o êxtase.
Não que eu seja uma garota tão presa ao contato físico etc. etc. Não, não se iluda, eu sou e sempre serei extremamente romântica. Gosto de caras românticos, do tipo quase clichê. Só amei (e ainda amo, devo ressaltar) um único homem em toda a minha vida. Pelo menos até agora, nesse exato segundo traiçoeiro. O homem? Rony Weasley. Eu o amo desde sempre, desde a primeira vez que o vi. Clássico, quase patético. Esse ruivo me ama, eu sei, eu sei. Tanto é que eu sou a Hermione Jane Weasley. Bonito não? Significa que casamos, fizemos juras de amor perante todos e por fim unimos nossas almas e corpos como se fosse um só.
Mas... peraí! Eu disse ‘Unimos nossos corpos como se fosse um só’? A-hã, é verdade. Só que (eu sou humana ok?) algumas vezes a insanidade bate na nossa porta trazendo dúvidas tão cruéis que acabam se transformando em pecados. Pecados e não PECADO. Você entendeu não é? Eu empreguei a palavra no plural. Porque um pecado traz outro consigo, não é uma questão de escolha, meu caro.
Um dia eu olhei pro lado e me senti estranha. Não sabia explicar o tédio vazio que me consumia por dentro. Uma frustração imensa. Comigo mesma? È, pode até ser. Melhor guardar justificativas para quem não pode julgá-las. Eu me sentia vazia. A mesma. Será que nada nunca mudava? Entre mim e o Rony... Amor, sempre amor! Ternura...
Ternura essa (eu avaliei, muito estupidamente) que eu poderia sentir por qualquer um. Meu filho, meu melhor amigo, meu... MELHOR AMIGO? “Não...” Me corrigi mentalmente lembrando de Harry, acho que depois de todo esse tempo não poderia ser classificado só como ternura. Era um sentimento maior e mais (SEM DPUVIDA ALGUMA) intenso. Amizade? Há quem diga que sim, mas naquele momento eu preferi dar ouvidos a outra justificativa, um tanto quanto ANORMAL. Se tratando de mim, é claro: Hermione Jane Weasley.
- Tá tudo bem Mione? – Perguntou Harry, preocupado, aproximando-se.
Só aí fui perceber que eu estava chorando. Sem motivo certo, aparentemente.
- Ah... – Eu disse, enxugando as lágrimas. – Tá tudo bem Harry. – Menti.
Não, nada estava bem. Eu me sentia morta, incompleta.
- Tem certeza Mi? –Perguntou ele, indeciso e desconfiado.
Estávamos ambos na minha sala no ministério da magia, afinal sou chefe do departamento de proteção aos Elfos, e sou também uma auror não praticante.
- Claro. – Certeza? Eu sabia o que era essa palavra?
- Pode me falar Mi... – Encorajara o moreno, calmo.
- Não é nada...
- Hermione, eu te conheço...
- Já disse que não é nada...
- Brigou com o Rony?
- Quê? Eu? Lógico que não! Nosso casamento vai bem, obrigada.
- Então por que parece tão... Abatida? – Quis saber ele, um tanto nervoso.
- NÃO É NADA HARRY! – Falei, aumentando minha voz em decibéis.
O moreno aproximou-se de mim perigosamente, com nossos rostos a centímetros um do outro Ele parecia tenso.
- Hermione, pode confiar em mim. Somos amigos...
- Se é tão amigo quanto diz, me deixa continuar o meu trabalho! Hoje é um dia muito cheio.
- Ah é? Tão cheio a ponto de você ficar parada por horas num canto da sua sala, pensando na vida com uma cara de enterro?! – Afirmara ele, ficando estressado.
- Como sabe que eu fiquei parada por horas? Andou me espionando Sr. Potter?!
- QUÊ? EU? ATÉ PARECE... ISSO FOI UMA... DEDUÇÃO!
- É mesmo Potter?! – Exclamei, sentindo meus nervos à flor da pele.
- Você e o Rony estão em crise. É isso? – E dito isso, nos aproximamos mais ainda.
- NÃO! – Berrei de volta, estávamos a dois centímetros de distância.
- NÃO O QUÊ?! – Dissera ele, levemente perturbado. – Não, você e o Ron não estão em crise? Ou não, você é que está em crise?
- Não tem ninguém aqui em crise! A MINHA VIDA É PERFEITA! MEU CASAMENTO É PERFEITO! MEU MARIDO É PERFEITO! MEU EMPREGO É PERFEITO! – Gritei, ríspida.
