Capítulo I




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Narrado por Ginny Weasley


A vontade de acordar era tão minúscula que eu nem consegui ver. Puxei uma calça jeans surrada do armário e uma camiseta de uma banda, que não estava mais servindo no meu irmão, Rony, que tem um monte de roupas de primeira mão no armário, enquanto eu fico com as roupas compradas em camelôs ou que eram dele. Penteei o cabelo ruivo e desci pra tomar café, porque eu sabia que se eu não fosse logo para a cozinha minha mãe ia dar minhas torradas para o passarinho do Gui, e ia jogar meu leite pela pia. Mas se Rony se atrasasse, ela simplesmente diria que ele teve que dormir tarde porque teve uma noite difícil. Na descida da escada, Rony passou correndo por mim e ao chegar no último degrau, ele se virou para mim e observou minhas roupas. Eu sei que são as minhas roupas.

-Humm, Ginny, ninguém mais se lembra dessa banda. Se você for pra escola assim, eles vão achar que você é algum tipo de Hippie ou sei lá.

Eu o olhei com uma cara de nojo. Bem, porque se qualquer retardado, como a Chang me dissesse isso, eu simplesmente iria fazer uma cara de entediada e continuar andando, mas o Rony? O Rony é meu irmão. Um cara que quando tínhamos 6 anos, brincava comigo de juntar as folhas secas e depois se jogar nelas, e não o cara que agora só se preocupa com a popularidade, e finge como se não me conhecesse. Ele age como um verme, que não dá valor a nada. É como se não se lembrasse de quem eu sou, e dos momentos felizes que passamos juntos. (N/A: God. Isso é tão profundoô.)

-Bem, eu prefiro que me chamem de Hippie a alvo das bolinhas de papel.

Ele sacudiu os ombros e foi para a cozinha. Ai que raiva!!

-Olá, grampeador! – ouvi uma voz, nas minhas costas.

Me virei e respirei fundo. Aqueles olhos verdes me encarando. Mas eu senti a respiração falhar. Ele não estava falando comigo. E sim com Rony. Grampeador era o apelido dele na escola, porque ele teve a brilhante idéia, de pegar uma bolinha de papel e grampear inteirinha, para acertar o menino do meu lado,
Colin Creevy. Mas Colin se virou na hora que Rony jogou a bolinha, e um dos grampos machucou a boca dele.

-E aí, cara? – Rony respondeu Harry. Ele olhou pra mim e acenou baixinho.

-Olá, garrafinha. – ele disse. E eu desejei que naquele exato momento um carro aparecesse e me atropelasse. Eu pensei que esse apelido tinha sumido pra sempre. Mas não foi bem assim que aconteceu. Ele lembrava. E se ele lembrava, Chang iria lembrar, depois Granger, e possivelmente em menos de 2 dias a escola inteira iria se lembrar.

Não, eu não estou exagerando.

Rony o levou para a cozinha e disse para se sentar no meu lugar. No meu lugar. E ele está comendo as minhas torradas. Enquanto conversa com os meus irmãos. Mas meus irmãos nem tem idéia de quem eu sou mesmo. Decidi nem tomar café, quer dizer, o que eu iria fazer? Sentar perto de 2 populares [sendo um deles, meu irmão, que é o criador da maioria dos meus apelidos na escola] e fingir que estou simplesmente perto da minha mãe, ou de um dos meus ursinhos de pelúcia. Resolvi ficar observando os carros passarem, perto do ponto de ônibus, já que a minha mãe está ocupada de mais pra me levar na escola. (Obs: isso foi uma ironia, entenderam?)

-Oi, tampinha! – a visão foi automática. Por mais que eu tentasse eu não conseguia parar de olhar. Minha cabeça mandava olhar para o lado. Mas meus olhos me puxavam para babar pelo carro novo da Hermione Granger.

-Olá Granger. – eu sorri amarelo para ela.

-Quer uma carona?

Respirei fundo, porque a vontade de mandar aquela garota tomar no buraquinho era tão imensa, mas tão imensa e as chances de quando eu fazer isso, meu irmão não troque nem um oi comigo, o que já é raro mesmo são tão imensas, mas tão imensas que é melhor eu ficar quieta. O que posso fazer? Meu irmão é um idiota, mas eu amo ele. Porque ele é meu irmão. E eu ia ser ainda mais odiada se eu fizesse isso, então é melhor eu me calar. Melhor pra mim, principalmente.

