Capítulo II
Narrado por Ginny
Mais um dia. Ótimo! Posso saber porque não me mato logo? Bem, acho que Luna não ia conseguir se virar sozinha. Luna é o motivo para o meu não-suicidio!
-Giiiiiiiinny! – ouvi a voz de Rony do outro lado da porta, eu olhei o calendário. É sábado. Menos Mal.
-O que foi Ronald? – eu berrei, da porta do meu quarto, sem fazer esforço nenhum para me assegura\r de que ele ouvira.
-Harry quer saber a data da próxima seção de estudos! – ele berrou, furioso e eu pude ouvir seu pé batendo.
Como é que é? Além de ter que ensinar a esse lerdo (lerdo e lindo. Que a propósito tem namorada. E a namorada é uma de minhas inimigas) uma matéria fácil, eu ainda tenho que marcar as datas de estudo? É mais fácil ensinar um macaco recém-nascido. Alguém ai em cima, pode ter pena de mim? Não acho que alguém tenha. Ótimo. <~~ ironia, ok?
-Depois eu vejo. – respondi por fim, caminhando para o corredor, e pegando cuidadosamente o telefone. Eu seeeeei que isso é errado. Mas eu não posso resistir. Afinal, você pode? Não, eu sei que não.
-Ela ainda não sabe Harry. – Rony disse, e depois bufou. – É uma inútil.
Eu reprimi os lábios para não começar a gritar rapidamente todos os palavrões e xingamentos que estivessem no meu vocabulário.
-Ah; - ele disse, - E como foi o encontro com Hermione?
Rony não é nem um pouco original, mas de fato persuartivo. Ele convencera a maioria de nós a ficar fora de casa por um tempo, exceto mamãe, que prometera ficar quieta, e eu, que tinha que ficar quieta. Então, eu me coloquei na escada e silenciosamente fiquei observando Rony e Hermione se declarando amorosamente. Mentira, eles não se declararam coisa nenhuma. Foi algo mais pro tipo, Rony arrumou um jantar romântico, mas Hermione só ficou fofocando e ele fingia que prestava atenção enquanto pensava no jogo de futebol que perdera. Mas o fato da cena ser completamente engraçada (as gesticulações da Granger e os olhos de Rony revirando de poucos em poucos minutos, foram uma comédia para mim.) meu estômago faminto, não se calara, e eu tivera que ser forçada a comer uma daquelas barras de cereais com gosto de água com sal, para que eu não fosse descoberta.
-Foi bom. – Rony mentiu. Era um péssimo mentiroso.
-Ah; - ele disse desentusiasmado. E Harry era um péssimo ouvinte.
-Bem, eu ligo quando ela tiver a data. – Rony disse por fim. – E como foi com Cho?
Eu estremeci com o nome, e reprimi os lábios mais uma vez. A sensação de gritar me consumia, mas eu resisti à tentação.
-Uma porcaria. – ele admitiu e depois soltou um palavrão. – Ela ficou falando umas coisas esquisitas. Como o nosso futuro. Arght! – o sorriso brotou acidentalmente em meu rosto e eu senti um impulso fantástico de desligar o telefone. E se ele me xingasse em seguida? – bem, me ligue quando ela tiver a data. Fui!
Esperei que Rony terminasse a ligação para colocar o telefone no gancho. Agarrei o caderno de gramática e respirei fundo. Um idiota ou não; com namorada ou não; popular ou não; conhecedor da minha existência ou não; ele havia me tomado de uma maneira total e completamente esquisita, e me amarrado nessa ilusão de que um dia, em um futuro distante e promissor, nós estaríamos juntos, e eu riria da cara da Chang – ou até da Granger, mas isso não vem ao caso -, mas eu estava, de certo, ciente de que era apenas uma ilusão. Total e completamente sem fundamentos e que se cicatrizaria na minha mente pelo resto da minha vida. Era tão ridícula a maneira como eu tinha certeza disso.
E eu tinha mais certeza ainda – ou era só uma hipótese muito bem cogitada – que ele sabia do sentimento que eu nutria por ele.
