Confiança gera Confiança
_ Posso confiar em você?
Ela inspirou o ar gelado da noite, mas não o expirou. Deixou que este penetrasse em suas narinas fazendo com que elas ardessem em um chamado para o presente, para a pergunta. Ela esperava não ter demorado tanto quanto pensava tê-lo feito. Não, isso poderia estragar tudo! Ela precisava demonstrar doce confiança. Confiança é a maior arma, a força. Ela sorriu, gentilmente.
_ Claro que sim.
Ele sorriu aliviado. Afinal...
Confiança gera confiança.
●●●
Juliet havia levantado de sua cama com a sensação de que dormira por muito tempo. Seu corpo estava pesado. Não havia, porém, dormido mais que algumas horas. Algo em seu estômago não a deixava dormir e ao mesmo tempo não fazia com que ficasse cansada. Para qualquer um poderia parecer que Juliet estava apaixonada. Você, é claro, já percebeu que amor não é algo que possamos encontrar nos sentimentos de Juliet. Ela tinha sede por poder. Claro que podíamos comparar isto com amor, onde queremos ter o poder sobre o outro e, mais importante, sobre nós mesmos. Queremos alguém com tanto fervor que seríamos capazes de fazer tudo por essa pessoa. Juliet seria capaz de tudo, tudo mesmo, por seu amor. O amor sem rosto, enganoso, longínquo... O poder, a liderança, o tudo e o nada eram, e são levados pelo amor de Juliet. Deste amor, não se tirou belos poemas e nem se dão ao trabalho falar. Mas não adianta ignorar algo quando este algo é a chave para uma mudança ou não-mudança.
Pelos corredores, Juliet deixava-se perder em devaneios.
_ Ora, bom dia, Jack. – cumprimentou Juliet, seu sorriso cordialmente perfeito adornando-lhe o rosto. Faria qualquer um sorrir de volta. Por encantamento ou medo.
_ Juliet, minha linda. – respondeu Jack galanteador. – Pensei que já não te encontraria; você normalmente não está aqui nessa época do ano.
Juliet sorriu por dentro, em sua piada interna voltada para um segredo.
_ Tenho assuntos a resolver aqui este ano. – ela disse simplesmente, e ninguém imaginaria o que estava implícito naquelas palavras.
Jack sorriu meio abobado. Realmente não sabia o que sentia em relação à Juliet, quando ela estava perto. Ao mesmo tempo em que adoraria passar um tempo a sós com ela, não queria que isso acontecesse.
Por sorte, Isabela passava conversando alegremente com John. Jack deu um sorriso para os dois.
_ Isa, John! – Jack chamou, apontando para onde estavam.
Isa apontou para o próprio relógio, iluminou Jack com um sorriso deslumbrante e foi seguindo para outra direção. Jack não entendeu, mas tinha a impressão de que John fosse lhe explicar.
Chegando perto de Jack e Juliet, John explicou:
_ Ela não tem tempo de tomar café da manhã. – ele disse dando de ombros – Parece que vai se encontrar com um dos amigos do Diggory ou algo assim.
Jack franziu as sobrancelhas sem saber muito bem o porquê de ter feito isso.
_ Ah, pior para ela. Perde a diversão. – Jack disfarçou, sorrindo maroto.
_ Claro, porque realmente há muita diversão em tomar café da manhã. – John debochou, revirando os olhos.
Adentrando o salão, porém, avistou Rose mais a frente, conversando animadamente com a outra menina que ele não lembrava quem era.
_ Quer dizer,- John completou – depende de com quem você passa o seu café da manhã.
E dizendo isso, foi andando em direção a garota de cabelos vermelhos.
_ Jack. – Juliet pronunciou-se novamente, relembrando a Jack de que ela estava ali. Não que a presença de Juliet não fosse perceptível.
Jack sorriu para ela, que retribuiu o sorriso, colocando a mão sedutoramente em seu ombro.
_ Preciso que me faça um favor. – ela disse, rindo outra vez, de um jeito tão sexy que Jack só conseguiu balançar sua cabeça em afirmação.
John chegou até Rose e sussurrou em seu ouvido.
_ Minha garota – sua voz rouca fez com que Rose pulasse.
Ela olhou para trás, não para saber quem era, porque isso ela já tinha certeza, mas para encará-lo. O porquê ela não sabia, mas sentia que tinha.
John a estava olhando com um sorriso sarcástico no rosto, o que o deixava ainda mais lindo. Não foi a parte do lindo que Rose percebeu, porém.
_ O que foi? Por que essa cara? O bebê ganhou uma chupeta nova, foi? – Rose perguntou, rindo logo depois ao perceber a ambigüidade de suas palavras. – Se sim, não me fale.
John riu também e Kate se sentiu completamente isolada.
_ Então... Eu vou... – Kate tentou dizer, mas ninguém prestou atenção, então ela deu de ombros e se dirigiu para mesa da Lufa-Lufa.
