Toos estão bem



Harry Potter estava parado no meio do Salão Principal totalmente destruído por conta da guerra que acabara de acontecer. Apenas ele estava ali, todos os outros já tinha ido para a ala hospitalar para cuidar de ferimentos, ou foram a cozinhar se alimentar, ou foram dormir. Mas, a maioria estava na ala hospitalar, pois muitos haviam sido feridos.
“ E agora?” Essa era a pergunta que fazia a si mesmo. O que fazer depois de uma guerra? Comemorar? Poderia até ser, porém com a morte de Dumbledore, Olho-Tonto e Aberforth isso era impossível. Naquele momento, todos estavam cansados, abatidos e assustados. Mas Harry sabia que a felicidade viria, e estava muito próxima. Bastava acreditar.
Era muito triste que a última batalha tivesse acontecido em Hogwarts, em sua tão amada escola. Não fora assim que Harry imaginara, não era pra ser ali, mas foi. Aconteceu. E nada pode mudar o passado, apenas vira-tempos, mas isso estava fora de cogitação, pois ninguém queria reviver a guerra não é? Então, a única coisa que resta é: Ser feliz no futuro. E é isso que Harry faria.
--Pensando em que? – perguntou Hermione que havia aparecido no Salão Principal e estava observando Harry.
--Eu não queria que tivesse sido aqui em Hogwarts. Não queria que Dumbledore e todos os outros morressem. Mas não tenho como mudar o passado, então a única coisa que resta é...
--Construir o futuro. – Completou Hermione. – Você tem toda a razão, maninho. Mas eu queria dar os parabéns à você. Você conseguiu afinal né?
--Não teria conseguido sem todos vocês do meu lado. Principalmente você e o Rony. Obrigado, de verdade. – Hermione sorriu e os dois “irmãos” se abraçaram fortemente.
--Te amo muito maninho lindo. – Disse Hermione durante o abraço.
--Eu também te amo muito maninha linda. – Finalizou Harry.
--Vamos então? – Perguntou Hermione depois de se soltar do menino.
--Para onde?
--Pra ala hospitalar. Tem muita gente lá querendo te ver.
--Vamos sim.
Chegando lá, Harry e Hermione abriram as portas da ala. E o menino se lembrou de fazer a mesma coisa com Hermione, quatro anos atrás, quando eles usaram o vira-tempo para salvar Sirius. Ao entrar na ala hospitalar, Harry foi recebido com aplausos e abraços.
Neville estava na cama, com algumas queimaduras no braço e ao seu lado estavam seus pais e Luna Lovegood. Na outra cama estavam Simas e Dino, ambos cuidando dos seus ferimentos leves; Harry imaginou que todos os outros amigos de Hogwarts haviam ido dormir nos seus respectivos Salões Comunais.
Logo após vinham os Weasley, mas não estavam todos ali. Faltavam Gina, Fred e Percy (Hermione informara Harry durante o caminho que os três haviam ido à cozinha a mando da Sra. Weasley). Carlinhos e a Sra. Weasley estavam deitados em camas e o resto da família estava sentada em cadeiras.
Os professores, membros da ordem e etc, haviam ido cuidar da prisão do restante dos comensais da morte, mas não era nada muito difícil de fazer, uma vez que todos os comensais sobreviventes perderam a motivação de viver ao ver o corpo de Voldemort no chão e assim, todos estavam se entregando.
No fundo da ala hospitalar, estavam: Lupin, Tonks, Sirius, Nathália, Lílian e Thiago. Harry ficara imensamente feliz em ver todas aquelas pessoas vivas. Nenhum deles tinha noção do quanto eram importantes na vida do menino.
Harry parou primeiro na cama em que Neville estava, enquanto Hermione fora falar com Lílian.
--E aí Neville? Como você ta? – Perguntou Harry
--Estou bem Harry, obrigado. – Respondeu o menino com um enorme sorriso no rosto. – Ah, eu ainda não te apresentei os meus pais Harry.- O moreno se virou para Frank e Alice. Ambos estavam sorrindo.
--Muito prazer. Sempre me falavam dos senhores... – Começou Harry, mas Frank o cortou.