Ótimo. A Granger está acompanhada pela Chang. Meu dia, nem se quer começou, eu nem sequer estou na escola, e parece que o inferno congelou! Se é que me entendem.

-Não, obrigada. – eu estou me roendo por dentro com uma vontade tremenda de responder. Uma resposta bem malcriada. Mas a educação me impede. E o meu irmão também.

-Tem razão. Você não ia caber no porta-malas. – e elas saíram rindo, feito umas loucas. Mas eu nem tive tempo de pensar numa resposta malcriada para dizer para mim mesma o que eu poderia dizer para elas. O ônibus chegou e a única coisa que eu consegui pensar foi em como Hermione Granger, com sua malignidade à flor da pele, pode algum momento ter a sorte de ser rica, inteligente e popular. Meu estômago roncou e eu entrei no ônibus. Colin acenava para mim e eu me sentei do lado dele. Não consegui deixar de olhar para a cicatriz que estava nos lábios dele. Nem no momento que o acidente da bolinha de papel com grampos acertou a boca de Colin, nem no momento que ele, meu irmão, inventou apelidos para mim, eu nunca havia pensado seriamente o quanto Rony havia se tornado CRUEL.




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Narrado por Luna Lovegood.


Nunca imaginei, e gostaria de nunca imaginar, que entrar em escolas novas seria tão difícil, quer dizer, desde que eu nasci, eu passei esses anos todos numa única escola. Por que raios de motivos meu pai decidiria que é melhor eu mudar de escola? Eu estava muito bem na minha outra escola. Eu nem tinha um armário lá. Por que eu tenho que ter um agora?

-Eu acho que é esse. – disse estendendo o papelzinho para ver os códigos do cadeado.

Abri o armário e deixei alguns livros lá. Quando fechei a portinha me senti uma... uma... uma não-sei-o-que perdida. Eu não reconheci nenhum rosto. Nem um deles me parecia simpático. Bolsa de estudos uma ova. Isso que eu consegui foi um pesadelo empacotado. Uma menina ruiva se aproximou de mim. Ela foi em direção aos armários e depois observou a minha expressão.

-Você está passando mal?

-Não. – eu disse respirando fundo – Só estou um pouco perdida.

-Deixa eu ver o seu horário. – ela pediu e eu estendi um papel que tinha uma lista de aulas, que eu nem se quer sabia que existiam.

-Você tem biologia no 1º tempo. Na sala sete. É perto da lanchonete. Quer uma dica? – acenei a cabeça, confirmando – sua aula é com a Chang. Ela vai estar sem a Granger. Em hipótese alguma, sente-se perto de uma japonesinha! JAMAIS!

-Ok. – eu respondi assustada. Mas, essa deve ser uma daquelas populares que não quer que eu me sente com essa tal Chang para que ela se sinta isolada.

Fui em direção do que eu julguei ser a sala 7 e me sentei do lado da tal japonesinha que ela havia dito.

-Quem você pensa que é para sentar do meu lado?

-Luna Lovegood. Prazer.

-O prazer é todo seu. Olha, não quero ser muito chata, mas novatas não se sentam comigo. Então, vai procurar sua turma, ok?




-Você não fez isso. – a ruiva berrou.

-Desculpa. Eu não sabia que ela era popular.

-E eu que achei que você tinha alguma chance de sobreviver aqui. Quando eu disse que era pra você ficar longe da Chang, é porque era pra você ficar longe da Chang.

Eu abaixei a cabeça, enquanto saia da sala de física, que eu e a ruiva aqui tivemos aula juntas.

-Ginny Weasley. Prazer. – ela sorriu para mim.

-Luna Lovegood. – eu sorri de volta. Pelo visto eu tenho uma amiga.

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Narrado por Harry Potter


Enquanto Rony contava mais uma de suas piadas eu abri meu armário para pegar o livro de álgebra. Ouvi um barulho, e quando eu fechei o armário vi uma menina ruiva deitada no chão.

