“Hopes Which Obscure”



Doce amor da juventude perdoa-me, por te esquecer,
Enquanto o movimento do mundo me mantém sozinha;
Outros desejos e esperanças assaltaram-me,
Essa espera obscura, mas não posso mais errar!

- Emily Brontë, fron "Remembrace"



Hermione olhou para baixo, para o pergaminho em que escrevera. "Essa é exatamente metade das memórias que o Professor Snape lhe deu", ela observou. Enquanto levantava a cabeça para olhar para o amigo. "Agora, creio eu, que chegamos a primeira que inclui você".

Harry enrugou o seu nariz, recordando suas primeiras impressões do formidável e ameaçador mestre de poções. "Por que estamos fazendo isso, Hermione?", Perguntou, embora soubesse a resposta, tão bem quanto ela.

"Pistas, Harry. Isto nos dará um lugar por onde começar.” respondeu ela mordendo os lábios.

Harry correu uma mão pelo seu cabelo. "Você está realmente achando que ele está vivo, não é?"

Ela recostou em sua cadeira e contemplou a pena em sua mão. "Se não estiver, isso nos dará informações para redimir sua memória", ela declarou, tentando soar prática.

"Mas você acha que isso nos ajudará – ajudará você - a encontrá-lo?", persistiu.

"Então nós poderíamos salvar o homem também", ela respondeu.

Os olhos de Harry se estreitaram. "Você ... você está...", começou.

"Memória número onze", ela solicitou, com a sua voz alegre interrompendo-o. Ela não estava pronta para analisar seus sentimentos. Ela precisava de mais fatos.

"Ok", ele disse depois de alguns instantes. "Certo. A décima primeira eram dois fragmentos na verdade: o seu primeiro vislumbre de mim, e ele não estava muito impressionado, e a outra era um aviso para o Professor Dumbledore para manter os olhos atentos em Quirrell.”

"Aquele gago idiota", Disse Hermione com desdém.

"Ele era um idiota perigoso," Harry lembrou. "Memória número doze, foi no nosso quarto ano. Snape disse a Dumbledore que a sua marca negra estava se tornando mais nítida e que Karkarof havia notado isso também. E depois há a reação curiosa de Snape a menção de Dumbledore sobre sua coragem."

Hermione parou de escrever e mordeu o lábio. "É uma coisa recorrente, não é?" Ela perguntou. "Você o chamou de covarde, e Snape tomou isso como o maior insulto que ele já tinha ouvido."

“E com razão," Harry reconheceu amargamente.

"Mas, o Professor Dumbledore disse que ele era corajoso, e ele parecia ... como descrever isso? .....Destruído? "Ela continuou.

"Não estou certo de que ele realmente acreditava em si mesmo," Harry respondeu. "Ele queria ser corajoso --- e acabou se tornando o homem mais corajoso que eu já conheci --- mas acho que ele realmente não acreditava que poderia ser. Mas que inferno.”

“Sim", ela concordou. "Mas que inferno." Suspirou profundamente. Snape estava transformando-se num enigma maior do que ela imaginou. "Então, o que veio depois disso?"

Harry esfregou a mão no rosto. "A próxima", ele começou. "A próxima era uma das que realmente me chocaram. Eles haviam planejado a coisa toda. Dumbledore pediu para Snape matá-lo. Ele ordenou a ele para fazê-lo. Na verdade Dumbledore o estava lembrando disso, naquela última noite, lá na torre”.

Ele parou, repetindo mais uma vez a cena a partir de sua própria memória, afinal ele assistiu a tudo, congelado debaixo de sua capa e sem poder fazer nada para impedir. Percebendo agora que tudo tinha sido encenado sentiu que havia um significado inteiramente novo para o que ele havia testemunhado. Ele agitou a cabeça, completamente confuso e furioso.

“E depois,” ele prosseguiu lentamente, “ Snape estava tentando salvar a vida de Dumbledore, e Dumbledore estava explicando por que ele não podia. Snape nunca quis matá-lo. Dumbledore o obrigou.”