--Ah, por favor, Harry. Não nos chamem de senhores. Não somos tão velhos.
--Isso mesmo. – Concordou Alice
--Tudo bem. Sempre me falaram muito de vocês e é uma honra conhecê-los. – Disse Harry com um sorriso sincero no rosto.
--Ah, obrigada Harry. – Disse Alice. – Bem, ficamos muito felizes de conhecê-lo também. Você é igualzinho ao Thiago!
--Mas tem os olhos de Lílian. – Completou Frank. E Harry, mesmo sem saber o porque abraçou os dois. Com certeza, esses eram grandes amigos que ele poderia contar sempre.
--E você Luna? – Perguntou Harry se virando para a menina. – Como está?
--Ah, oi Harry. Eu estou muito bem. Obrigada!
--Ah, a nós temos uma ótima nora Alice! – Disse Frank muito animado.
--Temos mesmo! – Concordou Alice, com um sorriso no rosto. Neville estava da cor dos cabelos de Gina nessa hora.
--Nora? - Perguntou Harry um pouco confuso.
--É sim! Neville e Luna não te contaram ainda que estão juntos? – Perguntou Frank
--Ainda não deu tempo pai. – Disse Neville em voz baixa, porém, alto o bastante para Harry ouvir.
--Ah, meus parabéns aos dois! – Exclamou Harry que sempre torcera pelo romance dos amigos e agora, estava muito feliz em saber da notícia. – Depois quero saber dos detalhes viu garanhão? – Perguntou Harry, apenas para Neville ouvir.
--Hahahaha, tudo bem. Realmente, tem muito detalhes. – Respondeu o garoto.
--Hum, quero só ver. – Brincou Harry. – Bom, vou falar com os outros. A gente se vê.
--Tchau Harry. – Disseram Neville, Luna, Frank e Alice ao mesmo tempo.
Harry continuou andando até chegar na cama onde Simas e Dino estavam terminando de fazer seus curativos.
--Oi gente. Como vocês estão? E os outros de Hogwarts?
-Oi Harry. – Responderam Simas e Dino, ambos com sorrisos gigantes no rosto, para saudar Harry. E Simas continuou: - Nós estamos bem. Apenas alguns ferimentos pequenos, mas tudo bem.
--E os outros estão bem também. Já foram até dormir. – Completou Dino
--Que bom. – Respondeu Harry, mas para si do que para os amigos. – E eu queria agradecer à vocês por tudo. Por terem lutado, me ajudado e agüentado tudo que vocês agüentaram. Obrigado de verdade. – Disse Harry com toda a sinceridade do mundo
--Imagina Harry. Somos seus amigos e sempre estaremos do seu lado. – Disse Simas sendo muito sincero também.
--É verdade. Não precisa agradecer. – Concordou Dino.
Harry sorriu. Não sabia nem o que dizer, e nem tinha como expressar o que essas palavras significaram para ele. Achou que os amigos tinham percebido que Harry não sabia o que dizer, então Simas disse:
--Não precisa dizer nada Harry.
--É cara. Estamos aqui pra tudo e ponto final. – Disse Dino.
--Obrigado gente. To indo então. Tchau!
--Tchau Harry. – Disseram os dois, aparentemente felizes.
O moreno foi então, até a cama dos Weasley. Chegando lá, viu que a Sra. Weasley tinha um ferimento feio no braço direito, porém já estava quase sarado por conta dos milagrosos cuidados de Madame Pomfrey. E Carlinhos Weasley tinha sido atingido por um “Sectusempra” logo depois de um “Crucio” e por isso estava muito cansado, porém estava consciente e já começava a se recuperar (além de estar sorrindo).
--Ah Harry... – Começou o Senhor Weasley. – Como você está?
--Eu estou ótimo. Um pouco cansado e com algumas queimaduras, mas estou bem sim. E vocês? Como estão?
--Estamos todos bem. – Declarou Jorge. – Só mamãe que está ferida, mas ta tudo bem já. E o Carlinhos que passou por umas poucas e boas como diria nosso tio Pinny, mas também ta recuperando.
--Tio Pinny? – Perguntou Rony, que pelo jeito não conhecia o tal tio.