_ Na verdade, - começou John ignorando a ausência de Kate. Não que não houvesse ignorado a presença. – estou aqui pensando em como você irá pagar a aposta.
Rose levantou uma sobrancelha.
_ Ah, eu não vou pagar aposta nenhuma! – ela declarou – Se você não percebeu, o par que você me arranjou não me satisfez nem um pouco! A única dança que tive no baile foi com você, enquanto meu par estava pegando outra! – Rose colocou as mãos da cintura.
John abriu o sorriso.
_ Exatamente. – ele disse.
Rose olhou-o como se ele fosse completamente doido.
_ A parceira que você escolheu para mim também não me agradou. – ele foi esclarecendo – Foi ela realmente quem você escolheu para mim?
_ Foi. – Rose respondeu. – Não é fácil encontrar alguém disposto a passar mais do que cinco minutos com você.
_ Você gostou de dançar comigo. – John apontou - Então quer dizer que no baile a parte em que você teve mais diversão foi comigo? – ele perguntou, chegando mais perto.
_ Claro! – Rose respondeu.
John pareceu meio chocado com sua sinceridade, mas logo se recompôs.
_ Não é como se eu pudesse ter tido mais diversão de outro jeito, foi como que a única maneira, se é que me entende. – completou Rose.
_ Pois então, - John sorriu outra vez – devo informar-lhe que o acompanhante que escolhi para você não era Alec e sim... eu.
O sorriso presunçoso de Rose foi sumindo gradativamente de seu rosto ao perceber o que as palavras de John significaram.
_ Não... você... – Rose começou, parecendo mais chocada do que nunca.
_ Apresentei-lhe Alec... – John completou a frase de Rose. – Porém nunca disse que ele era seu acompanhante. – O sorriso de John estava tão vitorioso que parecia uma criança ao ganhar o presente que queria.
_ Isso não vale! – Rose balançava a cabeça, aterrorizada com a ideia de John obrigá-la a fazer qualquer coisa.
_ Claro que vale! – John rebateu. – Nunca dissemos que o par que escolhêssemos não poderia ser um de nós!
Rose balançava a cabeça freneticamente.
_ Penso no que mandarei você fazer... – disse John, fingindo estar pensando, muito concentrado. – Podia te mandar sair por aí de tanga gritando que está apaixonada pelo Sr. Cadogan ou algo assim.
_ Não! Não! – Rose olhou para ele com os olhos arregalados. – Você me enganou! Isso é trapaça!
_ Diga-me então, onde trapaceei? – John perguntou, encostando-se desleixadamente na parede, o que feito por qualquer outra pessoa não combinaria com a forma como ele havia feito a pergunta, tão estilo shakespeariano... Mas falávamos de John Ericson.
Logo Rose que sempre tinha resposta para tudo, nada conseguiu responder. Isso fez com que John sorrisse vitoriosamente.
_ Como pensei, não trapaceei, Rose, e agora você terá que fazer aquilo que eu mandar! – John ressaltou mais uma vez, aproveitando cada segundo daquela maravilhosa sensação de poder sobre Rose.
Rose respirou profundamente várias vezes antes de conseguir proferir algum som.
_ Você é um manipulador idiota. – foi o que ela disse, e era mesmo verdade.
_ Sim, sim. O John é um idiota, sempre utilizando de artimanhas malévolas para conseguir o que quer... – caçoou John, olhando para Rose com um sorriso metido – Mas o principal aqui é que eu ganhei, foi o que apostamos, você terá que cumprir sua parte. Ou será que a santa Rose Van Handford não cumpre com a sua palavra?
Foi pela a menção de seu nome completo que Rose captou uma parte da conversa que havia deixado de lado por estar tão atônita ao fato de ter de obedecer a John.
_ Você está freqüentemente me chamando pelo meu apelido. – Rose comentou, ainda meio aérea.
John parou de falar e ficou somente olhando para Rose por um tempo. Nem ele mesmo havia percebido isso. Os dois sustentaram o olhar por um tempo, até que John começou a se mexer, chegando lentamente perto de Rose. Rose engoliu em seco, ficando rígida de uma hora para outra. Eles estavam muito perto agora, Rose podia sentir os fios de cabelo de John que lhe caíam sobre os olhos.
_ Prepare-se para o que há por vir, Rose. – foi o que John disse antes de se afastar da mesma, andando muito rapidamente para algum lugar que ele não sabia onde era, mas sabia que era longe daquela ruiva nervosinha.
Rose, que estivera mantendo as mãos fechadas em punhos todo esse tempo finalmente conseguiu relaxar. “Rose, se você deixar um sonserino cretino ter esse tipo de efeito sobre você, vai levar um soco na cara.”
●●●
_ Por que você quer que eu vá implicar com o Potter? – perguntou Jack, confuso.
_ Você me faria esse favor, Jack? – perguntou Juliet, sedutora.
Jack engoliu em seco, lutando contra sua vontade de sair correndo atrás de Harry e fazer exatamente aquilo que Juliet o havia mandado fazer.
