E a Guerra Começa



Não demorou muito tempo para que Lion cumprisse sua promessa, pouco depois de Harry e Gina terem retornado a corte, vários homens do povo da floresta chegaram sob o comando de Jhoan, como Lion não estava totalmente recuperado da maldição pela qual foi vítima, Jhoan sendo a próxima na sucessão veio liderando os homens, como membro do povo da floresta, Jhoan não se vestia como as mulheres da corte, assim como as mulheres guerreiras ali presentes ela não via motivos para usar todas as roupas que as mulheres comuns usavam, ela sempre usava calças largas feitas de linho e amarradas por um cordão na cintura fina e uma blusa branca de alças largas e com um pequeno decote circular, na verdade a blusa era uma regata (Jhoan copiara um dos modelos que vira Gina usar), mas claramente esse tipo de modelo naquela época era não só um escândalo como também totalmente desconhecido, para a batalha Jhoan normalmente usava uma armadura feita especialmente para ela, Harry e Gina tinham-na presenteado com a armadura no dia em que partiram, dizendo que no futuro Jhoan precisaria dela.

- Sejam bem-vindos. – cumprimentou Arthur, ele já estava começando a se acostumar com mulheres no comando.

- É um prazer conhecê-lo Majestade. – falou Jhoan com uma leve reverência.

- Não sabia que vocês tinham um brasão. – comentou Arthur curioso vendo que eles traziam uma bandeira com um brasão até então desconhecido por ele, era extremamente simples, era oval com duas flechas o ultrapassando nas horizontais e uma pantera negra dominava todo o centro do brasão.

- Nós apenas escolhemos um animal que diz muito sobre nós. – disse Jhoan calmamente. – Assim como o falecido Rei escolheu o dragão para demonstrar que seu exército era poderoso e forte, nós escolhemos a pantera para demonstrar que nossos inimigos devem temer nossa agilidade e destreza.

- Interessante. – falou Arthur sorrindo, orgulhoso pela alusão a seu pai, às vezes pensava que o povo só se lembrava dos tempos difíceis sob o comando de Vertigeiro e se esqueciam dos tempos em que seu pai governava com bondade e sabe…

- Marcus! – um grito arrastou Arthur de volta a realidade.

Na mesa da Távola Redonda estavam presentes novamente todos os aliados de Arthur, quem havia gritado era Sir Urião, um dos mais nobres e antigos aliados de Arthur, foi o primeiro a se unir a Arthur quando ele resolveu lutar contra Vertigeiro, bondoso e temente a Deus, ele abominava o que Vertigeiro era capaz de fazer, mas como nunca teve grandes guerreiros não pôde se levantar contra o algoz de seu povo, ele foi um dos principais patrocinadores de Arthur, pois apesar de nunca ter tido grandes guerreiros e nem ele ter sido um, ele era um excelente negociante e dinheiro nunca lhe faltou para nada.

Sir Urião só se ressentia de uma única coisa em sua vida: a perda de seu único e amado filho Marcus, como era costume naquela época os filhos dos nobres deviam ser mandados a outros feudos para que fossem sagrados cavalheiros. Marcus havia sido mandado para o feudo de Sir Heitor, mas ele desapareceu numa emboscada feita por saqueadores antes mesmo de chegar à metade do caminho, desde então todos o consideravam morto, menos Sir Urião que sempre acreditou que seu amado filho pudesse ainda estar vivo.

Mesmo o amando tanto ele nunca conseguiu demonstrar isso para o filho. Ele era um homem rígido não só em seus negócios como também em sua vida e em tudo o que o cercava, sua esposa Lídia conhecia-o bem demais para se deixar levar pelo modo ríspido com que ele a tratava, no entanto, seu filho Marcus sempre se ressentiu por seu pai nunca ter demonstrado nenhum sentimento de compaixão, nem por ele nem pela mãe. Apenas ao perder o filho que Sir Urião percebeu o quanto estava errado e começou a ser mais amoroso. Mas estava começando a perder as esperanças de um dia reencontrar o filho e demonstrar o quanto o amava, ele mal pôde acreditar nos seus olhos quando viu seu querido filho entrar pela porta do salão ao lado dos homens da floresta, assim que gritou, os olhos de pai e filho se cruzaram pela primeira vez em muitos anos. Marcus tentou se manter indiferente, mas era impossível, ele aprendeu há muito tempo que as pessoas erram e que devem ser perdoadas, por isso ele perdoou o pai há muitos anos, mas não podia voltar, pois se voltasse para a corte perderia Jhoan.

