Presentes



- CAPÍTULO VINTE E SETE –Presentes


Lílian abriu os olhos lentamente e olhou para o relógio bruxo ao lado de sua cama, que marcava nove horas. Suspirou cansada e levantou-se, indo para o banheiro. Tomou um banho demorado e depois que saiu chamou as amigas, que, embora relutantes, levantaram-se em seguida. Depois, desceram até a sala comunal.

- FELIZ NATAL!! – berrou Tiago, indo até elas.

- Feliz Natal, Potter. – disseram as garotas.

- Feliz Natal, Tiago. – disse Gween, abraçando o amigo.

- Nossa, se eu receber um desses cada vez que cumprimentar você, pode ter certeza que eu vou fazer isso umas cinco vezes por dia! – comentou Tiago, malicioso.

- Engraçadinho! – murmurou irônica, beijando a bochecha do amigo.

- Ei, não precisa se afastar... – pediu, segurando a garota para implicar com Sirius.

- Tiago... – Gween cochichou no ouvido do maroto. – Não adianta... ele não vai ficar bravo com você.

Tiago levantou os olhos e viu que Sirius estava sentado discretamente em uma das poltronas, os olhos voltados para o chão.

- O que aconteceu? Vem cá, vamos conversar. – pediu o maroto.

- Agora?! Não é meio... “propício” demais? – ironizou.

- Deixe-os pensar o que quiserem, você é mais importante do que o pensamento alheio!

- Tiago Potter dizendo isso? – brincou Gween. – Mas você tem razão... vamos, então?

- Sinto informá-los... – Tiago começou solenemente. – Mas a minha pessoa e toda perfeição nela terão que se retirar por um curto período de tempo de algumas horas. Mas não há necessidade de chorar, pois eu volto.

- O que vocês vão fazer, hein? – perguntou Remo, maroto, desviando a atenção da namorada.

- Tente imaginar. – provocou Tiago marotamente, no que os outros riram. – Já voltamos.

Gween subiu com Tiago até o dormitório masculino.

- Aqui? – perguntou incrédula.

- Tem uma passagem secreta... – explicou o maroto. – Com porta para o dormitório masculino e para o corredor da aula de adivinhação.

Tiago pegou a varinha, bateu três vezes numa das pedras da parede esquerda do quarto e murmurou algumas palavras que Gween não entendeu. Logo a pedra em que Tiago bateu transformou-se em uma maçaneta, mas, para a surpresa da garota, quando Tiago puxou-a, nenhuma porta se materializou. Em vez disso, um pequeno túnel tomou forma a seus pés, no formato de tobogã.

- Então... pode ir. – disse Tiago.

- Você primeiro, por favor. – Gween comentou cautelosa.

- Como você quiser. – Tiago respondeu, pulando dentro do túnel-tobogã.

Instantes depois Gween pulou também, caindo em um amontoado de almofadas.

- Confortável, não é? – disse Tiago.

- Bem pensado. – Gween respondeu, dirigindo-se a uma das grandes almofadas no chão.

Era uma sala circular, nem grande nem pequena, com paredes amarelas. Pelo chão de parquê estavam espalhadas inúmeras almofadas de cores quentes, como laranja, vermelho e amarelo, em diversos tamanhos.

- E então... – Tiago dirigiu-se a uma almofada. – Vai me contar o que aconteceu?

- Eu vou começar do início, mas... você promete não brigar comigo?

- Nossa! É tão grave assim?

- Em relação ao Black não, mas a história não começa na nossa briga... começa... alguns anos antes.

- Tudo bem, prometo não brigar. – Tiago disse, olhando intrigado para Gween, que continuou.

- Logo que eu cheguei em Hogwarts, você lembra, o Black me beijou uma vez em Hogsmeade e tudo... mas no sexto ano, logo no início, eu comecei a meio que ficar com um garoto. – Gween desviou o olhar. – Ele estava pedindo para sair comigo desde o fim do quinto ano, mas eu fui ceder mesmo apenas no sexto.