_ Mas... Por que você quer que... – Jack tentou começar a indagar, porém Juliet foi mais rápida.
_ Poderia fazer isso sem perguntas, por favor? – Juliet mudou de tom, e sua beleza expirava perigo.
Jack assentiu com a cabeça e começou a andar pelo salão à procura de Harry. Não precisou procurar muito; era só olhar para mesa da grifinória e procurar a cabeça de um menino quatro olhos com uma cicatriz única na testa, ao lado uma bola laranja – também conhecida como Ronald Weasley.
Harry estava quase sentando à mesa quando Jack o alcançou e passou por ele empurrando-o com o ombro.
_ Mas o que... – disse Harry virando-se para olhar o rosto da pessoa que havia acabado de passar por ele.
_ O que foi Potter? – perguntou Jack, sorrindo debochadamente.
Harry apertou sua varinha dentro de seu bolso e Rony ameaçou partir pra cima de Jack. Essa zombaria dos sonserinos por causa do torneio já começando a irritá-lo de verdade. Foi quando a coisa ia se tornar uma aula prática de Defesa Contra as Artes das Trevas que Juliet entrou no meio dos três.
_ Jack, por favor! O que você está fazendo? Eu achei que você era superior a essa rivalidade idiota entre Sonserina e Grifinória. – disse Juliet, com o tom de repreensão, mas piscando discretamente para Jack ao final de sua frase. – É melhor você ir.
Jack, então, sorriu cautelosamente com o canto dos lábios e se foi. Juliet suspirou e virou-se para Rony e Harry com a leveza de uma bailarina.
_ Devo pedir-lhes que perdoem meu amigo, ele às vezes se envolve demais em alguns assuntos. – Juliet abriu um sorriso encantador ao dizer isso. – Meu nome é Juliet Von Danger.
Harry apertou a mão estendida de Juliet, enquanto Rony olhava-a abobado. Juliet franziu as sobrancelhas para reação de Rony.
_ Eu sou Harry... Potter – disse Harry, rindo ao pronunciar seu sobrenome por tão previsível que era. – E esse é Ronald Weasley. – acrescentou, vendo que Rony não parecia conseguir preferir uma palavra.
_ Pode me chamar de Rony... – foi a única coisa que o ruivo conseguiu proferir.
Juliet trouxe aos lábios outro de seus sorrisos inocentemente sedutores, enquanto também apertava a mão de Rony. Houve, então, segundos de silêncio, nos quais Juliet ganhou alguns primeiros sinais de confiança com o olhar.
_ Ah, eu provavelmente estou atrapalhando vocês, não é verdade? – disse ela, fingindo-se envergonhada – Você deve estar muito ocupado, afinal, está quase chegando a tão esperada segunda tarefa...
_ É... – Harry suspirou, desanimado – Não se preocupe quanto a isso.
Juliet levantou uma sobrancelha, deixando, um pouco, o seu ar encantador de lado. Um suspiro de preocupação subiu-lhe a garganta.
_ O que você quer dizer com isso, Potter? – ela perguntou, rígida.
_ Nada de mais... – respondeu Harry, percebendo a mudança no humor de Juliet – Nada que pretendo comentar com alguém que acabei de conhecer.
Juliet levantou o queixo, com superioridade, um pouco abalada pelo jeito com que Harry lhe falara. Harry, então, rapidamente completou:
_ Você provavelmente se entediaria com a conversa.
Podendo cheirar e sentir a desconfiança disfarçada no ar, Juliet discretamente recolocou um sorriso no seu rosto.
_ Foi um prazer conhecê-los. – disse Juliet, dirigindo-se a Harry e Rony, porém olhando para Harry. – Não creio que nada relacionado a você seria entediante, Harry.
_ Por que sou o “menino que sobreviveu”? – Harry perguntou, fazendo uma piada interior, já que a resposta lhe parecia muito óbvia.
_ Não. – Juliet respondeu, enquanto virava-se com perfeição para mesa da Sonserina – Eu até te contaria o motivo, mas...
_ “Teria que me matar?” – completou Harry, nem percebendo que Rony já estava saindo de perto deles, para sentar-se na mesa.
Juliet mexeu seus lábios, com eles formando um sorriso, que escondia muito e que mentia. O seu sorriso remetia a resposta que ela deu a Harry:
_ Não. Eu simplesmente não quero lhe contar.
Deixando Harry intrigado, Juliet partiu, sem olhar para trás, mudando o seu cabelo de lado, mudando até mesmo o jeito de andar. O sorriso, porém, continuava em seu rosto. Entretanto, ele agora dizia a verdade. Juliet teria que matar Harry sim, mas não pelos motivos que ele acreditava.
