O dia que fez a diferença



A nossa história começa aqui: “Eles viraram um canto e logo adiante a passagem terminava. Um pequeno lance de escada levava a uma porta igual a que havia atrás do retrato de Ariana. Neville abriu-a e galgou a escada. Quando o seguia, Harry ouviu o colega gritar para pessoas invisíveis:
--Vejam quem está aqui! Eu não disse a vocês?”( Trecho de Harry Potter e as relíquias da morte, página 449)
Harry não sabia bem onde estava, apenas tinha certeza de estar ouvindo vozes muito conhecidas gritando:
--SÃO ELES! HARRY, HERMIONE E RONY!
--ELES ESTÃO VIVOS!
E do nada, Harry sentiu várias pessoas o abraçando, bagunçando o seu cabelo, pulando em cima dele e após alguns minutos nessa euforia todas aquelas pessoas se afastaram e Harry pode reconhecer todos que ali estavam: Neville, Luna Lovegood, os gêmeos Weasley, as gêmeas Patil, Cho Chang, Terêncio Boot, Ernesto Macmillan, Antônio Goldestein, Miguel Corner, Dino Thomas, Simas Finnigan, Lilá Brown, Collin Creevey, Olívio Wood, Cátia Bel, Angelina Johnson e Gina Weasley, quando olhou para a ruiva, sentiu seu coração disparar “como ela está linda”-pensou, mas então decidiu que aquela não era hora de preocupar com seu coração, pois precisava se concentrar no que viera fazer. Harry olhou para os lados e viu Rony e Hermione, os dois com caras espantadas assim como ele. Naquele momento, ele não sabia ao certo se ficava feliz ou triste por ter que deixá-los novamente para seguir em busca da Horcruxes. Foi então que reconheceu onde estavam. Estavam na sala precisa, claro! Fred, percebendo o espanto de Harry, se adiantou para explicar:
--Estamos todos aqui porque estamos fugindo dos Carrow. Neville deve ter contado a vocês o que eles andam fazendo não é?- Harry assentiu com a cabeça- Pois bem, tivemos que fugir, pois achamos que estão planejando nos matar, matar todos que se opõem à Voldemort.
--Mas tem gente aqui que não estuda mais em Hogwarts. Como você Fred... -observou Hermione um pouco confusa.
No meio da frase da amiga, Harry reparou em uma coisa: Havia muitas pessoas atrás dos seus amigos que os receberam, pessoas que segundo o sentimento de Harry, eram extremamente conhecidas. O menino foi caminhando em direção ao “amontoado” de gente enquanto todos abriam passagem. Agora, sem mais ninguém na frente Harry reconheceu todos que ali estavam: A Sra. e o Sr. Weasley, Carlinhos Weasley, Gui, Fleur, Percy (ele nunca havia brigado com a família e sempre esteve do lado de Harry assim como os outros), Hagrid, Minerva McGonagall, Ninfadora Tonks, Remo Lupin, Kingsley, Pamona Sprout, Flitwick e naquele instante, o coração de Harry pareceu parar...
o coração de Harry pareceu parar, pois ao lado de todos aqueles rostos conhecidos, estavam Olho-tonto Moody, Alvo Dumbledore, Sirius Black, uma moça morena muito bonita que não conseguiu reconhece, Franco e Alice Longbotton (na fic, eles morrera também) e por fim, Thiago e Lilían Potter. Todos sorrindo para ele.
Harry estava em estado de choque, não conseguia falar nem se mover. Sentiu a mão de Hermione segurando a sua como sinal de companheirismo e Rony disse bem baixo, para apenas Harry e Hermione ouvirem:
--Tudo bem Harry, estamos aqui.
Depois um estranho silêncio, uma Molly Weasley muito aflita vai correndo em direção aos três e os reúne em um grande abraço:
--Graças a Mérlin que vocês estão bem!- Disse a Sra. Weasley, lançando aos garotos um olhar aflito e ao mesmo tempo feliz. E completou: - Vocês estão muito magros! Não estão se alimentando direito? – Os três balançaram negativamente a cabeça sob o olhar severo da Sra. Weasley.
Foi então que Dumbledore disse:
--Acho que algumas explicações são necessárias não é?
--Sim – Foi a única coisa que Harry conseguiu dizer.
--Me desculpe professor, mas como isso pode acontecer? Algumas pessoas aqui presentes estavam... - Mas Hermione não conseguiu terminar a frase.
--Mortos – concluiu Lupin – Sim Hermione, eles estavam mortos. Mas, há uma semana, aconteceu algo inesperado: Todos que participaram da Ordem da Fênix original e morreram, voltaram agora para lutar nessa... Digamos assim, Segunda Guerra.
--Mas como? Pensei que não houvesse magia que ressuscitasse os mortos... – Disse Rony confuso.
--E continua não existindo Sr. Weasley – Disse Dumbledore olhando os três por baixo de seus oclinhos meia-lua – Essa magia foi digamos uma exceção que nós, infelizmente não podemos explicar como aconteceu. Um belo diaa estávamos todos no além.. – E ao ver as caras espantadas de Harry, Rony e Hermione, ele completou – Sim, os mortos vão para o além e continuam vivendo por lá! Então, estamos nós observando a guerra que acontecia por aqui, quando chega até nós uma Fênix prateada dizendo que teríamos uma segunda chance de viver. Voltaríamos à Terra para lutar e se sobrevivêssemos a guerra, continuaríamos vivendo aqui como se nada tivesse acontecido. Se não sobrevivermos, voltamos para o além. - Explicou Dumbledore com simplicidade.
Harry estava com a cabeça explodindo de tantas novas informações, e não conseguia tirar os olhos de seus pais. Com certeza o sorriso de Lílian e Thiago eram os maiores.
--Bom, então é isso... Chega de explicação e vamos logo ao que interessa: Derrotar o cara de cobra – Decretou Olho-Tonto, no seu tom nada delicado.
--Sim, sim, sim. Mas creio que antes alguns precisem conversar não? – Perguntou Dumbledore e uma porta apareceu no meio da sala precisa. Harry entendeu que a porta era de uma sala invisível na qual ele iria conversar com sua mais nova família.
Lupin foi até o menino e disse:
--Vamos Harry? Acho que temos que conversar! – Enquanto isso, Lílian, Thiago, a mulher morena que Harry não conhecia, e Sirius entravam na sala invisível.
Harry olhou para seus amigos e os dois balançaram a cabeça como sinal de aprovação e força. E assim, ele e Lupin rumaram para a sala no qual os outros já se encontravam.
Quando os dois chegaram na sala, sua mãe estava chorando enquanto seu pai a abraçava, a mulher morena estava sentada em um pequeno sofá e Sirius estava em pé andando de um lado para o outro. No instante em que seu padrinho o avistou, foi correndo abraçá-lo e foi muito bom ter a sensação de abraçar Sirius mais uma vez, como se ele nunca tivesse saído dali.
Após o longo abraço, Sirius o soltou e disse:
-- Não sabe como fico feliz de revê-lo Harry. Que saudades eu estava de você! Bom, acho que você não conhece essa aqui – Disse apontando para a mulher morena – Essa é Nathália. Morreu na primeira guerra também e sempre foi nossa amiga, desde os 11 anos, no primeiro dia em Hogwarts. Ah, ela é a melhor amiga da Lily.
--E também foi namorada do Almofadinhas desde o 6º ano, até a morte dela. – Lembrou Remo rindo. E Harry entendeu o porque de Sirius nunca querer tocar no assunto amor: sua amada havia morrido na guerra e não gostava de lembrar dela.
--Sabia que você lembraria disso Remo - Falou Nathália. E se virou para Harry – Você não faz idéia de como é bom conhecê-lo Harry. Sempre quis conhecer meu afilhado! – Harry não sentia mais suas pernas. Então quer dizer que ele tinha uma madrinha também?
--Você é minha madrinha? – Perguntou surpreso
--Sou sim. Não gostou? –Nathália perguntou um pouco insegura
--Gostei. Gostei muito! - Disse Harry feliz indo abraçar sua madrinha. E após alguns minutos de emoção eles se separaram.
Harry olhou para seus pais: Lílian chorava de emoção e felicidade enquanto olhava para seu filho e Thiago tinha estampado no rosto, o sorriso mais feliz e orgulhoso (do filho) que Harry já vira.
--Bem, acho que para esses dois, apresentações são dispensadas não?- Perguntou Remo
Harry abria e fechava a boca várias vezes sem saber o que dizer. Mal podia acreditar que ali, na sua frente, estavam os seus pais olhando para ele prontos para darem no filho um abraço de verdade, prontos para viverem com ele, momentos que Harry nunca tivera. Lílian não agüentou mais e correu para o seu filho e o envolveu em um forte abraço e Harry sentiu pela primeira vez na vida, como é receber um abraço de mãe, um amor de mãe. Harry olhou por cima do ombro de sua mãe e viu seu pai, Thiago Potter vindo ao seu encontro e abraçando a mulher e o filho de uma só vez.
Era uma sensação indescritível estar ali, abraçado com seus pais, perto de seus padrinhos, juntamente com seu “tio” Remo. Para Harry, ele poderia passar o resto da vida ali, com eles. Mas sabia que tinha uma guerra para vencer antes disso.
--E então? – Perguntou Thiago – Vamos lutar? Depois que a gente acabar com esse Voldemort, vamos ter todo tempo do mundo. – E agora, Thiago estava falando muito baixo para apenas Harry e Lílian escutarem: - Prometemos que nunca mais vamos sair do seu lado filho. Ah, e depois quero saber das garotas também ok? – Completou Thiago rindo. E Harry não teve como segurar no sorriso.