Talvez – só talvez – houvesse uma maneira melhor de expressar minha falta de entusiasmo com relação ao futebol do que ficar quieta na arquibancada apenas olhando para minhas próprias mãos enquanto dezenas de pessoas gritavam alegremente algumas palavras ininteligíveis. Talvez houvesse uma coisa mais interessante para fazer em um sábado – como, sei lá, fazer a lição de química para me adiantar, ou assistir algum seriado estrangeiro – do que ficar aqui, em uma arquibancada imunda, olhando para um campo, vendo pessoas inúteis chutando uma bola. Mas Rony me arrastara para aqui. Na verdade mamãe obrigou Rony a me levar. Mas isso também é uma porcaria. Rony esta jogando, e Harry também.
Granger e Chang vestiram tops cor-de-rosa e mini-saias rodadas lilás, com tênis all star xadrez, enquanto sacodem pompons cor-de-rosa e roxos, juntas de mais várias meninas vestidas iguais, com o cabelo preso e entupido de gel. e sacudiam os pompons enquanto gritavam palavras animadoras – animadoras pra eles, porque eu estava ficando completamente nauseada – e dançavam uma coreografia animada que elas provavelmente demoraram muito ensaiando. Ou não.
-Argh. – Rugi comigo mesma, me encolhendo na arquibancada.
-Ginny! – a voz estridente e animada de Colin passou nos meus ouvidos e por um minuto eu desejei ser tão invisível quanto pareço.
-Colin. – Eu disse vagarosa. Colin era legal; divertido e animado. E como a melhor (e única) amiga dele, eu realmente não deveria agir grosseiramente. Eu nunca tinha agido de tal forma com ele e pensei comigo mesma; Se eu posso ser legal com ele todos os dias, posso agüentar mais um dia. Ele merece! Era ótimo, porque eu conseguia por fim fingir que estava me interessando pelo que ele dizia, mas só acenava a cabeça e concordava com alguns sons “aham; sei; uhum; é verdade; pois é.”
-Eu realmente acho que posso entrar para o time. Eu treinei nas férias; e acho que tenho condições. – ele disse, formalmente.
Colin não tinha mesmo chances de entrar para o time; ele era baixo e magricela, era do meu tamanho – o que não é mérito nenhum, considerando a minha altura – e era atormentado pelos meninos mais velhos o tempo todo.
-Aham. – eu disse, olhando para a árvore que me cutucava.
-Eu vou fazer o teste segunda de manhã, antes da aula começar. Torça por mim, ok?
-Claro. – eu respondi automaticamente. Como o teste não era com os outros meninos do time; eu não me preocupei, porque ele provavelmente não ia se machucar, e como ele não ia entrar no time, eu não precisava me preocupar com os jogos.
Eu coloquei os meus livros no armário, enquanto conversava com Luna sobre a aula de Geometria que teríamos juntas no último período. Eu iria tutoriar Harry domingo e, embora não devesse, estava feliz. Avistamos Colin do outro lado do corredor, e eu me assustei que estivesse entre 3 rapazes grandões sem estar – aparentemente – sendo esmagado.
Apertei os olhos para ter certeza de que não estava delirando ou algo do gênero, e quando ele saiu de perto dos rapazes e veio correndo em minha direção pulando feliz como sempre fazia. Eu tentei – sem sucesso – acalmá-lo, mas ele continuou gritando palavras sobre hoje de manhã e quando eu finalmente consegui entender o que ele dissera, o sinal já tinha tocado.
-Estou no time! Estou no time! Estou no time! – e continuou repetindo. Luna o cumprimentou e parabenizou e eu continuei perplexa, olhando para ele e sem dizer nada. – Ginny? – ele chamou.
-Parabéns Colin! Agora vou ter um motivo de verdade para ir aos jogos. – disse por fim, acordando de meu transe. Certamente eu iria aos jogos estando realmente feliz – ou aparentemente feliz –, se Colin estivesse no time, jogando; por estar agradando um amigo e não indo por ser obrigada pelo Rony.
-Nos vemos domingo, garrafinha. – Eu olhei para trás. Garrafinha era meu apelido idiota dado pelos
Potter estava lá, abraçando Chang, enquanto acenava e depois apontou o livro de gramática na mão. Chang me encarou e fez um biquinho egocêntrico que eu não pensei duas vezes antes de ignorar.
-Até a prova, Luna. - eu disse enquanto ela ia para a sala que estava Chang, e Colin indo para a mesma sala que o Potter estava, na frente da sala de Chang e eu indo para a última sala do corredor.
