O baile real.
Era uma vez
Capítulo 3: O baile real.
Havia se passado duas semanas desde de a chegada do príncipe James Potter ao reino de Hogwarts. Todos os súditos do Rei Evans I foram convidados para o Baile em homenagem ao futuro marido da princesa, rei ao qual seguiriam.
A cidade estava alvoroçada, muitos boatos sobre os atributos do príncipe e seus acompanhantes corriam soltos entre os moradores. Suas melhores roupas foram separadas para a ocasião, os nobres mandaram fazer novos vestidos de baile, os camponeses ajeitavam suas roupas de festa. E quando chegou o grande dia, a correria tomou conta das pacatas ruas de Hogwarts.
James e Sirius já haviam se habituado ao castelo, eram tratados tão bem que por vezes sentiam remorso pelo que estavam fazendo, mas este não era o suficiente para contarem a verdade. Na tarde que se passou antes do baile começar, os dois guardavam seus cavalos no estaleiro com a ajuda de Remus. Já podiam chamar o cavaleiro de amigo.
- Duvido que ela aceite dançar com você...- Remus ria de James. – Mas peça, vai ser divertido...
- E porque ela recusaria a dança? – Argumentou Sirius. – Peça na frente do Rei e ela não terá como recusar...
James ria dos dois, mas a idéia de Sirius para conseguir uma dança com a princesa caçula lhe parecia tentadora. Enquanto discutiam suas possibilidades, Peter passava já em seu uniforme, preparado para o baile.
- Ei, você! – James o chamou, e o criado gorducho olhou para os lados para saber se realmente estavam falando com ele. Ao constatar que não havia mais ninguém aproximou-se. – Seu nome é Peter, não é?
- Sim, senhor. – Peter gaguejou. – Deseja algo?
- Precisamos de um desempate. – proferiu Sirius com um sorriso que fez o outro sorrir de volta. Afinal, o príncipe, o novo rei estava falando com ele. – Você acha que a princesa Lily aceitar dançar com meu amigo Pontas?
- Esse é o apelido de seu amigo? – Peter ainda tinha dificuldade de falar. – A princesa Lily é um pouco imprevisível...
- Não disse? – Remus falou animado. – O príncipe adora dar apelidos para os amigos, Peter, não ligue...
- Isto mesmo!- Sirius e James resolveram se chamar por seus apelidos de infância para diminuir as chances de serem pegos em sua farsa. – O dele é Pontas... bem, por conta deste cabelo e Remus ganhou o apelido de Aluado, pois vive no mundo da lua depois que ficou noivo... Você Peter... Se chamará rabicho, pois parece um ratinho com medo da gente...
Peter deu um riso forçado. Havia observado os três durante as duas semanas e almejava ter a mesma sorte de Remus e se tornar amigo de pessoas tão importantes. Agora estava até recebendo um apelido.
- Não se esqueça de seu apelido, meu caro príncipe. – James disse ainda rindo do apelido de Peter. – Almofadinhas! Alguém com a fala tão pomposa que se pode dormir durante uma conversa...
Eles retornaram a conversar sobre o baile, apenas Peter conhecia a noiva de Remus. Este brincava dizendo que não queria apresentá-la nem a Sirius, nem a James. Peter o lembrou que o príncipe era um homem comprometido e então os sorrisos dos visitantes se desfizeram.
- Acho que está na hora de nos prepararmos para este baile, afinal. – Disse Remus que já havia percebido que a luz dos olhares dos novos amigos desapareciam a cada menção feita a este casamento. – Afinal, vocês serão os grandes homenageados, vai ser uma vergonha se o baile começar sem o príncipe...
- E eu preciso terminar com minhas tarefas...- Falou Peter como se saísse de um sonho e voltasse à realidade.
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O Salão Real fora feito para ocasiões como aquela, muitos bailes já haviam sido realizados ali. Quantos aniversários reais, quantos bailes de primavera e até mesmo comemorações de casamentos aquelas paredes com pinturas feitas à mão de delicadas flores douradas já haviam vivenciado? Não havia necessidade de decoração, os grandes lustres de cristal pareciam preencher o espaço não só com sua luz, mas com toda a sua beleza. Uma mesa com uma quantidade exorbitante de comida estava posta num canto, deixando espaço para que os longos vestidos de baile fossem conduzidos no ritmo da melodia produzida pela harpa.
-Papai, posso me sentar? – Lily dançava com seu pai. Há nove anos, desde de que sua mãe morrera, que a princesa caçula dançava sempre a primeira dança com o Rei. E a primeira música havia acabado de chegar ao fim. Ela se divertia pouco com aquelas coreografias tradicionais, e sempre sentia todos os olhares sobre ela. Nesta noite, no entanto, a maior parte da atenção estava voltada para o príncipe e Petúnia que bailavam no meio do salão.