●●●
Hermione estava parada prestes a descer as escadas, escondida atrás de uma pilastra, assim como esteve horas antes, no Baile de Inverno. A diferença era que o nervosismo que sentia agora não era porque ela não sabia o que poderia acontecer ao descer aqueles míseros degraus, e sim porque ela tinha certeza do que aconteceria. Cedric estaria lá, esperando-a. A noite passada fora como um conto de fadas... O ruim é agora ter que saber o que acontece depois do “final feliz”. Ninguém nunca contou essa parte da história! Será por que é um pós-final ruim ou por que é tão bom que nos deixaria depressivos? Bem, Hermione está a alguns passos de saber.
_ Oi. – disse uma voz rouca atrás de Hermione, fazendo-a pular de susto e virar-se apreensiva.
Ao virar-se para a direção da voz, o olhar assustado de Hermione deu lugar para um brilho indescritível. Ela, porém, não sorria, somente olhava para Cedric, meio receosa.
Cedric demorava seu olhar em cada pedaço de rosto daquela menina morena, que também o olhava, porém com ansiedade e temor. O olhar de Cedric chegou ao pescoço de Hermione, onde brilhava um colar com um pingente de coração. Ela apertava-o com força, sem perceber, esperando um consentimento para que pudesse libertar seus sentimentos nos braços de Cedric. Ele sorriu e lentamente puxou-a pela cintura para mais perto.
_ É tão engraçado esse nervosismo... – ele disse; seu hálito quente soprando a poucos centímetros dos lábios de Hermione – Essa situação já aconteceu tantas vezes... – Cedric inclinou-se, aproximando-se da orelha de Hermione. – A única diferença é que eu posso me inclinar e te beijar se eu quiser... e eu quero.
Hermione engoliu em seco. Muitas emoções distintas transbordavam em seu peito, como lágrimas de felicidade; não há motivo para que elas caiam, mas mesmo assim elas teimam em cair.
_Cedr... – alguém começou a falar.
Hermione desvencilhou-se do abraço de Cedric rapidamente, assustada. Ele riu, adorando cada momento em que percebia que aquilo não era um sonho.
_ Estou interrompendo alguma coisa? – perguntou Juliet, um sorriso felino em seus lábios.
_ Não. – Hermione respondeu seca.
Cedric franziu as sobrancelhas, olhando-a confuso.
_ Então, será que eu poderia falar com Cedric um instante? – Juliet perguntou.
_ Pode falar. – Cedric respondeu, dando a entender que não pediria para que Hermione saísse.
Juliet empinou a cabeça, presenteando-os com um de seus mais educados sorrisos.
_ Você tem alguma pista sobre o que fazer com o ovo? – ela perguntou simplesmente.
Cedric se surpreendeu com a pergunta e Hermione tentava decifrar as intenções de Juliet por trás daquela pergunta.
_ Ah... – Cedric começou sem saber que dizer – Eu acho que não é permitido que nós falemos sobre o torneio com...
_ Por favor, Ced... – Juliet riu sedutoramente – Somos da mesma escola! Eu quero que Hogwarts ganhe tanto quanto qualquer um...
Ced. Deveria ser o que flutuava pela cabeça de Hermione, era o que qualquer outra garota um pouco insegura – porque acabou de realmente virar uma garota – pensaria se alguém muito mais confiante que ela chamasse seu amor impossível que acaba de conseguir por um apelido carinhoso. Mas estamos falando de Hermione Granger, a garota que viveu três anos seguidos da sua vida quase a perdendo e aprendendo a desconfiar que tudo que é bom dura até uma força obscura querer matar Harry Potter novamente.
_ De qualquer maneira, você já conseguiu descobrir pra que serve aquele... ovo? – Juliet perguntou ao ver que nem Cedric nem Hermione se pronunciariam.
Cedric ainda demorou alguns segundos pensando o que poderia ou não dizer e acabou se decidindo por balbuciar:
_ Sim.
_ Muito bem! – Juliet demonstrou um entusiasmo maior do que o esperado. – Mas, sabe Cedric, eu soube que não foi sozinho que você descobriu sobre os dragões... – Juliet sorriu – Estou certa?
Cedric franziu as sobrancelhas.
_ Como você sabe disso? – perguntou.
_ A questão não é realmente como eu sei, mas o que você pode fazer como favor àquele que antes o ajudou.
Cedric acenou para que ela continuasse. Hermione sempre sentia como se tivesse que pegar sua varinha e lançar um Avada Kedavra como nunca alguém o fez.
_ Creio que poderia devolver o favor, dar uma pequena dica. – Juliet deu uma piscadela rápida e sexy e saiu.
Cedric ficou alguns segundos pensando no que Juliet acabara de lhe dizer, e acabou por concluir que essa era a coisa mais certa a fazer. Hermione estava parada atrás dele, meio sem saber se falava alguma coisa ou continuava com o silêncio; aquele, que parece ser o mais alto que você já ouviu.
_ Juliet está certa. – disse Cedric, virando para Hermione – É melhor eu ir logo.
Hermione balançou a cabeça, afirmando, mas seus pensamentos estavam flutuando pelo corredor.
Cedric sorriu e esticou a mão para pegar a de Hermione. Ela, porém, afastou o braço.
_ O que está acontecendo? – Hermione perguntou.