Sentei na primeira carteira, próxima a janela e me curvei para pegar os meus livros na mochila e observando os cálculos matemáticos de uma maneira total e completamente inútil. Depois de 2 minutos sem que a professora entrasse na sala, minha mente estava vagando por um universo paralelo. Concentração era impossível.
-Vamos ver – a professora começou apoiando o apagador na mesa. – Remanejamento de sala.
Era uma coisa muito ridícula para mim. Eu sempre fui indiferente com relação a isso, porque eu raramente era mudada de lugar e se era; ficava sempre com uma pessoa indiferente. Não era uma coisa de muita influência nos meus estudos. Ou quase isso.
-AAAH! – um coro desapontado cantou atrás de mim e depois de alguns nomes, conhecidos e desconhecidos eu a ouvi dizer, com todas as letras, nomes que não ousariam ser pronunciados juntos a não ser que a pessoa fosse louca.
-Hermione Granger venha se sentar ao lado de Ginny Weasley aqui na frente.
Granger não reclamou; não discutiu e nem fez cara emburrada – talvez ela quisesse se mostrar superior – mas eu enfiei a cara entre as mãos e respirei fundo. “É só essa aula! Apenas mais 47 minutos!” Pegou o seu material e rebolou até a minha carteira, se sentando com jeito ao meu lado.
-Não precisamos conversar. – ela disse quando eu me remexi desconfortável na carteira. – Apenas tente parecer confortável com a situação. – ela balançou os ombros.
Pegando um giz, a professora começou a escrever equações no caderno e eu comecei a copiá-las no mesmo ritmo.
-Sabe que não precisa ensinar gramática para Harry, porque eu posso fazer isso muito melhor do que você.
-Gostaria de poder não ensinar. – Dei de ombros. – Não foi uma escolha minha ou algo assim.
-Você não me parece qualificada. A prova dele é em 2 semanas, e ele não parece ter aprendido muito.
Não respondi. Não saberia que palavras usar para discordar da perfeita Granger. Não tinha palavras para usar. Não havia o que discutir. Eu não tinha ensinado muita coisa mesmo. Ele não queria aprender. E isso não é problema meu.
-Você foi eletrocutada por um raio para o seu cabelo ficar desse jeito? – ela perguntou, já que eu não respondi a pergunta anterior. Ela estava tentando me sensibilizar, me deixar sem jeito; humilhar-me. Não respondi novamente. – O que você usa para cortar as unhas? Os dentes? – Silêncio novamente.
-Mais 35 minutos. – repeti para eu mesma, inaudível.
-Esse monte Everest na sua cara é uma espinha? – ela apertou os olhos para o meu rosto. – Você já foi alguma vez se bronzear na praia? – eu rugi e ela sorriu, percebendo algum efeito em suas palavras. Não Granger. Não dessa vez. – Já pensou em andar mais rápido na aula de educação física? – eu sou uma lesma nas aulas de vôlei, e isso é de alguma forma inegável. Xingam-me na quadra, mas eu não posso fazer nada. Eu tenho medo da bola.
Narrado Por Hermione Granger
O silêncio está me ensurdecendo. Metaforicamente, claro. Ela não parecia se abalar com as minhas palavras e o método
-Desculpe Granger, se estou te atrapalhando. – Ela disse, irônica, sorrindo ridiculamente.
Perguntei-me quanto tempo ela passou pensando numa resposta dessas.
-Eu? Imagina! Meu cérebro é capaz de prestar atenção em várias coisas. Diferente do seu.
-É; claro. – Ela revirou os olhos. – Por isso você devia me deixar fazer a lição, ao invés de me atazanar.
Essa tutorazinha não vai durar muito. Afinal, o que ela pensa? Que é a Hayley de one tree hill, e que só porque está tutorando o Natan (Harry) vai casar com ele. E a Peytan (Cho) vai ficar com o Lucas (Colin) e que ela vai poder viver feliz pra sempre? Novidade, pequena G. O mundo não é para os fracos.
Daqui há alguns dias, Harry vai abandonar a tutoragem, e vai pedir a ajuda de alguém que realmente pode lhe oferecer um bom conteúdo de gramática. Eu, a melhor – e mais perfeita – amiga dele.
