Severo Snape



Era uma tarde agradável de verão – o que não era nada comum naquela região – e as duas garotas brincavam no gira-gira de um parquinho infantil perto de casa. As irmãs não se pareciam nem um pouco uma com a outra. A mais velha – Petúnia – tinha cabelos louros, um pescoço com quase o dobro do tamanho normal e olhos escuros e frios, mas com um enorme sorriso estampado no rosto.Lily, a mais nova, com seus cabelos sedosos cor de acaju, já possuía um rosto muito gentil, e aqueles olhos de uma cor verde-vivo. As duas eram muito amigas, por sinal.
Depois que se cansaram, foram se sentar debaixo de uma árvore e começaram a conversar. Falavam mal de um garoto de nariz adunco e cabelos negros muito oleosos, que morava na Rua da Fiação – uma rua nada “habitável”, digamos assim – quando Severo Snape chegou.
Ele tinha os olhos pretos profundos, e a oleosidade em seus cabelos era suficiente para fritar um ovo em um dia quente.
Lily e Petúnia pararam de falar quando viram Snape se aproximando. Mas quando o garoto passou pelas duas, elas começaram a rir, e novamente, falar mal de suas roupas.
Snape usava um jeans excessivamente curto, um casaco enxovalhado e tão largo que poderia ter pertencido a um adulto e uma camisa estranha, com aspecto de bata.
- A mãe dele é louca, pelo que ouvi dizer – Petúnia agora ria do tombo que o garoto levara ao tropeçar num galho no chão. – A família deve ser toda assim, esquisita – e acrescentou num grito para Snape:
Eu não teria coragem de usar uma bata dessas por aí, sabe, nem sendo menina! A não ser que você ache que deve combinar com essa sua juba melequenta, não é?
O comentário fez Lily rir, embora o garoto fingisse que não ouviu.
Já ia anoitecendo quando as garotas foram pra casa, mas Snape continuou lá, pensando nas brigas que os pais tinham o tempo todo.
Tudo isso começara há uns quatro ou cinco meses, quando seu pai descobriu o que a mulher era. Bruxa.
“Está vendo só? É por isso que esse pirralho é esquisito assim! Porque ele é como você, sua megera maligna! Bruxos! Dois anormais, é isso que você são!”, foi o que ele disse, Snape se lembrava muito bem, e depois foi para a rua, batendo a velha e fraca porta da sala. Estava indo beber, sabia disso.
Pirralho. Esquisito. Anormal. Fora assim que seu pai se referira a ele. O garoto já não agüentava mais, queria que a carta chegasse logo. A carta de Hogwarts.
Hogwarts era uma escola especial que ensinava coisas especiais a alunos com talentos especiais. Era uma escola de magia, para todos os tipos de bruxos: os sangues-puros (que descendem de uma família onde todos os membros são/foram bruxos), mestiços (quando apenas uma parte da família é bruxa), nascidos trouxas (que vêm de família inteira trouxa – não bruxa) e até tentava ensinar aos abortos,, mas aí já é outra história.
Snape sonhava no dia em que completaria onze anos, e uma coruja chegaria com sua carta de Hogwarts dizendo que ele foi aceito na escola, e que deveria estudar lá até se formar no sétimo ano
E então ele iria embora, e não teria mais que agüentar tudo isso, as brigas dos pais, e nem aquela garota ignorante, Petúnia. Mas sentiria falta da mais nova, Lily, embora a garota que tanto o encantava não lhe desse a mínima atenção.
Porém, estava bastante contente nos últimos dias, enquanto observava a menina. Vira que ela possuía muita magia, e que o atual diretor de Hogwarts, o prof.Dumbledore, provavelmente lhe enviaria a carta, também. Provavelmente, não. Estava certo disso. E então iriam juntos para Hogwarts. Só precisava arranjar um jeito de dizer tudo isso à Lily.


n/aK: geente, estreiou hooj, estou-estamos- muito felizees.q comentem porfavoor!!! pra podermos postar o capitulo 2 felizes alegres saltitantes e pimpolhas *- - -*

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