CAPÍTULO XIII





Semanas mais tarde, muito longe da fazenda, Ginny refletia sobre como tinha sido fácil abandonar a casa de Harry. Agira com rapidez e determinação, buscando algum lugar onde pudesse trabalhar.

Achara finalmente no jornal o apelo de uma mãe desesperada, sem ninguém para ajudar a cuidar de três crianças na cidade de Cairns, e pensara que seria um emprego ideal.
Ginny se apresentou e ganhou o emprego de governanta de Mary Clarke.

A senhora Clarke, a nova patroa de Ginny, havia torcido o tornozelo e o marido fora chamado para prestar serviço em outro Estado. Sozinha ela recebeu Ginny como um presente do céu. Mary Clarke conhecera o pai de Ginny durante uma palestra e achou maravilhoso ter alguém do nível dela para auxiliá-la. Ginny vivia atormentada com a lembrança da carta cheia de mentiras que tinha deixado para Harry, como despedida. Só gostaria de encontrar roupas e, do seu casamento, só sobrara à aliança de ouro no dedo anular e um maço de fotografias da lua-de-mel.

Olhando pela janela, ela avistava a paisagem de Queensland, a quilômetros da casa de Harry, e custava a acreditar no que havia feito. Também não acreditava que algum dia na vida se libertasse daquela terrível dor no coração, do vazio terrível na alma, depois que abandonara tudo.

"Preciso aprender a não chorar cada vez que me lembro de Harry", ela disse para si mesma, assoando o nariz. "Ele não podia ser feliz com Alison por minha causa: Agora, está livre."

Mais tarde, Ginny descobriu que Mary Clarke era uma pessoa meiga e calorosa, que imediatamente a tratou como se fosse da família. E a pobre mulher realmente precisava de ajuda, pois estava em adiantado estado de gravidez além de ter uma perna engessada.

Apesar de se adaptar rapidamente ao novo estilo de vida, Ginny não conseguiu se libertar da louca esperança que a perseguia. Imaginava que Harry a procurava por toda parte, localizava-a e vinha buscá-la. Às vezes sonhava acordada que lhe jurava amor e que não se importava com Alison, e que tudo não passava de um mal-entendido.


Porém, à medida que os dias passavam e sua esperança secreta não se realizava, Ginny passou a viver apenas de suas recordações. Perdeu peso, adquiriu olheiras.

Mary Clarke preocupava-se com o bem-estar de sua ajudante, querendo descobrir o que a tomava tão melancólica, sendo tão bonita e jovem. Ela decidiu desvendar o mistério que envolvia Ginny. "Mais tarde, tratarei disto", prometeu a si mesma. Certa noite, inesperadamente Mary começou a sentir dores, e não houve dúvida de que o novo bebê estava prestes a vir ao mundo. Aquela noite, na verdade, tornou-se inesquecível para as duas.

Apavorada, Ginny tentou desesperadamente localizar Ray Clarke, o marido de Mary, mas foi em vão!

O vizinho mais próximo morava a quilômetros de distância e por uma destas inexplicáveis coincidências do destino o médico que atendia àquela região levaria horas para retomar ao consultório.

Uma voz desconhecida do Serviço Médico procurou tranqüilizá-la pelo telefone, dizendo:

- Nós podemos tentar colocar você em contato com um médico. O importante é não entrar em pânico. Estas coisas são demoradas e conheço Mary. Não é nenhum marinheiro de primeira viagem e o médico lhe dará instruções; faça como ele mandar.

- Não acho que o parto demore muito e Mary, com toda a sua experiência, também acha que é para logo. - Ginny insistiu.

- Acompanharemos cada etapa do trabalho - continuou a voz impessoal. - Chame-nos sempre que precisar de orientação.

Na realidade, o que mais preocupava Mary era o receio de assustar as crianças e o trabalho que estava dando a Ginny.

- Mary - disse Ginny, enchendo-se de coragem. - Se você acha que pode enfrentar tudo isto, então eu também posso. Acabei de olhar as crianças e elas estão dormindo profundamente. Agora, não adianta ficarmos nervosas.

- Ray queria que eu fosse para Caims um mês atrás, mas eu achei muito cedo. Quis ganhar um pouco de tempo... Oh! Ela gemeu e agarrou os lençóis com força, torcendo-os sob o efeito da contração.

- Não se preocupe com o que você devia ter feito - Ginny disse delicadamente. - Temos coisas mais urgentes para pensar agora.

Ela molhou a testa de Mary com um lenço úmido e notou que se sentia surpreendentemente calma e segura de si. Em seguida chamou o plantão médico outra vez para dar uma descrição minuciosa do estado de Mary e ouviu que certamente ainda teriam de esperar algumas horas. Era provável que um médico chegasse a tempo.

Contudo, Mary entendia da situação e jurou que o médico estava enganado.

E realmente estava! Uma hora mais tarde, Ginny, com o rosto suado e afogueado, disse com a voz trêmula de emoção:

- Mary! Que beleza! É um menino enorme. Ele fez tudo sozinho, quase não precisei ajudá-lo.