Aquele era o momento que Jhoan mais temeu em toda sua vida, Marcus estava mais uma vez entre os seus, entre sua família, e ela poderia o perder, viu o pai de Marcus se aproximar, ele parecia não acreditar que seu filho estava vivo e saudável bem na sua frente, Jhoan observou com o coração apertado o marido ser abraçado pelo pai. Sir Urião esqueceu qualquer protocolo de etiqueta que existisse e chorou nos braços do filho como se fosse uma criança, Marcus mesmo sem fazer tanto alarde também chorava, grossas lágrimas lhe molhavam o rosto enquanto sua mãe também se aproximava, esta também chorava e parecia não acreditar no que seus olhos viam, Jhoan se manteve firme dividida entre duas forças poderosas que existiam dentro dela, uma era a vontade enorme de ver Marcus feliz seja lá qual for o preço que ela precisasse pagar, e a outra era a sua parte mais egoísta, a que queria pedir para Harry e Gina apagar a memória de todos ali presentes até a dela mesma e que eles mandassem Marcus de volta a aldeia de onde ele não deveria ter saído.

Marcus se sentia confuso como nunca antes na vida, quando insistiu para vir à corte ele sabia que encontraria o pai, mas ele sabia que já estava na hora de enfrentar seja lá o que o pai fizesse, ele esperava que o pai o deserdasse e o repudiasse como filho, aquilo iria doer, mas ele não queria mais se esconder, no entanto o pai o recebeu com lágrimas e um abraço, juntamente com sua amável e idolatrada mãe.

- O que está acontecendo aqui? – o momento foi interrompido por Arthur que não estava entendendo nada, ele não chegara a conhecer Marcus e tão pouco conhecia a história do filho de Sir Urião.

Depois de uma hora inteira tudo foi explicado, desde o desaparecimento de Marcus até o momento que ele entrou em Camelot, muitos na corte mal podiam acreditar que Marcus deixou todos os confortos e luxos de uma vida como nobre para viver numa floresta por causa de uma mulher, mas aqueles que conheciam o amor e seu poder entendiam muito bem os motivos de Marcus.

Jhoan ficou anormalmente calada durante todas as explicações, nem mesmo quando foi descrito o salvamento de Marcus e muitos a olharam surpresos ela demonstrou alguma reação, ela estava alheia a tudo que a cercava, dominada pelo medo de perder o único homem que amou, ela se sentou entre Harry e Gina e esses tentavam passar algum conforto para ela, Marcus sentou-se ao lado de seus pais, diretamente de frente para Jhoan, ele sabia que a esposa estava triste e sabia bem o motivo, assim como ele o maior medo de Jhoan era que os dois se afastassem, mas isso ele não aceitaria jamais! Ele não era forte o bastante para deixá-la e nem tinha vontade de fazê-lo, mesmo que amasse os pais e estivesse feliz por vê-los, Jhoan é a coisa mais importante na sua vida e não permitiria que se afastassem.

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Semanas depois o clima na corte se tornava cada vez mais tenso, Malagaunt continuava em silêncio e todos temiam a primeira batalha entre os homens de Arthur e do bruxo, no entanto quem esperava que os seis jovens bruxos ficassem parados enquanto Malagaunt não atacasse estavam muito enganados, eles começaram a participar das rondas que os soldados faziam. E Lince tratou de arranjar um espião entre os homens de Malagaunt, como ela tinha conseguido tal proeza ninguém sabia, pois ela não foi vista deixando o castelo em nenhum momento e Merlin garantia aos outros bruxos que ela não tinha aparatado, todos queriam saber quem era este informante, mas Lince não disse nada a ninguém, apenas repassava as informações que descobrira e sempre que era perguntada sobre a identidade do espião ela desconversava, o restante do sexteto ficara muito frustrado com isso, principalmente Hermione que não conseguira decifrar esse pequeno enigma. Sirius era o único que não estava perguntando a Lince quem era o espião, pois ele tinha certeza que ela não contaria.