--Thiago, deixa esse assusto pra depois ok? – Falou uma severa Lílian olhando para seu marido. Porém Harry notou o tom de brincadeira na sua voz.
--Ah, ela me ama! – Disse Thiago para o filho que riu com o comentário do pai.
--Então? – Perguntou Lílian – Vamos?
--É...ahn – Harry não sabia como dizer para os pais que tinha que ir embora – Eu não posso ficar, preciso ir embora, Voldemort está a caminho e preciso ter partido quando ele chegar.
--Como assim? – Perguntou Lílian surpresa
--Isso faz parte da missão que Dumbledore confiou a você e seus amigos? – Perguntou Nathália
--Faz – Respondeu Harry e se surpreendeu ao ver que conseguia falar.
-- Vamos lá para fora e ver isso com os outros – Decretou um preocupado Sirius.
Quando chegaram do lado de fora, todos estavam calados esperando o retorno deles. Harry que estava abraçado com seus pais, os soltou e foi ao encontro de Rony, Hermione e Dumbledore. Sabia que precisava conversar com os três. Os únicos que sabiam da história completa.
--O que faremos Harry? – Perguntou Rony
--Vamos procurar a Horcruxe e vamos embora!
--O que acham que a Horcruxe pode ser? – Perguntou Dumbledore, muito calmo.
--Bem, nós andamos pensando e chegamos à conclusão que Voldemort, com sua mania de colecionar troféus queria para a sua coleção de Horcruxes, um objeto que representasse cada casa: Tem o medalhão de Sonserina, a taça de Lufa-Lufa, quase conseguiu a espada de Grifinória e achamos que poderia querer um objeto que representasse a casa de Corvinal – Explicou Hermione.
--Fico impressionado com o raciocínio de vocês jovens. Eu já tinha pensado nessa possibilidade, mas não faço idéia de onde possa estar. Vocês fazem?
--Não – Respondeu Rony com simplicidade.
--Bem, então temos um problema. – Disse Dumbledore, começando a se preocupar.
--Mas professor, temos pouco tempo para isso. Voldemort sabe que estamos buscando as Horcruxes e foi ver se todas estão seguras, deixou Hogwarts por último, pois acha que é a mais segura só porque Snape está aqui.
--Acho que devemos pedir ajuda. – Disse Rony
--Como? – Perguntou Harry
--Nós não vamos conseguir sozinhos Harry. Lembre-se de que temos pouco tempo. – Insistiu Rony
-- Dou razão ao senhor Weasley. – Disse Dumbledore, e Rony pareceu ter ficado imensamente satisfeito.
--Certo então. Vamos lá! – Disse Harry e se virou para todos que estavam as suas costas rindo das piadas que Fred e Jorge contavam para descontrair o ambiente. No momento em que se virou, as risadas pararam quase que no mesmo instante. – Certo. Precisamos da ajuda de vocês. Alguém aqui sabe de um objeto com uma ligação direta com Corvinal? – Perguntou esperançoso. Mas ninguém respondeu.
Foi então que Luna tomou a palavra:
--Existe o diadema perdido que pertencia à Corvinal.
--Mas o diadema perdido Luna... Está perdido. – Disse Padma Patil.
--Desculpe, mas o que é um diadema? – Perguntou Rony
--É uma espécie de coroa – Disse Tonks, que quando estudava em Hogwarts, havia sido da Corvinal. – Acreditava-se que o de Corvinal possuía propriedades mágicas e ampliava a sabedoria de quem o usava
--Bom, nós achamos que o diadema pode estar em Hogwarts. Desculpa... – Acrescentou ao ver que todos iriam perguntar o porque de tudo aquilo – Desculpa, mas não podemos dizer, é faz parte da missão e apenas precisamos que nos ajudem.
--Como podemos ajudar se nem ao menos sabemos o porque de estarmos ajudando? – Perguntou Miguel Corner.
A raiva crescia dentro de Harry. Será que não percebiam que Voldemort estava a caminho, que todos corriam perigo, que ele precisava encontrar logo a Horcruxe e ir embora? Será que ninguém se dava conta da gravidade do problema? Então Harry se lembrou: Não. Ninguém ali sabia de nada, ninguém conhecia os fatos, tirando Rony, Hermione e Dumbledore. Ninguém ali tinha a menor idéia da fúria com que Voldemort estava naquele instante. Apenas Harry sabia como era grande a raiva do Lorde das Trevas, pois sua cabeça estava quase rachando de dor na cicatriz.
--Cara, nós estamos tentando nos livrar de Você-Sabe-Quem! Não podemos dizer tudo o que está acontecendo, até porque não temos tempo para isso! – Gritou Rony, totalmente vermelho e era visível que estava mais enraivecido do que Harry.
Houve um silêncio constrangedor na sala precisa, no qual todos aguardavam mais gritos de Rony. Mas este apenas sentou no chão e ficou olhando para Harry e Hermione, esperando que os dois falassem mais alguma coisa. Hermione sentou no chão e permaneceu calada, e Harry entendeu que era para ele próprio falar.
--Nenhum de vocês aqui sabem, mas nesse momento, Voldemort está vindo para Hogwarts e está muito irritado. – Harry fez uma pausa para todos se recuperarem do susto da informação – Sendo assim, não temos tempo de explicar tudo que está acontecendo e nem podemos fazer isso. Por isso, peço que colaborem com a gente, pois precisamos ser rápidos.
E de repente, Harry estava na mente de Voldemort e pode ter a visão da bacia vazia no centro do lago. Soltou um berro de fúria e a dor na cicatriz de Harry chegou ao extremo. Um segundo depois, o menino estava de volta à sala precisa com todos aqueles rostos surpresos olhando para ele.
--Você está bem Harry? – Perguntou Lílian muito preocupada ao ver a expressão de dor no rosto do filho.
--Estou mãe. Não foi nada. – Mentiu Harry, porém sentiu os olhares apreensivos de Rony e Hermione nas suas costas.
--Harry, se quiser eu te levo no salão comunal da Corvinal. Lá tem uma estátua de Corvinal e ela está usando o diadema. – Ofereceu-se Cho
--Seria ótimo, obrigado. Mas vamos rápido. – Disse Harry
--Eu quero ir junto. Posso? – Perguntou Gina visivelmente enciumada
Harry não ia deixar. Pois não queria arriscar a sua ruiva daquele jeito. Não podia deixar. E quando tomou sua decisão Olho-Tonto se pronunciou:
--Andem logo os três!
Gina tomou a fala de Olho-Tonto como um “sim” e se levantou junto com Cho.
-- Vamos então Harry... E Gina – Cho fez questão de pronunciar bem alto, claro, e com certa raiva na voz no nome “Gina”.
--Vamos – Finalizou Gina sendo muito sínica.
Neville os encaminhou até a porta de saída da sala precisa e Harry puxou o mapa do maroto do bolso e por fim, jogou a capa da invisibilidade sobre os três, tomando o cuidado de cobrir Gina totalmente.Quando os três se juntaram para ficar em baixo da capa, Harry ficou no meio das duas meninas e sentiu a pele macia da mão de Gina pegando fortemente a sua mão. E se lembrou de como era bom sentir aquele perfume floral de sua amada mais uma vez. Harry não se agüentou, e em baixo da capa, passou o seu braço pela cintura da ruiva, trazendo-a para mais perto de si.
Sirius, Lupin, e principalmente Thiago abriram grandes sorrisos ao ver o mapa do maroto e a capa da invisibilidade nas mãos de Harry. Afinal, o garoto moreno de 17 anos também era um maroto, um lindo maroto de olhos verdes, como Thiago sempre disse que iria ser antes do menino nascer. Enquanto os três marotos adultos sorriam abertamente, Lílian e Nathália balançavam negativamente a cabeça, causando risos em todos.
Gina, ao perceber que Harry havia enlaçado sua cintura, largou a mão do moreno e passou seu braço pelos ombros largos de Harry Potter. O menino... ou será adulto? Enfim, Harry se sentiu também ali, junto com a ruiva, que sua vontade era beijá-la e matar de uma vez toda a saudade que sentira dela nos últimos meses. Era difícil de acreditar que estava ali, junto com sua amada e tinha acabado que ganhar de volta a sua família. Para ele tudo estava perfeito, até ouvir a voz irritante de Cho Chang ao seu lado:
--Harry? Ainda está aí? – Perguntou a garota vendo que Harry estava perdido em seus pensamentos. – Anda, precisamos ir!
Quando despertou, ele se deu conta que não estavam mais na sala precisa e sim, parados no meio de um escuro corredor de Hogwarts. E surpreendeu-se ao lembrar que precisava ir até o salão comunal da Corvinal para pesquisar sobre o diadema.
--Lumos – Sussurraram os três ao mesmo tempo.
Harry, Gina e Cho colocaram suas varinhas acesas em cima do mapa do maroto e viram que Filch estava andando pelos corredores do segundo andar, ou seja, cinco andares abaixo de onde estavam.
--Vamos. É por aqui. – Cho indicou um caminho e seguiram até chegarem ao salão comunal totalmente deserto, pois já passava de meia-noite.
Então Harry viu a estátua de Corvinal, e no topo da escultura, a bela mulher estava usando uma espécie de coroa... o diadema. Um pouco apreensivo, ele deixou as duas meninas em baixo da capa de invisibilidade e entregou nas mãos de Gina, o Mapa do Maroto.