- E... bem... quem era esse garoto?

Gween murmurou um nome que Tiago não entendeu.

- O quê?

- Lucmalf. – repetiu baixinho.

- Se você não quer que eu saiba, tudo bem, mas se quer, trate de falar algo que seja, no mínimo, entendível. – brincou o maroto.

- Ah, tudo bem... – disse ela, olhando para o chão. – Lúcio Malfoy.

- O QUÊ? – Tiago gritou, engasgando-se.

- Você prometeu não brigar! – defendeu-se a garota.

- Eu sei, mas, Gween, você não tem noção de perigo? Não pensou no que poderia acontecer? Nunca passou pela sua cabeça que ele poderia estar te usando?

- Ele gostava de mim, Tiago.

- Como você pode ter certeza? O Malfoy é um idiota, um mentiroso!

- Ele nunca se vangloriou por isso. Nunca espalhou para o colégio. Nunca fez nada para me magoar. Quer mais alguns motivos?

- Tá, tudo bem, me rendo quanto a essa questão... Mas então por que você não dá uma chance ao Sirius?

- Ele não gosta de mim, apenas quer me dobrar para mostrar que ninguém resiste a ele. Irá me expor como um troféu e depois jogar fora. Mais algum motivo?

- Acho que já ouvi esse discurso antes, e... nossa! Foi da boca da minha ruivinha!

- Cala a boca, Tiago! E eu não gosto dele. – falou, orgulhosa.

- Tudo bem, acredito. – ironizou.

Gween lançou um olhar irônico para ele.

- Mas não é por isso que estamos aqui, não é? – disse Tiago. – Continue sua história...

- Bom, nós mantínhamos ficadas regulares... na páscoa do sexto ano dormimos juntos, e...

- O QUÊ? GWEEN, ONDE VOCÊ ESTAVA COM A CABEÇA?

- Ei, calma. Eu disse que nós dormimos, não que eu transei com ele ou algo mais. Essa semana foi sorteada para todos pensarem que eu transei com ele ou é impressão minha? – ironizou.

- Você me deu um susto, sabia?

- Eu vi... mas nunca passamos de beijos, ok? Eu deveria ter tirado uma foto da sua cara, Tiago... estava muito hilária!

- Ah, cala a boca! Também, depois do que você me falou esperava que eu ficasse normal? – disse, no que Gween começou a rir.

- Tá, entendo. Mas acontece que depois daquele dia paramos de nos falar.

- Graças a Merlim!

- Mas essa semana eu pensei muito naquele dia... e nós nos reencontramos... e acabamos nos beijando, em função dos velhos tempos...

- Mesmo ele estando com a idiota da Narcisa Black?

- Parece que sim, não é? – brincou a garota. – Não foi de propósito, eu nunca beijaria um garoto compromissado. Mas aconteceu, ah, sei lá... Mas o problema é que o Black viu, e nós meio que brigamos.

- Ele viu? Imagino o escândalo que ele deve ter feito!

- Eu “segurei” ele, não chegamos a brigar feio. Mas ficou um clima chato entre nós, entende?

- Claro... eu acho que a solução é explicar a situação para ele.

- Eu já fiz isso.

- Então... olha, eu não sei... quem sabe você não fala com ele? Eu vou chamá-lo.

- Ei, Tiago, não, espera! – mas o garoto já tinha saído.


----------


- Não precisam mais chorar, Vossa Perfeição chegou! – anunciou Tiago, entrando na sala comunal, no que Lílian revirou os olhos. – Sirius, tem alguém te esperando na passagem 12. A entrada Alfa está liberada, pode usar.

Sirius ergueu os olhos e levantou-se sem nenhuma palavra.

- Passagem 12? Entrada Alfa? – indagou Emilly.

- Marotos, querida Emilly, coisas de marotos. – disse Tiago, piscando o olho.


---------


Gween observou Sirius abrir a porta da passagem e entrar na sala. O maroto dirigiu um olhar ferido à garota e disse:

- O que você quer?