_ Você não se lembra? – Cedric perguntou, fechando a cara.
_ Se está se referindo à noite de ontem, sim. Eu me lembro. – respondeu Hermione – Não quer dizer que eu entenda.
Cedric olhou-a confuso. Hermione puxou-o para um canto, longe dos alunos, com olhares já curiosos que passavam por eles.
_ Eu me lembro de tudo o que aconteceu, de tudo o que você me disse. – Hermione suspirou – Há quanto tempo você gosta da Chang?
A pergunta pegou Cedric de surpresa.
_ Cho? – ele perguntou, ainda confuso.
Hermione balançou a cabeça, afirmando.
_ Nos conhecemos desde sempre... – Cedric olhou para Hermione e viu que não poderia dar uma resposta certa mesmo que tentasse. – Há bastante tempo.
_ E de alguma maneira milagrosa você em menos de um ano a esqueceu e está apaixonado por mim? – perguntou Hermione.
_ Eu não a esqueci – Cedric respondeu.
Hermione arregalou os olhos ligeiramente, apertando os punhos.
_ Hermione, não é como se de um dia pro outro eu tivesse decido o que sinto por você. Isso vem me martirizando por muito tempo. Eu não vou dizer que não me importo mais com Cho, porque estaria mentindo. Ainda gosto muito dela, pelo o que um dia fomos... Ela fez parte... faz parte da minha vida. – Hermione olhou para o lado, Cedric virou seu rosto de volta para o seu, gentilmente. – Isso não quer dizer que o que eu sinto por você não seja verdadeiro.
Hermione deu o início de um sorriso.
_ Se nós vamos ficar juntos... – Hermione balançou a cabeça ao se ouvir dizer tal blasfêmia – acho melhor que não seja público. Pelo menos não agora.
Cedric simplesmente olhou para Hermione. E assim ficaram por um tempo.
_ Se for o que você quer. – ele respondeu, finalmente.
_ Não é o que eu quero. Mas parece ser o melhor para muitos. Você mesmo disse que ainda gosta da Cho. Imagina se ela descobrisse.
Cedric franziu os olhos.
_ E você também quer esconder isso de alguém que gosta? – ele perguntou.
Hermione olhou para baixo. A verdade era que ela não sabia se tinha alguém para esconder. Não acreditava que Krum estava realmente interessado nela. E não sabia quanto a Jack. Porém uma parte dela sabia que Cedric dizia a verdade.
_ Eu não quero que a felicidade de agora se acabe. – Cedric se pronunciou, vendo que Hermione não o faria. – Se é pra estar com você, não importa se o mundo saiba. Eu fico satisfeito em poder saber, mesmo que somente eu saiba... – ele chegou perto do rosto de Hermione, muito perto, olhando em seus olhos. – que você é minha. – no momento que Cedric pronunciou estas palavras depositou toda sua confiança em Hermione e no sentimento que os unia. Ela fez o mesmo.
Cedric, então inclinou-se, fazendo com que Hermione prendesse a respiração. Quando estava a milímetros de seus lábios, curvou seu rosto e beijou-lhe a bochecha. Sorriu para ela e depois se foi pelo corredor. Hermione sabia que ele fizera isso de propósito, mesmo assim adorou cada minuto. Ficou parada um tempo naquele canto de corredor, o bastante para poder absorver cada segundo daquele sonho, para que durasse pra sempre em sua alma. Sabia que não veria Cedric outra vez pela maior parte do dia. E então, se dirigiu para a primeira aula.
●●●
O ar gelado não lhe penetrava a longa camada de pelo, e, enquanto corria, não precisava sentir nada mais que liberdade. Corria sem rumo, sem direção. As quatro patas afundando na neve, os olhos grudados na Lua. Não caçava, não buscava, não procurava espairecer... Corria porque não precisava mais alcançar nada por aquela noite. Então, simplesmente corria... Por correr, ou porque detinha nas mãos, que agora fincavam a neve como patas, um pequeno pedaço da preciosa felicidade.
É uma verdade reconhecida, que sempre que conseguimos acalmar a alma por um tempo, pensamos que esta oportunidade é um privilégio tão grande que acabará tão rapidamente quanto lhe foi oferecida. É como se fossemos derrubados enquanto corríamos por entre sonhos. Você está a par do conceito “narrador onisciente”? Dizem que sou um deles. É um termo engraçado. Por que engraçado? Bem, eu sei de tudo o que acontece porque já aconteceu! Na época, eu me surpreendi com as ações dessas pessoas tanto quanto vocês. Mas, se cismam em me dar um nome pomposo, então, que seja! Sou, porém, um mero fofoqueiro, um atento observador. O que isso tem a ver? Você está a par do termo “ironia do destino”? É, foi isso.
Corria, corria... O mundo debaixo das patas... Foi quando a metáfora se tornou um acaso um tanto quanto irônico. Foi derrubada enquanto percorria por entre sonhos... Literalmente. Estava caída no chão, a cabeça rodava. O que a derrubara? Olhou para cima. Pensou ter visto alguém. Quem?