A medida que ia chegando perto da estátua, a dor na cicatriz de Harry aumentava e numa pequena visão da mente de Voldemort, o menino percebeu que o Lord acabara de descobrir que o anel dos Gaunt não estava mais na caixa dourada sob os destroços do casebre. E ao julgar pela dor cortante que sentiu em sua cabeça, Aquele-que-não-deve-ser-nomeado ficou mais do que irritado com tudo aquilo.
Deixando os pensamentos de Voldemort de lado, Harry se concentrou no diadema esculpido que estava na sua frente, quando de repente, ouve uma voz grave e fina às suas costas:
--Ora, ora, ora... se não é o senhor Potter! – Disse Aletto Carrow, uma comensal da morte ao mesmo tempo em que levantava a manga e tocava com força a marca negra.
Harry sentiu-se no corpo de Voldemort, na mente de Voldemort naquele momento: [i][b]Pegaram o garoto[/i][/b]. E de repente, estava de volta ao salão comunal e viu a comensal desacordada no chão. Ao olhar para Gina, viu que sua amada estava com a arinha em punho e deduziu que Aletto havia sido estuporada pela ruiva.
Em seguida, Gina amarrou a comensal em cordas e disse:
--Precisamos sair daqui.
E os três voltaram correndo para a sala precisa debaixo da capa. Ao chegarem, todos os rostos se viraram para eles.
--Voldemort sabe que estou aqui. Ele está vindo pra cá, chegará em poucos minutos. Não tem outro jeito, temos que lutar.
Foram ouvidos murmúrios de aprovação e todos se levantaram. Foi então que o Sr. Weasley tomou a palavra:
--Vamos reunir todos no Grande Salão para nos prepararmos para a luta. Acho melhor acordarmos os alunos, mandar os menores para casa e os maiores de idade têm a liberdade de escolher se ficam para lutar ou se vão embora também.
--Ótimas idéias. – Concordou Kingsley – Vamos então?
Todos rumaram para a porta de entrada da Sala Precisa, prontos para um combate que nunca seria esquecido. Estaria sempre na memória do mundo bruxo.
Harry olhou ao seu redor e não viu Rony e Hermione? Onde será que seus amigos estariam?
--Rony e Hermione pediram para lhe avisar que foram buscar no castelo uma coisa que os ajudaria a completar a missão. – Informou Gui Weasley ao passar apressado do lado do garoto.
Como? O que os dois foram buscar? O diadema com certeza não era... Eles nem ao menos sabiam se o objeto era mesmo a Horcrux e muito menos sabiam onde ele estava. Então, onde os seus melhores amigos estariam?
Enquanto todos rumavam para o salão principal, Harry resolveu dar algumas voltas pelo castelo e ver se encontrava os seus amigos. Depois de um tempo andando, viu que teria que começar a agir sozinho. Pois não encontrava Rony e Hermione em lugar nenhum. O que será que eles estariam fazendo? Será que estavam... Não, Harry achou melhor não completar o seu pensamento, afinal se estivessem fazendo coisas em algum lugar, o mapa do maroto, agora aberto na sua mão indicaria o local em que estavam. Mas Harry não encontrava os nomes dos dois em lugar algum do castelo.
Decidiu então, ir pala o Salão Principal onde todos os outros estavam se preparando para combate. Ao chegar viu os seus pais, seus padrinhos, os Weasley, os Longbotton, os professores de Hogwarts, os alunos maiores de idade muitas outras pessoas sentadas ao longo das quatro mesas. E claro, Dumbledore estava no centro da mesa dos professores explicando como seriam as estratégias e grupos de combate.
Harry foi até Gina e perguntou:
-- Quando você tava vindo pra cá, viu Rony e Hermione?
--Vi sim. Estavam no corredor, perto do banheiro da Murta-que-Geme. – Gina tremeu ao responder para Harry. E o garoto sabia o porque: no seu primeiro ano em Hogwarts, a ruiva foi possuída por Voldemort e levada até a Câmara Secreta... Um momento... Câmara Secreta? CLAAAAARO! Harry já sabia onde seus amigos estavam.
--É...Obrigado meu am...Gina! – Harry se enrolou um pouco ao agradecer e viu que a menina havia percebido a sua confusão.
--De nada, meu moreno. – Gina respondeu com o sorriso mais lindo que Harry já vira na vida. Então ele sorriu também, e quando Harry [b]pensou[/b]que ninguém estava olhando, deu um rápido beijo nos lábios de Gina e disse:
--Tenho que ir.
Logo depois saiu correndo, sem saber que Thiago Potter e Sirius Black viram aquela cena extremamente felizes. Sirius feliz por Harry, apesar de todos os problemas, continuar com a fama de “bonitões dos Potter e Thiago, estava feliz apenas por ver que Harry daria a continuidade à tradição das ruivas. O famoso Pontas então, olhou para a [b]sua[/b] ruiva que conversava em um canto com Tonks e se sentiu o homem mais feliz do mundo, mesmo estando no meio de uma guerra. Porém, ele sabia que era seu dever proteger seu filho e sua mulher, nem que ele próprio tivesse que morrer por isso.
“Como ela é linda”... esse era o pensamento de Harry enquanto caminhava rumo ao banheiro feminino que possuía a entrada para a Câmara Secreta. Ele finalmente havia entendido o que Rony e Hermione estavam fazendo: Foram buscar presas de basilisco para assim, poder destruir a Horcrux, uma vez que não possuíam mais a espada.
Perdido em seus pensamentos, Harry nem notou que uma fantasma se mexia ao fundo do corredor e quando o garoto se deu conta, a mulher cinzenta, a fantasma da Corvinal, já estava na sua frente.
--Preciso falar com você, Harry Potter.
--Diga...
--Sim, o diadema é uma Horcrux, está em Hogwarts, Tom Riddle me fez dizer onde estava o tão valioso objeto de minha mãe, foi lá e o roubou.
Harry não sabia o que dizer.
--De sua mãe? – Perguntou muito surpreso, sem se dar conta de que estava sussurrando.
--Sim, quando eu era viva, eu fui Hellena Corvinal. Então, voltando a minha história... Depois que Lord Voldemort pegou o diadema, ele o transformou em Horcrux e a escondeu aqui no castelo quando veio pedir emprego para Dumbledore. Mas, não me pergunte onde está escondido, pois eu não faço a míninma idéia.
--E como sabe de tudo isso?
--Verdadeiros fantasmas são aqueles que vivem pela vida de outros.
--Como assim? – Perguntou Harry, que não havia entendido o sentido da frase.
--Bem, ao fantasmas que levam a sério a sua condição fantasmagórica, vivem “colados” a outra pessoa na medida do possível.
--Você está querendo dizer que escolheu viver “colada” na vida de Tom Riddle enquanto ele freqüentava Hogwarts?
--Isso mesmo. Por isso sei de tudo isso. – E ao ver que Harry dizer alguma coisa, a fantasma completou – Você deve estar se perguntando como não sei onde o objeto está escondido não é?
--Sim, estou.
--Bem, digamos que na época, eu falhei na minha “missão” e perdi essa parte da história. – E ao ver que Harry ia perguntar algo, ela se apressou a dizer: - Não poso mais dizer nada. Daqui pra frente, você segue sozinho. Afinal, você é Harry Potter.
E dizendo isso, a fantasma sumiu pelo corredor, deixando um surpreso e confuso Harry para trás.
Um lindo jovem moreno, com um físico de parar o trânsito, cabelos negros despenteados, e dono de lindos olhos verdes estava parado naquele momento em um corredor deserto de Hogwarts. Harry Potter não sabia para que lado andava, e para onde corria. Parecia que todas as respostas estavam tão próximas, que essa proximidade o impedia de conseguir entender os fatos. Então, o diadema perdido, na verdade está perdido dentro de Hogwarts em forma de Horcrux. Mas a questão era: onde? Onde estava o diadema?
Harry se sentou no chão e fechou os olhos. Então, uma imagem veio a sua cabeça: Harry estava no seu 6º ano quando foi esconder o seu livro do Príncipe Mestiço dentro da Sala Precisa e se deparou com uma linda coroa brilhantes, com a frase de Corvinal escrita nela. Harry então pegou a coroa e colocou em cima de uma estátua, não dando a mínima importância para o objeto.
Ele abriu os olhos assustado. Finalmente sabia onde estava o diadema: Estava na Sala Precisa! No mesmo lugar onde gerações de jovens vêm escondendo objetos. Porém, Voldemort foi burro e egoísta o suficiente para achar que apenas ele conhecia aquela sala.
Harry levantou e saiu correndo para o sétimo andar, porém no meio do caminho...
Harry vê Rony e Hermione. Ambos com presas de basilisco nos braços. Ao vê-los, Harry se sentia mais aliviado
--Como conseguiram entrar na Câmara Secreta? É preciso ser ofidioglota! – Perguntou Harry
--O Rony sabe como abrir a Câmara Secreta! – Contou Hermione
--Como? – Quis saber Harry totalmente confuso.
--Bem, eu me lembro de como você abriu o medalhão aquela vez lá na Floresta do Deão.
--Ahn, entendi. Bom, eu sei qual é a Horcrux e sei onde está!
--Então conte! – Gritou Hermione, se empolgando
--A Horcrux é mesmo o diadema e está escondida na Sala Precisa – Informou Harry e ao ver que os dois iam começar à bombardeá-lo com perguntas, ele disse – Não me perguntem como descobri! É uma história muito longa e conto pra vocês depois de matarmos Voldemort.
--Tudo bem. Vamos pra sala precisa então. – Apressou-se Hermione. E os três saíram correndo rumo ao sétimo andar
--À propósito... Hermione perfurou a taça de Lufa-Lufa. Uma Horcrux a menos. – Informou Rony sem fôlego durante a corrida.