- Sirius. – chamou Samantha puxando a manga da camisa dele, para que ele olhasse para ela, eles estavam indo até os estábulos, pois Samantha havia insistido para aprender a montar, Lince os estava esperando lá, Sirius não gostava de montar cavalos, preferia hipogrifos, então transferiu a responsabilidade das aulas para Lince.

- Sim? – perguntou Sirius se abaixando para ficar da mesma altura da filha.

- Porque todo mundo olha para a mamãe com medo? – perguntou a menina, ela podia ver nos olhos da maioria do povo do castelo medo quando Lince passava e toda vez que ela falava quem era sua mãe começavam a paparicá-la e a tratá-la com uma cortesia que a assustava.

- Sua mãe é uma guerreira. – respondeu Sirius sorrindo, pegando Samantha no colo e continuando a caminhada enquanto falava. – As pessoas têm medo por que sabem que ela é muito forte e poderosa.

- Hum. – Samantha não sabia bem o que pensar sobre isso, afinal mesmo ela sabendo que Lince era muito forte e poderosa ela não tinha medo da mãe.

- Sam. – começou Sirius meio incerto olhando de relance para os lados para ter certeza de que ninguém os escutava. Samantha o olhou com expectativa, pois Sirius parecia estranhamente envergonhado. – Porque você chama a Lince de mãe e não me chama de pai?

Samantha arregalou os olhos, ela sempre quis chamar Sirius de pai, mas morria de medo que ele não gostasse, mesmo sabendo que entre os bruxos as coisas eram diferentes, ela foi criada com o conceito que os homens eram perigosos e que deviam ser respeitados, por isso ela não teve tanto receio de chamar Lince de mãe, mas tinha medo de chamar Sirius de pai.

- Eu pensei que o senhor ficaria bravo. – respondeu Samantha olhando para o chão.

- Pois saiba que eu adoraria se você me chamasse assim. – falou Sirius levantando o rosto da menina até que ela o encarasse.

- Ok. – concordou Samantha abrindo um enorme sorriso e abraçando Sirius. – Papai.

Sirius sorriu também e ambos foram para a primeira aula de equitação dela, Samantha começaria montando um pônei que Lince havia comprado somente para aquela finalidade.

Foi somente quando Lince comprou o pônei de um mercador que estava de passagem na corte, que todos souberam que ela tinha trazido uma enorme fortuna para o passado. Como naquela época dinheiro ainda não existia e a maioria das coisas era trocada e não comprada, Lince apelou para o ouro, pois sabia que naquela época (e em qualquer outra) o ouro era aceito como moeda de troca onde quer que estejam. Lince antes de ir para o passado, tinha comprado muitas barras de ouro, que ela cortou em pequenos pedaços, pois uma barra valia muito e não daria para ela comprar nada que quisesse, pois nada naquela época (exceto palácios e armaduras) valia barras de ouro, e também tinha trazido uma grande quantidade de jóias que eram mais fáceis de serem avaliadas e trocadas, tudo isso ela levava num saquinho preso em seu pescoço, eram aqueles pequenos saquinhos de couro nos quais se guardavam jóias, mas ele era enfeitiçado para ser capaz de guardar uma grande quantidade de coisas. O restante do sexteto se sentiu meio idiota por não ter pensado nisso também, mas já era tarde, e também Hermione e Gina tinham ganhado muito ouro ao descobrirem o tesouro para o rei Pelás, então dinheiro decididamente não era um problema.
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- O que devo fazer? – perguntou-se Malagaunt, repassando mentalmente as informações que Sir Mordred havia lhe dado durante sua ultima visita.

Malagaunt começava a temer o sexteto de bruxos, pois sabia que não podia vencê-los. Os bruxos que conseguira recrutar eram medíocres, mesmo que no modo de ser eles fossem cruéis o suficiente para serem bruxos das trevas, eles mal conseguiam fazer uma maldição (das mais simples) direito, não tinham treinamento e muito menos controle de seus poderes, ele e Mordred vinham treinando-os para que eles aprendessem, mas os resultados não eram satisfatórios, eles não tinham interesse em treinar, Malagaunt sabia que o clima na corte de Arthur era tenso, pois esperavam que ele atacasse a qualquer momento, no entanto, como ele podia atacar com todos aqueles bruxos poderosos para defender Arthur?