--É aquele tio velho, que morreu à um tempão! – Lembrou Gui. – Aquele que morava lá na França.
--Ah, sei! Lembrei... – Disse Rony
--Na França não existe o nome Pinny! – Pensou alto Fleur. E Harry ficou impressionado como seu inglês havia melhorado.
--É que na verdade, o nome dele era Grindelon Weasley, mas Fred e Jorge colocaram o apelido de Pinny.
--Por que esse apelido hein? – Perguntou Carlinhos.
--Porque ele era totalmente pinel da idéias. Só perdia pra Muriel... mas dessa aí, ninguém ganha. – Disse Jorge indiferente, como se nem estivesse falando dos seus próprios tios.
Todos riram. Até mesmo a Sra. Weasley, que não gostava muito das brincadeiras dos gêmeos. Como Harry sentiu saudades das confusões dos Weasley... Eles eram sua segunda família, não tinha como não amá-los.
--Bom, eu queria agradecer a vocês sabe... – Começou Harry. – Queria agradecer à todos vocês, não somente por terem lutado. Mas, vocês estiveram sempre do meu lado, me ajudando. E agradeço muito à todos vocês por tudo que fizeram. –Seus olhos encontraram os da Sra. Weasley, que sempre fora uma mãe pra ele. Como ele amava aquela mulher...
--Não precisa agradecer de nada Harry - Disse Sr. Weasley à Harry. – Nós também devemos muito à você.
Harry mais uma vez não sabia o que dizer, então apenas sorriu esperando que fosse suficiente. E pelo visto foi sim, pois todos retribuíram seu sorriso.
--Bom, eu vou ali... - Harry apontou para a cama dos seus pais. – Depois eu volto.
--Tudo bem Harry. – Responderam todos.
O menino se encaminhou para a cama de seus pais, onde Lílian o esperava com os braços abertos e um sorriso lacrimoso no rosto. Harry abraçou sua mãe, tentando colocar naquele abraço todo o amor e admiração que sentia por ela. Incrivelmente, todos que estavam na ala hospitalar saíram e ficaram apenas Harry, Lílian e Thiago. Carlinhos foi retirado de sua cama e até mesmo Sirius foi retirado sob os mandamentos de Nathália Steloni. (Steloni é o sobrenome da madrinha do Harry ok?). Enfim, quando Harry soltou sua mãe, não achou mais ninguém na ala.
--Cadê todo mundo? – perguntou confuso.
--Saíram. Eu os mandei ficar, mas quiseram nos deixar a sós. – Explicou Thiago, olhando nos olhos de Harry, que era tão iguais às esmeraldas de Lílian.
--Ah, aposto que foi idéia do Remo. – Disse Lílian, mais pra si mesmo do que pro marido e o filho.
--É, foi ele mesmo. – Disse Thiago, e logo depois olhou para seu filho: - Então Harry? Você está bem?
--Estou
--Tem certeza? Não está machucado nem nada? – Perguntou um aflita Lílian que olhava o filho de cima a baixo procurando algum machucado.
--Tenho certeza. Eu só tinha alguns arranhões, mas, Madame Pompom já cuidou de tudo.
--Ah, não me diga que você também chama ela assim! – Perguntou Lílian indignada
--Que? – Harry não estava entendo nada.
--Já vi que você é igualzinho ao seu pai! É um maroto, com certeza. Tem o mapa, a capa da invisibilidade. Apenas espero que seja mais interessado nos estudos do que seu pai era viu? Ele só gostava de DCAT e ignorava o resto. Quase foi reprovado em Poções.
--É, eu também quase fui. Por causa do Snape
--Ainda não acredito que você foi aluno do Seboso durante seis anos! – Exclamou Thiago. – E quanto as reclamações da sua mãe, não se preocupe. Eu tenho muito orgulho de você meu filho e não há nada de mau em ser um maroto.
--Ora, eu também tenho muito orgulho dele. – Lílian indignou-se
--Sabe o que eu acho melhor? – Perguntou Thiago e ao ver as caras curiosas de Harry e Lílian, ele completou: - É melhor irmos dormir e amanhã, conversaremos muito.
