Capitulo IX

“Que coisa porque será que Neville tocou nesse assunto, será que esta escrito em meu rosto SOLTEIRONA, ENCALHADA?” Pensava Hermione enquanto trocava de roupa arrumando-se para dormir.

-- MEU DEUS – Gritou Hermione sentando-se na cama – É isso, Neville tem razão, eu não consigo gostar de outro homem, pois ainda sinto algo por alguém, mas precisamente: Snape, e fico procurando ele nos outros rapazes, mas jamais o encontrarei em ninguém, pois ele era único e sempre será para mim. Disse Mione em voz alta para si mesma, como que para acreditar em tudo que dizia. Finalmente pegou no sono, só acordou na manhã do dia seguinte porque ouviu um barulho irritante vindo de uma das janelas de seu dormitório, quando olhou melhor notou uma coruja negra com um envelope amarrado a perna, foi ai que se lembrou que só podia ser a resposta do Sr Dreyer, se levantou de um salto e correu abrir a janela para a coruja que ao entrar pousou no escoro de uma cadeira esticando a pata para a menina pegar a carta.

Srta Hermione Granger

Sinto em lhe dizer que os testes já foram realizados e que os resultados não foram satisfatórios.

Atenciosamente David Dreyer


Enquanto isso no Brasil:

-- Sr os testes então indo maravilhosamente bem, cinco dos 10 pacientes já começaram a lembrar de alguns fatos que antes desconheciam. Dizia um animado Alan fazendo anotações sobre os resultados dos testes.

-- Sim Sr Stein, mas afinal porque tanta surpresa eu lhe disse que funcionaria. Respondeu Snape irritado com o rapaz que fazia festa para tudo.

-- Sr posso saber por que mentiu para aquela garota, Hermione Granger? Se não estou enganado.

-- Não, não pode saber o porquê, e você não gostaria de tela por perto, ela roubaria toda a sua gloria, não, não a gloria de ser bom, pois você não é bom, mas sim das perguntas idiotas sobre coisas óbvias. Snape respondeu sarcástico.

-- Sr Stein irei me ausentar por alguns dias, tenho um problemas para resolver, deixei a escola nas mãos da Vice-Diretora, e as pesquisas iram ficar em suas mãos, espero que cuide muito bem de tudo, caso o contrário, assim que eu voltar eu o demito, entendidos?

-- Claro Sr será uma honra cuidar de tudo para o Senhor

“Que outra coisa eu poderia responder a Hermione? Ela não pode vir pra cá, primeiro seria um choque descobrir que estou vivo, segundo que se fizesse o tratamento ela descobriria toda a verdade sobre a morte de Dumbledore e muitas outras coisas”. Pensava Snape enquanto caminhava a passos largos até a lareira da onde iria via pó de flú até a sua casa pensar em uma forma de despistar a menina, afinal ele conhecia Hermione muito bem sabia que ela iria querer participar das pesquisas, pois ele havia dito que a poção não fora satisfatória, logo ela iria querer ajudar.

Assim que saiu na lareira de sua casa na Rua da Fiação, Snape ainda não tinha um plano para afastar Hermione de sua vida novamente, embora não fosse realmente essa a sua vontade, pois lembrava perfeitamente bem que no dia da morte de Voldemort, Mione fora socorrê-lo, mesmo estando ela mesma correndo riscos, essa atitude dela o fez pensar que ele teria chances com a menina, mas quando ela explicou que estava fazendo aquilo porque não viveria coma idéia de não ter feio nada a respeito de seu corpo, e até mesmo que confiava que ele não fora traidor, mas sim que eram planos feitos por Dumbledore, ele notou que a menina só estava fazendo aquilo porque era o certo a fazer, e não por gostar dele, ao concluir isso ficou irritado e a mandou ir embora, e como saiu apressada deixara sua varinha caída ao chão da Casa dos Gritos e como ficou indefesa, fora seqüestrada por Comensais que queriam vingança. Snape não lembrava quando tinha ficado tão preocupado com alguém quanto ficara com Hermione, afinal ele sabia que se não a matassem na hora iriam fazer coisas piores com ela, coisas as quais ela iria preferir morrer, foi com esses pensamentos que ele decidira salvá-la das garras de homens que um dia ele desejou ser, mas que agora repudiava. Depois de estarem em segurança, pois os comensais que Snape enfrentara estavam mortos, ele perguntou os motivos dela se arriscar para resgatar seu corpo e constatando que não era por gostar dele, Snape decidiu que nem mesmo a mulher que ele aprendera a gostar durante os anos que dera aula para ela, seria de confiança para manter em segredo a sua sobrevivência.

