Luta e Fuga



Os Comensais da Morte posicionaram-se na frente do corpo inerte de Voldemort, formando uma linha de defesa para o seu senhor e apontando suas varinhas para quem tentasse feri-lo.
A multidão gritou e berrou insultos para eles, comemorando a vitória de Dumbledore enquanto o mesmo avançava na direção dos Comensais da Morte. Mas, a atenção de Dumbledore foi desviada quando Maldições da Morte voaram das varinhas dos bruxos das trevas na direção dos Aurores ao mesmo tempo em que os poucos gigantes sobreviventes avançavam contra eles.
Dumbledore apontou sua varinha para as árvores que circundavam o campo de batalha, elevou sua voz aos céus e gritou:
- Piertotum Locomotor!
Imediatamente, as árvores ganharam vida, saltaram das profundezas da terra e aterrissaram entre os Comensais da Morte e os Aurores, protegendo-os das Maldições da Morte destinadas a eles.
As árvores humanóides marcharam contra os Comensais da Morte e gigantes, atacando-os com seus galhos robustos que deslizavam pelo ar como chicotes até eles.
Os gigantes foram dispersos pela investida das árvores, pois estavam na linha de frente e os poucos que sobreviveram foram abandonados pelos Comensais da Morte que desapareceram, levando consigo o seu lorde desmaiado.
- Finite Incantatem! – gritou Dumbledore, o feitiço que animava as árvores foi anulado e elas caíram por terra como troncos sem vida.
“Infelizmente, a Batalha da Floresta Proibida causou dezenas de mortes - disse Dumbledore aos Aurores - Muitos dos combatentes, Aurores, Centauros e Testrálios perderam suas vidas lutando por Hogwarts e eles devem ser homenageados por isso, sendo enterrados nos terrenos da escola”.
“Quanto aos corpos dos Comensais da Morte e Lobisomens daremos um destino digno a eles. Gigantes - disse Dumbledore, virando-se para os gigantes remanescentes - Decidam o que farão com os corpos dos seus irmãos, vitimados assim como os nossos aliados por Lord Voldemort, aquém vocês servem com tanto afinco!”
“Minerva – disse Dumbledore, dirigindo-se a McGonagall – Por favor, avise o Hospital St. Mungos para mandar uma equipe para cuidar dos nossos feridos”.
“Hagrid – disse ele, virando-se para o meio-gigante – Por favor, converse com os gigantes e explique-lhes qual lado eles devem ficar”.
“Gostaria de falar com vocês, Tiago, Lílian, Franco e Alice – disse ele aos quatro aurores – Esperem-me no meu gabinete e dentro de uma hora estarei com vocês”.
Uma hora após o término da Batalha da Floresta Proibida, Tiago, Lílian, Franco e Alice aguardavam Dumbledore no seu gabinete.
- Desculpem-me por fazê-los esperar! – disse Dumbledore, entrando no gabinete e fazendo sinal para os quatro aurores sentarem-se novamente, pois haviam levantado para recebê-lo.
- Então Dumbledore, o que você gostaria de falar conosco? – perguntou Tiago.
- Sobre o duelo entre vocês e Lord Voldemort – respondeu Dumbledore calmamente – A coragem é a virtude de um verdadeiro grifinório e vocês foram muito corajosos enfrentando Voldemort corpo-a-corpo – continuou ele – Eu gostaria de agradecê-los por arriscarem as vidas para cumprir a missão que lhes revoguei, mais uma vez provaram ser dignos da confiança que deposito em vocês! – concluiu Dumbledore.
- Obrigado, Dumbledore! – disse Lílian – Não fizemos nada além da nossa obrigação para com a escola.
- Sempre estaremos a postos para defender Hogwarts de Você-Sabe-Quem – disse Alice.
- Minha querida Alice – disse Dumbledore – Não cabe bem a uma bruxa que enfrentou diretamente Lord Voldemort temer chamá-lo pelo nome! – concluiu Dumbledore, fitando a auror por cima dos óculos meia-lua.
- Desculpe-me Dumbledore – Alice apressou-se em pedir desculpas – Eu sei que você não gosta quando nos referimos a ele como Você – Sabe – Quem.
- Não precisa desculpar-se minha cara! – disse Dumbledore – Bom, agora que eu já os agradeci, vou encaminhá-los aos seus dormitórios para vocês repousarem, pois a batalha deve tê-los exaustado – disse ele, levantando-se e sendo seguido pelos quatro aurores.
Enquanto caminhavam pelo corredor, a Professora McGonagall vinha apressada na direção deles.
- Alvo – disse ela, parecendo aflita.
- O que aconteceu Minerva? – perguntou Dumbledore.
- Alastor... – disse McGonagall – Alastor foi gravemente ferido durante a batalha e está entre a vida e a morte! - concluiu ela, sem meias palavras.
- Vou até a enfermaria – disse Dumbledore, calmamente – Enquanto isso, Minerva, por favor, conduza-os até os dormitórios – pediu Dumbledore a McGonagall e os aurores imediatamente apressaram-se em dizer que lhe acompanhariam até a enfermaria para visitar Olho Tonto.