-A verdade é dura, mas você supera. Weasley, o Harry nunca vai ficar com você.
-Quem disse – ela parou, juntando os cadernos – que eu estava contando com isso? – e saiu da sala, enfurecida, assim que o sinal tocou.
Eu esperei por Rony na porta da sala, e assim que ele se tornou visível, estendi o meu material e caminhei para a única aula do dia que tínhamos juntos. Ele me seguiu, como costumava fazer, e assim que nos sentamos, ele passou os braços pela minha cintura. Eu suspirei. Não estava de bom humor.
-O que aconteceu, meu amor? – ele perguntou, beijando o meu pescoço.
-Sua irmã. – resmunguei. – É melhor avisá-la que não vai ficar com Harry. Ela provavelmente está contando com isso. – dei de ombros.
-Ginny pode não ser inteligente Hermione; mas sabe o seu lugar. – ele disse, me encarando. – Nunca foi de se iludir, e a conheço o bastante para saber que não é agora que ela vai mudar.
Você mudou, pensei; mudou por mim. Por nós. Ela pode querer tentar mudar também. Mas eu não disse. Não precisava.
-Tanto faz. – respondi, sem finalidade quando a professora apareceu na sala.
Eu poderia – e eu sei que poderia – tutoriar Harry muito melhor do que aquela vaca ruiva. Queria saber, porque ela ainda não desistiu?
-Harry – eu chamei, e pensei. – Vou falar um nome e assim que eu disser, você vai descrever essa pessoa com a primeira palavra que vier na sua mente. – ele me olhou com cara de dúvida, mas concordou com um aceno de cabeça. – Ginny Weasley. – eu disse vagamente.
Ele não pensou. Não parou. Parecia que tinha a resposta pronta na ponta da língua, e isso me causou um desconforto. Mordi o meu próprio dedo e pensei comigo mesma; “Como?”
-Interessante. – era uma maneira, educada e esperta de dizer que ela não era especial. Não que alguém precisaria dizer isso. Que Ginny Weasley não tinha características especiais e realmente úteis não era novidade – para ninguém.
-Defina interessante. – tinha falhado, a minha estratégia. Pedindo uma definição ele teria tempo para pensar.
-Ela é misteriosa. – colocou a mão no queixo. – Você, afinal, consegue entendê-la? É impossível saber o que ela está pensando, o que ela quer, o que ela pensa das pessoas. Ela é algum tipo de pessoa fechada, que só conhecendo bem, poderia desvendá-la. Ela é diferente.
Mordendo o lábio inferior eu confirmei o que eu mais temia. Harry Potter, meu amigo popular e bonitão não estava apaixonado por Ginny Weasley – a esquisita e capenga Ginny. Ele estava atraído - não de uma maneira física, porque seria nojento, mas de uma maneira psicológica – por Ginny Weasley – a misteriosa e indesvendável Ginny.
Eu, particularmente, não conseguia enxergar Ginny da maneira que Harry tinha descrito. Mas eu não poderia, de qualquer jeito.
-Rony, - eu me curvei pra ele – como você enxerga a sua irmã?
-Ela é... baixinha. – deu de ombros.
-De uma maneira psicológica Ronald! – bronqueei. – Analise-a.
-Ah, eu não falo com ela há muuuuuito tempo. Não de conversar realmente. Mas ela é bem risonha, alegre.
Nós dois olhamos para ela, do outro lado do corredor. Estava com a cabeça baixa e as mãos colocadas no bolso do casado cinza dela. Estava arrastando os pés e a mochila que estava apoiado no ombro balançava por suas costas. Entreolhamos-nos e eu ergui as sobrancelhas.
-Ok. Ela era alegre. Como eu disse antes, faz muito tempo que eu e ela não nos falamos.
-Bem, eu tenho que ir. Eu e Cho vamos para o Shopping. Preciso de uma saia nova.
-Uma curta, de preferência. – ele opinou e mordeu o lábio inferior.
-Como quiser. – Curvei-me para seu rosto e o beijei delicadamente. Fui ao encontro de Cho, que estava parada perto da porta.
-Aaaai! – Cho grunhiu. – Olha por onde anda; sua vaca ruiva. – Se queixou da ruiva ao seu lado. Ginny Weasley, atrapalhada como sempre.