_Moon! Moon! – chamou-lhe uma de suas colegas de quarto. – Já está na hora de acordar, não acha? Já tomamos café e tudo! A noite ontem foi boa, hein!
Moon levantou-se num estalo. Ao sentir a cabeça doer, percebeu que não estivera somente sonhando. Como chegara àquele quarto? Rudy a levou! Depois do lago... Mas o sonho... Sonho? Sonho! Sonho... Moon repôs a cabeça no travesseiro. Sabia que não conseguiria colocar os pensamentos em ordem tão cedo. Não saiu do quarto até a hora do jantar.
Enquanto descia, procurava tentar lembrar-se de seu sonho, sentindo que nele havia algo mais que ela necessitava saber. Entretanto, por mais que tentasse, não conseguia. Era como se algo bloqueasse sua memória, algo que ela não podia controlar. Fora um sonho ou uma lembrança?
_ Moon?
Moon virou-se, abruptamente, dando de cara com um Rudy preocupado.
_ Você está bem? Ficou no seu quarto o dia inteiro!
_ Eu só estava cansada. Não tem nada demais. Eu... eu acho que preciso tomar um ar. – Moon respondeu.
_ Eu vou com você... – disse Rudy.
_ Não, eu preciso ir sozinha. – Moon o impediu.
Rudy engoliu em seco, abrindo passagem para ela passar. Moon suspirou e abraçou-lhe.
_ Você é muito importante para mim. Obrigada por tudo. Obrigada por não me pressionar e entender.
Então, ela sorriu para Rudy, que retribuiu o sorriso, com menos intensidade que ultimamente.
Moon saiu sob a luz do luar, que por pouco não lhe queimava os pensamentos. Correu para longe até não poder mais e depois correu mais um pouco. Correu de todo o resto, tentando encontrar um significado para o que sentia agora, não percebendo que o dono de seu maior sentimento encontrava-se parado, assistindo-a correr para longe. Rudy nunca pensou que poderia aprisionar para si o espírito livre de Moon, porém nunca imaginou que esse espírito levaria um pedaço dele cada vez que saísse correndo. E machucava, machucava como pequenos cortes feitos aos poucos. Ele poderia cumprir a promessa de suportar tal dor e entender? Sua confiança em Moon se despedaçava aos poucos e por mais que ele recolhesse pedaços desta pelo caminho fragmentos sempre ficavam para trás.
●●●
Hermione caminhava para o Grande Salão, olhando para os lados, não prestando atenção na conversa de Rony e Harry. Procurava por Cedric, em vão, pois este não estava lá. Deve estar treinando para a Segunda Tarefa, claro. Hermione sabia que Cedric havia falado para Harry sobre como utilizar o ovo. Ele era honesto demais pra ser verdade.
Hermione captou a presença de outra pessoa ao lembrar-se de quem havia dado o conselho para que Cedric desse a pista para Harry. Juliet. Andava em direção aos três, os olhos fixos em Harry. Uma coragem que Hermione não tinha quando se tratava de Juliet fluiu por suas veias e ela se adiantou, confrontando Juliet antes que chegasse a Harry.
_Posso ajudá-la? – Juliet perguntou, levantando o rosto, como uma falsa heroína.
_ Gostaria de falar com você, a sós. – Hermione respondeu, com o olhar determinado.
Juliet sorriu cortês, escondendo a vontade de empurrar Hermione para o lado, como a sangue-ruim que era. Indicou com a cabeça que a seguisse e Hermione o fez. Elas entraram em uma sala vazia, que não parecia pertencer a Juliet, o que fez Hermione se perguntar se entrar lá dentro estava de acordo com as regras.
_ O que queria falar comigo, Granger? – Juliet perguntou com o natural ar de superioridade.
Hermione suspirou.
_ O que você quer com Harry?
_ O que eu quero com ele? – Juliet perguntou, fingindo confusão – Granger, querida, creio que está um pouco ababelada.
_ Não venha com jogos. Você vai me dizer o que você quer agora. – Hermione cortou Juliet.
Juliet olhou para Hermione, já sem o sorriso, sua sobrancelha levantada, um olhar sombrio. Não parecia dar vestígios de que pronunciaria algo. Hermione, então, se adiantou.
_ Você está querendo se aproximar dele para ter algo contra mim?
_Contra você? – Juliet riu – Por que eu iria me preocupar com a sua existência?
_ A sua história... Sobre a Aglaia Solarius... Você a contou para mim, justamente para mim. Eu... – Hermione começou a falar, mas foi interrompida por uma gargalhada de Juliet, veneno que entra pelos ouvidos.
_ Não me diga que você realmente achou que você, uma mera ninguém, era uma... – Juliet riu mais uma vez.
Hermione havia pensado nessa possibilidade, mas também não acreditara nisso. Se ela fosse uma Alglaia Solarius ela provavelmente já o saberia.