Chegaram em frente à sala e Harry pensou [i]”preciso do lugar onde se esconde tudo”[i] enquanto passava três vezes na frente da porta, coisa que Harry fizera tantas vezes quando estudava em Hogwarts, que já estava até acostumado e tinha uma certa prática no negócio.
Então, a porta apareceu num passe mágica, onde antes havia apenas uma parede. Os três entraram e se depararam com um amontoado de coisas escondidas. Coisas essas que os alunos de Hogwarts escondiam ali durante séculos. E o mais impressionante: Voldemort escolheu esse lugar tão “comum” para esconder sua última Horcrux. Foi então que Harry tomou a liderança:
--Vamos começar à procurar. O diadema está por aqui, em algum lugar.
Os três se separam e começaram a procurar com uma certa pressa, pois afinal a guerra lá fora já tinha começado e seus amigos e familiares estavam arriscando as suas vidas. E só eles poderiam dar um fim naquilo tudo.
Depois de uns 10 minutos procurando, o que pareceu uma eternidade para Harry, o garoto ouve Rony gritar do outro lado da sala:
--ACHEI! TÁ AQUI! É O DIADEMA!
Harry sentiu seu coração pular pela boca enquanto corria para o outro lado da sala. E ao chegar ao ponto no qual Rony se encontrava, levou um susto com a cena que viu: Hermione estava com os braços em torno do pescoço de Rony que por sua vez segurava firmemente a cintura de Hermione com os seus braços musculosos, dignos de um gato como ele [/purple][violet](PS.: ESSE NÃO FOI O PENSAMENTO DE HARRY POIS ELE NÃO É GAY! FOI APENAS O PENSAMENTO DA AUTORA)[/violet][purple] e os dois estavam se beijando ardentemente, como se esperassem por aquele beijo durante anos e agora estavam aproveitando cada segundo daquele maravilhoso momento. Enquanto isso, o diadema perdido de Corvinal, a tão valiosa Horcrux jazia no chão, como se fosse um objeto totalmente sem importância...Quem visse, nunca iria imaginar o quanto perigoso aquele objeto podia ser.
[i]FLASH BACK:
--ACHEI! TÁ AQUI! É O DIADEMA!
Ao ouvir isso, Hermione saiu correndo e se deparou com um lindo garoto de olhos azuis e cabelos cor de fogo. Ela amava tanto aquele menino... Havia admitido para si mesmo que gostava dele desde o seu primeiro ano, quando ele e Harry a salvaram de um Trasgo no banheiro feminino. Todos os garotos com os quais ela ficara, só foram uma tentativa de esquecer o belo ruivo. Mas quem disse que ela conseguia?
Quando viu Rony segurando o diadema com um sorriso bobo nos lábios, não pensou duas vezes e pulou no pescoço do garoto e tascou-lhe um beijo na boca. Finalmente estava beijando o seu ruivo...
Rony, quando sentiu os lábios de Hermione colados no seu, sentiu uma sensação que nunca havia sentido antes: o mundo parecia parar, ele perdera os sentidos, esquecera de todos os problemas, já não ligava mais para o que estava acontecendo ao seu redor, a única coisa que importava à ele era: Estava beijando a menina que ele sempre amou e sempre teve medo de admitir. Hermione... Finalmente estava beijando a sua morena...
FIM DO FLASH BACK
[/i]Harry Potter via aquela cena totalmente espantado, porém feliz. Sempre soubera que seus amigos se amavam e sempre torceu ela felicidade dos dois. Mas isso era bom, Rony iria ver! O ruivo sempre atormentou Harry com relação à Gina, pois ela era sua irmã. E agora, com Rony e Hermione juntos, Harry iria atormentar seu amigo pra sempre... Afinal, Hermione era como uma irmã para ele.
Harry não sabia o que fazer. Queria muito deixar os dois se beijando, mas sabia que tinham pessoas se arriscando e quem sabe atém morrendo lá fora. E o pior: Eram pessoas queridas. Foi então que se lembrou das palavras de Dumbledore: [i]Voltaríamos à Terra para lutar e se sobrevivêssemos a guerra, continuaríamos vivendo aqui como se nada tivesse acontecido. Se não sobrevivermos, voltamos para o além.[/i]
--Ahn, eu juro que não queria atrapalhar, mas a gente precisa ir logo.
Os dois finalmente se separaram. Rony estava camuflado com seus cabelos ruivos e Hermione parecia uma maçã de tão vermelha que estava.
--Tudo bem, não precisam ficar desse jeito! Sempre esteve na cara que vocês se gostavam... Mas nenhum dos dois me escutava quando eu tentava argumentar à respeito. – Harry se pronunciou com o tom de voz mais irônico, sarcástico e engraçado possível.
--Vai comer sapo de chocolate Harry! – Exclamou Rony sorrindo
--Até vou. Estou mesmo com saudade de sapos de chocolate! Acho que vou começar a colecionar as figurinhas! Mas faço isso depois de fazer o que tenho que fazer.
Depois de um momento de silêncio, Rony e Hermione caíram na gargalhada com a fala de Harry, enquanto este não havia entendido a graça.
--Certo então. Vamos lá. – Disse Hermione enquanto se abaixava para pegar o diadema.E entregou-o a Harry juntamente com uma presa de basilisco. – Acho que é você que tem que destruir essa. Afinal, foi você que descobriu o que era a Horcrux, onde estava e tudo o mais.
Após assimilar as palavras da amiga, Harry destruiu a Horcrux. E os três voltaram para fora, onde levaram um grande susto.
Hogwarts havia virado um grande campo de batalha: as paredes destruídas, gigantes para todo lado, barulhos, gritos, estampidos, choros, duelos por todo lado... um caos.
Harry puxou a capa da invisibilidade e cobriu os três. Eles foram andando no meio do combate, com as varinhas em punhos,prontos para se defender, mas tomando cuidado para não serem atingidos, pois nenhum comensal poderia vê-los.
Sabiam que agora precisariam chegar até Voldemort, pois ele estava com a cobra. E após destruir a última Horcrux, Voldemort se tornaria mortal e assim, Harry poderia matá-lo.
Enquanto andavam, viam rostos conhecidos lutando: Sra. Weasley, Tonks e Frank lutavam com três comensais desconhecidos; Dumbledore lutava contra cinco de uma só vez; Lílian, Alice e Nathália lutavam contra três comensais que Harry conseguiu reconhecer: Bellatrix Lestrange (lutava contra Lílian), Narcisa Malfoy (lutava contra Tonks) e Susan Goyle (lutava contra Nathália); Thiago traçava uma luta mortal contra Snape; Fred e Jorge amarravam três comensais desacordados; Percy, Sr. Weasley, Gui e Fleur duelavam contra Travers e Rockwood; Olívio Wood, Angelina e Cátia Bell lutavam contra Lobo Greyback; Gina, Luna, Cho, Dino, Simas e Neville combatiam três comensais e os outros, Harry não conseguia identificar. De repente, Harry vê algo que faz tudo se tornar câmera lenta, como da última vez...Quando Bellatrix matara Sirius: Seu padrinho estava lutando contra Lúcio Malfoy e Harry vê um outro comensal lançando uma Maldição da Morte em Sirius. O coração apertou no peito de Harry. Seu padrinho iria morre mais uma vez, sem a menor chance de se defender. O moreno de 17 anos sentiu uma teimosa lágrima descendo pelo seu rosto.
Lúcio Malfoy, sem ver que outro comensal havia lançado uma Maldição da Morte contra Sirius, gritou:
--Avada Kedavra!
Sirius, para não ser atingido, se abaixou. E então tudo foi muito rápido: A maldição que o outro comensal lançara, atingiu Lúcio Malfoy no rosto. E a Avada de Lúcio, atingiu o comensal desconhecido (ele usava aquelas máscaras sabem?). Os dois estavam mortos graças à um movimento de Sirius, que por sua vez, permanecia vivo e continuou lutando contra outros comensais.
Depois de ter certeza que o padrinho não havia morrido novamente, Harry conseguiu respirar. Foi então que ouviu a voz de Hermione:
--Tudo bem, foi só um susto. Sirius não morreu Harry. Só fico com pena do Draco pela morte do pai dele. Aquele garoto não merecia.
--Pena? Você sente pena? – Perguntou Rony tentando não acreditar no que ouvia
--Aquele garoto pode ter atormentado as nossas vidas durante todo esse tempo Rony. Mas, na verdade, por dentro, ele sempre foi um menino que queria provar que realmente era tudo aquilo que dizia ser, que queria honrar com o sobrenome para depois não sofrer as conseqüências, ele sempre foi um menino que precisou do carinho que nunca recebeu.
--Certo então. Falamos de Draco depois. Agora vamos.
Os três continuaram andando com cautela entre o combate e pararam em um corredor, que por mais incrível que pareça, não tinha ninguém duelando com ninguém.
--Harry, entre na mente de Voldemort – Ordenou Hermione – Precisamos saber onde ele está para podermos ir até a cobra.
Harry fechou os olhos, e quase que instantaneamente, ele já estava na mente de Voldemort: Era um quarto pouco iluminado, sujo, com janelas fechadas despencando, a tintura da parede estava desgastada... Havia uma bela cadeira no centro do quarto, na qual o Lord estava sentado conversando com alguém. Porém, Harry não conseguia identificar a pessoa.
O menino abriu os olhos e estava de volta ao castelo. No meio de uma guerra, da qual Voldemort não estava participando, apesar de ele ser o grande causador de tudo aquilo.
--Ele está na Casa dos Gritos. – Informou Harry
--O que? Ele não está nem lutando? – Perguntou Rony inconformado
--Bom, vamos então. – Ordenou Hermione.