-Desculpa, Chang. – Ela disse e eu arregalei os olhos, mas depois revirei quando ela completou de sua maneira completamente leiga e irritante. – Esqueci que corpo de burro não é transparente.
-Olha só quem fala. Está prestes a bombar em Cálculos e esta chamando a minha amiga de burra?
Narrado por Ginny
Eu deveria perguntar como ela sabia, mas isso seria ridículo. Eu deveria cogitar que alguém como Granger sabia as minhas notas de química. Ela provavelmente sabia os podres de todo mundo – inclusive os meus. Mas os meus não eram necessário que a pessoa fosse Hermione Granger. Meus podres são facilmente notáveis.
-Bem, falo isso da sua amiga que provavelmente vai bombar em todas as matérias. Beijos, fui. – eu completei, agarrando o braço de Luna e a puxando para fora do colégio.
Ouvimos Granger resmungar alguma coisa.
-Colin tem treino hoje. – Luna disse, olhando para o céu claro, enquanto caminhávamos em direção ao ponto de ônibus. Afirmei com a cabeça. – Não deveríamos ir vê-lo? Dar um pouco de apoio moral?
Eu balancei a cabeça, negando. Ela olhou para mim desconfiada e eu lancei um meio sorriso.
-O treino é fechado para os que não são jogadores. – Como eu sei? Não tenho idéia. Não que eu já tenha tentado ir ver Harry ou coisa parecida. Talvez eu tenha ouvido Rony comentar.
-Mas a Granger e a Chang comentaram sobre vê-los no treino hoje. – Ela disse, cabisbaixa.
-Estamos falando de Granger e Chang, Loony. As populares, ok?
-Certo. Ginny, vou trabalhar no abrigo amanhã, então, sabe o trabalho de geometria? Não seria melhor fazer isso hoje?
-Claro. – Balancei os ombros, entrando no ônibus quando ele parou.
-Como assim o Malfoy? – Rony gritou, batendo as mãos.
-Os Malfoys são sócios de seu pai. Nós não temos muito, Roniquinho, e a ajuda de Lúcio Malfoy seria ótima.
Os Malfoys são uma família do mal. No bom [?] sentido da palavra. É claro que eles são esnobes e Blá Blá Blá, mas eles ajudaram o papai com as dívidas e tudo mais, e agora que temos ainda mais dívidas o senhor Malfoy – o que seria Lúcio – vai comprar 50% das – poucas – ações do papai na empresa onde trabalha pelo dobro do que as ações valem. E Rony tinha uma richa com o Draco Malfoy – o filho – antes de nos mudarmos para cá. E o Lúcio pediu que, como troca desse favor imenso que ele está fazendo – que Draco fique aqui em casa por um tempo. E Draco vai para o nosso colégio; e vai dividir o quarto com Rony. Xi. Ferrou!
-O que aconteceu? – perguntei, fingindo que acabara de chegar. Eu estava ouvindo atrás da porta
-O Protótipo de Lambido vai vir morar com a gente.
-É por pouco tempo! – completou mamãe.
-Ah! – fingi desinteresse. Para os Malfoys eu não passei da pequena Ginny ruivinha e bonequinha [?] que ia sofrer com a falência dos pais mas que um dia se tivesse sorte poderia superar isso. Palavras deles. Traduzindo: Ginny Invisível Weasley ataca mais uma vez. *Gritem *!
-Quanta tempo? – suplicou Rony.
-Algo entre 2 ou três meses. – ela disse, e o queixo de Rony caiu.
-Nem sonhando eu divido o quarto com o lambido por 3 meses.
O celular dele tocou. Hermione Calling GRAAAAAAAAAAAANDE novidade.
-Claro, lá no Central Park. - ele repetiu.
Pequena e ruiva. Foi o que Draco – eu costumo chamar ele por Draco para não confundir com o pai – disse quando chegou.
-Como sempre, não é Ginny? Você está mais alta.
Na verdade eu cresci 1 centímetro desde que me mudei. E isso foi há muito tempo.
-Loiro e lambido. Como sempre, não é Draky? Você está mais baixo?
Ele riu. Eu tratava Draco como um irmão. Como Rony era o queridinho dos meus pais e Draco era ignorado pelos pais dele que viviam ocupados, nós tinhamos muito tempo e muito assunto. Deve ser esse um dos motivos para que Rony não se sinta culpado por me ignorar. Não sei.