-Você está bem?

-Ela está bem Harry. – Cho disse no meu ouvido e olhou para camiseta dela – Na verdade não está não. Alguém chame a policia da moda.

-Eu já vi você antes? – perguntei ajudando ela a levantar.

-Você tomou o meu café-da-manhã hoje.

-Ah, você é a garrafinha. – ela acenou com a cabeça recolhendo os livros do chão e indo em direção a lanchonete com uma garota loira.

-Harry! – Cho me chamou – conta pra eles, o que a gente vai fazer no fim de semana.

Nossa, nem eu sei o que eu vou fazer no fim de semana.

-Eer... – eu coloquei a mão na nuca. Como se isso fosse ajudar a lembrar o que eu e a Cho íamos fazer no fim de semana.

-Aah, ele ta um pouco nervoso. Nós vamos para um cinema há céu aberto de carro. Não é Harry meu amor?

Sinceramente? Eu odeio quando ela me chama assim.

-Que legal, Harry! – Hermione comentou olhando para Cho, com o canto dos olhos.

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Narrado por Ronald Weasley


Não sei porque a Ginny está brava comigo. Eu não fiz nada. Bem, não que eu me lembre.

-Rony, porque você não me leva pra ver um filme à luz do luar?

Porque eu não tenho dinheiro?

-Porque eu planejei outra coisinha.

Ótimo. Mentiras.

-Sério? O que? – ela se pendurou em mim.

-Se você for lá em casa hoje em torno das 5 horas, vai descobrir. – eu dei um selinho nela.

Bem, agora eu vou ter que pensar em algo melhor que filme à céu aberto, até as 5 horas.

-Senhor Potter? – uma moça pequenininha chamou. Pelo visto deve ser a secretária.

-Eu! – Harry levantou a mão – o que aconteceu?

-O diretor está chamando.

-Ah, ta. Obrigado.

-O que você fez agora? – Hermione perguntou raivosa. Tipo, se duvidasse ela estaria espumando de raiva aqui.

-Nada. – ele disse inocentemente – bem, não que eu me lembre.




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Narrado Por Harry Potter


-Senhor Potter? – o diretor perguntou.

-Eu. Senhor Balauski, eu não sei o que aconteceu. Eu não fiz nada. Bem, pelos menos essa semana.

-Não, senhor Potter, não me refiro às suas gracinhas. E sim, às suas notas. Em Gramática, suas notas estão muito abaixo da média. Você tirou 2,0 em uma prova que vale 10,00. E automaticamente o seu nome passou para a lista de tutoria. Você precisa de um tutor que te ajude em Gramática.

-Beleza, Hermione é um gênio. Eu falo com ela.

-Não, senhor Potter, o senhor não entendeu. Hermione Granger é sim, uma ótima aluna, mas como parte do seu grupo, eu não garanto que ela possa te ajudar. Encaminhei-te para um dos tutores com mais habilidades nessa matéria.

Ele me estendeu uma ficha e disse um nome. Eu só reconheci o sobrenome, mas tenho certeza, que ele não disse Rony.

-Ginny Weasley.




Eu soube por Rony, um pouco mais tarde, que Ginny era irmã dele.

-Ela não é – ele começou o comentário com a boca cheia de carne – particularmente inteligente. Pelo menos, não que eu saiba.

-Bem, pois deveria ser. – respondi quando Cho me abraçou – já que o diretor me encaminhou essa tutora.

-De quem vocês estão falando? – Hermione perguntou, sentando do lado de Rony.

-Ginny. Sabe? Minha irmã. – Rony disse dando um selinho nela – Harry precisa de ajuda em gramática, e o diretor o encaminhou a minha irmã para ser tutora dele.

-Porque não foi falar comigo? Eu poderia te ajudar.

-Mione, eu até tentei, mas ele disse que não ia dar certo.

-Ok. – ela balançou os ombros e se virou para Rony – ai, se você não quer me contar a surpresa. Aposto que é muito boa.

Vi, a irmã dele, do outro lado da cantina, junto a uma garota loira. Ela não é, sinceramente, uma gata. Ah, é a garota que trombou no meu armário hoje de manhã.