_ Eu posso atrapalhar seus planos. – disse Hermione simplesmente, e o sorriso de Juliet definhou. – Sejam eles qual forem.
Juliet mordeu os dentes. Hermione pareceu dar um pequeno sorriso com o canto dos lábios.
_ Você queria me intimidar, porque de alguma forma eu posso te atrapalhar e você me queria fora do caminho. Você já deixou bem claro que não sou uma Aglaia Solarius e , sinceramente, não acreditava que era. Você não me confrontaria daquele jeito se eu fosse, você não é idiota, por mais que muitas vezes eu duvide.
Juliet não proferia uma palavra, somente olhava para Hermione, pouco a pouco penetrando sua alma com seus olhos obscuros.
_ Não sou uma Aglaia Solarius, Juliet, mas eu sou uma sangue-ruim - Hermione fez questão de utilizar-se desse termo. – e portanto tenho em meu sangue o princípio das Aglaia. Se você fizer algo contra aqueles que eu amo, será a primeira vez que sentirá a pior dor imaginável proporcionada por ninguém.
Hermione ofegou baixo, recuperando-se da força de suas próprias palavras. Juliet a observava, aprendendo suas emoções.
_ Hermione, querida, - Juliet utilizou-se do primeiro nome de Hermione – Como já disse antes, não sou praticante. – chegou mais perto de Hermione – Você devia pensar duas vezes antes de sair fazendo acusações falsas sobre pessoas que não conhece. Nunca se sabe que monstro você pode acabar acordando. – Juliet sorriu, um sorriso que mais parecia um golpe no rosto. – Acho que seu namorado quer falar com você.
Hermione olhou para porta da sala, que estava aberta e viu Cedric, parado do lado de fora, com um olhar confuso. Não se passaram nem cinco segundos e Juliet já passava pela porta, que Cedric segurava. Hermione então, finalmente suspirou, soltando o ar impregnado dentro de si.
Enquanto Juliet atravessava o corredor, em direção à floresta, ela tinha certeza de uma coisa: Hermione também deveria morrer.
Cedric entrou na sala.
_ Está aí há muito tempo? – perguntou Hermione.
_ Desde quando Juliet falou que eu queria te ver. – respondeu Cedric. – O que estava falando com ela? Parecia preocupada.
_ Nada demais, ela só estava me perguntando se você tinha ajudado Harry.
_ Por que ela está insistindo nisso? Ela é sonserina. Eles não odeiam os grifinórios e tudo que respira? – Cedric perguntou, andando para Hermione.
_ Não faço a mínima ideia. – respondeu dando de ombros.
Cedric a pegou pela cintura e a beijou com vontade, arrancando-lhe um suspiro. Beijavam-se como se ninguém os fosse encontrar, pois aquele momento era deles e somente deles. Hermione agarrou a nuca de Cedric, puxando-o para mais perto de si. Cedric apertou a cintura de Hermione e depois a afastou um pouco, ficando com o rosto ainda colado ao seu.
_ Você quer que eu faça algo estúpido? – ele perguntou ofegante.
Hermione sinceramente não soube responder. Cedric riu e a abraçou.
_ É muito surreal esse momento. – disse ele.
Alguém abre a porta e os dois se separam abruptamente. Era Rudy. Ele olhou de um para o outro.
_ Obrigada por me ajudar com Runas Antigas, Hermione. – Cedric mentiu, inutilmente.
_ Ah, claro! Quando precisar! – ela respondeu.
Rudy balançou a cabeça, ao fechar a porta, ao mesmo tempo em que falava:
_ Nunca, mas nunca mesmo me peça ajuda com Runas Antigas.
E assim, fechou a porta outra vez.
_ É melhor eu ir falar com ele, pra que não esteja publicado no profeta diário amanhã... Bem, isso. – disse Cedric, segurando a mão de Hermione, esta riu.
_ Cedric, espera, sobre o Torneio... A segunda tarefa é amanhã e... – ela tentou falar antes dele sair, mas Cedric a cortou.
_ Eu sei o que você vai dizer, aliás, já tivemos essa conversa, lembra? É algo que eu tenho que fazer, Hermione. – disse tirando o cabelo dela de seu rosto. – Mas eu sempre vou voltar, eu tenho que voltar. Por você.
Dizendo isso Cedric pressionou seus lábios nos de Hermione mais uma vez e saiu pela porta, sabendo que se ficasse mais algum minuto desistiria do torneio e de tudo se ela somente pedisse.
●●●
Juliet encontrou Harry no meio do caminho, ele parecia perturbado.
_ Olá. – ela cumprimentou com um belo sorriso – O que houve?
_ Nada. – Harry respondeu suspirando.
_ E presumo que sua cara de nada seja assim tão deprimida. – Juliet respondeu o comentário.
Harry sorriu e balançou a cabeça.
_ Não consigo achar um feitiço para Segunda Tarefa. E mesmo se achasse, seria um milagre aprender da noite para o dia.
_ Entendo... – disse Juliet.