-E como anda a vida, ruivinha? – Ele perguntou.
-Ruivinha? Que tipo de intimidade é essa, com esse ser lambido, Ginny? – Rony perguntou.
-Ah, vida social terrível, vida pessoal também. Tradução, tudo horrível. – Respondi ignorando Rony. Como ele sempre fazia.
-Não pode estar tão ruim. – Ele tentou me animar.
-AAH, mas está.
-Tenho uma idéia que pode te animar. – ele ergueu as sobrancelhas para mim, enquanto eu pegava um copo de suco. – Não vai fazer nada agora, não é?
-Não, só amanhã. – Lembrei de que tinha prometido ajudar o Potter com Gramática no domingo.
-Então vamos para algum lugar?
Fiz uma careta, terminando de tomar o suco.
-Algum lugar? Tipo, um shopping? – ele concordou com a cabeça. – Eu não vou a um shopping desde que tinha... sei lá... 10 anos.
-Ótima hora para tirar o atraso. – Alguém deu Tang pro Draky cheirar, ele puxou o casaco e a chave do carro, me puxando com o braço.
Eu já comentei que ele tem um Porsche? Não? Pois é. É mentira. Ele não é muito fã de carros. Prontofalei. Ele tem uma moto. Uma moto Honda super... Draco.
-Não vou andar nisso. – eu disse, arregalando os olhos. Eu tenho medo, ué. É malignamente grande, e aparentemente rápida.
-Tem razão. – ele concordou, e eu ergui as sobrancelhas, depois ele abriu uma caixa e me jogou um capacete azul royal.
-Draco, eu tenho medo, loiro. E minha mãe nunca deixaria.
-Ela não precisa saber. – Deu de ombros, me ajudando a subir na moto, atrás dele. – Segure firme na minha barriga. – Pediu.
Eu joguei os meus braços para a barriga musculosa dele, enquanto ele acelerava. Apertei meu rosto às suas costas. Nós passamos por algumas ruas, o vento jogando os meus cabelos despenteados para trás, enquanto nós corríamos. Ele parou em um sinal.
-Aquilo é um shopping, certo? – perguntou, apontando para um prédio. Afirmei com a cabeça. – Vamos para lá.
É o tipo de shopping badalado. Onde os bonitinhos entram. Nunca fui, na verdade, por causa da minha aparente falta de beleza externa.
-Ginny? – Eu olhei para o lado, pelo capacete, e consegui enxergar Rony, no banco do motorista, com Granger ao seu lado.
-Esse é o Malfoy? - Granger perguntou, as sobrancelhas levantadas. Chang, no banco de trás, sorriu para ele. Harry o cumprimentou formalmente e Hermione mandou uma espécie de risos frenéticos para ele.
-Draco, Hermione Granger, Harry Potter e Cho Chang. – eu os apresentei sem encará-los.
-Bem, se eu não soubesse a verdade por trás das câmeras diria que a garrafinha tem bom gosto. – Granger esnobou. Pelo visto Rony já contou tudo. Ou a versão dele da história.
-Garrafinha? – Draco perguntou quando o sinal verde abriu.
-É porque eu sou baixinha, sabe? – tentei explicar. – Mas para falar de uma forma “original” eles substituíram tampinha por garrafinha. Ou algo assim.
-Que ridículo. – Dei de ombros. Pelo menos alguém concorda comigo. – E aquele cara, no banco de trás? – Fiz uma careta. Você perguntando isso é estranho, Draky. – Você gosta dele? – Continua estranho, mas abafa.
-Sei lá. Ele tem namorada. E nem sabe que eu existo. Na verdade, eu tutorio ele. Gramática.
-Ah, é uma tutora. – ele constatou, estacionando a moto.
-Não. Só disseram que seria melhor que eu o ensinasse, do que a amiguinha distrativa dele, ou algo assim. Mas isso nem é bom, porque agora ela simplesmente não me ignora mais. Ela me odeia.
-Ginny, Ginny. – ele suspirou guardando os capacetes. Eu nunca entendi como se guardam os capacetes nas motos, mas abafa. – Seu irmão ainda me odeia, certo? – perguntou. Acenei com a cabeça. – E ele não te ajuda? Você sabe, se é a namorada dele que implica com você, ele podia dar um basta nessas implicâncias, não?