Apenas Mordred e ele tinham alguma chance contra o Sexteto da Morte, mas ele também tinha outras preocupações, Merlin não se metia em batalhas, de acordo com o próprio ele não se achava no direito de lutar sendo que ninguém poderia derrotá-lo, mas Merlin nunca teve tanto carinho por ninguém como ele tinha com aqueles bruxos do futuro, sem falar que Mordred desconfiava que Merlin estava tendo um caso com alguém, mas não conseguia descobrir quem era a mulher, e se ele machucasse a mulher que Merlin amava? O mundo estaria acabado e no mínimo ele seria transformado em algum inseto e morreria pisoteado pelas botas de Merlin.

Malagaunt tinha certeza que tinha que arranjar um jeito de derrotar o Sexteto, no entanto nada do que ele pensava era suficientemente bom…

- Separe-os. – uma voz ressoou pela sala escura, Malagaunt sorriu ao ouvir a voz de seu melhor e mais novo espião. – O único jeito de vencer o Sexteto da Morte é separando-os, e para isso não é necessário nem matar, tudo que tem que fazer é se concentrar no elo e na coragem deles, ou seja, em Lince e Harry Potter respectivamente.

Malagaunt sorriu satisfeito, uma idéia se formando em sua mente.
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- Seu povo está sendo atacado. – falou Morgana calmamente, ela olhava diretamente para Jhoan que a olhou atônita, com medo do que Morgana falara e também por que Morgana não parecia estar olhando para ela. Os olhos de Morgana estavam opacos e sem vida, era como olhar para um poço sem fundo.

- Acho melhor vocês irem. – incentivou Merlin olhando para o sexteto que observava Morgana em silêncio, Merlin percebeu que Morgana estava tendo uma visão.

- Eu irei com vocês. – se ofereceu Lancelot, ele estava louco para deixar a corte.

- Se for você vai se machucar. – falou Morgana, sua voz estava um pouco mais alta do que normalmente ela usava e um pouco mais calorosa também, seus olhos tinham voltado ao normal.

- Não importa. - disse Lancelot um pouco ríspido, ele odiava estar na corte e por isso não gostou de Morgana ter interferido na sua única chance de sair dali, mas ele se arrependeu segundos depois das palavras saírem de sua boca e olhou para Morgana num pedido mudo de desculpas, ela lhe lançou um olhar gelado, e ele engoliu em seco, pois sabia que se Morgana fosse um pouco menos controlada ele estaria morto agora.

Sem qualquer paciência para discussões ou atrasos, o Sexteto aceitou a ajuda de Lancelot que os acompanhou feliz da vida, eles cavalgaram muito rápido, seus cavalos pareciam parte deles, indomáveis e com pressa. Morgana lhes falou que eles tinham apenas até o amanhecer para chegarem a tempo de ajudar, Sirius ficou incumbido de cuidar de Samantha, Jhoan mesmo querendo ir, preferiu ficar na corte, sabia que os amigos cuidariam de seu pai e de seu povo, ela temia que se fosse embora Marcus a abandonasse, pois ele decidiu que ficaria na corte, e ela ficaria ao lado dele.

Sem descanso e sem parar para comer o Sexteto e Lancelot conseguiram chegar um pouco depois do ataque começar, havia muitos bruxos e principalmente havia muitos gigantes.

- Lince você fica com os gigantes! - gritou Harry, que observando a cena percebeu que precisariam se separar para melhor ajudar. - Hermione fique com os arqueiros! Rony vem comigo para frente de batalha lutar contra os soldados, Gina fique com os bruxos, Anny dê assistência aos feridos, impeça que eles sejam pisoteados ou mortos enquanto estão no chão, Lancelot bem… em você eu não posso mandar, então você ajuda quem quiser.

Lancelot sorriu perante o rosto vermelho de Harry, ao que parecia Harry iria dizer o que ele devia fazer e aí percebeu quem ele era.

- Estou aqui para ajudá-lo, sendo assim estou sob suas ordens. - falou Lancelot enquanto desmontava junto com os outros.

- Fique comigo e com o Rony então. - falou Harry sorrindo, partindo em buscas dos soldados de Malagaunt, seguido de perto por Rony e Lancelot.

Ao avistar os bruxos os homens de Lion começaram a ter um pouco de esperança, eles perceberam quando o ataque começou que não conseguiriam vencer, não podiam ficar isolados na aldeia onde era seguro, pois se isso acontecesse estariam sem provisões, eles só guardavam comida quando o inverno estava próximo e não tinham muitos animais e nem plantas frutíferas para alimentá-los.