--É verdade. – Concordou Lílian, e virando-se para Harry: - Meu querido, tome essa poção aqui. – Lílian pegou uma poção verde dentro do armário e entregou-a à Harry. – É pra dormir sem sonhar. Acho que todos nós vamos precisar não?
O menino tomou a poção e se despediu dos pais. Quando ele estava saindo, seu pai disse:
--Amanhã quero saber sobre a ruiva ok?
--Ah, eu amei a menina Harry! – Exclamou Lílian. Harry sorriu e disse:
--Pode deixar. Amanhã eu conto à vocês. Boa noite!
Harry Potter rumou para o Salão Comunal da Grifinória, que estava deserto, pois todos já haviam dormido. Subiu para os dormitórios, viu que Rony, Neville, Simas e Dino já dormiam, e em seguida, adormeceu também, tentando esquecer as lembranças da guerra.
Enquanto isso, na ala hospitalar, Lílian e Thiago conversavam sobre seu filho. Thiago estava abraçando a ruiva pela cintura, e ela estava sentada no colo dele em cima de uma cama.
--Nem acredito Thiago. Nós estamos vivos de novo e junto com o nosso filho. Nossa, vendo pelo ângulo feminino eu preciso dizer que o Harry é um gato.
--Eu sei, eu sei. Afinal, ele é igual a mim não é? Tirando os olhos, que são duas esmeraldas como as suas. Ele deve fazer o maior sucesso com as garotas aqui em Hogwarts.
--É, mas ele tem a Gina e NÃO pode ficar com garotas por aí ok?
--É verdade. O meu filho é demais mesmo né? Ele conseguiu conquistar mais uma ruiva para se juntar aos Potter. Quando eu olhei pra Gina, logo lembrei de você sabe?
--De mim?
--Aham. Olha só: ela é ruiva, linda, educada, me disseram que é muito inteligente e uma ótima artilheira no quadribol, assim como você. Vai dizer que vocês não são parecidas?
--É verdade.
--Sabe, acho que ela é a terceira mulher mais bonita do mundo.
--Terceira Thiago?
--Sim, porque a primeira é você meu lírio, depois é a minha mãe, que Mérlin a tenha e depois é a Gina. Três mulheres maravilhosas e encantadoras.
--Hum, então quer dizer que eu sou a mulher mais bonita do mundo na visão de Thiago Potter? – Lílian perguntou com um sorriso maroto nos lábios.
--É sim. E eu sei que sou o homem mias bonito do mundo na visão de Lílian Potter ok? – Perguntou ele, olhando no fundo das duas esmeraldas.
--Há há há! Que engraçado viu? Mas pena que não é verdade.
--Ah não é não? – Perguntou Thiago tirando-a do seu colo e colocando-a no chão. – É o que vamos ver então. – Ele jogou a ruiva na cama e começou a fazer cócegas nela.
--HAHAHAHHAHAHAHAHA...THIAGO POTTER, PARA COM ISSO AGORA POR FAVOR! HAHAHHAHAHAHAHA!
--Só quando você admitir que eu sou o homem mais bonito do mundo pra você.
--Eu.. HAHAHAHHAHA... eu não conto mentiras! Para com isso Thiago. Minha barriga ta doendo já.
--Admite.
--NUNCA! HAHAHAHAHHAHA...PARA THIAGO! HAAAAAAAAAARRY, ME SALVA DAS GARRAS DO SEU PAI! HAHAHAHHA, SIIIRIUS! REMO! SOCOOOOOOORRO!
--Não adianta Lírio. Todos eles já foram dormir. É melhor você admitir.
--Tá! Você, Thiago Potter é o homem mais bonito do mundo pra mim. - Thiago, ao ouvir o que queria, sorriu e deitou-se ao lado de sua ruiva.
--Eu te amo meu anjo ruivo. – Thiago Potter disse olhando para a mulher mais linda do mundo, a sua ruiva.
--Eu também te amo meu Potter.
Os dois se beijaram ardentemente, transmitindo a felicidade que sentiam de estarem ali, juntos. E principalmente por saber que Harry estava bem, e que eles tinham uma vida pela frente. Enfim, os dois passaram a noite ali, juntos. Dá pra imaginar tudo que eles fizeram né?

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