E assim, os três seguiram para os jardins, tomando cuidado para desviar das pessoas e feitiços. Novamente, Harry viu rostos conhecidos. Entre eles, seus pais, e sentiu-se aliviado e feliz por não terem morrido.
O menino viu um corpo jogado no chão, aparentemente morto. Mas, não teve coragem e muito menos vontade de ir lá pra ver quem era. Tinha medo que aquela pessoa fosse querida para ele.
Eles entraram na passagem para a casa do gritos abaixados e cobertos pela capa da invisibilidade. Quando chegaram ao quarto onde estava Voldemort, eles puderam ver o Lorde sentado na bela cadeira, girando em sua mão a Varinha da Varinhas. Ele era exatamente como Harry se lembrava desde o seu último encontro, exatamente como Harry o via nas suas “visões”: Com o rosto de cobra, duas fendas vermelhas no lugar dos olhos e mãos brancas. Naquele instante Harry estava com toda a mão dentro da boca para não gritar, pois a cicatriz em forma de raio na sua testa estava doendo como nunca doera antes. Segundo o pensamento de Harry, era porque ele nunca correra tão risco como agora, embora não parecesse.
Porém, ele conversava com um homem, um homem que Harry conhecia muito bem: Severo Snape.
O medo subiu em Harry de uma forma incontrolável. O menino se lembrou de que da última vez que vira seu pai, ele estava travando uma luta mortal contra Snape. Porém, o seu antigo professor de poções continuava vivo... Será que isso significava que o seu pai estava...morto outra vez? NÃO, NÃO PODIA SER! Agora que conhecera seus pais, não iria mais conseguir viver sem eles. Foi então que se lembrou: havia um corpo morto jogado nos jardins..
Os três jovens de 17 anos estavam encolhidos, cobertos pela capa da invisibilidade em frente à porta de um quarto situado na casa dos gritos. E dentro do quarto, estavam Snape e Voldemort. Os dois não faziam nem idéia de que Harry Potter, o grande alvo do Lorde das Trevas estava ali, tão perto. Harry olhou para parede atrás de Voldemort e viu a cobra protegida por uma espécie de “jaula” mágica. Sabia que Voldemort temia pela vida de Nagini, afinal ela era uma Horcrux. A última Horcrux, segundo o pensamento de Harry.
--Então Snape, faz idéia do por que mandei chamá-lo até aqui?
--Não tenho a menor idéia milorde.
--Estive todo esse tempo aqui, pensando. – Voldemort fez uma pausa e parou de girar a Varinha das Varinhas e ergueu-a, de forma que ela ficasse bem na frente de Snape. – Eu capturei a Varinha das Varinhas, tirei-a do seu último dono contra a sua vontade. Era comum e esperado que ela funcionasse comigo. Porém, para mim, ela não passa de uma varinha comum. Ela não demonstrou seus poderes extraordinários para mim. Você sabe por que?
--Não milorde.
--Depois de muito pensar, cheguei à conclusão de que quando capturei a Varinha das Varinhas, ela não pertencia mais à Dumbledore. E sim, è você. Afinal, você o matou.
Snape ficara mais branco do que um papel. Sentiu que a morte estaria próxima, sentiu que iria morrer, assim como estava prevendo à muito tempo.
--Sinto muito Snape. Não queria fazer isso, mas é extremamente necessário. Preciso derrotar o Potter. – Virou-se para Nagini, presa em sua jaula, e com um aceno de varinha, Voldemort a soltou e disse em língua ofidioglota; - Mate-o
Nagini, por sua vez, entendeu o mandamento e foi rastejando até chegar à Snape, que por sua vez, se mantinha parado, esperando para morrer. Então, a grande cobra o atacou, jogando sangue para todo lado.
Depois de alguns minutos, Voldemort viu que Snape não tinha mais como sobreviver. Então ordenou: - Pare Nagini, já chega. Com mais um aceno de varinha, a cobra voltou para sua jaula e lá permaneceu. Voldemort, olhou de cima para o corpo ainda vivo de Severo Snape:
--Eu realmente não queria ter feito isso Severo. Não estava nos meus planos, mas foi preciso. – Voldemort disse com palavras frias que não transpassavam todo o remorso que dizia sentir.
O Lorde das Trevas rumou para a saída, onde se encontravam os três jovens bruxos. Os três saíram do caminho e Voldemort passou sem percebera presença de Harry Potter e seus amigos. Após se assegurar de que ele não voltaria, Harry saiu debaixo da capa da invisibilidade e foi até Snape.
--Harry! Volte aqui! – Ordenou Hermione, mas já era tarde demais. O menino já olhava o corpo vivo de Snape de cima, assim como Voldemort fizera.
--Nunca entendi porque se juntou à ele, tendo Dumbledore ao seu lado. Nunca entendi porque preferiu seguir o caminho das trevas e ajudar a acabar com o mundo bruxo. Nunca entendi porque sempre me odiou. Nunca entendi porque traiu todos que lhe deram uma segunda chance, como a Ordem da Fênix, por exemplo.
--Le-v-ve-e is-s-to. – Snape entregou um pequeno recipiente em forma de cilindro, e dentro havia uma substância líquida prateada. Harry entendeu que eram algumas lembranças.
Harry pegou o frasco com as lembranças e guardou no bolso interno das vestes. E quando voltou a olhar para Snape, ele já estava morto. Se virou para Rony e Hermione que estavam atrás dele, ambos com caras assustadas.
--Acho melhor nós irmos.
--Também acho – Concordou Rony. – Vamos então
E assim, os três retornaram para Hogwarts, porém no meio do caminho, ouviram a voz de Voldemort magicamente amplificada:

"Vocês sofreram pesadas baixas. Se continuarem a resistira mim, todos morrerão, um a um. Não quero que isto aconteça. Cada gosta de sangue mágico derramado é uma perda e um desperdício.
“Lord Voldemort é misericordioso. Ordeno que minhas forças se retirem imediatamente.
“Vocês têm uma hora. Dêem um destino digno aos seus mortos. Cuidem dos seus feridos.
“Eu me dirijo agora diretamente a você, Harry Potter. Você permitiu que os seus amigos morressem por você em lugar de me enfrentar pessoalmente. Esperarei uma hora na Floresta Proibida. Se ao fim desse prazo, você não tiver vindo ao meu encontro, não tiver se entregado, então a batalha recomeçará. Desta vez, eu participarei da luta, Harry Potter, e o encontrarei, e castigarei até o último homem, mulher e criança que tentou escondê-lo de mim. Uma hora.”

Os três jovens amigos que haviam parado na hora em que Voldemort começou a falar, encontravam-se agora, a passagem secreta que levava Hogwarts até o salgueiro lutador. Harry Potter olhou para seus amigos, ambos com uma expressão indecifrável no rosto.
--Nem pense em se entregar Harry. – Ordenou Hermione e quando Harry abriu a boca para responder que não iria arriscar mais ninguém, ela completou: - Te conheço muito bem! Você é o meu irmão, meu amigo de todas as horas. Sei muito bem que você vai procurá-lo, que não vai querer mais arriscar mais ninguém. Mas pode ir tirando os diabretes da cabeça e o hipogrifo da chuva. Sem chance.
--Bom, depois disso, acho que não tenho mais nada à acrescentar. Apenas que você sempre foi o meu melhor amigo, o meu irmão pra todas as horas e não vou deixar você ir lá se entregar. Se você for, já sabe que eu vou junto.
Harry não sabia o que dizer, sentia-se imensamente feliz com aquelas palavras.
--Eu sinceramente não sei o que dizer a vocês. – Declarou honestamente o menino moreno.
--Não precisa dizer nada. É só você não se entregar. – Afirmou Rony
Harry tentou sorrir, mas achou que não foi muito bem sucedido.
--Bom, vamos andando. Se Voldemort foi para a Floresta Proibida, acho melhor voltarmos ao castelo e traçar um novo plano.
Os três rumaram para Hogwarts em silêncio. Harry tinha medo de chegar lá, de ver todos os rostos se voltando para ele. De saber quem era aquele corpo jogado no jardim, de saber quem mais havia morrido, de saber se perderia os seus pais no mesmo dia que os ganhara. E outra coisa: Não podia deixar de pensar em Gina. Tinha tanto medo por ela. Queria protegê-la, mas não sabia como.
Ao chegar nos jardins, os três tomaram um susto: uma grande calmaria tomava conta do local. Pelo visto, as tropas de Voldemort haviam seguido suas ordens e foram se encontrar com eles. Porém, o que interessava para Harry naquele momento, era ver todos que amava, ver todos eles vivos. Seus pais, seus padrinhos, Gina, Lupin, Tonks, Neville, Luna, os Weasley, o restante da Ordem, Dumbledore, os professores que tanto gostava... Queria ter certeza de que todos eles estavam vivos. Mas, onde estavam todos?
--Devem estar no Salão Principal. – Harry ouviu Rony dizer.
--É verdade, vamos para lá então. – Concordou Hermione, e Harry notou um certo medo na voz da amiga.
Foram correndo até chegarem à porta do Salão.
--Certo. Precisamos de coragem. Quem quer que seja que tenha morrido, nós precisamos saber. – Disse Rony encorajando os amigos e juntos, os três empurraram as portas do Salão.
Assim que entrou no salão, todos se viraram para ele. Com um misto de alívio e prazer, viu que estavam vivos: Thiago Potter, Lílian Potter, Sirius, Nathália, Lupin, Tonks, Gina, todos os Weasley, os Longbotton, Luna, entre outros. Todos muito machucados, mas vivos. Porém, sabia que estava faltando gente ali.