-Ah! Olhe, o nobre amigo do príncipe está vindo em nossa direção.- O Rei lançou um sorriso para James. – Acho que ele quer dançar a próxima música com você.
Lily fechou os olhos. Sabia que não teria como escapar daquela dança. Seu pai não a perdoaria se fosse mais uma vez indelicada com os visitantes. Especialmente, com este visitante. Era difícil entender porque o Rei se afeiçoara tão rapidamente à ele.
James colocou a mão esquerda na cintura da princesa e esta pois a direita em seu ombro, as mãos desocupadas foram entrelaçadas. E assim começaram a dançar de um lado para outro, como todos os outros casais.
-Você está linda...- James conseguiu dizer entre um passo e outro.
-É só um vestido e uma coroa.- Disse Lily de mau humor. Sabia que era um lindo vestido, e gostara bastante do resultado final quando finalmente conseguiu manter seu cabelo preso num coque.
- Desculpe, me expressei errado. – James abriu um grande sorriso. – Você é linda...o vestido também, mas você o ofusca totalmente.
-Acho que deveria agradecer, certo? – A princesa tentou disfarçar a vermelhidão que o elogio provocara. – Não acha que seu amigo, o príncipe, deveria estar dançando com minha irmã?
- Ele estava...- James a olhou um pouco confuso. O que Sirius estaria aprontando desta vez era o que ele tinha em mente. –Talvez ele tenha ido conversar com o Rei...
-Não.- Lily falou antes de ser rodopiada num passo. – Ele está conversando com Remus e Hestia. – Eles trocaram de posição em outro passo para que James também pudesse vê-los. – Petúnia está dançando com um estranho.
-Verdade.- James avistou a princesa para quem havia sido prometido dançar com um homem um tanto quanto alto e corpulento. Voltou a olhar para onde Sirius e Remus estavam. – Então aquela é a noiva de Remus? Realmente muito bonita.
- E uma pessoa adorável também. – Lily sorriu. Já era a segunda dança que compartilhava com o nobre, poderia ter inventado uma desculpa para parar, mas surpreendentemente, era agradável estar perto dele.
-Remus havia me dito que você não aceitaria dançar comigo...- Ele riu ao deslizarem perto dos amigos que agora também estavam acompanhados por Marlene.
-Você deu sorte de meu pai estar perto ou, provavelmente, não teria aceitado...- Lily também sorriu para ele.
Os dois ficaram um tempo apenas dançando. James ficou feliz de poder olhar tão de perto os olhos da princesa, o cheiro que emanava dela também era muito bom. Lily, por outro lado, se absteve de pensamentos enquanto estava sendo conduzida por ele. Ao final da sexta música resolveram que não agüentariam mais uma rodada de rodopios.
- Vamos comer alguma coisa...- Sugeriu James, conduzindo a princesa pelo cotovelo.
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Todos os serviçais do castelo haviam sido dispensados para que também pudessem participar do baile. Isto depois de todo o trabalho que tiveram para organizá-lo, e que no fim teriam para arrumar tudo. Alice estava muito feliz com o vestido que Lily lhe dera no último Natal, de um tom rosa e tecido tão luxuoso que era digno de uma princesa.
Estava conversando com Marlene sobre as possibilidades de Lily ceder aos encantos de seu mais novo – e mais charmoso- admirador, enquanto a princesa dançava com ele. E então Marlene sentiu uma sede súbita enquanto olhava para alguém que se aproximava por trás de Alice, a deixando sozinha.
-Aceita uma dança?- Frank juntou toda a sua coragem para fazer o pedido. Realmente Alice era a única vantagem que conseguia ver em está incluso nesta confusão do príncipe.
-Que susto!- Alice se virou levando sua mão ao peito, com um sorriso instantâneo no rosto ao ver quem estava falando com ela. – Na verdade, fico um pouco tonta com tanta gente girando de forma tão sincronizada.- Percebeu que Frank ficou um pouco decepcionado com a resposta e essa era última coisa que ela queria, então acrescentou.- Mas adoraria dar uma volta nos jardins, eles realmente ficaram lindos com as luzes que o Rei colocou.
- Ótima idéia. – Disse Frank sem conseguir esconder o quanto estava contente. – Então, vamos?
O casal caminhou pelo jardim enquanto conversavam sobre a história de suas vidas. Alice saíra de casa aos doze anos para morar com uma tia, pois seus pais não tinham dinheiro para cuidar dela e dos oito irmãos menores. Quando fez quinze anos uma das camareiras do Rei faleceu e ela foi até o castelo onde conseguiu muito mais que um emprego.