-Hey! – acenei para elas – venham aqui! – chamei. Eu posso conhecer minha tutora, não é?

Elas me olharam esquisito do tipo “O que esse maluco quer?”. Mas de qualquer jeito elas vieram para cá. Ficaram paradas me encarando, e eu as convidei para sentarem conosco. Ué, eu nem posso mais conhecer minha tutora?

-Não – a ruiva disse – obrigada. Eu e Luna já encontramos um banco.

-Tudo bem! – eu disse sacudindo os ombros – tchau.

Elas se viraram e caminharam até um dos bancos perto da máquina de salgadinhos. Me virei para terminar de almoçar e me deparei com 3 olhares furiosos: o de Hermione, o de Rony e o de Cho.

-Que foi? – perguntei terminando de tomar um gole do meu refrigerante.

-Porque as convidou? – Cho perguntou.

-Porque não? Elas parecem legais.

-Não parecem não. – Hermione debateu. – parecem duas perdedoras.

Embora Ginny fosse irmã do Rony ele nem pareceu se abalar com o xingamento de Hermione.

-Harry, sabe o que vão falar se descobrirem que você convidou 2 meninas ridículas para se sentarem com nós? Duas perdedoras! – Cho olhou pra mim, ridícula.

-Não sei, não quero saber. – a Cho vai dar um ataque. 3... 2... 1... já.

-HARRY POTTER! Quem te deu o direito de falar com a sua namorada assim? Eu te amo, te beijo, faço tudo por você.

Aham, sei. E ela continuou.

-E é assim que você me agradece? Dando uma resposta mal-educada.

Nossa, gritando alto assim, a Cho até parece a minha mãe. Mas, modéstia à parte, minha mãe é mais bonita que a Cho. Só que eu sou suspeito pra falar.

-Calma, Cho. O que você acha que as pessoas vão falar, se souberem que você ta dando Piti desse baixo escalão? – eu sabia que só assim eu ia acalmá-la.

-Ok! Só não repita esta atitude! – ela disse e eu balancei os ombros.

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Narrado por Ginny Weasley


Claro, claro, a atitude mais esquisita que eu já vi. Não estou exagerando, nem o fato do meu irmão não ligar mais pra mim, me assusta tanto quanto o Potter convidando a mim e a Luna para almoçar com eles na mesa dos populares. Na verdade, tem certa suspeita, isso. Talvez pouca lição. Sim, sim, ele foi avisado da tutoria antes de mim. Eu tentei recusar, mas não pude. Uma vez tutor, sempre tutor, infelizmente.

-Podíamos começar com algo simples. – eu disse na sala de estudos, enquanto ele folheava um livro.

-É uma matéria chata! – ele disse alto, balançando o livro.

-É uma matéria importante! – saiu quase como um sussurro.

-Bem, essa matéria importante é chata e ridícula. – ele disse. Estou perdendo o meu tempo, tentando ensinar o Potter.

-Bem, essa matéria chata e ridícula, é importante! E se você não quer aprende-la, não vou ficar insistindo. vá pedir pra sua amiguinha te ensinar! – eu peguei os meus livros e sai da biblioteca.

-Hey, hey! Acalme-se ruivinha! Eu quero aprender.

-Quer mesmo? – eu levantei a sobrancelha, ainda duvidando do que ele dizia.

-Quero. Eu preciso dessa nota. – ele fez um olhar, que sinto dizer, não dá pra resistir.

-Ok. – rendição. Uma das piores partes de ficar nessa escola. Posso parecer deprimida, mas não encontrei muitas partes boas.

-Então, qual é aquela coisa da página 65 mesmo? – ele perguntou colocando a mão no meu ombro. Ele colocou a mão no meu ombro! Shiu, Ginny, ele está fazendo isso pra que você ensine a ele. Afinal, ele não colocaria a mão no meu ombro se não necessitasse da minha ajuda.

-Você é ridículo! – eu disse, de uma maneira que ninguém pudesse escutar.



N/A: ta bom o cap ta uma merda, e pequeno. Eu demorei um tempão pra postar essa coisa horrível que eu shamo de fic. Pareý. Haha, ta não consegui me segurar,bjãão.

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