“Pense Snape, pense. O que você pode fazer para afastar Hermione de suas pesquisas?” Pensava ele enquanto andava para lá e para cá em sua sala de visitas.
“Afinal porque afastá-la, você só esta realizando essa pesquisa porque pensava em fazer Hermione lembrar-se de tudo, porque andar para trás agora?”
“Talvez porque você tenha medo da reação dela, afinal quem é que vai ser todo sorriso para com a pessoa que a azarou?” Dizia uma voz em sua cabeça.
“Não é justo com ela, afinal mesmo não gostando de mim ela guardaria o segredo e hoje eu teria quem me ajudasse de verdade com as pesquisas e não aquele tonto do Alan” Ainda caminhava e pensava Snape.

-- É isso, estou decidido e não voltarei atrás agora. Disse Snape para si mesmo, enquanto entrava novamente na lareira.

De volta à França:

-- Neville veja isso. Correu Hermione ao ver o amigo.

-- Que pena que não deu certo a poção Mione, espero que eles não parem de tentar não é? Respondeu o garoto olhando com pena a amiga.

-- Pois é, uma pena, mas irei me oferecer para ajudar em novas pesquisas, assim juntamos nossos conhecimentos e tenho certeza que não iremos falhar. Falou com otimismo a menina.

-- Isso mesmo Mi. Se quiser peço a coruja do Alex emprestada de novo para você mandar uma nova carta solicitando participação nas pesquisas. Ofereceu Neville.

-- Claro que quero bom nos veremos mais tarde então, ai você me empresta a coruja. Até Logo. Despediu-se Hermione.

-- Até logo Mione. Disse Neville tomando a direção de sua próxima aula.

Hermione não teria aula naquela manhã, pois já tinha passado naquela matéria, então iria tomar um banho e ler alguns livros, mas quando abriu a porta levou o susto, em sua cadeira, sentado de costas para ela, havia um homem. Sua primeira reação foi puxar a varinha, mas então se lembrou de que não estava com ela, pois na universidade nunca fora preciso usá-la para defesa pessoal.

--Vejo que não aprendeu que a varinha sempre deve estar junto de seu dono. Respondeu o homem que permanecia sentado na cadeira, mas agora a encarava com um ar de deboche.
Assim que terminou de falar notou que a menina a sua frente ficou mais branca que papel e já ia cair ao chão, desacordada.

-- A só me faltava essa. Disse Snape seguindo em direção a porta para reanimar a moça.

-- Enervate!! Vamos Hermione acorde menina. Ao ouvir seu primeiro nome sendo dito por Snape, ou ao menos quem ela imaginava ser Snape, já que não era possível ser, afinal ele estava morto, não estava?

-- Obrigada Sr?

-- Ora menina você sabe perfeitamente bem quem eu sou. Respondeu impaciente Snape voltando a sentar-se na cadeira, depois de ajudá-la a levantar-se.

-- Bom eu penso que você seja o Sr Snape, mas isso não seria possível, pois ele morreu há quase três anos. Eu sei por que o vi morrer, eu estava na Casa dos Gritos quando tudo aconteceu, o vi ser mordido por Nagini, e ele não teria como sobreviver à mordida dela, teria? E também quando voltei para pensar no que fazer com o seu corpo, este não estava mais lá, então imaginei que havia sido levado por Comensais da Morte. Mas sabe essas memórias não me parecem certas, pois nesse mesmo dia machuquei minha cabeça, e não era um machucadinho, mas sim um grande corte, algo que eu lembraria como o tinha feito, mas não faço a menor idéia de como me feri. E também quando voltei ao castelo os meninos perguntaram como escapei dos Comensais que me raptaram, mas como eu ia saber se não tinha essa lembrança, mas sim a de que havia passado o tempo todo com eles no castelo festejando a derrota de Voldemort. Divagou Hermione falando mais para si mesma do que para o homem que se assemelhava demais com seu ex Professor de Poções.

-- Que honra saber de todo esse seu drama Srta Granger, mas gostaria de não ser brindado com mais nenhum de seus problemas pessoais. Disse-lhe Snape com escárnio na voz.

-- Mas afinal de contas homem quem é você, se não disser agora, eu vou lhe pedir que se retire dos meus aposentos ou chamarei socorro. Irritou-se Hermione.

-- Achei que você seria sempre a irritante Sabe-Tudo, mas estava enganado. Como já disse você saber perfeitamente bem quem eu sou.

-- Então é você Severo Snape? Mas como isso é possível como?

-- Acho bom a Srta sentar-se, pois o que irei lhe contar vai ajudá-la a me odiar mais do que já odiou.

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