- Pra ser sincera, Tiago mandou chamá-lo sem o meu consentimento. Mas já que está aqui... eu quero dizer que não tenho nada com o Malfoy. E muito menos traí você, afinal nunca tivemos nenhum tipo de compromisso.

- Tudo bem, eu entendo.

- Eu não quero que você entenda. Apenas pare de me tratar assim.

- Não estou te tratando de jeito nenhum.

- Pra começar, olhe nos meus olhos quando fala comigo! – Gween disse, no que Sirius levantou o olhar para ela. – E depois não venha dizer que não está me tratando “de jeito nenhum” porque está!

- Só porque parei de te perseguir e de te assediar?

- Só porque você me trata como qualquer um.

- Cooper, eu venho há meses tentando te mostrar que você não é qualquer uma para mim, e você não acredita. O que aconteceu agora?

Gween aproximou-se de Sirius.

- E se eu te dissesse que estou com saudade dos teus assédios? – murmurou, rouca.

- Você estaria me enlouquecendo... como sempre faz, aliás. – Sirius disse, arrepiando-se ao sentir o hálito quente da garota próximo ao seu pescoço.

- Está deixando a frieza de lado? – Gween perguntou.

- O que você acha? – respondeu Sirius, passando um braço pela cintura da garota e aproximando-a.

- Parece que sim... – disse ela. – Mas ainda não está quente o suficiente... – completou provocante.

- Que tal assim? – Sirius disse malicioso, roçando os lábios no rosto da garota.

- Ótimo... voltou ao normal. Já podemos parar então. – finalizou, desvencilhando-se.

- Ah, você não vai fazer isso comigo, vai?

- O que você acha? Vamos, estão nos esperando.

Sirius suspirou resignado. “Sempre caio em suas armadilhas... que acabam por me deixar cada vez mais louco! Nossa, essa garota é incrível... mas um dia ela não conseguirá mais resistir a mim, assim como eu não consigo mais resistir a ela...”. Então abriu a passagem e começou a subir a escada que se formava no lugar do tobogã quando este servia para subir. Quando terminou de subir, inclinou-se, ajudando Gween.

- Obrigada. – disse ela, descendo com Sirius até a sala comunal.

Quando chegaram lá, viram que os outros já estavam trocando presentes, e Sirius, para chamar atenção, gritou por Tiago.

- Tiago Ryan Potter! – chamou Sirius.

- Que é, Sirius Nicholas Black? – ironizou Tiago.

- Entramos na sessão “Revelação de Nomes do Meio”? – brincou Emilly.

- Parece... ei, Remo John Lupin, vem aqui um momento! – disse Tiago, entregando o presente do amigo.

- Lílian Marie Evans, prepare-se para receber o maior dos presentes! – disse Gween, entrando na brincadeira.

Foi até a amiga e deu um livro enorme com um romance policial do qual era fã.

- Ai, Gween Roxanne Cooper, eu A-D-O-R-E-I! – disse Lílian.

- Gween ROXY Cooper, por favor! – respondeu a garota, um pouco emburrada.

- Ah, gente... – começou a explicar Emilly – É que a Gween não curte muito “Roxanne”, mas adora “Roxy”... acho que ela vive um eterno dilema sobre o nome. – exclamou, dramática.

- Tudo bem. – começou Sirius. – Quando nos casarmos você muda seu nome para “Gween Roxy Black”.

- Ho, ho, ho. – exclamou Gween, sarcástica. – E qual serão os nomes dos filhos? – ironizou.

- Já quer escolher? Nossa, não pensei que estivesse tão ansiosa! – exclamou Sirius, no que Gween estreitou os olhos e os outros riram. – Se você quiser, podemos fazê-los agora mesmo... se é que você me entende... – completou, sorrindo marotamente.

- É claro que eu entendo... – disse Gween, a voz cheia de malícia, enquanto se aproximava felinamente do maroto.