Lince matou o primeiro gigante sem este nem ao menos ver o que o atingiu, ela usou o feitiço de lançar uma das espadas, mas logo a convocou novamente e atacou o próximo gigante, ela correu ao redor dos pés dele cortando-lhe os tendões, fazendo com que o gigante caísse de joelhos urrando de dor e raiva, sem se deter Lince pulou em uma árvore e a usou como impulso para alcançar a garganta do gigante, este também tombou sem ver o seu atacante, os outros gigantes, três no total, ficaram alarmados com a rapidez com que Lince matou os outros dois, sem pensar muito bem, os três partiram para o ataque, é claro que com seu tamanho eles acabaram tropeçando uns nos outros e Lince pôde matar mais um, escalando-o pelo braço até o pescoço deste, ela estava já suja de sangue, e amaldiçoava a hora em que escolheu uma roupa branca para usar naquele dia, Lince continuou o ataque.

Harry, Rony e Lancelot estavam lutando contra vários adversários, no entanto, o ataque principal estava em Harry, parecia que os soldados preferiam atacá-lo a atacar os outros, a luta deles era veloz e muitas vezes Rony ajudava Harry, mas em certo momento da luta os três acabaram se afastando.

Lancelot tinha um jeito meio feroz de lutar, ele atacava sem parar, com ataques rápidos e precisos, não dando tempo para adversário atacar, mas isso o fazia não prestar atenção em sua defesa, se alguém conseguisse o surpreender, ele morreria facilmente, isso foi observado por Rony que estava por perto, o estilo de batalha de Rony era mais defensivo, mas também se concentrava no ataque.

Harry estava lutando contra muitos e ao mesmo tempo, ele estava começando a ficar apreensivo, tinha se afastado demais do grupo principal de lutadores e ele estava em grande minoria, era ele contra dez, ele utilizou várias vezes a camuflagem entre a floresta para fugir de um ou dois lutadores, ele estava cansado e ferido, e decididamente aquilo não era nada bom, respirando fundo ele voltou para a batalha depois de se esconder por algum tempo para recuperar um pouco do fôlego, ele pressentiu que havia um bruxo se aproximando, mas não esperava ser atacado tão imediatamente, os bruxos daquela época normalmente atacavam primeiro com espadas.

O bruxo atacou Harry e este voou longe por causa do ataque e foi cair a metros de distância da batalha, bem no meio de uma estrada vazia e pouco utilizada, ao ser atingido pelo feitiço, Harry desmaiou, mas para sua sorte, o bruxo e os outros atacantes foram parados por Lancelot e Rony, que os derrotaram imediatamente, no entanto eles não sabiam que Harry havia sido atingido e foram novamente para o centro da batalha, acreditando que Harry estaria lá.

Gina travou muitos duelos com vários bruxos, não teve muitos problemas, apenas alguns cortes superficiais, no entanto, Gina sentiu um grande mal estar e acabou desmaiando, a ultima palavra que pronunciou foi: “Harry”. Anny que estava cuidando dos feridos e impedindo que eles fossem atacados enquanto estavam no chão incapacitados de se defenderem percebeu o que acontecera e foi ajudar à amiga.

Hermione tentava dar cobertura para todos que lutavam, ela e os outros arqueiros se escondiam entre as folhagens das árvores e atiravam nos adversários, era preciso uma incrível precisão para não acertar os aliados, felizmente eles eram bons o suficiente para isso.

Lince estava tendo problemas com o ultimo gigante, ele era um pouco menor que os outros, mas tinha mais agilidade, o que impedia Lince de se aproximar, e ele era capaz de desviar dos ataques aéreos que ela fazia com uma das espadas, ela estava cansada e o gigante também, mas ela perdeu a concentração ao sentir um ataque de pânico que não vinha dela, ela se sentia muito estranha, era como se ela estivesse sentindo o que outra pessoa sentia, mais ou menos parecido com o que ela sentia quando estava ligada a mente de alguém do sexteto e esse se machucava, no entanto era uma escala bem maior, como se fosse ela mesma que estivesse em pânico, coisa que nunca sentira antes na sua vida.

