Capitulo 15
Ginny esperava em seu quarto quando escutou o som do carro de Mauricio, acabara de chegar. De novo de madrugada. Parou a orelha e gelou quando escutou um riso de mulher.
- hahaha Sabe que me encanta que me toque ai -
Harry: Shiuu fala mais baixo, não queremos despertar a sonsa.
Ginny começou a chorar em silêncio enquanto escutava o riso dessa mulher. Quem demônios era? Esse homem não tinha limites, levava outro tipo para casa. Os risos pararam e se escutou uma batida de porta. A havia metido em seu quarto? Ginny estava frenética, sentia vontade de gritar, o choro silencioso a asfixiava. De repente escutou um gemido... Outro... Era insuportável, era asquerosa gritava desesperadamente... Como toda a dor de seu corpo e sua alma, se incorporou, necessitava vê-lo, presenciar isso... Caminhou calma até o quarto de Mauricio. A mulher seguia gemendo como louca, por Deus quando ia calar-se!? Era tanto o prazer que estava recebendo? Se aproximou a porta, já quase não via pela quantidade de lágrimas que saiam de seus olhos. Sentiu que se não abria nesse preciso momento desmaiaria de dor, girou a maçaneta e sentiu como uma punhalada atravessava seu coração. Confundida caminhou até seu quarto e fechou a porta. Se deixou cair enquanto as imagens da mulher nua e gemendo vinham a sua mente... Que nojo! Que desespero! Para ele, ela era muito menos que esse tipo. Se encolheu no piso como um bebê... Estava a borda de um colapso, Mauricio era vil, era sujo, era um homem doente, sádico... Ainda assim não podia parar de chorar. Ginny rogou com todas suas forças que alguma existência piedosa lhe arrancasse a vida... Já não suportava tanta dor... Se agarrou a cabeça e começou a mexer-se uma e outra vez... Que nojo... Que raiva...
Ginny (sussurrando): Já basta por favor... Já basta... Por favor (os gemidos daquela mulher não paravam)... Deus já não posso mais... Mãezinha leva-me contigo... Já basta por favor... Mamãe... Mamãe... Por que não cuidas de mim mamãe?... Por que não me levas contigo? Já não posso seguir assim...
Ginny se incorporou, freneticamente correu ao banheiro e começou a banhar-se no escuro. Enquanto por seus olhos caiam grossas lágrimas, se passava o sabonete uma e outra vez... Era tão suja como a loira, se dava nojo... Encostou-se na tina e voltou a chorar e a desejar que morresse, com todas suas forças lhe pediu a Deus que a levasse, porém ele não o fez. Essa noite Ginny perdeu a fé, essa noite deixou de crer em sua mãe, abandonou seus contos de fadas e seus príncipes azuis... Esse homem era o mais obsceno e imundo, o mais repulsivo. E ela era sua, somente dele, o que é mais, lhe havia gostado, havia desfrutado cada beijo... Cada caricia... Se deitou nua em sua cama enquanto as lágrimas esgotavam. A loira já havia deixado de gemer, provavelmente estaria ressonando ao seu lado como dois animais, dois asquerosos animais dedicados a satisfazer suas necessidades mais baixas. E ela se reduzia ao mesmo, ele a havia reduzido a isso, um animal. Enquanto mais desonrada se sentia mais vontade tinha de viver... Devia chegar ao fundo de tudo, a grande verdade de Mauricio, a causa de todo seu sofrimento.
Ginny: Todavia não... Não posso morrer sem saber o que esconde cachorro maldito... Todavia não...
A menina havia morrido para dar espaço a mulher, a mulher havia dada especo ao amor e agora o amor seguindo o ciclo lhe cedia seu espaço ao ódio. E o ódio chegaria a instalar-se por um tempo, o suficiente para matar sua alma e encher seu corpo de uma imensa sede... Sede de vingança.
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