O Ataque de Fúria



A noite foi péssima para Harry Potter. Quando voltou para a Sala Comunal da Grifinória, se surpreendeu ao ver que todos os alunos grifinórios estavam lá esperando por Harry, extremamente assustados. Começaram a fazer perguntas para o garoto, que queria apenas chegar ao dormitório em paz. No final, depois de tanta bagunça, foi preciso a intervenção de Aberforth Dumbledore para os alunos irem se deitar ("Vão para a cama, seus idiotas!", gritou, brandindo a varinha), e como ninguém desobedeceu, Harry pôde finalmente ir para o dormitório. Mesmo assim, ainda teve que suportar os olhares amendrotados de Neville, Dino e Simas, e até mesmo de Rony, que provavelmente estava achando que o amigo estava louco.

Mas o pior ainda estava pra vir. Ao amanhecer, Harry, que não conseguira dormir nem um pouco à noite, acordou com terríveis olheiras. Dino, o único que ainda estava no dormitório se vestindo, pegou seu sapato rapidamente ao ver que Harry acordara, murmurou "Bom dia, Harry", e saiu do dormitório com rapidez.

Descendo para o café da manhã, Harry observou que algumas garotas da Lufa-Lufa saíram correndo quando o viram. A notícia de que Harry Potter tivera uma visão que Lord Voldemort ressuscitara já se espalhara por toda a escola. Na mesa da Grifinória, encontrou Rony e Hermione.

-Hum... Bom dia, Harry - hesitou Hermione, ao ver o rosto do amigo.

-Só se for para você - retrucou o garoto, mal-humorado - Agora todos têm medo de mim.

-Mas eles têm toda a razão, não é? - disse Hermione - Agora todos já sabem daquela sua visão... estranha sobre a volta de Voldemort.

-Mas é verdade! - gritou Harry, indignado. muitos olharam à volta, e se afastaram o máximo possível dele.

Rony e Hermione se entreolharam, com uma expressão de incredulidade no rosto. Enfurecido, Harry largou o suco de abóbora na mesa e deixou os amigos na mesa.

-Harry...! Onde você vai? - perguntou Rony, alarmado.

Harry não repondeu, e subiu as escadas.

Ninguém acreditava nele. Desse jeito, Voldemort conseguiria dominar o Ministério da magia na surdina, e quando todos percebessem o erro, já não haveria mais tempo. A cicatriz ainda doía, e ele tinha certeza que Voldemort havia ressuscitado. Mas, como, ele não sabia...

Uma voz irritante interrompeu os pensamentos de Harry enquanto ele passeava pelo 3° andar.

-Olha, vê se não é o Potter Pirado!

Por um instante pensou que fosse Pirraça, mas viu que era Pansy Parkinson, junto com um pequeno grupo de amigas.

-Sai daqui, Pansy - disse ele, mal-humorado. Não queria brigas naquele momento.

-Ah, mas ele está ficando irritado! - gritou Pansy, e suas amigas riram - Diz que Você-Sabe-Quem voltou! Coitado, está cada vez mais louco!

-Estou avisando, Pansy... - grunhiu Harry, já muito irritado - Se não parar eu vou...

-Vai o que, Potter? Me matar igual Você-Sabe-Quem fez com seus pais? Com aquela sua mãe de sangue-ruim nascida no galinheiro?

Já era demais. Harry apontou a varinha para ela e gritou:

-Crucio!

Pansy se contorceu e urrou de dor quando o feitiço a atingiu. Suas amigas saíram correndo, aterrorizadas. Com as olheiras, Harry ganhava um estranho tom maligno. A Profª McGonagall foi ver que barulho era aquele no corredor.

-O que está acontecendo aqui... POTTER! - gritou, ao ver Pansy gritando e se contorcendo e Harry com a varinha apontada para ela.

Ela levou as mãos ao peito.

-COMO... VOCÊ PÔDE... - gritou a diretora, no momento que Pansy se levantava, com muita dor - TREZENTOS PONTOS Á MENOS PARA A GRIFINÓRIA! - berrou ela, com todas as forças de seus pulmões. A Grifinória, antes, estava liderando a Copa das Casas com exatos 300 pontos contra 110 da Sonserina - E... ME SIGA AGORA, POTTER! NÃO... ACREDITO...

Harry seguiu a Profª McGonagall, que estava incrivelmente vermelha. Muitos alunos interromperam o café da manhã e foram para lá também para ver a confusão, e olhavam para Harry com mais medo do que nunca. Não pode ficar pior, pensou Harry.

Mas podia.

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