Era totalmente irracional, ela sentia-se arfar e era como se algo apertasse seu coração, seus olhos estavam embaçados e ela não conseguia ver direito o gigante que continuava a atacando, ela percebia vagamente que precisava se concentrar, mas o medo não deixava, começou a suar frio e sentiu como se estivessem passando gelo em suas costas, sua respiração não parecia querer se acalmar e seus olhos se recusavam a ver direito, percebendo que ela não conseguiria continuar lutando dessa forma, chamou Anny e caiu de joelhos as mãos enterradas na terra, enquanto tentava se acalmar e se livrar do que estava sentindo, ela sentiu uma forte pancada e seu corpo sair voando em direção oposta a que viera, o gigante a tinha acertado e ela estava atravessando grande parte da floresta, levando consigo várias árvores, ela conseguiu se controlar o suficiente para proteger seu corpo usando magia, mas não rápido o suficiente para impedir de se machucar.

Sentiu o corpo perder velocidade e cair, olhou ao redor com dificuldade, estava numa estrada bem pavimentada e tinha caído de frente a uma carruagem que parecia ter quebrado a roda, já recuperada da crise de pânico que não era dela e ela descobriria o porquê de ter sentido isso mais tarde. Lince se levantou tirando a sujeira da roupa e olhou para a carruagem, um homem muito bem vestido a olhava de olhos muito arregalados e junto dele estava um servo e um outro homem que devia ser seu escudeiro, eles também a olhavam como se ela fosse um extraterrestre.

- Que foi? - perguntou Lince se encaminhando para a floresta pronta para retornar a batalha, mas ela sentiu uma forte tontura e acabou desmaiando sendo amparada pelo homem bem vestido que olhou para os outros em busca de ajuda, mas os dois outros homens estavam tão perplexos quanto seu senhor, o homem amparando Lince a pegou no colo e a levou para dentro da carruagem, de onde minutos depois partiram de volta para o castelo do homem, para onde ele estava indo antes de ver Lince cair do céu.

Enquanto isso Harry também era encontrado por estranhos, mas dessa vez foi uma mulher que o encontrou, ela cavalgava pela estrada que atravessava sua propriedade como sempre fazia à tarde, quando encontrou Harry caído e ensangüentado no chão, ela chamou os homens que a seguiam a distância, para assegurar que ela voltasse sã e salva para seu castelo e com a ajuda deles levaram o Harry para o castelo onde poderiam tratar de seus ferimentos.


Mat: sim, você acertou, nesse capítulo tem muita ação e muita coisa nos próximos capítulos vai girar em torno desse aqui (hehehe, mas eu não conto o que é). Beijo e obrigada por sempre comentar, eu sei que já te disse isso, mas é muito importante para mim ter pessoas como você sempre comentando minha fic, muito obrigada.

Gian: nesse eu coloquei um pouco mais do Sirius, afinal ele é o pai, e a Lince volta a ser a guerreira de sempre, não sei porque, mas eu ri muito enquanto escrevia a parte que ela cai do céu e os três homens ficam a encarando, eu vou explicar melhor como ela sobreviveu ao ataque nos próximos capítulos, ela não é imortal nem indestrutível, existe algo por trás da força dela ok? Beijo e obrigada por comentar.

Laurenita: bem... eu não falei que era o Sirius quem viu alguma coisa, tinha muita gente de olhos azuis ali, pode ser mesmo o Sirius, mas pode ser a Lince, o Rony, o Arthur, a Guenevere e quem sabe até mesmo a pequena Samantha, sabe como crianças são curiosas, e também tem as sacerdotisas que acompanhavam a Morgana, eu não as descrevi, mas pode ser alguma delas, quem sabe... (obrigada por comentar, beijo)

Pedro: eu sei que a fic ficou um pouco sem ação, mas não se preocupe a partir desse capítulo a guerra começa de verdade e vai pegar fogo, muitas coisas vão girar em torno desse capítulo. Ah! E o que importa é que você comente, mesmo que demore, beijo!

Angelita: que isso, eu não sou má... ok, eu sou, mas com os personagens, eu sempre posto os capítulos rápido e não deixo vocês esperando muito tempo, e bem, se você achou que eu terminei na melhor parte no outro, nesse você vai querer me matar O-O. Bem, eu agradeço por você ter comentado, um beijo e continue comentando, por favor.

Markim: obrigada e espero manter o estilo, e fico muito feliz que você tenha voltado a comentar e a ler a fic, beijo!

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