Pousou o dedo indicador no peito de Sirius e mirou os seus olhos, aproximando-se sensualmente. Sirius enlaçou a garota pela cintura com um braço, e ergueu o outro, tirando uma mecha loira do rosto da garota.

- Estou começando a ferver... – disse o maroto.

- Então trate de apagar esse fogo todo, Black. – advertiu Gween.

- Ahh, mas isso é algo que só você é capaz de fazer. – respondeu Sirius, piscando o olho.

- Não agora, querido. – ironizou.

- Não se preocupe, eu sei esperar...

- Espere sentado, então, para não cansar. – disse, sorrindo provocante.

- Ei, parem com isso! – pediu Tiago. – Vocês estão me deixando com calor e a ruivinha aqui ainda não admitiu que me ama, o que significa que eu não posso imitar vocês!

- POTTER! – a ruiva jogou uma almofada no maroto, que desviou.

- Falei alguma mentira, Lily?

- Deixe de ser idiota, Potter, é óbvio que eu não sinto absolutamente NADA por você! E se o seu ego é tão grande que não consegue entender o recado, apenas pare de me perseguir!

- Pra te fazer chorar? Nunca... Pensa que eu não sei que sou o motivo da sua felicidade?

- A modéstia mandou recado, viu?

- Ah, Lily, apenas admita que me ama!

- EU NÃO TE AMO!

- Nossa, temos um avanço? Ontem era “eu te odeio”, agora já é “eu não te amo”. Daqui a pouco vai ser “eu sou louca por você”!

- Só nos seus sonhos!

- Ah, neles também, ruivinha, pode ter certeza. – comentou malicioso, no que Lílian corou e os outros riram.

- Cale a boca! – a ruiva murmurou baixinho, completamente vermelha, enquanto sentava-se numa poltrona da sala comunal e desembrulhava um presente.

- Black, eu tenho um presente para você. – disse Gween.

- Um beijo? – Sirius arriscou, malicioso, no que Gween revirou os olhos.

- Não seja idiota. – disse, entregando-o um pacote.

Sirius olhou curioso para o pacote azul em suas mãos. Desembrulhou-o descuidadamente, rasgando o papel de presente. Aos poucos o pacote revelou um livro sobre quadribol e um porta-retratos.

- Ei, se me permitem... – Tiago chamou atenção. – Já é hora do almoço. – disse, no que todos se dirigiram para o buraco do retrato.

Gween deixou-se ficar para trás, e quando viu que estava sozinha com Sirius, caminhou até o maroto e cochichou em seu ouvido:

- Sobre o porta-retratos... experimente ficar sozinho. – piscou então para o maroto, sorrindo maliciosa, enquanto dirigia-se para o buraco do retrato.

- Ei... Gween! – chamou Sirius.

A garota virou-se.

- Eu também tenho um presente. – disse. – Aliás, dois.

O maroto foi até ela e entregou um pacote vermelho.

- E o outro presente... bom... – então pegou uma fita vermelha e amarrou no pulso. – Sou eu. Inteiramente para você.

Gween riu, enquanto abria o pacote.

- Abra apenas quando estiver sozinha. – advertiu o maroto. – Você apreciará mais.

- Olhe lá o que você aprontou, Black! – brincou a garota, enquanto saía pelo buraco do retrato.


----------


- Emilly... vem cá. – Remo chamou.

- Remo? – perguntou a garota, enquanto subia as escadas para ir para o dormitório. Já era noite.

Remo pegou a capa de invisibilidade de Tiago e disse:

- Vem... tenho uma surpresa. – E passou a capa por cima de si mesmo e de Emilly também.

Os dois desceram os degraus silenciosamente, e quando chegaram na sala comunal, observaram uma Gween sozinha, lendo um livro. Passaram pelo buraco do retrato sem chamar a atenção da garota, compenetrada na leitura – ou em outra coisa. Não saberiam dizer.

- Remo, você é monitor! O que está aprontando? – perguntou a garota.

