A Volta à Hogwarts
A ida até a estação de King's Cross para pegar o Expresso de Hogwarts foi, no mínimo, conturbada. Não disponibilizavam de carros do ministério, pois Harry agora não necessitava mais de proteção excessiva do Ministério. Acabaram por chamar um táxi, mas Arthur Weasley se atrapalhou novamente ao usar o telefone. No final, quando todos já estavam com as bagagens do lado de fora da casa, apareceram três enormes caminhões de bombeiros correndo pela rua, e estacionaram na frente da casa dos Weasley. Após algumas explicações esfarrapadas e alguns Feitiços da Memória, os bombeiros foram embora, certos de que já haviam apagado o fogo. Logo depois, foi decidido que Hermione chamaria o táxi.
Logo depois, outro problema: táxi pequeno, muita gente e muita bagagem. Mas com um giro discreto da varinha de Molly Weasley todos conseguiram ir de forma confortável até a estação.
-Faltam vinte minutos! - disse Molly, desesperada - Acelera! Corre! Vamos!
-Não posso correr mais do que isso, senhora - resmungou o motorista, incomodado com aqueles estranhos passageiros.
Exatamente dezoito minutos depois de Molly comentar sobre o atraso, eles desembarcaram na estação. Rony, descuidado, apontou a varinha para suas malas e ordenou:
-Locomotor malas!
Os malões saíram voando magicamente do porta-malas. O motorista apenas baixou a cabeça e resmungou algo sobre "cada um que me aparece...". Pegaram carrinhos de bagagem e, correndo, eles chegaram entre as plataformas nove e dez.
-Vão vocês quatro, rápido! - disse Arthur - Só faltam um minuto para às onze! Quem vai primeiro?
-Eu - disse Harry, com um tom de arrogância na voz - Sou mestre em fazer isso.
Harry encarou a parede, concentrado. Confiante, pois já fizera aquilo várias vezes antes, pegou suas bagagens e correu para a parede, para chegar à plataforma Nove e Meia.
PAM!
Harry bateu com o rosto na dura parede de tijolos. Seu carrinho de bagagens bateu também e voltou, espalhando todas as malas. Seu nariz estava sangrando; com certeza o quebrara novamente.
-Mas... não consegui... como...? - balbuciou Harry, sangrando.
Os Weasley e Hermione o encaravam, extremamente surpresos.
-O... que aconteceu? - disse Harry, tentando catar as malas, enquanto trouxas olhavam para aquele garoto de óculos.
Como nenhum Weasley se moveu, Hermione disse:
-Harry... você está bem?
-Lacraram a entrada! - disse Harry, compreendendo - Mas por quê?
-Talvez porque o mestre saiu correndo em direção à parede entre as plataformas 10 e 11? Não, muito óbvio...
Harry olhou para o alto. À sua esquerda, o número dez. À direita, o onze.
Corando, Harry tapou o nariz e catou suas bagagens, enquanto os outros riam.
-Vamos logo! - falou Molly, ainda sorrindo - Faltam trinta segundos!
Desta vez, todos saíram correndo em direção à parede ao meio das plataformas corretas.
No outro lado, uma enorme locomotiva vermelha apitava e soltava fumaça. Correndo, os quatro entraram no Expresso de Hogwarts, exatamente onze horas. O trem começou a se locomover.
-Episkey - murmurou Hermione, apontando a varinha para o nariz de Harry, ainda sangrando.
-Obrigado. Agora vamos... ah, já entendi - disse Harry - Vocês são monitores...
-Somos... mas já voltamos - disse Rony, dando meia-volta com Hermione.
Harry e Gina foram buscar uma cabine livre. Por onde passava, Harry era aclamado pelos estudantes, exceto pelos da Sonserina, que desprezavam a presença do garoto.
Após muitas cabines lotadas, eles encontraram Luna e Neville na última cabine. Estava vazia, exceto por eles e por um aluno da Lufa-Lufa que roncava no último banco.
-Olá Harry - cumprimentou Luna - Boas férias, não é?
-Até que sim - falou Harry, cumprimentando Neville e sentando em um dos bancos.
O resto da viagem passou de forma normal. Rony e Hermione voltaram, Luna conversou sobre eles sobre o artigo de seu pai que defendia a possibilidade de Focas-Dentuças conseguirem conquistar os pólos, e eles compraram doces.
Chegaram em Hogsmeade no meio da monótona explicação de Luna sobre a aliança das Focas-Dentuças e os Leopardos-Roxos para a conquista da África do Sul. Harry saiu do trem e embarcou em uma charrete levada por um enorme testrálio, mas agora eles não o assustava mais.
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