O Melhor Presente de Natal

O Melhor Presente de Natal



O esquisito cheiro da Sala do Diretor parou quando Slughorn voltou a dar aulas. Questionado por seu desaparecimento, ele meramente disse que estava resolvendo problemas pessoais. Ninguém questionou mais, principalmente depois que ele passou a Poção para Dor de Cabeça para eles fazerem.

Com o inverno chegando, todos os professores resolveram dar o maior número de tarefas possíveis para os alunos antes do Natal. E capricharam: agora, nas horas vagas, os estudantes passavam as horas vagas fazendo lições.

Quando as férias de Natal finalmente chegaram, nem Rony nem Hermione voltaram para casa. Os Weasley foram passar o Natal com Carlinhos na Romênia, e os Granger foram visitar parentes no Chile. Com tantas tarefas, praticamente todos os alunos do sétimo ano ficaram em Hogwarts.

Quando Harry acordou na manhã de Natal, viu que ele era o único que ainda não abrira seus presentes. Simas, Dino e Neville já haviam saído, e Rony examinava, feliz, um novo jogo de xadrez bruxo.

Harry ganhou o tradicional suéter da Sra. Weasley, junto com bolinhos de chocolate, um bolo de ameixa de Hagrid e um grande livro de Hermione, sobre Feitiços Defensivos. No final da pilha, encontrou uma carta.

-McGonagall escreveu para mim? - disse Harry, intrigado, lendo o remetente.

-Abre! - falou Rony, se aproximando.

Harry abriu, e se espantou com seu conteúdo.



"Feliz Natal, Potter.

Gostaria que viesse aqui, na Sala do Diretor. Garanto que gostará. A senha é 'natalino'.

Profª Minerva McGonagall."



Harry se levantou vagarosamente, trocou de roupa e foi para lá. Não tinha idéia do que a diretora queria, mas pelo jeito era boa coisa. falou para a gárgula "natalino", e ela o admitiu. Ele, inseguro, bateu na porta da sala. Como ninguém respondeu, ele entrou. Mas quase desmaiou de susto ao ver quem estava sentado na cadeira de McGonagall.

Era Alvo Dumbledore.

-Olá Harry - disse ele, calmamente.

-Mas... mas... - balbuciou Harry, incrédulo - O senhor... está...

-Morto? - sorriu ele - Estava Harry. Estava...

-Como?

Dumbledore suspirou.

-Assim como Lord Voldemort, Harry, também encontrei um jeito de evitar a morte. Mas eu não precisei mutilar minha alma para isso. Com os doze tipos de sangue de dragão, criei uma poção, há muitos anos atrás, na época de minha parceria com Grindelwald, que conseguia de forma excepcional ressuscitar uma pessoa. Mas diferente da Pedra da Ressurreição, que concede à pessoa ressuscitada uma irrefreável vontade de voltar para o além, a poção ressuscita a pessoa do mesmo jeito em que ela morreu, e o melhor, ela volta com amor pela vida.

-Mas, então, porque o senhor nunca a usou antes? - perguntou Harry.

Dumbledore hesitou. Então, começou a explicar.

-Porque eu fiz um Voto Perpétuo com Grindewald. O voto dizia que um de nós só faríamos ou passássemos para outro a receita da poção quando estivéssemos unidos, ou depois disso, quando o outro estivesse morto. Entende minha tolice, Harry? Quando ele começou a dominar outros países, não pude ressuscitar poderosos bruxos para tentar detê-lo.

-Mas agora... - disse Harry, começando a entender.

-Ele está morto - falou Dumbledore com simplicidade - Por isso, a poção foi feita pelo Prof. Slughorn entre esses dias. E estou aqui, sem ter em momento algum quebrado o Voto Perpétuo. Agora, Harry - completou, abrindo uma gaveta - Segure isto.

Era a Varinha das Varinhas. Confuso, Harry segurou, mas um raio vermelho saiu da varinha de Dumbledore. Acertou a de Harry em cheio, e ela voou pela sala. Harry estava estupefato.

-Agora ela é minha novamente - disse Dumbledore, recolhendo a varinha das Varinhas - Desculpe, Harry, mas é um procedimento necessário. Minha antiga varinha está perdida há tempos, e eu estava usando a de Minerva, já que Olivaras foi para o Oriente. Você se importa?

-Não, claro que não - falou Harry - Mas senhor, gostaria de contar... Tenho certeza que Voldemort voltou e está reorganizando seu exército! Tive um sonho assim...

-Eu sei, Harry. Do meu quadro, vi Lúcio Malfoy afanando o pergaminho com as instruções para a poção. Tive certeza de que iria usar para voltar seu amo, e por isso que eu fui ressuscitado, para ajudar na luta contra Voldemort. Se não fosse esse motivo, não gostaria de ser ressuscitado. Lúcio demorou muito mais para arranjar os ingredientes para a poção do que nós, mas agora que Voldemort voltou, seus comensais serão ressuscitados rapidamente.

-Então foi o senhor que eu vi no jardim com uma capa! - disse Harry, se lembrando da noite da semana passada - Estava indo para Godric's Hollow pegar a Varinha das Varinhas!

-Não só isso, Harry - falou Dumbledore, sorrindo - Creio que, depois de seus triunfos, você merecesse ganhar um presente de Natal à altura.

Mal ele terminou de falar, e a porta se abriu. Harry viu Lílian e Tiago Potter entrarem na Sala do Diretor, vivos e sorrindo ao ver seu filho crescido. Incrédulo e chorando de emoção, Harry foi correndo abraçá-los.

Com certeza, aquele fora o melhor presente que Harry já recebera na vida.

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