O Esconderijo na Floresta
Três meses já haviam se passado desde o Natal. Os N.I.E.M.s estavam cada vez mais próximos, e os professores agora ensinavam as magias mais difícieis que os septuanistas já viram.
Enquanto muitos dos alunos estavam no castelo, estudando ou fazendo as lições, Justino Finch-Fletchey adentrava na Floresta Proibida. Sendo um dos poucos do colégio que optara por fazer Trato das Criaturas Mágicas após os N.O.M.s, agora estava severamente arrependido. Hagrid lhes mostrava as criaturas mais perigosas e gosmentas que eles já haviam visto, e lhes fazia tratá-las como dóceis bichinhos domésticos.
Agora estavam estudando os Vomitins, que vomitavam uma substância ácida sempre que irritados. Como só comiam Amoras Adocicadas Mágicas, que só podiam ser encontradas na Floresta Proibida, Hagrid lhe solicitara para que colhesse as amoras, antes que os animais se irritassem de fome e vomitasse sobre todos. Justino tentara protestar, dizendo que a floresta era muito perigosa, mas Hagrid alegara que as criaturas ali presentes não iriam atacá-lo, e seriam compreensivos quando o garoto falasse para que estava lá.
Segurando sua varinha com força, Justino avançava com cautela pelas árvores. Após alguns minutos, ele encontrou as amoras, e catou-as o mais rápido possível. Queria sair o mais rápido possível daquele lugar assustador, por isso apertou o passo. Mas se assustou ao ouvir um barulho de algo se aproximando.
Largou as amoras imediatamente e empunhou a varinha. Olhou para os lados por vários segundos, e não viu nada. Pelo jeito, não havia nada ali. Era apenas impressão sua.
Aliviado, ele se virou para recolher as amoras, mas quase desmaiou de susto ao ver o vulto encapuzado em sua frente. Antes que pudesse fazer alguma coisa, o vulto apontou a varinha para ele e disse:
-Avada Kedavra!
O raio atingiu Justino no peito, e ele caiu no chão, com os olhos abertos, numa expressão de choque. Estava morto.
O vulto segurou Justino pelo pé e o arrastou por um longo percurso até uma clareira na floresta. Lá, estavam mais vultos encapuzados igual a ele ao redor de um homem muito branco, com narinas e pupilas ofídicas e com uma longa capa preta. O vulto, ainda segurando Justino Finch-Fletchey, murmurou:
-Milorde, temos um problema.
***
Nas primeiras horas, ninguém percebeu a falta de Justino. Hagrid, ao ver que seu aluno não havia voltado, continuou a aula normalmente, pois a maioria dos alunos costumava matar suas aulas nessas ocasiões.
Apenas na hora do jantar alguém percebeu a ausência do Lufano. Pensaram que ele estava com muito sono e já tinha ido dormir, como fazia com freqüência.
As coisas começaram realmente a preocupar quando seus colegas de dormitório informaram que ele não tinha dormido lá naquela noite. O rumor se espalhou com uma velocidade incrível pela escola, e o fato acabou chegando aos ouvidos dos professores. Após uma busca minunciosa no castelo, eles não conseguiram encontrar o garoto.
Hagrid foi chamado ao escritório de McGonagall. Interrogado, ele confessou, às lágrimas, que mandara Justino para a floresta. Após a explicação, a diretora refletiu e falou:
-Sinto muito, Hagrid. Mas se for comprovado que um aluno estiver desaparecido na floresta por sua culpa, não tenho outra escolha senão demiti-lo.
-NÃO! - urrou Hagrid, se ajoelhando no chão - Por favor, diretora, Hogwarts sempre foi minha casa!
Neste momento, a porta se abriu violentamente. Alvo Dumbledore entrou, decidido.
-Professor Dumbledore! - exclamou Hagrid. Obviamente, estava ciente da volta de Dumbledore.
-Minerva, não precisa demitir Hagrid - falou Dumbledore com firmeza - Apenas chame Harry. E peça para que ele traga seu mapa.
***
Harry foi chamado pela Profª McGonagall no meio da aula de Feitiços. Surpreso, obedeceu a ordem da professora e foi até o dormitório pegar o Mapa do Maroto. Depois, a seguiu até seu escritório.
-Olá, professor - disse Harry para Dumbledore, estendendo o Mapa do Maroto - Pediu meu mapa?
-Sim, por favor - retrucou Dumbledore, pegando o Mapa do Maroto.
-Sem querer ser impertinente... - hesitou Harry - Mas para que o quer, senhor?
-Certamente está ciente do desaparecimento de Justino Finch-Fletchey, correto?
-Sim, senhor.
-Agora, vou ver se minhas desconfianças são reais - disse ele, com um ligeiro toque de varinha no mapa e o estendendo na mesa. Harry estava surpreso. Obviamente, o professor conhecia a magia do mapa.
Todos saltaram de susto ao ver aquele nome em uma clareira na floresta proibida, exceto Dumbledore, que parecia estar satisfeito por estar certo. O nome Tom Riddle estava no centro de um círculo, em que se via nomes de vários Comensais da Morte.
Dumbledore fechou o mapa e disse para McGonagall:
-Minerva, alerte todos os professores. Lancem feitiços defensivos em toda a escola. Enquanto isso, vou convocar toda a Ordem da Fênix para cá. Hogwarts corre perigo.
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