Harry percebeu que atrás deles, havia alguns corpos. Sentiu que Rony e Hermione também haviam percebido esse detalhe. Então, os três caminharam até os corpos para ver quem havia morrido. Quando chegou lá, sentiu seu coração despencar. Aquilo não podia estar acontecendo... [b] Alastor Moody, Aberforth Dumbledore e ele... Alvo Dumbledore. [/b] Os três estavam mortos, brancos como um papel. Mortos por causa de Harry, protegendo Harry, dando a vida por Harry. Esse era o pensamento do menino naquele momento.
Sentiu alguém o abraçar por trás. E foi bom descobrir que esse alguém era sua mãe, Lílian Potter. Thiago olhava a cena com lágrimas nos olhos. Lílian já estava chorando a muito tempo.
--Sei que é difícil Harry. Mas precisamos ser fortes. – Disse Thiago, assim que Lílian soltou o filho.
--Eu precisava dele agora. Mais do que nunca. – Declarou Harry.
O menino olhou a sua volta: Rony conversava com Gui e Percy; os outros Weasley debatiam com o restante da ordem; Simas, Neville, Luna, Dino e Cho estavam sentados e roda, calados; os outros estudantes de Hogwarts cuidavam de seus ferimentos; Hermione tentava consolar Gina, que parecia assustada com tudo o que estava acontecendo. Harry resolveu ir até elas. Deixou seus pais conversando com os Longbotton, Sirius e Nathália (eles foram até os pais de Harry, enquanto o menino analisava todos que estavam a sua volta.)
Harry foi andando rapidamente até chegar onde estavam Hermione e Gina. Mione, ao ver que Harry se aproximava, deu um jeito de deixar os dois sozinhos. A ruiva, que estava chorando, olhou para Harry e pulou em seu pescoço.
--Você não vai se entregar. Não vai! – Gina disse entre soluços, com a cabeça enterrada no peito de Harry
--Gina, escute...- Nesse momento, a ruiva soltou o pescoço de Harry e o olhou no fundo dos olhos com uma expressão severa e muito zangada.
--Não Harry, me escute você. Eu não vou deixar você ir até lá, porque se você morrer, eu morro junto entende? Eu não conseguiria viver sem você do meu lado. Quase não suportei esse ano que passou. Eu preciso de você, Harry Potter. Por favor, não me deixa agora. Só você me faz chorar, só você me faz feliz, só você consegue fazer eu me sentir bem. Não sei o que está acontecendo, não sei porque você sumiu durante esse ano, mas eu confio em você e sei que estava fazendo o que achava certo e melhor para todo o mundo bruxo. Eu te conheço muito bem, sei que você quer se entregar para poder nos proteger, mas ouça bem: se você for até lá, eu te sigo e morro no seu lugar está me entendendo?
--Tudo bem, mas entenda uma coisa: eu amo você ta? Eu amo muito todos que estão aqui lutando contra Voldemort, principalmente os meus pais e você. Como você se sentiria se estivesse no meu lugar? Com todas as pessoas que você mais ama na vida arriscando a sua vida porque escolheram ficar do seu lado? Como você se sentiria se pessoas muito importantes pra você morressem e você tivesse a consciência de que o verdadeiro alvo era você? Como você se sentiria se todos conhecessem você por causa de uma cicatriz na testa e por ter escapado de Voldemort quando tinha um ano e seus pais e familiares tinham morrido por isso? Ninguém entende o que passa dentro da minha cabeça porque ninguém sabe como é sentir o que eu sinto. Não estou dizendo que todos precisam passar a mão na minha cabeça. Mas não posso deixar ver todos se arriscando por mim, não posso deixar de sentir um pouco de culpa, mesmo sabendo que não fui o culpado. – Harry terminou de falar, mas Gina não disse mais nada, apenas ficou olhando para o garoto com uma expressão surpresa no rosto. Achando que a menina não tinha concordado com nada do que ele falara, ele completou. – Ah, esquece. Você não vai entender.
--Eu entendo. – Gina disse com a voz rouca. – Nunca havia pensado por esse lado. Acho que também me sentiria assim. Juro que nunca mais vou te criticar, mas não espere que eu deixe você se sentir culpado por tudo que acontecer. Desculpa, mas não consigo te ver triste.
--Tá bom então. – Finalizou Harry com um sorriso, abraçando carinhosamente a menina. [/purple][navy](_geente, eles tavam meio que escondidos do resto das pessoas ook ?_)[/navy][purple]
--Mas me prometa uma coisa – Disse a ruiva, durante o abraço – Você não vai lá agora se entregar.
--Tudo bem, mas tenho que ver um outro plano então.
--Então quer dizer que você estava pensando em se entregar? – Gina perguntou indignada, olhando nos olhos do menino.
--Estava. Sinceramente, ainda não vejo outro jeito. Preciso pensar.
--Pois bem, arrume outro plano então. Porque eu não vou deixar você se entregar de jeito nenhum. Imagino que vá querer se reunir com Rony e Hermione agora né? – Perguntou a menina, e Harry sentiu um pouco de amargura na voz dela.
--Daqui a pouco. – Disse o menino, e após uma breve pausa, ele continuou: - Não antes de uma coisa que eu to precisando a muito tempo.
--O que? – A ruiva perguntou um pouco confusa.
-Isso. – Disse Harry, e foi se aproximando da menina. Depois de segundos em silêncio, Harry pegou a menina pela cintura, seus lábios roçaram no dela... E ele ouve uma voz o chamando.
--Harry onde está você? – Era Rony que o chamava.
--Vai. – Mandou Gina. Notava-se de longe a decepção e a “raiva” da menina.
--To aqui! – Gritou Harry. – Já estou indo! – E baixou os olhos para a linda ruiva na sua frente. – Desculpa, preciso ir.
--Tá, vai logo então. Antes que eu não deixe você ir.
--Eu te amo. Te amo muito. Te amo demais. – Harry disse essas palavras com todos o carinho, amor e sinceridade do mundo. - Se cuida ok? Eu ainda quero ter os meus filhos com você.
O moreno selou os seus lábios nos dela foi ao encontro de Rony e Hermione. Ao encontrar os dois amigos, ele disse:
--Acho melhor vocês ficarem aqui enquanto eu vou ver o que tem nessas lembranças. – Hermione o olhou desconfiada, então ele completou: - Eu não vou me entregar ok? Mas acho melhor vocês ficarem aqui com todos eles para pensar a respeito da cobre, enquanto eu vou ver essas lembranças, pois algo me diz que elas são extremamente importantes.
--Tá, vai lá. Mas assim que acabar volta pra cá e conta pra gente! – Disse Rony. E Harry balançou a cabeça num gesto de afirmação antes de sair correndo rumo ao escritório de Dumbledore.
Ao chegar no escritório, Harry retirou a penseira do armário, e despejou as lembranças.
No decorrer das cenas, tudo ficou claro para Harry Potter. Agora sim entendia tudo o que Dumbledore nunca lhe explicara:
Snape sempre fora apaixonado por sua mãe. Desde antes dos dois entrarem para a escola. Porém, quando os dois chegaram em Hogwarts, Lílian foi para Grifinória e Snape para a Sonserina.
Até o 5º ano mais ou menos, Lílian e Snape mantinham uma amizade. Apesar dela ter feito vários amigos leias e corajosos na Grifinória e ele reuniu amigos que tendiam ir para as Artes das Trevas. Ninguém nunca entendia porque Lílian Evans era amiga de Severo Snape, enquanto poderia ser amiga de todos os marotos. A amizade deles terminou no 5º ano, quando Snape chamara Lílian de sangue-ruim, após a menina o ajudar a se salvar de Thiago Potter.
Após terminar Hogwarts, Snape se alistou como comensal da morte e passou a servir Lord Voldemort juntamente com seus “amigos” da Sonserina.
Porém, um tempo depois, Voldemort matara Thiago e Lílian. Voldemort matara Lílian Evans, o grande amor da vida de Snape. E o pior: os Potter foram mortos por culpa de Snape: ELE ouvira a profecia feita pela professora Sibila e a repetiu para o Lorde, que por sua vez, pensou que se referia à Harry Potter. A solução encontrava foi matar os três Potter que viviam na aldeia bruxa de Godric’s Hollow. Como sabemos, Voldemort não fora bem sucedido e então não conseguiu matar o menino de apenas 1 ano.
A partir daí, Snape passou a trabalhar para Dumbledore. Ajudou a cuidar e preparar Harry quando ele chegou em Hogwarts, com a condição de Dumbledore não contasse para ninguém, é claro.
Os anos foram passando, e Voldemort retornou mais forte do que nunca. Harry passou a correr grande perigo. E então, com o Lorde no poder novamente, Snape se tornou um espião. Faria com que Voldemort e seus comensais acreditassem que Snape era fiel à eles, quando na verdade ele era um homem de Dumbledore.
Quando Harry estava no 6º ano, ele e Dumbledore passaram a estudar a história de Voldemort, e junto com essa história, vieram as Horcruxes.
Em uma dessas viagens em busca de destruir Horcruxes, Dumbledore colocou em seu dedo o Anel dos Gaunt e assim, foi amaldiçoado e destinado a morrer dentro de um ano, com a ajuda dos feitiços de Snape.
