A Batalha da Floresta Proibida
Quando tudo parecia perdido, os bruxos encurralados pelos Comensais da Morte viram grandes criaturas aladas, os testrálios voarem pelo campo de batalha, guiados pelos irmãos Prewett.
Os testrálios atacaram os Comensais da Morte, dispersando-os por todos os lados e rompendo o cerco deles ao redor dos bruxos. Os gigantes abandonaram seus postos nas árvores, urraram e avançaram na direção dos testrálios, golpeando-os com suas clavas de madeira rodeadas por espinhos de metal. À medida que os testrálios eram derrubados do alto pelos gigantes, eles caíam sobre as cabanas do acampamento que desabavam como castelos de cartas ao vento.
Os reforços do Ministério da Magia chegavam por todos os lados: liderados por Lupin dezenas de aurores somaram-se a Ordem da Fênix e batalharam contra os Comensais da Morte.
Pandemônio. Raios de luz voavam em todas as direções. Lúcio Malfoy caiu com um grito às mãos de Remo Lupin; Dolohov desabou sob uma seqüência de feitiços estuporantes lançada por Sirius; Mulciber foi nocauteado por Olho Tonto; Jugson foi abatido por Lílian; Rosier foi estuporado por Tiago; Gibbon foi derrubado por McGonagall; Rebastan e Rodolfo Lestrange foram subjugados pelos também irmãos Gideão e Fábio Prewett. E por todos os lados Comensais da Morte eram subvertidos por Aurores.
Cada vez mais o campo de batalha era lotado por centenas de combatentes e logo a luta era travada além do acampamento, pois Comensais da Morte e Aurores duelavam por entre as árvores gigantes da Floresta Proibida.
Em meio ao caos declarado, Belatriz correu até o lado oposto do acampamento, para onde voara a sua varinha quando Tiago a desarmara. Assim que a recuperou, correu para o campo de batalha, gritando loucamente e lançando maldições em cada auror que encontrava pelo caminho.
Lílian, agora, lutava contra um Comensal da Morte mascarado, quando um raio de luz verde voou da varinha do bruxo das trevas na sua direção. Ato seguido, um vulto escuro arremessou-se contra ela, derrubando-a do chão e protegendo-a da Maldição da Morte.
Após levantar-se do chão, e recuperar a varinha que havia escapado da sua mão quando caíra, Lílian virou-se para àquele que havia salvado a sua vida.
- Severo? – gritou ela – Então, os boatos são verdadeiros. Você realmente é um Comensal da Morte! – concluiu ela, sacando sua varinha e apontando-a na direção do homem pálido de cabelos negros e oleosos.
- Lílian, olhe ao seu redor! – disse Snape – Quantas baixas a Ordem da Fênix sofreu e ainda sofrerá? – continuou ele – É esse o futuro que você quer para você?
- Se eu morrer lutando pelo meu ideal, eu morrerei feliz! – exclamou Lílian – Severo, por favor, reconsidere – continuou ela – A Ordem pode garantir a sua segurança, venha para o lado certo, essa é à hora!
- NÃO! – trovejou Snape – O caminhou que eu escolhi não tem retorno! – disse ele, levantando a manga negra do braço esquerdo e revelando a tatuagem de um crânio com uma cobra saindo da boca como língua.
- Ah, Severo! – murmurou a auror.
Ainda é tempo, Lílian – disse o comensal – Ainda é tempo de você perceber de qual lado deve ficar! – continuou ele, tentando converter Lílian aos Comensais da Morte – Renda-se, curve-se diante do Lorde das Trevas e sua vida será poupada!
- JAMAIS ME JUNTAREI A VOCÊS! – bradou Lílian e um raio de luz voou da sua varinha, cortando o ar na direção de Snape, o qual respondeu com um Feitiço Escudo.
Logo os dois estavam duelando, ambos com os olhos marejados, porém se empenhando ao máximo para vencer um ao outro. Eles duelavam tão ferozmente que suas varinhas pareciam borrões, quando os feitiços violentos voavam delas.
Não demorou muito, até Tiago e Sirius juntarem-se a Lílian na luta contra Snape, o qual não pôde fazer frente a todos juntos e fugiu.
Os Aurores, bem como os Comensais da Morte fugiam das pisadas dos gigantes que avançavam contra eles como elefantes estremecendo a terra, furiosos, sem diferenciar aliados de adversários.
As horas passaram, o sol sumia no horizonte dando lugar a lua cheia. Entrementes, ouviram-se os uivos dos lobisomens, que liderados por Greyback pulavam de árvore em árvore e atiravam-se nos Aurores, derrubando-os no chão e dilacerando-os com suas unhas e presas afiadas.
