Capitulo 14




Como Conceição havia antecipado Harry estava bêbado no bar. Essa noite queria esquecer-se dela, queria esquecer seu perfume, seu corpo... Seu sorriso. Não encontrou melhor consolo que uma das tantas prostitutas que rondavam por esse bar. A garota, uma loira esquelética de uns 20 anos estava sentada sobre suas pernas beijando-o. A gente do bar já estava acostumada a ver esse homem, sempre vinha e se embebedava. A novidade foi o outro, por suposto todos sabiam quem era esse homem tão oposto que acabava de entrar. Valentino recorreu o bar com o olhar, todos esses tipos com pinta de pescadores... Nenhum deles deveria ser o esposo de Ginny. De repente ardeu de coragem quando viu ao tipo beijando-se com a loira insossa. Esse deveria ser, tinha a idade e se notava que era forasteiro. Se aproximou a ele na barra. Harry deixou de beijar a loira e se concentrou no tipo que tinha ao lado. Sem dúvida era da cidade, tinha todo o tipo de um conquistador, bastava ver como ele olhava a loira.

Criado: Senhor Lanús, que milagre você de volta por Valverde, vai ficar por muito tempo?

Valentino: Não sei, nessa oportunidade encontrei algo inesperado e até que o consiga não me vou.

Criado: Se trata de algum negocio? (lhe alcançou uma cerveja).

Valentino: É mais que isso (bebeu um gole da cerveja). É uma mulher, a mais bela e perfeita de todas.

Harry riu por dentro. A mais bela e perfeita de todas, essa ele tinha e em lugar de desfrutar-la, estava ali com a loira esquelética.

Criado: Não me diga que se prendeu em uma das mulheres do povoado?

Valentino: Não é daqui, porém me prendi completamente a ela, estou apaixonado como um adolescente, faria qualquer coisa por essa mulher.

Criado: E ela te corresponde?

Valentino: Ela esta casada com um tirano desprezível, porém eu sei que a vou conquistar.

Harry se sentiu perturbado pelas palavras TIRANO DESPREZÍVEL, ainda sem imaginar- que se falava dele. Intrometeu-se na conversa.

Harry: E como esta tão seguro de que vai ganhá-la? Talvez ela queira ao tirano desprezível...

Valentino (o mirou com ódio): Ele é um mentiroso, lhe vai a cair a mascara e ela por si mesma vai deixá-lo...

Harry pensou que se isso lhe passava a ele com Ginny, ele morria. Se ela o deixava... Não, ela nunca o deixaria.

Harry: Pois não deveria meter-te em assuntos dos outros!!!

Valentino: hahaha A pouco te incomoda, não me diga que esta te identificando?

Harry: Olhe-me, que te passa!

Valentino: Como seja (deixou sua cerveja vazia) Já vai ver que classe de pessoa ele é. Acredite em mim, ela vai se separar por mim. (se retirou do bar).

Harry (ao criado): Quem era esse tipo?

Criado: Esse tipo é o dono de quase toda a região, é o único herdeiro de Andrés Lanús, o grande fazendeiro, além disso tem várias empresas na capital pelo que sei, não é muito comum vê-lo por aqui, porém se lhe interessa tanto essa mulher sem dúvida não irá embora logo, ou melhor, até que consiga levá-la se o marido é assim como o disse.

Harry: E tu sabe quem é essa mulher?

Criado: Pois saiba, a verdade é que não conheço nenhuma mulher que não seja daqui.

Harry: Pois espero que não a consiga.

Pagou sua conta e se foi com a loira. Já sabia como seguiria o plano, fazer amor com esse tipo em sua casa. Era desprezível e ele sabia, era exatamente como o tipo de falaram no bar. Se imaginou que um sujeito como o tal Valentino chegava e queria tirar-lhe a Ginny, como poderia competir com alguém assim? Porém não, nunca a tirariam de seu lado. Jamais.


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