- Ah, Emilly, por você eu seria capaz de quebrar todas as regras. – disse, sorrindo para a garota.

Caminharam por alguns minutos, subindo algumas escadas, quando finalmente Remo parou. Na sua frente estava uma estátua de gárgula.

- Emilly Harris. – Remo disse a senha, e a gárgula abriu passagem, no que Emilly corou.

Os dois entraram por uma escada branca, com corrimão de mármore, até uma outra porta.

- Remo, onde estamos? – Emilly perguntou.

- Bom... – começou Remo, corando. – Dumbledore prefere guardar segredo quanto a isso, mas... cada monitor, ao se tornar monitor, ganha um desses...

Emilly olhou confusa para o maroto, mas Remo tirou a capa da invisibilidade e pegou uma chave dourada de dentro do uniforme de Hogwarts. Destrancou a porta e abriu-a, e Emilly pôde ver o que era.

Estavam dentro de um grande quarto com decoração branca e dourada, e, no meio, uma grande cama de casal de dossel imperava. Remo puxou Emilly para dentro, fechou a porta, e abraçou a garota. Depois, sentou-se na cama, com Emilly na sua frente.

- Remo, o que você... – Emilly perdeu-se nas palavras.

- Eu te amo, Emilly. Mais que tudo. – disse o maroto.

Emilly baixou os olhos, nervosa, enquanto suas mãos começaram a suar.

- Minhas mãos estão suadas... – disse, em tom de desculpas.

- Olha, Emilly... não quero te forçar em nada, mas... não é segredo nenhum que eu te quero.

Emilly sentou-se no colo de Remo.

- Promete que nunca vai me deixar?

- Prometo.
Emilly beijou Remo profundamente, desafivelando a grossa capa de Hogwarts que cobria o maroto. Depois que separou-se, lentamente, ela disse:

- Eu também quero.

Remo abaixou-se, pegando na capa dois frascos com um líquido roxo.

- Bom... então... mesmo que você mude de idéia...

- Eu não vou. Mudar de idéia, quer dizer... – disse ela, dando um sorriso tímido.

- Tudo bem, então... – Remo entregou a Emilly um frasco com um líquido roxo. – Poção Contraceptius.

- No três? – perguntou Emilly.

- Emilly, você tem certeza?

- Um... – começou a garota, e Remo entendeu o recado. – Dois... – eles destamparam o frasco. – Três. – e beberam o líquido, gelado e doce, mas não enjoativo.

Remo então puxou Emilly para cima de si, caindo na cama, e voltou a beijá-la.

- Eu te amo... – disse, enquanto livrava a garota do seu casaco, deixando-a apenas com uma leve blusa branca.

- Eu também. – Emilly respondeu.

E então agradeceu mentalmente. Não poderia ter recebido um presente de Natal melhor!


----------


A neve caía branca lá fora enquanto Gween a acompanhava com os olhos. Já era tarde e todos tinha ido dormir, mas ela preferira ficar acordada. Para ler um livro. Mas há muito tempo que já havia desviado os olhos das páginas amareladas do exemplar velho em suas mãos. Agora, seus olhos dirigiam-se para neve, mas a mente estava em outro lugar. Ou em outra pessoa.

Já fazia um tempo que essa pessoa assaltava seus pensamentos e agora também os sonhos, fazendo-a recorrer até o último limite de seu auto-controle quando era assediada. Momentos estes que ela desejava e ansiava com impaciência. Pena sentir-se tão insegura a ponto de não se deixar entregar. Tinha medo, também, e por isso preferia esperar mais um pouco. Ter certeza...

Arrepiou-se quando sentiu lábios ágeis em seu pescoço. Sem mesmo ver, já sabia quem era. Só ele era capaz de deixá-la assim. Fechou os olhos, curtindo o momento, tentando adiar ao máximo o momento da ruptura.

- Black... – murmurou. Mas não conseguiu pedir para parar.

- Sabia que você saberia quem era. Só eu consigo deixá-la assim, não é? – perguntou, dividindo a atenção entre o pescoço da garota e o ato de falar.