O chão tremeu sob a cavalgada dos centauros, que liderados por Hagrid, Alice e Franco invadiram o acampamento num forte tropel, disparando flechas nos lobisomens que caíram por terra como folhas mortas.
Por todos os lados, Comensais da Morte eram surpreendidos pelo advento dos numerosos reforços: flechados pelos centauros, enfeitiçados pelos Aurores ou simplesmente tentando fugir, mas esmagados pelos gigantes.
Enquanto os seus seguidores eram engolidos pela horda invasora, Voldemort permaneceu sereno, assistindo do alto a batalha e alheio ao sofrimento causado por ela.
Quando a vitória dos Aurores estava próxima, Voldemort que até então pairava acima da Floresta Proibida desceu, majestoso, do alto dos céus e sua ira ao contemplar a derrota de seus seguidores, foi tamanha que ele voou até o centro do acampamento e começou a disparar maldições em todas as direções.
Dezenas de aurores, centauros e gigantes caíram ante a fúria do Lorde das Trevas, o qual atacava e fulminava todos ao seu alcance. A atenção voltou-se para um auror que se destacou na multidão por investir contra Voldemort.
O som do feitiço conjurado por Olho-Tonto cortando o ar na direção de Voldemort não pôde ser ouvido acima do vozerio da multidão ou da cavalgada dos centauros ou da marcha dos gigantes, mas pareceu atrair todos os olhares.
Voldemort, por sua vez, desviou o feitiço e riu. Uma risada demente desprovida de humor e alegria ecoou pela Floresta Proibida e logo depois, ele avançou na direção do auror gargalhando insanamente sem matá-lo, pois antes queria humilhá-lo, torturá-lo, derrotá-lo.
Voldemort foi o primeiro a atacar e brandindo a sua varinha como se manejasse uma espada investiu contra o auror, que saltou para evitar os feitiços dele que voavam ao seu redor e respondeu com outros feitiços.
Os Aurores, bem como os Comensais da Morte observavam com terror e animação ambas as varinhas torcerem e reluzirem como espadas de energia.
Olho-Tonto estava gravemente ferido numa das pernas, mas continuava a lutar, atacando e defendendo, incapaz de derrotar o seu oponente...
- O que foi Alastor? A velhice diminuiu seus reflexos? – perguntou Voldemort aos risos.
- Você... Não... Tomará... Hogwarts... RIDLLE! – ofegou Olho-Tonto.
Então, Voldemort desarmou Olho-Tonto, derrubando-o no chão e preparando-se para amaldiçoá-lo.
Voldemort, no entanto, foi interrompido: um clarão de luz, seguido por um estampido e uma série de feitiços estuporantes choveram em Voldemort. Lílian, Tiago, Alice e Franco correram em auxílio de Olho-Tonto para continuar a luta contra Voldemort.
E agora os bruxos, tanto Aurores quanto Comensais da Morte encostaram-se as árvores que circundavam o acampamento e deixaram Voldemort e seus quatro oponentes sozinhos no campo de batalha.
Embora não fossem tanto poderosos quanto Voldemort, os quatro aurores haviam sido treinados em todas as formas de magia e conheciam os maiores e mais poderosos feitiços. Entretanto, nem mesmo o conhecimento deles somado a sua perícia era páreo para Voldemort, que a cada movimento, esquivava-se com facilidade e contra-atacava.
Eles esforçavam-se ao máximo, mas Voldemort valia por todos juntos.
Raios de luz voavam das cinco varinhas, os quatro aurores corriam em volta de Voldemort, como se assim pudessem confundi-lo, e lançavam nele toda sorte de feitiços, mas com incrível velocidade o Lorde das Trevas desviava-se deles e respondia a altura e assim foi o duelo entre eles durante minutos incontáveis.
O sorriso triunfante de Voldemort vacilou e transformou-se num esgar de raiva quando um feitiço voou da varinha de Alice Longbottom e quebrou-lhe o nariz.
Ele secou o sangue que escorria pelo nariz com a manga da capa negra e demonstrou toda a sua insanidade e poder desarmando de um só golpe os seus quatro adversários e arremessando-os no lado oposto do campo de batalha.
Eles explodiram para trás, debatendo-se e contorcendo-se no ar para depois despencarem do alto como folhas secas caindo de árvores. Voldemort levantou sua varinha, apontou-a para a Sra. Longbottom e gritou:
- Avada Kedavra!
Entrementes, uma árvore próxima aos aurores ganhou vida, saltando das entranhas da terra e inclinando-se sobre a auror, protegendo-a da Maldição da Morte.
- Dumbledore – disse Voldemort e pela primeira vez havia medo em sua voz.
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