Quinze de maio - parte II 100%
Fazia tempo que eu não chorava. Que eu me lembre, a última vez foi quando meu irmão quebrou meu brinquedo favorito, e se eu tiver tempo, talvez mais tarde eu lhe conte mais detalhadamente sobre minha infância.
O céu estava estrelado, maravilhoso para ficar observando, mas eu tinha que seguir em frente, achar a estação King Cross. Eu não sabia como, e então segui minha intuição. Fui para o leste. Droga, está chovendo.
Parei em um ponto de taxistas e entrei em um carro. Tinha um homem de meia-idade sentado nele lendo um jornal.
- Qual é o seu nome jovem? – o cara pergunta.
- Sirius. Sirius Black.
- Onde deseja ir, garoto?
- Estação King Cross, por favor.
Os edifícios velhos do centro da cidade passavam como um borrão para os meus olhos, o cara estava indo muito rápido com esse carro. Céus, ele vai capotar isso. Eu comecei a rezar no banco do carro com medo de morrer. Oras, logo agora que estou livre, leve e solto, não posso deixar que me matem, principalmente esse homem de barba com ar levemente arrogante.
Ah olha, a estação está ali, depois do posto de gasolina.
O taxista foi diminuindo a velocidade (graças a Merlim), até que parou em frente à enorme entrada da estação.
- Quando fica? – pergunto.
- 15 dólares.
Peguei na minha mala minha carteira. Eu sei que disse que minha mãe me deu dinheiro e eu devolvi, mas eu não seria louco de sair pelo mundo de mãos abanando, iria morrer de fome. Eu estou usando o dinheiro que ganhei quando fui vencedor do prêmio da aula de teatro na escola. Por isso que sei mentir muito bem.
Eu desci do carro e fui empurrado por um grupo de pessoas que estavam passando apressadas. Povo mal educado, nem pediram desculpas. Andei até a moça que vendia passagens.
- Uma passagem, por favor.
- Para onde? – ela perguntou.
- Para qualquer lugar longe daqui.
- Hum... Bristol é uma boa opção. Ela não é uma cidade nem pequena, nem grande, e é bem recomendada. – disse ela com sabedoria.
- Ótimo. Ainda vai sair trem hoje?
- Bom, o último da noite para Bristol vai sair... Agora. – Pô, legal. Vou ter que correr.
- Me vê logo, então! Quanto fica? – eu disse desesperado, eu TINHA que sair da cidade o mais rápido possível, amanha a fofoca vai se espalhar como fogo, e não quero nem estar aqui, para ver todos olhando para mim.
- Hã... são 40 dólares.
- O que? Aaah, toma. – eu disse estressado. Peguei os 40 dólares e literalmente joguei na mão da moça. Ela deu a passagem para mim irritadíssima, pela minha falta de educação. Agora vamos correr.
Merda. Minha mala está muito pesada. To quase lá. Correeeee Siriusito! Oh nãããão, o trem ta saindo!
Não.
Não.
Mil vezes não.
Eu não acredito.
Aaaai.
O. Trem. Foi. Embora. E. Eu. Me. Ferrei. Ferrado.
E agora? Eu corri que nem um louco, mas não cheguei a tempo, ele já estava longe.
Acho que vou chorar de novo.
Não, acho que vou me internar, estou muito sentimentalista.
Eu voltei lentamente até a mocinha vendedora dos passes e observei-a direito agora, na correria dos acontecimentos, acho que nem cheguei a olhar na sua cara. A garota era realmente bonita, tinha cabelos castanhos ondulados que iam até o ombro, a boca era carnuda, e, diga-se de passagem: muito suculenta, os olhos cor mel, mas não consegui ver seu corpo, já que ela estava atrás do balcão. Cheguei perto de novo, ela ficou subitamente irritada, e eu sorri. Ela era um pouco mais velha que eu, talvez tenha uns 18 anos ou menos.
- E então, perdeu o trem? – ela sorriu desdenhosa.
- Perdi. Quero trocar a passagem.
- Não dá mais, só aceitamos troca antes do embarque.
- Realmente... ótimo. – eu disse bufando – me veja outra passagem para outro lugar, mas tem que ser bem longe daqui.
- Sinto lhe desapontar Sr, mas apenas mais um trem vai sair esta noite. E vai para Liverpool.
- Manda aí, então. Que horas passa?
- 22:00. – peguei minha carteira novamente e tirei mais algumas notas de dólar dela, dei para a moça.
- E que horas você sai ao do expediente? – perguntei, sorrindo galante. Ela sorriu de volta, e respondeu.
- Daqui a 5 minutos, por quê? Posso saber? – disse com a irritação sendo substituída por um sorriso misterioso.
- Claro, querida. A gente podia se conhecer melhor não acha?
- Eu adoraria, mas não quero. – ela sorri. Ah, não vou nem insistir, não estou com cabeça para isso. Ela que vai sair perdendo aqui, perdendo de ir para o céu e voltar. Mas já que ela não me quer... hum, acho que vou sentar naquele banquinho perto das latas de lixo.
Sorri mostrando meu descontentamento enquanto ela continuava a sorrir e fui me sentar.
Falando nisso, o que é que as pessoas jogam nesse lixo? Pô, que cheirinho agradável, vou sumir daqui.
Sentei agora em um banco de madeira, com uma senhora cochilando ao meu lado. Gostei dela. Parece aquelas vovozinhas que gostam de apertar a bochecha do netos, coitados deles. Ei, ela começou a roncar aqui. Não gosto mais de você vovó.
O que podemos fazer enquanto esperamos meia-hora para o trem chegar? Já sei! Pegar gatinhas. Muito bom Sirius, a única que aparentemente era bonita te rejeitou. E que tal... JOGAR TWISTER! É... parece divertido. Agora você só precisa do tabuleiro e do tapete para jogar. Meu Deus, vou sucumbir aqui. E que tal... Chega Six, que tal você ficar quietinho enquanto eu fico vendo os ponteiros do seu relógio de pulso se mexer e escutar a sinfonia de Mozart tocada pela nossa querida vovó aqui do lado? Obrigado.
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Taí 100% do capitulooooo
genteeee, vamos COMENTAR! Siiiiiiiiiiiiiiiim (:
por favor, por favor, por favor, por favor, por favooooooor, POR FAVOR! COMENTEM :D:D:D:D:D:D:D
eeeeee, voces vao comentar nééé
obaaaa
então é isso
Beijos e amo vocês gente
Maari V. Potter
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