Leia nas entrelinhas sr. Weasl
Surpreendentemente o tempo passou e quando vimos a semana já tinha chegado ao fim. Era sexta-feira e no dia seguinte os Weasley mudar-se-iam para um vale distante nas colinas. O que dificultaria e muito as idas até lá. O sr. e a sra. Weasley optaram por esse lugar pois foi o que mais lembrou-os da Toca. Afinal todos sentiam muita falta antecipada de seu lar. Mas eu não entendia uma coisa: Se não era isso que queriam e se era visível a dor da separação por que então continuavam com essa idéia fixa.
Mesmo sem entender apoiava Rony e sua família. Mesmo com os minutos contados. Pois estava fazendo um projeto de uma biblioteca. Mas não era uma biblioteca comum, não. Seria uma em só quem realmente é mágico ou tem um pouco de talento para tal pudesse entrar e utilizar os livros de magia. Estava às voltas com minhas poções também, toda a semana eu as enviava ao hospital St. Mungus para doenças e acidentes mágicos. Sem contar em todos os projetos enviados ao ministério que estavam em fase de avaliação dos mesmos.
Enfim percebi a contra gosto que existiam elfos que desejavam servir a amos e que como o Dobby eram raros, se não únicos. Mas pelo menos eu precisava garantir-lhes uma vida mais digna pois o tempo da escravidão já havia passado há muito tempo...
Pensando em tudo isso desci as escadas... Com um ar divagador. Andava tão cansada que mal tinha vontade de comer algo ou de apenas conversar com meus pais.
-Se era assim que tu ficavas quando estava atribulada de trabalho e de provas na escola- começou meu pai com um leve sorriso- eu não desejaria interromper teus pensamentos minhas filha.
-Ahn... ah, sim, sim papai. Respondi distraída.
-Onde anda sua cabecinha Mione não sabemos, mas temos certeza de que não é aqui no tempo presente. Riu-se minha mãe.
- Ah, claro, claro... continuei... visivelmente pensativa.
Tomamos o café em silêncio. Meu pai uma vez que outra resmungava ao ler o jornal. De repente ele exclamou:
-Puxa, tu viu querida, o que vão fazer numa colina, parece que vão fazer um aterro de lixo. E parece ser um lugar desabitado.É um enorme espaço. Veja, veja está bem aqui –disse marcando com o dedo a fotografia.
Lembrei-me de alguma coisa ao ver a imagem em preto e branco no jornal. Mas na hora não consegui fazer ligação alguma com nenhum local. Pensei que tivesse sido uma mera impressão.
Aparatei direto à Toca. Chegando lá a família estava alvoroçada correndo para cima e para baixo. Ronald quando me viu veio ao meu encontro e me deu um longo beijo. Fazia dias que não nos víamos.
-Muito bem- começou Jorge- agora que os pombinhos já se cumprimentaram mãos a obra, não é mesmo?
A sra. Weasley apareceu à porta; seu nariz estava parecendo mais um pimentão vermelho do que qualquer outra coisa.
-Ah, Mione querida- que bom que tu vieste- Sorriu-me ela. E vindo em minha direção, deu-me um abraço.
Quando já havia se passado mais de três horas de arrumação, a sra. Weasley convocou a Gina, Fleur e a mim para irmos até a cozinha ajudá-la a preparar a refeição. E aos guris ficou a missão de arrumar o jardim para o que seria nosso último almoço nos terrenos da Toca.
Quando foram servidas as sobremesas. Chegou um patrono informando que os futuros donos estariam chegando em cinco minutos. Esperamos o que pareceu ser um milênio, então aparataram na nossa frente dois homens de aspecto reservado e de cara de poucos amigos.
O sr. Weasley correu a cumprimentá-los.
Com uma expressão de profundo desagrado no olhar, Rony os observava conversarem com seu pai. Apertei firme a mão dele, parecendo acordar de seu aparente transe, virou-se e mirou-me com aqueles profundos e brilhantes olhos.Sorriu constrangido,apenas sacudiu os ombros como a dizer: se já está feito, está feito então...
Gina convidou-me para irmos recolher os pratos e talheres da mesa e seguimos para a cozinha...
Na cozinha Gina me contava da vida a dois com o Harry. Eles quase não se viam pois o Harry estava às voltas com seu curso para ser auror. Ele tinha passado em duas provas realmente difíceis. Mas como ela mesma dizia:
-O Harry já passou por tantas provas difíceis; na verdade ele nem precisava fazer o curso para ser auror. Pois vamos dizer assim: sem sua vitória sobre o Voldemort, o mundo bruxo ainda estaria em guerra...
Mas todos nós sabíamos que o Harry não aceitava nenhuma ajuda. Pois quando foi para ridicularizarem ele para o mundo Bruxo não faltaram notícias e nem jornalistas oportunistas...
Quando terminamos com a cozinha e já não havia mais desculpas para ficarmos dentro da Toca... tivemos que enfrentar novamente a realidade e voltarmos ao jardim...
Ronald estava observando os dois homens com o olhar vago como se nem os percebessem mais ali; Harry por outro lado estava mais atento e prestava disfarçadamente o Sr. Weasley e os dois sujeitos.
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