O Expresso de Hogwarts



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         o Expresso de Hogwarts os esperava


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A movimentação era grande; pessoas corriam para todos os lados, umas gritavam com outras, bravas; brigas ocorriam, brincadeiras, traquinagens. Tudo e mais um pouco poderia ser observado na estação King Cross. Um acúmulo especial de pessoas se localizava em uma parede, na verdade uma plataforma diferente, mágica: A plataforma Nove e Três Quartos.

O primeiro a correr fora Hugo. Logo, fora seguido por Tiago, Lílian, Rose e Alvo. Os outros vieram logo depois, e após atravessar a grossa parede, estavam na estação do Expresso de Hogwarts. O trem vermelho se estendia por uma grande área, eliminando uma quantidade grandiosa de gases, adquiridos pelo seu motor. Várias crianças e adolescentes corriam por ali, com suas malas, pais e animais. Tudo era divertido, tudo estava certo. Alvo olhou em volta, admirado com tamanha beleza; do trem claro. Em sua observação, parara o olhar em uma pessoa em especial, grandiosa, um meio-gigante.



— HAGRID! — Alvo correu, largando as malas no chão.



Hagrid se virou, rindo, e agarrou o garoto nos braços: preso a ele, Alvo parecia um pequeno e indefeso coelho; Harry riu, e acompanhou o filho até o amigo, ou mais que isso, o parente de coração.



— Harry, Gina.... Rony, Hermione... como vão crianças? — Ele ria, abertamente.
— Hagrid! Ah, estamos ótimos! — Hermione riu, abraçando-se ao corpo do gigante.



Todos estavam felizes, animados. Harry reencontrara todos os seus amigos; ao menos os que sobreviveram, como: Hagrid, Neville, Luna, Simas, etc. Todos reunidos, como nas antigas reuniões da AD... no período de maior ação e terror de toda a história bruxa; o período em que “O menino que sobreviveu” se preparava para matar, destruir, o Lord das Trevas, Voldemort. Mas tudo passara; o terror era passado, obviamente, e o mundo bruxo estava calmo, tranqüilo.



— Filho, está na hora de ir.



Harry se agachou, tentando ficar praticamente na altura de Alvo. Beijou a testa do filho, que olhou para o lado, envergonhado.



— Filho... não importa a sua casa... o que importa é que você seja feliz... — Harry sorrira. Era praticamente o mesmo discurso de Gina, isto era óbvio.
— Pois se você cair na Sonserina, eu te deserdo! — Rony exclamou, bufando, para Rose.
— RON!


Mais uma briga entre Rony e Hermione começou ali. A morena, se descabelando; o ruivo, ficando cada vez mais vermelho no meio da multidão. Harry e Alvo riam, alto, quase caindo no chão; estavam chorando de tanto rir. Mas toda a graça fora interrompida por um alto barulho; o barulho do trem. Era hora de partir.



— Pai! Eu quero ir também! — Lílian exclamou, irritada.
— Calma filha, ano que vem você estará lá. — Gina retrucou, segurando a filha pela mão.



Harry abraçou Tiago, que tentava esconder o seu rosto dos olhos alheios. Harry bagunçou o cabelo do filho, e soltou os dois para o Expresso. Os adultos ficaram, junto com Lílian, e as crianças partiram, para o seu primeiro ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Alvo entrou na primeira cabine vaga que viu, ao menos com espaço para ele e os irmãos. Ali, uma garota ocupava um dos locais. Era loira, possuía uma pele branca como a neve, que até lembrava a pele dos Malfoy; mas pela mala, percebia-se que ela não era filha de Draco, por na mesma possuir um nome estranho, parecia até ser alemão. Alvo sentou-se na frente da garota, e a analisou por alguns momentos. O chão tremeu, era o sinal de que o trem estava partindo. A loira pegou um livro, começando a lê-lo.


Alvo se ocupava conversando com seu irmão, tentando descobrir o que aprenderia naquele ano. Tiago, que já estava no terceiro, não quis dizer muito; queria deixar a surpresa no ar. Minutos se passavam, e as tentativas de Alvo cada vez mais fracassavam, deixando-o um tanto frustrado. O garoto deixou a questão de lado, e voltou a sua atenção à loira, que continuava a ler o livro. Por vezes, ela se atreveu a olhar o moreno, mas logo depois colocava sua cara no livro.