"Ele ia morrer de qualquer maneira, Harry", Hermione disse suavemente. "Então eu acho que ele decidiu que poderia fazer de sua morte algo significativo, usando-a para ajudar. E o professor Snape era o único em quem ele confiava para levar adiante o seu plano. “

Harry enterrou o rosto nas mãos. "Porque o Professor Dumbledore tinha que morrer?”“, Indagou. "Por que Snape não poderia salvá-lo?”

Hermione tocou levemente o braço dele. "Alguns tipos de mágica são simplesmente fortes demais. E todos nós temos que morrer no final. Você sabe disso.” Ela se sentou e olhou para suas notas. "E eu acredito que era particularmente importante para ele compartilhar esta memória, porque ele precisava ---na verdade ambos, Snape e Dumbledore precisavam --- que você compreendesse a importância de certas coisas. Quer dizer, foi isso o que o salvou no final."

Harry olhou para ela e disse. "O que você quer dizer?"

“Vocês dois foram capazes de caminhar em direção a Voldemort acreditando que suas mortes eram a única maneira de destruí-lo. Você escolheu morrer, da mesma forma que o professor Dumbledore escolheu desistir de sua vida. Vocês realmente acreditaram que havia uma boa razão para fazer esse sacrifício."

Harry simplesmente olhou para ela.

"E, eu acredito, foi por isso que você teve direito a outra chance, Harry", ela continuou em voz baixa. "Porque havia uma razão para você fazer o que fez. E isso o salvou.”

Os olhos de Harry estavam brilhante. "Mas isso não salvou mais ninguém."

Hermione sacudiu a cabeça dela. "Eu sei. Não compreendo isso perfeitamente. E não tenho certeza se o Professor Dumbledore compreendia também, mas de qualquer modo, ele o fez para convencê-lo a experimentar. E era para isso que todas as memórias serviam realmente. Para convencê-lo a cumprir com o seu destino.”

Harry ignorou a lágrima que começou a descer pelo seu rosto. "Tantas pessoas morreram e não tiveram a mesma chance de voltar. Porque eu fui o único?”

Ela percorreu a distância que os separavam e colocou seus braços em volta dele. "Eu não sei, Harry", disse suavemente em seu ouvido. "Mas estou contente que você voltou."

Ele a abraçou de volta por um momento. Então voltou a se sentar em sua cadeira, e Hermione voltou para a dela. Pegando sua pena ela perguntou com a voz trêmula “Que número é esta?”

Ela contou "Treze".

"Ok", respondeu ele. "A próxima foi a lembrança do que o Hagrid havia nos contado. Snape deve ter me dado essa por que ele soube que eu já tinha ouvido uma parte. Eu acredito que ele soubesse."

Hermione olhou para ele com firmeza. "Era importante que você soubesse o que tinha de ser feito, Harry, e que você estivesse disposto a aceitá-lo e fazê-lo. Ele teve que dar-lhe um contexto para suas memórias. E eu não acho que ele soubesse que Hagrid tinha lhe contando alguma coisa. “

Harry suspirou. "Eu acho que não. Até o momento tinha a sensação de que estava realmente pronto para acreditar em tudo. Então ele me mostrou o que deve ter sido a última vez que falou com Dumbledore e, a última vez antes ...." Ele ainda não podia dizer as palavras do que tinha acontecido, e do que ele tinha acreditado ter acontecido durante quase um ano inteiro como " o assassinato ". Mesmo agora, lembrar da visão de Dumbledore sendo lançado do telhado era mais do que ele poderia suportar.

Mas ele também percebeu algo de novo. "Quando Snape me viu novamente", disse devagar, "quando ele me viu pela última vez, ele sabia o que eu ia ter que fazer. Na época, eu me perguntei por que ele apenas não me matou Ele sabia que eu ia ter que morrer para derrotar Voldemort. Ele sabia e mesmo assim gastou metade de sua vida para manter-me vivo, e eu ia ter de morrer, de qualquer forma. "

Ele parou por um momento, apertando sua cabeça, incapaz de encontrar as palavras para expressar o que Snape poderia estar sentindo. E por fim, ele falou: "E seu Patronus ...."