_ Hermione me disse que você falou com Cedric para que ele me desse a pista. – Harry comentou – Obrigado.
Juliet sorriu.
_ Me pareceu o certo a se fazer.
Harry ficou calado, parecendo lutar com uma discussão dentro de si. Por fim ele se pronunciou. O desespero havia lhe tomado a mente de tal forma que a pior opção tornou-se a única ao olhar daquele momento.
_ Posso confiar em você?
Ela inspirou o ar gelado da noite, mas não o expirou. Deixou que este penetrasse em suas narinas fazendo com que elas ardessem em um chamado para o presente, para a pergunta. Ela esperava não ter demorado tanto quanto pensava tê-lo feito. Não, isso poderia estragar tudo! Ela precisava demonstrar doce confiança. Confiança é a maior arma, a força. Ela sorriu, gentilmente.
_ Claro que sim.
Ele sorriu aliviado. Afinal... Confiança gera confiança.
_ Eu sinto como se algo muito maior estivesse por trás disso tudo. É como essa sombra escura pairando ao meu lado, sempre. Eu não sei explicar...
Juliet tocou em seu ombro gentilmente.
_ Não se preocupe! É somente nervosismo. Você não poderia estar mais seguro em Hogwarts.
Harry sorriu.
_ Bem, preciso ir para biblioteca logo. – disse ele, despedindo-se.
O sorriso de Juliet o acompanhou até o momento que Harry virou as costas para ela. As coisas estavam ficando mais complexas. Ela apressou o passo, concentrando-se em todas as coisas que aconteceram.
Dentro de quarenta minutos Juliet já se encontrava no coração da Floresta Proibida, uma capa preta e longa em volta de seu corpo e uma taça em sua mão. Algo prateado e brilhante estava contido na taça. Sangue de unicórnio. Girava o líquido com o dedo indicador, enquanto murmurava palavras em latim, grego e hebraico. Ao seu lado encontrava-se Rabicho, encolhendo-se a cada rufada de vento, que era cada vez maior. Juliet, em uma espécie de transe, estava perdida, fundida em algo além da magia.
Por entre as árvores estava um lindo lobo branco. Era Moon, em sua forma animal, na qual também se sentia mais livre. Estava presa ao chão, observando o ritual bizarro de Juliet. Não podia se mexer, mesmo que seu bom senso mandasse. Juliet bebeu um pouco do líquido na taça, derramando o resto no chão. Uma forte luz roxa mostrou-se no local molhado, desenhando uma meia-lua. Moon respirou alto, com medo, querendo correr. Juliet então, olhou para sua direção. Não se via a íris de seu olho, tudo estava branco, mas Moon tinha certeza de que Juliet podia lhe ver mais do que nunca.
Juliet acenou a cabeça para Rabicho que começou a correr em direção ao local onde Moon se encontrava. Foi então que um jorro de adrenalina fez com que ela começasse a correr desesperadamente para o castelo. Corria como nunca, corria por sua vida. Ao chegar à porta, transformou de volta, ofegando, chorando de medo. Ela estava marcada, Juliet a vira, ela sabia. Estava marcada.
●●●
Hermione saiu da sala, e lentamente seguiu para o seu dormitório, sonhando acordada. Ao chegar ao terceiro andar, porém, se viu acordada por uma cena um pouco perturbadora. Rose tinha seus olhos virados e tremia um pouco. Parecia estar tendo uma visão. Hermione correu ao seu encontro imediatamente, segurando-a para que não caísse.
_ Rose? Rose? – ela chamou, mas Rose não respondia – Rose?!
Os olhos de Rose voltaram ao normal e ela olhava para Hermione suando frio.
_ Hermione! – ela exclamou – Eu tive uma visão e... – Rose começou a soluçar – Eu não sei o que significa! Era... era Cedric! Cedric!
O coração de Hermione congelou
_ O que tem o Cedric? – ela perguntou.
Rose murmurava muitas coisas, que não se compreendia. Hermione começou a ficar extremamente aflita.
_ Rose, o que há de errado com o Cedric? – Hermione perguntou, segurando o rosto de Rose para que esta a olhasse.
Rose balançou a cabeça, deixando uma lágrima cair.
_ Era a tarefa. Eu não sei, não consegui ver com clareza. Ele estava no chão e... e não se movia! Ele não se movia! E estava branco! Eu... eu não sei Hermione!
As mãos de Rose tremiam, enquanto Hermione sentia-se cair no chão, sem forças para continuar de pé. Toda sua confiança caía no chão com ela. Somente uma conclusão vinha a sua cabeça, aquela que estava tentando evitar todo esse tempo:
Cedric morreria na segunda tarefa.
N/A: Hey genteee! FINALMENTE um capítulo novo! Não é tão grande quanto os outros, mas agora estamos de férias e vamos tentar escrever o máximo possível! Tomara que gostem desse capítulo, que realmente foi meio difícil para fazer, pois não tem tantos risos e o ambiente é mais dark. Esperamos que gostem e muito obrigada pelo apoio!
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