Então, Dumbledore tinha uma corrida contra o tempo. Até porque naquele mesmo ano, Draco Malfoy tinha a incumbência de matá-lo por ordem de Voldemort. Mas o professor não deixara isso acontecer, pois não queria que a alma jovem de Draco fosse mutilada por conta de uma ordem vinda de Voldemort. Pediu então, para que Snape o matasse e terminasse com a missão que “Tom Riddle” destinara para Draco. Durante esse ano, muitas coisas aconteceram: Dumbledore e Harry Potter viajaram juntos rumo ao desconhecido em busca das Horcruxes enquanto Snape não poderia saber o que os dois faziam sempre que se trancavam no escritório do diretor.
Em uma conversa entre Severo Snape e Dumbledore, o diretor confessara a Snape algumas verdades: Harry teria que morrer. Essa era toada a verdade Pois na noite na qual Lílian e Thiago foram mortos, e Voldemort não conseguira matar Harry, a sétima parte da alma de Tom Riddle se prendeu no único ser vivente dentro daquele quarto, ou seja, Harry Potter.
Após a morte de Alvo Dumbledore, Snape se tornara o diretor à mando de Voldemort, porém sempre continuou servindo o ex-diretor. Por exemplo: No dia da transferência de Harry da rua dos Alfeneiros para a Toca, Snape fez Mundungo sugerir a idéia da data e dos sete Harry’s. Porém, Severo apenas contara a primeira parte para Voldemort e seus comensais. E também, fora Severo que levara a verdadeira espada de Grifinória até os meninos, quando eles acampavam na Floresta do Deão.
Harry Potter se encontrava agora, sentado no tapete do escritório do diretor em Hogwarts. Ele estava ofegante, impressionado, confuso, triste e assustado. Então era isso? Ele fora criado, testado, se arriscado para morrer no final? E o pior; Dumbledore sempre escondera isso dele, disse até que tudo aquilo o ajudaria a sobreviver. A raiva e o ódio por Dumbledore cresceram em seu íntimo. O menino esteve com Dumbledore poucas horas mais cedo e mesmo assim, o ex-diretor nada lhe contara.
Pois bem, então ele teria que aceitar: Ele precisava morre e teria que deixar Voldemort fazer o serviço, ou seja teria que se entregar. Olhou no relógio, faltavam vinte minutos para completar a uma hora que foi dada por Voldemort.
Sentia que o seu coração batia mais devagar agora. Será que estava sentido que a morte estava próxima, ou era apenas impressão de Harry por saber o seu destino? Nunca havia pensado em morrer, apesar de ter chegado muito perto d morte vária vezes. Sempre encontrara um jeito de sobreviver. Em suma, o seu desejo de viver sempre fora maior do que seu medo de morrer.
O menino se levantou e vestir a capa. Porém, ficou parado ali. Ele teria que quebrar a promessa que fez a sua ruiva. Teria que deixar os seus pais, seus padrinhos, seus amigos... Teria que deixar à todos, pois eles só iriam viver em paz se Voldemort fosse exterminado, e para isso acontecer, era necessário que Harry Potter também morresse. Então, agora ele entendia a profecia: os dois teriam que morrer. Nenhum deles ficaria vivo e ponto final.
Ele foi andando até a Floresta Proibida, porém parou na porta do salão principal. Não tinha coragem de entrar lá. Não queria mais ver ninguém, nem mesmo Rony e Hermione e muito mesmo Gina ou seus pais. Ele apenas ia caminhar para os braços da morte. Mas, tinha alguém vindo dos jardins e após alguns segundos, Harry reconheceu Neville Longbotton, então, Harry tirou a capa para que Neville pudesse vê-lo.
--Harry? O que está fazendo aqui? Eu fui até os jardins pra ver se tinha algum corpo conhecido, mas não tinha ninguém. Enfim, não está pensando em se entregar não é?
--Não, não, não. Na verdade, isso é um plano.
--Ah, tudo bem então.
--Escute, Neville... Sabe a cobra de Voldemort?
--Sei... o nome dela é Nagini não é? Mas o que isso tem a ver?
--Bem, se você tiver a oportunidade de matá-la, mate ok?
--Tudo bem, mas isso faz parte do plano?
--Faz sim. Agora eu preciso ir.
--Tudo bem, boa sorte. E sabe que nós vamos lutar não é? Sabe que todos nós vamos ficar do seu lado até o final.
--Eu... sei sim. Obrigado por tudo Neville.
Harry continuou andando, enquanto Neville entrava mais uma vez no Salão Principal. Como doera mentir para o seu amigo... como doera não dizer a verdade e dar a todos a chance de impedi-lo. Mas ele sabia que era preciso. Então, continuou andando até chegar na Floresta Proibida.
Parou. E agora sim, caía a ficha: Era o fim do jogo, o time adversário capturara o pomo e vencera a partida. Espera um segundo... o pomo?
Harry pegou o pomo que capturara na sua primeira partida de quadribol dentro da bolsinha invisível em seu pescoço. Agora ele podia entender: Esse era o momento! Agora sim, ele abriria no fecho. Então, encostou a boca no pomo.
"Abro no fecho"
--Estou preste a morrer.
O pomo se abriu e revelou dentro dele, um anel com uma pedra preta que possuía riscos formando juntos, o símbolo das relíquias da morte. Mas, pra que iria usá-los agora? A únicas pessoas que Harry gostaria de ver antes de morrer, já estavam vivas. E Dumbledore... bem, ele não queria ver o professor agora, tamanha a raiva que estava sentindo. Também não poderia trazer de volta Olho-tonto ou Aberforth, pois depois que morrem, seu lugar é junto dos mortos.
Sendo assim, Harry retirou a pedra de dentro do pomo, segurou-a em sua mão, fechou os olhos e jogou-a para o ar, deixando-a cair não se sabe onde. E também, não faria diferença.
Continuou andando, até chegar a uma clareira, que o menino reconheceu ser o antigo esconderijo de Aragogue. Todos os comensais e o próprio Voldemort estavam ali.
--Certo, acho melhor irmos. Como Potter não veio até mim, a batalha recomeçará. – Decretou Voldemort.
--Sim milorde. Temos ordem para matar todos eles agora? – Perguntou Bellatrix Lestrange, a comensal de cabelos pretos ondulados que estava ajoelhada aos pés de seu mestre.
--Sim. Matem todos os amigos e parentes de Harry Potter, mas não o matem, se acharem o menino,o tragam para mim. Ache que ele viria neste prazo para se entregar, pois não agüentaria ver todos correrem risco por ele. Aparentemente, me enganei.
--Não se enganou – Gritou Harry, que já tinha guardado a capa da invisibilidade na vestes e estava se escondendo atrás de uma árvore. Porém, agora, ele havia saído e estava cara a cara com Voldemort. Pronto para morrer.
--Ora, ora, ora... Vejamos o que temos aqui: Harry Potter. Quanta honra. – Desdenhou Voldemort – É realmente uma pena, que terei de matá-lo. Avada Kedavra.

([parte da conversa com Dumbledore, que foi cortada da fic.])

Harry acordou, e novamente estava na Floresta Proibida, junto com os comensais e Hagrid. Não ousaria se mexer, pelo menos por enquanto. Não queria que soubessem que ele estava vivo. Sentiu que sua varinha e a capa da invisibilidade ainda estavam com ele. Isso era um bom sinal.
--Vejam se está morto! AGORA! – Berrou Voldemort, como se tivesse medo da resposta.
Harry sentiu mãos macias e suaves lhe tocarem o peito e logo depois pode sentir um rosto muito perto do seu. Era o seu fim, uma comensal diria ao seu mestre que ele estava vivo. Não teria mais jeito de se esconder.
--Draco ainda está vivo? Está no castelo? – Sussurrou Narcisa Malfoy
--Está. – Harry respondeu num sussurro. E entendeu, que Narcisa não se importava mais com Voldemort, apenas queria o seu filho vivo.
--Está morto sim milorde – Anunciou Narcisa. E agora sim, todos faziam festa e gritavam.
Voldemort ampliou sua voz, para que toda Hogwarts escutasse e anunciou que Harry Potter estava morto e seria levado naquele momento para os jardins, onde todos os outros deveriam se ajoelhar aos seus pés, e assim obter perdão.
Após deixar sua voz no tom normal novamente, Voldemort se voltou para Hagrid:
--Leve o garoto! Acho que o corpo de Harry Potter estará bem visível em seus braços Hagrid.
Harry ouviu uma exclamação misturada de tristeza e pavor vinda de Hagrid. Então, sentiu as mãos do meio gigante o pegando no colo.
Harry foi levado até a porta do castelo, onde todos estavam em pé, parados, pra ver se o anúncio de Voldemort era mesmo verdade. Quando Hagrid o colocou no chão, o menino ouviu gritos:
--HARRY! NÃO! NÃO PODE! VOCÊ ME PROMETEU, POR FAVOR! NÃÃO! – Era Gina que gritava mais alto que todos, pelo tom da sua fala, dava pra perceber que estava chorando.
--HAAAAAAAAAAAARRY! NÃO! - Lílian estava desesperada, sendo segurada por Kingsley e Frank.
--O QUE VOCÊ FEZ COM MEU FILHO SEU MALDITO? – Thiago estava com a varinha em punho. Queria matar Voldemort, mas estava sendo segurado por várias pessoas.
--MEU AFILHADO NÃO! – Gritavam Sirius e Nathália a mesmo tempo.
--HARRY! - Lupin também não poderia segurar seu desespero.
--NÃÃO, POR QUE FAZER ISSO COM MEU AMIGO? – O mundo havia caído para Rony.
--O MEU IRMÃO NÃO! – Um filme passava na cabeça de Hermione, um filme com todas as lembranças, com todos os momentos que passara ao lado de Harry.
--HAARRY, VOCÊ NÃO PODE TER MORRIDO! NÃO PODE! – Harry ficara impressionado de ouvir a voz de Luna Lovegood
--HAAAARY, RESPONDA! –Neville não sabia o que fazer.