-Rony parece se divertir com os tormentos da Granger. – dei de ombros novamente. Eu tenho que parar de dar de ombros. Isso está ficado enjoativo.
-Ainda bem que eu cheguei a tempo, ruivinha. Ainda bem.
-Eu não vou rir, Ginny. Saia do closet! – Draco pediu pela milionésima vez.
Daqui não saio. Daqui ninguém me tira. Eu to parecendo aquele boneco da Michellin enfiado em um shorts balonê que o Draco disse custar só dois mil e trezentos dólares. Um boneco da Michellin ruivo!
-Draco, eu posso dizer por mim mesma. Não está legal! Eu pareço o bebê da família dinossauro!
-Você acha isso. As pessoas nunca tem uma boa imagem delas mesmas.
-Você não se odeia. – Dei de ombros. Again! :@
-Eu sou um ego maníaco narcisista assumido, agora saia do provador!
Eu afastei a cortina com apenas uma mão, e o meu rosto que era a única coisa que aparecia viu Draky sorrir.
-E a sua namorada, como está? – dei um sorriso fingido. Queria que qualquer conversa se prolongasse desde que eu não tivesse que sair do provador.
A namorada do Draco tem um nariz de batata tamanho GGG. É vesga e parece uma chaminé no mau sentido. Mas ela é bem legal; simpática e educada, e é por isso que eu aturo. E especialmente porque Draco a ama.
-Está bem. Passou as férias esquiando, e diz que gostou muito. – Esqueci de mencionar que ela é rica. Parece que todo mundo (menos eu) enriqueceu. Mas diferente de Rony, eu não sou gananciosa. Como se uma pessoa que veste uma camisa de 5ª mão sem ligar pudesse ser gananciosa. – Agora me deixe ver os shorts.
-Draco, estou implorando a você para não comprar isso. Eu não me importo com as minhas calças.
-Ginny, aquelas calças de brechó? Sem querer ofender, mas elas devem ter sido feitas quando a Derci Gonçalves nasceu.
Fiz uma careta. Eu gosto das minhas calças. Mas quanto ao período que elas foram feitas eu não posso discordar.
-Ginny, você está exagerando.
-Diz isso porque é o meu amigo. – reclamei.
-Não está ruim. – Draco disse, analisando. - Mas o cinza não tem nada Haver com o seu cabelo.
A mãe dele é editora-chefe da Vogue, ta?
-Ok, esqueça o short. – eu voltei ao provador. – Você gosta de futebol não é? Vai entrar para o time?
-Provavelmente. – ele disse enquanto eu colocava minha calça de Derci Gonçalves de novo *O*
-Ah, você deve ser o Draco Malfoy. Não tivemos tempo de nos apresentarmos. – VAAAZA, Granger. Você já roubou o meu irmão!
-Sim, mas aposto que o Weasley já falou sobre mim.
Ela soltou uma risadinha escrota.
-Vamos para o Starbucks agora, encontrar com os nossos amores. Quer vir?
-Estou acompanhando a minha amiga nas compras dela. – ele apontou pra mim. Abaixei a cabeça constrangida.
-Ela pode vir também. – ela fez uma careta para mim.
-Vamos recusar. – ele disse por fim, segurando o meu braço e me arrastando para fora da loja.
-Nós vamos? – ele confirmou com a cabeça. – Está acabando com a sua reputação andando comigo, loiro. É suicido social.
-É divertido. Afinal, eu sou lindo. E se eu sou lindo, eu sou popular. Consequentemente você é popular.
Até que faz sentido, se você olhar por esse ponto de vista...
N/A: BANAAAANA! Fala sério, eu babeeeeei nesse capítulo! ATÉ QUE A DEMORA VALEU A PENA, NÉ (/tálarissanãoexagera. U_U’ ta gente, desculpa a demora. Eu tava meio lesada com a minha vida de estrela
:DDDDD mentira, eu tava ocupada com as provas . *---*’ mas ABAAAAAFA! Ta ai o cap; espero comentários. Vamos tentar ficar mais SEXY’s com o próximo capítulo. Beijosmiil, amores!
anúncio
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!