"Era igual ao da sua mãe, não era?" Hermione disse, no entanto, não era realmente uma pergunta. Ela queria saber se teria reconhecido à graciosa e solene, figura prateada se ela a visse naquela noite na mata. Parecia tão fora de sentido para o homem que ela pensou conhecer, mas ainda assim todas as novas informações que tinha conseguido a mostrou que ela realmente pouco sabia sobre o verdadeiro Severo Snape.

"Ela era o pensamento mais feliz dele", sussurrou Harry. "Ela era a coisa mais maravilhosa que ele poderia pensar."

"Ele a amava, Harry", disse Hermione baixinho. "Ele o protegeu. Pó rque ele a amava."

Harry olhou para cima, seus olhos estavam assombrados. "Mas ela morreu por causa dele. Ele a traiu!"

"Não, Harry", Hermione respondeu. "Ele relatou a profecia que ouviu. Foi Voldemort que decidiu que a profecia se referia a você e sua família. Rabicho foi quem a traiu. Rabicho traiu a todos. O professor Snape achava que era tudo culpa dele. E ele estava errado. “

Harry olhava a dança das chamas e tentava imaginar o peso da culpa que Snape sentiu. Ele ainda lutava para conciliar a figura ameaçadora de seu professor com a que ele e Hermione tinham montado a partir das memórias.

Depois de alguns minutos e Hermione disse agitada. "E Dumbledore sabia disso.” Sua voz foi ficando mais aguda. “Em algum momento ele percebeu o que realmente acontecia. Mas ele precisava que o Professor Snape continuasse a se sentir culpado! Ele usou essa culpa para obrigá-lo a espionar para a Ordem. "Ela abriu a boca de novo, mas dessa vez nenhum som saiu.

Harry olhou para ela, surpreso. "Hermione, isso não é justo", protestou.

“Você está absolutamente certo!" Disse ela abruptamente. "Esse velho manipulador!".

"Houve uma guerra, Hermione," Harry protestou. "Ele precisava de um espião para o nosso lado. Ele estava apenas fazendo o que ele tinha que fazer, para derrotar Voldemort. “

Hermione olhou para ele com seus olhos brilhantes cheios se lágrimas. "Ele o usou, Harry. Assim como usou ... você! "

Harry se sentou abruptamente "Espere um minuto, Hermione!" Ele protestou. "Ele me amava. Ele estava tentando me proteger!”

Ela respondeu. "Ele estava mantendo-o vivo até à hora de você enfrentar Voldemort," disse cuidadosamente. Ela sabia o quanto Harry gostava de Dumbledore, mas de repente ela estava furiosa com aquele velho. "Ele pode ter te amado, mas ele ainda estava planejando enviar-lhe para o matadouro!"

Harry sacudiu a cabeça vigorosamente. "Mas eu sobrevivi, Hermione. Eu falei com ele. E depois eu voltei!”

"Ele sabia ao certo o que iria acontecer?" Ela perguntou. "Trata-se de algo chamado danos colaterais, Harry. É o que ele dizia “para o bem maior "como em seus dias ao lado de Grindlewald. Ele ainda acreditava que nisso. Ele ainda acreditava que havia sacrifícios aceitáveis ".

Harry considerou solenemente durante um longo minuto. O fogo da lareira refletindo em seus óculos. Por fim disse calmamente: "Às vezes eu acho que há Hermione. Eu estava disposto a morrer. Teria valido a pena. "

Ela olhou de volta para ele, espantada e ao mesmo tempo não totalmente surpresa. Ela se perguntava se algum dia teria a coragem para fazer o mesmo. Para fazer o que Dumbledore tinha feito. Para fazer os sacrifícios de Severo Snape.



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Esta mais um capitulo rsrs
deixem comentarios para espirar dois pobres autores rsrsrs

beijos.........................

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