Harry queria muito retribuir aquelas vozes e dizer que estava vivo sim, que ele estava bem e amavam muito todos eles, mas segurou seu impulso. Muitas outras vozes gritavam, choravam, mas todas foram abafadas por um gesto de varinha executado por Voldemort. Porém, do nada, uma voz rompe o feitiço do Lorde e grita:
--VOCÊ NÃO DEVIA TER FEITO ISSO! – Sim, era Draco Malfoy que defendia Harry Potter, juntamente com seus amigos da Sonserina Crabbe, Goyle e Pansy Parkinson.
Todos pararam e olharam os quatro jovens. Nem mesmo Voldemort sabia o que fazer. Foi então, que todos os outros continuaram a gritar novamente.
--ELE O DERROTOU – Gritou Neville e andou até Voldemort, para encará-lo mais de perto.
--Quem é esse? - Perguntou o Lorde, e Harry teve medo pelo tom usado por ele.
--Esse é Neville Longbotton milorde. O filho dos aurores. - Era notável o deboche presente na voz de Bellatrix Lestrange.
--Hum, sei quem é. Bem, você mostra vivacidade e coragem. Além de descender de sangue-puro. Daria um bom comensal da morte sabia?
--Me juntarei a você quando o inferno congelar! – gritou Neville – ARMADA DE DUMBLEDORE! – E foram ouvidos gritos de aprovação.
--Pois bem então, a culpa será toda sua. – E com uma gesto de varinha, o Chapéu Seletor chegou até suas mãos. – Não haverá mais seleção em Hogwarts! O escudo e as cores do meu nobre antepassado, Salazar Sonserina será suficiente para todos. Não é Neville? – Voldemort colocou o chapéu na cabeça de Neville e com um gesto de varinha, o fez pegar fogo. Harry ouviu Frank e Alice gritarem desesperados pelo seus filho. E surpreendentemente, Luna também gritava e com certeza, estava chorando.
Então, muitas coisas aconteceram ao mesmo tempo: Neville se livrou do feitiço de Snape, tirou a espada de Grifinória de dentro do chapéu e matou Nagini. Ao mesmo tempo no qual os centauros chegavam para lutar contra Voldemort e os elfos, hipogrifos, gigantes, aranhas gigantes...todos contra Voldemort e seus comensais.
Então, mais uma vez a guerra recomeçou. Harry aproveitou o momento, se levantou, vestiu sua capa e foi empurrado junto com a multidão para dentro do Salão Principal.
Para todos os lugares que Harry olhava, os comensais estavam sendo derrotados, e o próprio Voldemort também: Estava perdendo a luta contra McGonagall, Kingsley, Thiago, Frank e Lupin; Bellatrix também estava sendo derrotada por Luna, Gina e Hermione. Quando de repente, um Avada Kedavra passa à centímetros do rosto de Gina. Então, Harry, totalmente enfurecido, passa a se encaminhar para elas.
Porém, no meio do caminho, sentiu alguém o empurrando e se colocando na sua frente.
--A minha filha não sua vaca! – Bradou a Sra. Weasley, com a varinha em punho, pronta para duelar. Bellatrix soltou uma debochada gargalhada e se voltou para Molly que olhava para a comensal com uma expressão alucinada no rosto.
--E o que vai acontecer com os filhinhos quando a mamãe for pelo mesmo caminho que o Tio Dumby? – Debochou ainda mais a comensal. – Sabe, o que devo fazer? Matá-la agora ou fazer você sentir um pouco de dor antes? – Perguntou Bellatrix com um brilho maligno nos olhos, uma maldade digna de uma comensal.
--Fica quieta sua maldita! – Gritou a senhora Weasley, que também possuía um brilho nos olhos,mas era um brilho de raiva misturada com tristeza... coisas que só sentem quem realmente sabe o que é desilusão. E logo em seguida: - AVADA KEDAVRA!
A maldição da senhora Weasley atingiu Bellatrix Lestrange no braço, e segundos depois, a comensal caía morta no chão, com a sua última risada debochada estampada no rosto.
Voldemort, ao perceber o que acontecera, soltou um berro de fúria fazendo McGonagall e Thiago se contorcerem no ar. Pois mataram sua melhor e mais fiel comensal. O Lorde apontou sua varinha em direção à Molly Weasley e berrou: AVADA KEDAVRA!
Antes que a maldição atingisse a senhora Weasley, Harry se adiantou e gritou:
--PROTEGO!
A intensidade do feitiço foi tão grande, que jogou a capa de Harry para o lado, revelando assim, o menino que mais uma vez havia sobrevivido ao ataque de Voldemort. A essa hora, todos já haviam parado de duelar e olhavam para o menino.
--ELE ESTÁ VIVO!
--É MESMO! É O HARRY!
--ELE NÃO MORREU!
--GRAÇAS A MÉRLIN!
--ACABE COM ELE HARRY!
No mesmo instante, Harry e Voldemort começaram a se rodear e o Salão Principal ficou mais silenciosos do que jamais ficara. Os dois pela primeira vez, estavam frente cara-a-cara, com uma varinha cada um e os dois eram mortais.
--Não quero ninguém tentando ajudar dessa vez. Não quero ninguém tentando me salvar. Tem que ser assim. É o único jeito. Precisa ser eu. – Disse Harry, com uma calma que não possuía naquele momento.
--Isso não é normal não é? – Perguntou Voldemort, sua voz fina e grave ecoando pelo Salão Principal.
--Me desculpe Voldemort. O que disse?- Perguntou Harry, decidido a ser irônico assim como o Lorde. Voldemort estreitou as fendas vermelhas ao ouvir Harry pronunciar seu nome.
--Não é assim que o Potter age não é? Não é assim que ele faz... Pelo ao contrário: sempre coloca alguém no meu caminho pra lhe defender.
--Não cometa mais um erro Tom. Não agora.
--O que disse?
--Eu disse pra você não cometer outro erro Tom Riddle.
--Como você se atreve?
--Me atrevo sim! Sei de coisas que você nem imagina! Sei tudo sobre a sua vida! Como seu tornou imortal, quem foram seus pais, seus primeiros crimes, como se tornou Lord Voldemort, sei do medalhão de Sonserina, da taça de Lufa-Lufa, do diadema de Corvinal, do diário de Tom Riddle, do anel dos Gaunt, de Nagini e até mesmo da última parte de sua alma, coisa que nem mesmo você sabe. Enfim, sei de tudo e fiz de tudo para que você se tornasse mortal. E consegui. Todas as suas “semialmas” estão mortas Tom Riddle.
--Ora garoto, como você ousa? – Voldemort estava ficando nervoso, e Harry podia sentir a maldição à caminho.
--Sabe por que nenhum dos feitiços que lançou contra eles foi duradouro? Porque eu me entreguei para protegê-los. Dei minha vida pela proteção deles.
--Mas você não morreu!
--Mas tive a intenção! Isso que conta! Você se engana muito Riddle. Como por exemplo: Snape nunca fora homem seu. Sempre serviu à Dumbledore e você acreditava que ele era seu servo mais fiel.
--Não importa! Não quero saber de Snape. O importante é que agora possuo a Varinha das Varinhas e assim, estou pronto para derrotá-lo Harry Potter.
--Se enganou mais uma vez Riddle. Você não é o verdadeiro dono dela.
--Acontece, que a roubei do seu antigo dono: Dumbledore! Roubei a varinha do túmulo dele contra sua vontade. Então, ela é minha não?
--Não. Quando morreu, Dumbledore não era mais o verdadeiro dono da Varinha das Varinhas.
--Tudo bem. Era Snape. Eu sei disso Potter, e pois isso, o matei.
--Eu sei que o matou. Mas, Snape nunca foi o dono da varinha!
--Como não? – Voldemort estava, pela primeira vez, confuso.
--Antes de Snape matar Dumbledore, Draco Malfoy o desarmara, então a Varinha das Varinhas reconheceu um novo dono. Isso mesmo Riddle, o verdadeiro dono da Varinha das Varinhas era Draco Malfoy.
--Pois bem. Não importa! Depois de matar você, eu procuro Draco e o mato também. Isso nunca foi um problema para mim Potter. Pensei que soubesse disso.
--Sei disso muito bem Riddle.
--Sendo assim... AVADA KED..
--Aí que você se engana mais uma vez Riddle! Eu arrebatei a varinha de Draco alguns meses atrás, quando estava na casa dos Malfoy. Sendo assim, eu sou o verdadeiro possuidor da Varinha das Varinhas.
--Agora chega! AVADA KEDAVRA! – Gritou Voldemort
--Explliarmus! – Harry gritou com todas as forças que tinha.
“Harry viu o jato verde da maldição de Voldemort ir de encontro ao seu próprio feitiço, viu a Varinha das Varinhas voar para o alto, escura contra o nascente, girar pelo céu encantado como a cabeça de Nagini, girara pelo ar em direção ao senhor que se recusava a matar e que viera, enfim, tomar legitimamente posse dela. E Harry, com a habilidade infalível de um apanhador, agarrou a varinha com a mão livre ao mesmo tempo que Voldemort caía para trás de braços abertos, as pupilas ofídicas virando para dentro. Tom Riddle bateu no chão com uma finalidade terrena, seu corpo fraco e encolhido, as mãos brancas vazias, o rosto de cobra apático e inconsciente. Voldemort estava morto, atingido pelo ricochete de sua própria maldição, e Harry ficou parado com duas varinhas na mão, contemplando o invólucro de seu amigo."


Fim do capítulo 1 *--*

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