- Estamos na sala comunal, Black... é melhor você parar... – pediu, implorando que não fosse tentada mais.

- Se você quiser... – murmurou, levantando os cabelos loiros da garota e beijando a curva do seu pescoço. – Podemos ir para outro lugar...

Gween sentiu os lábios enlouquecedores de Sirius voltarem para o seu pescoço, agora deslocando-se lentamente, como que para memorizar cada pedacinho dela. Era incrível como perdia a consciência quando estava sob efeito de Sirius. Aos poucos, conseguiu levantar-se e ficar de frente para o maroto.

Os olhos de Sirius brilharam de desejo, e ele caminhou felinamente até ela. Envolveu-a pela cintura, surpreso por ela não oferecer resistência, apenas espalmar as mãos contra seu peito musculoso. Voltou a beijar o pescoço da garota, descendo pelo colo, até o decote da blusa.

Gween estava sendo tentada e provocada como nunca fora antes. Sirius a havia pegado desprevenida. Embora seu lado emocional, entorpecido pelas sensações, falasse mais alto, ela conseguiu reunir uma pontinha de lucidez e levantou o rosto de Sirius, segurando o queixo do maroto.

Sirius viu os olhos cor-de-mel da garota brilharem de malícia. Puxou o rosto de Sirius para mais perto, e o maroto agilizou o contato, comprimindo-a contra a parede. Sorriu malicioso e desviou o olhar para o teto por um momento, e quando voltou a olhar para Gween, a expressão era dividida entre a desilusão e um sorriso que teimava em brincar em seus lábios.

- Quem dera tivesse um ramo de visco. – declarou, sugestivamente.

- Você acha que sou caída à superstições? – Gween declarou, superior.

- Já que não é... que tal me beijar do mesmo jeito? Parece que é hoje que irei ganhar minha recompensa.

- Não imagina como, Black. – ironizou, recompondo-se.

A garota mordiscou a orelha do maroto, e começou a roçar os lábios pelo seu rosto. Sirius sentia os lábios macios de Gween passearem pelo seu rosto, deixando-o louco. Puxou-a para ainda mais perto de si, impaciente para tê-la finalmente. Mas, quando menos esperava, Gween interrompeu o contato.

Sirius abriu os olhos, confuso.

- O que você quer? Me enlouquecer? – Sirius disse, aborrecido, mas ainda assim prensando-a contra a parede.

- Também. – respondeu a garota, sorrindo provocante.

- Você já conseguiu. Já tem o que você quer. Dá pra eu ter o que eu quero também?

- E o que você quer...? – perguntou, inocente, brincando com o cachecol de Sirius.

- Você! Eu quero você! Anseio por você, e você sabe disso, o que me deixa mais louco ainda! – exclamou, com fervor.

- É preciso mais para me ter, Black. Muito mais. – disse, desvencilhando-se com dificuldade.

- Gween! – chamou, enquanto a garota se dirigia para o buraco do retrato. – Você não vê que eu... – mas ela já tinha saído. – Ahh!

Deixou-se cair numa poltrona, despejando o rosto nas mãos.

- Quer saber? – murmurou. – Preciso mais é de um banho frio!


----------


Gween atravessou o buraco do retrato e encostou-se na parede, deixando-se cair sentada lentamente. Quanto mais poderia agüentar? Quanto mais seria capaz de resistir? Querendo ou não, sabia que estava sendo cada dia mais sugada pelo redemoinho confuso de emoções que era o que sentia por Sirius. Um misto de atração, desejo, insegurança.

Levantou-se, tentando tirar os problemas da cabeça, e seguiu pelo corredor até o banheiro dos monitores – do qual tinha senha. É... ela também estava precisando urgente de um banho frio.