Acompanhado por Lílian, Tiago, Alice, Franco e McGonagall, Dumbledore chegou à ala hospitalar, cujas macas não eram suficientes para comportar as dezenas de feridos e muitos estavam deitados em camas improvisadas dispostas no chão.
- Então, Madame Pronfey, qual é situação de Alastor? – perguntou Dumbledore, cujas rugas, agora visíveis mais do que nunca provaram o quão velho era. Ele estava cansado.
- Infelizmente, o estado dele é delicado – respondeu Madame Pronfey – Receio que tenhamos que operá-lo, entretanto, não disponho do aparato necessário para a realização de tal operação – concluiu ela.
- Não se preocupe Pronfey – disse McGonagall – Solicitamos uma equipe de enfermeiros do St. Mungos para solucionar o problema – continuou ela – Os casos mais simples, isto é, os combatentes cujos ferimentos não são tão graves serão encaminhados ao hospital, vagando as macas lotadas. Entrementes, os feridos gravemente serão atendidos aqui mesmo!
- Mas o St. Mungos não proporciona a estrutura médico-hospitalar necessária para a realização de um procedimento cirúrgico como o de Olho-Tonto? – perguntou Franco.
- Ele não suportaria uma viagem até o St. Mungos, pois está demasiado debilitado – respondeu Madame Pronfey – Não se preocupem, enquanto os enfermeiros do St. Mungos não chegam, ele não sentirá dor, pois está sedado.
- Desculpem-me, mas você tentou feitiços curativos? – perguntou Lílian.
- Feitiços curativos, poções regeneradoras, ervas medicinais – respondeu Madame Pronfey – Infelizmente nada adiantou, pois o ferimento foi causado por magia negra – concluiu ela, com pesar.
Não demorou muito até a equipe do St. Mungos chegar. Era cerca de uma dezena de enfermeiros, além daqueles que conduziriam os menos feridos até o hospital. Após submeterem Olho-Tonto, aos mais diversos exames, os enfermeiros chegaram a uma conclusão.
- Professor Dumbledore – disse o enfermeiro-chefe.
- Então, meu jovem, qual é o resultado dos exames? - perguntou Dumbledore, calmamente.
- Infelizmente, o ferimento dele é gravíssimo! – exclamou o curandeiro – A única solução para o problema é a amputação do membro inferior comprometido.
- Então que assim seja! – exclamou Dumbledore – Infelizmente, é o que deve ser feito, para o bem de Alastor.
- Então, iniciaremos a operação cirúrgica imediatamente – disse o enfermeiro-chefe, mediante o consentimento de Dumbledore.
- Lílian, Tiago, Alice e Franco, por favor, vão para os dormitórios – pediu Dumbledore – Vocês estão muito exaustos, não é saudável dispensar o repouso.
- Não Dumbledore! – exclamou Alice – Nós ficaremos aqui e aguardaremos o resultado da operação de Olho-Tonto.
- Tudo bem – concordou Dumbledore, comovido – Infelizmente, não poderei acompanhá-los devido aos problemas que tenho que solucionar.
- Nós entendemos professor! – disse Franco.
- Vamos, Alvo – disse McGonagall – Eu o acompanho.
Enquanto a cirurgia era realizada, Lílian, Tiago, Alice e Franco aguardavam na sala de espera, ansiosos pelo término do procedimento cirúrgico e após cinco horas, Sirius e Lupin juntaram-se a eles.
- Então, onde vocês estavam? - perguntou Tiago.
- Auxiliamos os enfermeiros a transportar os feridos até o St. Mungos – respondeu Lupin.
- E os Prewett, Gideão e Fábio, onde estão? – perguntou Lílian.
- Eles acompanharam Hagrid nas negociações com os gigantes sobreviventes e parecem que obtiveram sucesso – respondeu Sirius – Enfim, aqueles humanóides ignorantes entenderam qual é o lado certo a apoiar na guerra.
- Todavia, Você – Sabe – Quem tomou para o seu serviço outros clãs de gigantes - disse Tiago – Os aliados da Ordem são a minoria.
- Tiago está certo! – disse Franco.
- Então, qual é o saldo resultante da batalha? – perguntou Alice.
- Eu ouvi Dumbledore conversando com a McGonagall – disse Lupin – Somando as baixas que ambos os lados sofreram, eles estimam uma média de cinco dezenas de mortos e uma centena de feridos.
- Nossa! – exclamou Alice – Quantas vidas ainda serão perdidas até essa guerra chegar ao fim? – perguntou ela, mais para si mesma do que para os outros.
- Então, como Alastor está? – indagou Lílian, indo de encontro ao enfermeiro-chefe que acabara de adentrar a sala de espera.
- Felizmente, obtemos sucesso na operação cirúrgica! – exclamou o curandeiro – Todavia, a amputação do membro inferior debilitado foi obrigatória – concluiu ele com pesar.
- O importante é que o Olho-Tonto está bem! – disse Tiago.
Após o término da cirurgia, a exaustão física foi demasiada insuportável para os Aurores resistirem e eles se entregaram ao sono. Era o fim de um dia sangrento, mas um dos muitos que estariam por vir.

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