Então ele me beijou. Agressivo, como se isso fosse a última coisa no mundo. Parecia que necessitávamos disso...
Uma palavra flutuou entre nós, muda e fria. INFIDELIDADE.
“Foda-se!” Pensei, deixando que sua língua explorasse cada canto da minha boca, e que suas mãos me tocassem sem pudor.
Ele sentia isso. A permissão. A entrega. A submissão. A negação. O desejo incontrolável. A perfeição silenciosa. E acima de tudo, ele preenchia o meu vazio.
Sua boca tinha um gosto ardente. E em pouco tempo, tudo ali parecia quente por demasiado. Ele me prendera na parede, nossos corpos unidos.
Passou as mãos por minhas coxas, e ergueu uma delas em seu quadril, num encaixe sedutor.
Beijava meu pescoço, sugando, mordendo, lambendo.
Sim, ele me desejava mais que tudo.
Foi desabotoando minha blusa com rapidez, tateando os botões. Quando viu meu colo nu, passou a beijar cada parte de mim. Ombro, colo, nuca... Nós tínhamos em nossos lábios o mesmo sorriso cínico, sei lá! Pode parecer profano, mas EU SOUBE QUE PRECISAVA PECAR DAQUELA FORMA.
Ele me ajudou a tirar sua blusa ali mesmo, na vontade. E suas mãos tocaram minha feminilidade. Gemi baixo, alto, com prazer... De acordo com os movimentos de seus dedos tão dentro de mim.
Eu não o amava. Prazer não se compara com amor. E eu amava o Rony. Ainda amo, quer dizer.
Em pouco tempo ele penetrou em mim. Fazendo movimentos acelerados, entre gemidos e mais gemidos.
Não só meus, mas dele.
Cada vez mais sádicos, acho que posso dizer.
LUXÚRIA, era isso... Isso e nada mais. Isso e a nossa amizade de tantos e tantos anos. Tenho que dizer: ele sabia como me tocar, onde me tocar. Será que merecíamos ir pro inferno? Será que Rony ou Gina mereciam isso? O pensamento vago fez meu coração doer. Mas já havíamos terminado, suados e confusos. O pecado já havia sido cometido tão estupidamente, pela garota perfeitinha e pelo herói melhor amigo.
Quem éramos agora? Eu me sentia desnorteada. Não conseguia me ver como vilã... Mas eu o era? Suja e indigna do amor verdadeiro.
“Foda-se!” Tentei pensar novamente, mas não sabia fingir indiferença nem pra mim mesma.
- Mione... – Chamou Harry, despertando-me da sessão de autoflagelo. - Eu... – E mais uma vez eu pude ver em seus olhos que sentíamos a mesma coisa.
- Eu sei Harry. – Concordei. – Você ama Gina Weasley, assim como eu amo o Ronald. – Disse, incapaz de mentir.
MAS O QUE É UMA MENTIRA PERTO DE UMA TRAIÇÃO?
Ele me beijou por muito, MUITO tempo, mantendo nossos corpos unidos.
Havia carinho ali, solidariedade e compreensão.
- Eu te amo Mi.
- Eu te amo Harry.
Falamos quase que ao mesmo tempo. E nos encaramos como se nada tivesse acontecido.
Um segredo.
Cobiçamos o sentimento um ao outro. Ele desesperado por algo. Eu desesperada por algo menos. Tão sutil...
Naquele dia quando cheguei em casa, eu fiquei fitando o MEU ruivo, meio sem ação. Remorso? Talvez.
Nós nos beijamos apaixonados, meu coração disparou sonoramente, pela primeira vez desde... bem, muito tempo. Talvez Harry houvesse acendido algo em mim. Talvez nada fizesse diferença.
Infidelidade, cobiça, luxúria. Qual pecado você prefere?
Comigo foi assim: Primeiro o prazer, depois o êxtase.
E agora (com outro) o AMOR!
~~
Olá galeraaa! Desculpem se ficou meio ruim. Minha PRIMEIRA NC, E MINHA PRIMEIRA FIC H/HR COMPLETAMENTE! Quer dizer... As outras têm o shipper D/Hr e tal. Bom, essa fic foi um surto que me deu de madrugada. No tédio e tal. Sabe como é né? Poucas pessoas no MSN, Orkut sem-graça... E a idéia (que não era escrever NC!) surgiu. Tá meio maluco, mas achei rasoável. A NC não tá pesada nem nada (eu acho, pelo menos). COMENTEEEM ok?
*-*”” bjuss. ^^
Comentários (1)
adoro hh..o harry com pegada... adoroooo...
2014-01-12