— Então... qual o seu nome?



Não obteve resposta. Suspirou, olhando para a janela do trem.


— Danielle.... e o seu? — A voz da loira era leve, simpática, tocante.
— Alvo... Alvo Severo Weasley Potter.... prazer. — Alvo estendera a mão, rindo.


A loira soltou o livro no banco, pasma.



— E.... eu estou na frente do filho do grande Harry Potter? — O brilho em seu olhar poderia ser visto, a quilômetros de distância.
—- É. — Alvo revirou os olhos. Isto sempre ocorria, quando revelava quem era.
— I... isto é demais! – A loira riu. Depois, estranhamente, voltara a sua posição anterior, voltando a ler o livro. Mas, alguns resíduos de risos, baixos, eram ouvidos, com uma certa dificuldade.



Os minutos se transformavam em horas, e a fome aumentara. Com o seu dinheiro, Alvo comprara um grande número de doces, jogando-os em seu banco. Dividira com o irmão, e logo pegara um pacote com Feijõezinhos de todos os Sabores. Abriu-o, e pegou o primeiro que sentiu, colocando-o na boca.



— Quuerr? — Perguntou, estendendo o pacote à loira.
— Não, isto engorda.



Alvo riu, bolou de rir, novamente. Danielle soltou um olhar fulminante, como se estivesse queimando-o. Alvo não se tocara, e continuou a rir. A garota se levantou, pegou a mala e os restos das coisas e saiu da cabine, irritada. Alvo olhou para a porta, que fora batida com força; estava parando de rir. Se calou, encostando a cabeça na poltrona. Tentava dormir, o que não era muito difícil nos bancos confortáveis.



A escuridão tomava conta do local; gritos de mulheres eram ouvidos por toda a parte, choros de bebês, gritos de dor de homens. Alvo rodara, tentando enxergar um foco de luz. Não conseguia ver um palmo à frente de sua mão, nada. Mas de repente, os barulhos se cessaram. O silêncio dava calafrios no escuro, mas o moreno não podia fazer nada. E então, o silêncio fora quebrado novamente, com um grito:



— Avada Kedavra!



Um jorro verde percorreu o espaço onde o garoto estava e o atingiu, jogando-o longe.




— ALVO! ACORDA ALVO!



Alvo se vira novamente dentro do trem. Olhara para fora da janela, já era noite. Levantou-se, tonto. Olhou para o irmão, que gritava algumas coisas incompreensíveis. Pegou a mala, a gaiola com sua fênix de estimação e o resto dos doces, e fora o primeiro a sair da cabine.

Os novatos foram organizados em filas, e divididos em alguns barcos, com quatro pessoas cada. Alvo ficou em um barco com alguns conhecidos, como seu primo, e um amigo...



— Scorpius! — Alvo sorriu, sentando-se no encosto do barco.
—- Alvo! — O loiro rira. O vento jogava seus cabelos contra seus olhos, o que dificultava a sua visão.



Os dois conversaram, durante todos os minutos em que os pequenos barcos se aproximavam do imenso e reformado castelo de Hogwarts. Tudo era lindo, fascinante, mas a sua conversa com Scorpius o retirava do mundo, o levava a outro mundo, digamos assim. Além de Alvo, Scorpius e Hugo, um amigo do terceiro estava ali, que conversava com empolgação com o Weasley;



— Ah. Gabriel, este é Alvo, meu primo. E aquele é...
— Scorpius Malfoy, prazer.



Hugo sorrira, de canto. Voltara a sua empolgante conversa, quando os barcos já estavam em terra firme. Todos os alunos correram, desordenadamente, para uma pequena área fora do castelo.



— Boa noite alunos. Para quem não me conhece, sou Minerva McGonagal, e estarei lhes auxiliando esta noite. Por favor, me sigam. – A velha professora de Transfiguração, e atual diretora de Hogwarts caminhou, sorridente, até uma pequena sala antes do Salão Principal.





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