Frank tinha uma história de infância com muito menos sacrifício, foi criado no castelo de Godrics Hollow, junto de Sirius e James. Não com todos os mimos que os dois recebiam, mas com bastante fartura e carinho. Seu pai era cavaleiro, assim como ele. Ele também contou sobre uma ou outra batalha pela qual lutara por seu reino.
Chegaram perto de um canteiro onde haviam roseiras. Frank se aproximou e agachou-se para procurar uma flor cujo galho tivesse menos espinhos. Depois ergueu-se oferecendo a rosa para Alice. Esta a recebeu com um sorriso antes de levá-la até o nariz para sentir seu perfume.
-Vou guardá-la! – Alice disse olhando nos olhos grandes e castanhos do cavaleiro a sua frente.
Frank não conseguiu se frear e levou às duas mãos até o rosto da menina, a puxando para um beijo. Alice mesmo surpresa correspondeu.
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Marlene foi cumprimentar Remus e Hestia pelo recente noivado. Quando se aproximou percebeu que o príncipe ainda estava lá. Por mais que tentasse manter seus pensamentos em ordem, não conseguia para de pensar que aquele homem tão belo estaria muito melhor com ela do que com Petúnia. Sabia que não era um pensamento santo, mas não lhe parecia um pecado tão grande quando Petúnia berrava de mau humor.
- Parabéns, Hestia!- Lene abraçou a amiga enquanto Remus e Sirius as observavam.
- Você e Lily serão minhas damas de honra!- Hestia disse sorridente.O seu cabelo era loiro escuro que combinava perfeitamente com o tom de pele claro e os olhos mel. – O que me diz?
-Claro que aceitamos!- Marlene respondeu sorridente, só então cumprimentando Remus e o príncipe. – Estão aproveitando o baile?
-Bastante. - Remus falou divertido. – Almofadinhas, esse é o apelido de nosso pomposo príncipe, deu a idéia para que Pontas convidasse Lily para dançar na frente do Rei.
- Agora fica mais claro para mim porque ela aceitou. – Marlene sorriu para os dois. – Eu e Alice já estávamos animadas com as possibilidades de ela estar cedendo aos encantos dele.
- Bom, mas ela dançou seis músicas com ele- Observou Sirius. - Duas seriam o suficiente para manter as boas maneiras, não?
- E vossa alteza, não deveria estar dançando com sua futura esposa?- Marlene provocou, enquanto Sirius fez questão de não esconder uma careta.
- Não estou muito bem para dança hoje. – Ele disse solenemente. – Petúnia me pareceu bastante feliz de dançar com Valter Dursley, depois da terceira vez que pisei em seu pé.
Remus e Hestia apenas riram pois haviam assistido de perto toda a cena.
- Não sabia que não sabia dançar!- Marlene exclamou sem conseguir acreditar. Um príncipe que não dança.
- Bom, tem muitas coisas que você não sabe sobre mim. – Sirius deu um sorriso galante. – Mas, eu não disse que não sabia dançar. Se você quiser posso te ensinar, inclusive, alguns passos...
Marlene tinha uma resposta na ponta da língua. Remus tinha mil pensamentos fervilhando em sua mente e Hestia estava doida para dançar a próxima música. No entanto nenhum deles pode fazer nada disso.
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A música parou. Alvo Dumbledore, com sua barba e cabelos compridos de um branco cintilante, e seu metro e oitenta de altura fez entrou no salão real chamando atenção de todos. Peter o olhou sem surpresa, já sabia do que se tratava. Porém a maioria que estava ali não fazia idéia porque o Bispo Hogwarts, o homem mais inteligente do povoado, havia interrompido o baile daquela forma.
Alvo endireitou seus óculos e assim que avistou o Rei ao lado de sua filha mais nova e de um homem que nunca havia visto correu até eles.
- Eles invadiram o povoado- Dumbledore conseguiu falar em tom calmo, mas seus olhos azuis faiscavam de preocupação. – Aproveitaram que estavam todos aqui no baile e fizeram um estrago nas casas e nas ruas.
O baile havia chegado ao fim.
Nota da autora:
Oi pessoal!
O próximo capítulo vai ser bem legal! Aliás, essa fic ta ficando bem legal, pelo menos de escrever, rs! Espero que gostem!
O que vocês acharam do Frank? E do James? Bom, se eu fosse a Lene também cobiçaria o Sirius, rs, mesmo que ela ache que ele é noivo de outra.
E como não podia deixar de ser. Por favor, meus amores, deixem comentários, please! Não custa quase nada me fazer feliz!
Beijinhos e mais beijinhos no coração de vocês!
P.S. Vou postar mais capítulos, rs. Mas por favor comentem!
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