- Um menino! Mary gritou encantada. - Isto compensa por tudo! Oh! Ginny, muito obrigada! Se não fosse você...

- Ora, não me agradeça Mary. Você e o nenê fizeram todo o trabalho. Nunca vi nada igual na vida. Que maravilha.

As duas riam e choravam ao mesmo tempo pelo sucesso do próprio trabalho e da própria coragem. De repente, Ginny lembrou-se:

- Mary ainda temos que cuidar do cordão umbilical.

Ginny correu para o telefone para receber instruções do médico de plantão e sentiu-se estranhamente fraca ao ouvi-Ias.

- Oh, doutor, repita o que disse. Acho que não entendi bem o que devo fazer. Também não sei se vou conseguir.

- Você está tendo a reação natural. Fez um magnífico trabalho, pelo que me contou. E agora, preste atenção.

Dez minutos depois das instruções do médico, Ginny acabou sua tarefa e colocou o bebê ao lado da mãe.

- Pronto! Não é lindo? Olhe que bochechinhas, Mary! Você tem filhos lindos!

- Sim. É verdade. E agora, Ginny? Que nome vamos dar ao meu garotinho? Se fosse menina, eu a chamaria de Ginny, mas, como não é, quero que você escolha. Por favor.

- Quer mesmo que eu escolha Mary?

- Sim. Você merece. Não sei o que teria sido sem a sua ajuda.

- Bem, se fosse meu bebê eu o chamaria de Harry Arthur *. Arthur por causa de meu pai e Harry por causa... bem... porque gosto deste nome.

- Então, este será o nome dele. Oh! Escute! Está ouvindo um avião?

De fato, o Serviço Médico chegou, e examinou a mãe e o filho; os médicos resolveram que os dois estavam muito bem, não havendo necessidade de removê-los para o hospital, especialmente tendo Ginny para ajudar em casa.







As últimas semanas que Ginny passou junto aos Clarkes foram muito difíceis. Precisava ir embora e já sentia falta daquela família tão boa.

Harry Arthur Clarke foi batizado e Ginny foi sua madrinha. Cada vez que ela o tomava no colo, sentia uma terrível tristeza ao pensar no filho que perdera. Pensava também que, se seu próprio filho tivesse nascido ela o teria chamado de Harry Arthur.

Entristecia-a mais que tudo pensar que provavelmente nunca teria um filho, pois sem Harry não seria possível. Ela jamais colocaria outro homem no seu coração ou na sua vida.

Quando chegou ao final a temporada de Ginny na casa dos Clarke, Mary preparou-lhe uma surpresa. Ela sabia que, se Ginny não queria abrir-se com ela e revelar seus problemas, não podia forçá-la. Porém, poderia ajudá-la de outras maneiras. Faria todo o possível para sua amiga se divertir e precisava agir logo, antes que ela fosse embora.

- Ginny - Mary sugeriu um dia, nós temos um chalé na praia, perto de Mossman. É um lugar perfeito para descansar e eu e Ray gostaríamos muito de que você fosse para lá e aproveitasse um pouco. Fique o tempo que quiser.

Ginny, que estava dobrando fraldas, parou e virou-se para Mary.

- Bem... Eu nem saberia dizer o que tenho vontade de fazer. Para falar a verdade, no momento não tenho qualquer preferência. Mas...

- Nada de "mas" - Mary disse com firmeza. - Está decidido! Ray arranjará uma carona para você e levaremos provisões. Assim, não vai precisar se incomodar com nada. Temos um freezer lá e você não terá nenhum trabalho. Só peço uma coisa: mantenha-se sempre em contato conosco, sim?

- Ora, eu jamais perderia contato com o meu afilhado, Mary. - E Ginny deu um beijo espontâneo na amiga. - Muito obrigada. Olhe! O bebê chorou. Deve estar morrendo de fome.









N/A: * Se J.K. poder colocar um nome de uma criança de Alvo Severo, eu posso colocar Harry Arthur. Vamos combinar que é mais bonitinho.




Quézia _ Hum... A Ginny preferiu fugir a enfrenta seus problemas.

Bianca _ Curiosa!? Não se preocupe logo vocês vão sabe sobre o que eles estavam falando.

Carolina Villela Good God _ Sabe acho que entrei nua maré de azar, primeiro fui o PC depois foi a NET, fiquei dias sem NET. A Ginny é uma eterna apaixonada até colocou o nome do menino de Harry.

Tatiane Evans _ bem ela acabou de perder um filho, não da para a auto-estima dela ta nas alturas né?

Anna Weasley Potter _ para Ginny ganha segurança o Harry vai ter que colabora.


Amanda Regina Magatti _ tratamento de choque!? Nossa, ai sim que ela não ia fica bem.

Yumi Morticia voldemort_ hum... Certo, vou tenta melhora nos próximos.

patty black potter _ pronto atualizei.



N/A2: Faltam só 2 capítulos para a fic acabar.



Beijos e até!

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