------------------------------------------------------------


NOTA: esse capítulo não está pequeno... até que saiu grandinho!! Bom, eu não gostei do início. Na verdade eu comecei a escrever como se o Sirius e a Gween estivessem de bem, mas aí eu lembrei que eles estavam brigados e tive que reescrever tudo... mas como eu queria eles de bem, fiz eles fazerem as pazes, o que praticamente fez o capítulo passado não servir pra nada. Mas, enfim, eu achei meio confuso e atropelado demais.

A cena R/E ficou meio termo, eu queria que fosse um pouco diferente... E a cena S/G, na minha opinião, é a única coisa que presta no capítulo. Porque, sinceramente, eu adorei.

O próximo capítulo chama-se “N.I.E.M.s”, tem o fim da cena da R/E, e passa um bocado de tempo. Tem uma cena S/G não muito grande, e uma T/L bem legal!! Ahh, gente, eu estou com quase 140 reviews no fanfiction e quase 3000 visitas no F&B!!! QUASE 140 e 3000!!! Nossa, não é emocionante???
E agora, vamos respondê-las, hehe:

Pam: hehe, que bom. Mas não garanto nada!!! Bjuuuxx!

_mari_: que bom que você ama!! Fico muito contente em ouvir isso. E aqui, ó, só pra você: pode ter certeza que vão!!!!

Bella: é, né? JIuhasuhasuhasuh... Bom, é porque eu to sem idéias ultimamente. Mas também um pouco chateada, sabe? No Floreios e Borrões, por exemplo, só recebi 3 comments na minha nova fic, só com prólogo, e no fanfiction, recebi 17!!!!! Aí desanima... Mas enfim, ótimo que gostou!!! Bjuuuuxxx!

Jane-Granger: não tenha pena, ele tem que aprender!!!! (Instintos Assassinos)!!! Obrigada!!! É, agora ele mostra as garrinhas. Sabe, eu fiquei realmente lisonjeada com esse comment... ba, to orgulhosa... muito obrigada. Sobre a comunidade, é o seguinte: a criadora da comunidade tem que aceitar você. E ela foi viajar, mas quando voltar eu peço pra ela te add, ok? Beijoooss!!

Mari-Buffy: eu concordo com você, hehe! T/L tá travado... mas fazer o que, com uma Lily tão cabeça-dura, né?? E se gosta de R/E, espero que tenha curtido o cap! Bjuuux!

Mione.Weasley.PPC: antes de tudo: pelo seu nick, você é R/Hr??? EU TAMBÉM!!!!! É perfeito, né??? Sobre o livro, eu tive que parar no capítulo 5 para ler O Continente pro colégio. Por sinal, O Continente também é maravilhoso!! A parte mais legal do primeiro livro é Um Certo Capitão Rodrigo, depois Ana Terra e depois os vários O Sobrado que tem. A Fonte foi o que eu menos gostei, mas depois vi que valeu a pena, hehe!!! Ahh, mas se é com o PAI DO DRACO, TEM que ser legal. Ou você preferia que ele fosse um chato que maltratasse a Gween?? Naaaahhh, ela botou ele nos eixos!! Pelo menos enquanto eles estiveram juntos... É, o Pedro é um IDIOTA, e TRAIDOR, e RETARDADO, e COVARDE, e TUDO DE RUIM!! Mas parece que a Gween não deu muita bola, né? Fazer o quê, se ela é tão insegura e orgulhosa... Espero que tenha gostado deste aqui!! Beijos!

Ben Loop: eu to lendo a fic, inclusive já comentei duas vezes lá, você viu?? E a propósito, muito lindo seu profile... nossa, fiquei tão contente... meus olhos marejaram... sério... nossa... E sobre o Malfoy, nesse cap melhorou, né? E você conhece a Wallace pessoalmente? Nossa, eu ADORO essa guria!!!! Manda um beijo enooooooooorme pra ela!!! Ela é outra fã do Draco... não que eu prefiro o Draco ao Sirius, óbvio, mas o Draco TEM seu charme, uhasuhsaau... Beijos!!!!

Bom, gente, é isso. E até o próximo capítulo! Beijos!

Gween Black

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.