Capitulo 49
Essa noite Harry não pode dormir sabendo que compartia a cama com Ginny. Enquanto ela respirava silenciosamente Harry viu essa cara frágil e bela e se perguntou como o veria se chegasse a interar-se do bebê, como poderia cumprir-lhe como homem se a culpa o consumia? E logo se tivessem filhos como mirá-los sem recordar daquele que foi fruto da traição?... Estava encurralado entre dois fogos: Seu amor por Ginny e seu medo por perdê-la. Ela sim merecia a verdade, porém se ia embora seria insuportável. Por outro lado a mentira que estava mantendo destruía todo seu ser deixando-o incapacitado até para amar a Ginny. Pela primeira vez não sabia que fazer, se sentia culpado e inocente ao mesmo tempo. Como vêem ser homem também é difícil, como pensar que uma só vez teria conseqüências tão graves? E ao final de tudo era um filho, uma vida inocente, uma criatura que era parte dele e não merecia nem maltrato nem desprezo de sua parte. Pensar em um filho com Ginny o enlouquecia, porém ainda sem ela, o filho existia e alguns sentimentos lhe despertava aquele pequeno ser. Sempre quis ter alguém a quem falar-lhe assim como seu pai lhe falava, porém o preço que teria que pagar era demasiado alto... Ginny. Não sobreviveria a sua mentira e tão pouco a perdê-la. Sua impotência era tão grande que não pode pregar um olho toda a noite. Pensar lhe estava destroçando os nervos, acabaria por destruir-se e como se tudo o que passava não fosse pouco teria que ir ver a Paula. Deixou um bilhete a Ginny com uma desculpa boba, disse sentir dor e que ia ao médico para que o revisasse, e como não podia dirigir iria caminhando e assim saiu antes do amanhecer rumo a Valverde. Mas o destino tão cruel que nos move como títeres se havia instruído com Harry e ele comprovaria quão terrível podia ser.
Ginny despertou buscando outro corpo naquela cama fria. Abriu os olhos calmamente e tocou o ventre, outro dia mais junto a esse pequeno segredo que crescia dentro dela. Se vestiu supondo que Harry devia estar tomando café e a havia deixado dormir, tão lindo seu bebê. Pôs uma camiseta folgada, já lhe notava a barriga e ela queria que ele soubesse do bebê por suas palavras e não por vê-la gorda. Quando se acercou ao escritório encontrou o bilhete e se preocupou por ele. Decidiu ir atrás de Harry e alcançá-lo no hospital e de passo matar dois pássaros com um tiro já que devia fazer um controle por sua gravidez. Caminhar lhe faria bem.
A manhã era fresca e cálida a vez, se respirava um ar único produto da chuva que havia caído durante tanto tempo. Se podia dizer que se respirava vida. Trás duas horas de prazerosa caminhada chegou ao povoado com uma fome feroz já que os exames que devia fazer era em jejum. Se encaminhou até o hospital.
Harry estava parado faz uma hora na mesma esquina onde pensou que deixaria Paula para sempre. Com um sorriso ela se acercou vestindo um vestido para grávidas, que é o que pretendia? Que todo mundo soubesse que estava esperando um filho dele? A muito hipócrita lhe acercou e o beijou na bochecha.
Paula: És muito pontual, me alegro, isso é importante para um pai, tens que chegar a tempo quando nosso filho for para o jardim.
Harry: Já deixa de brincadeiras e diz-me de uma vez o que queres.
Ginny atravessou a recepção e se acercou a recepção.
Ginny: Desculpe, veio aqui o senhor Harry Potter?
Enfermeira: Não senhora seu esposo não apareceu por aqui, por que? Por acaso teve alguma recaída?
Ginny: É que deixou um bilhete dizendo que vinha para cá porque estava sentindo umas dores.
Enfermeira: Pois não, mas não se alarme, que lhe doa é o mais normal do mundo depois de tudo bateu contra uma rocha.
Ginny: Tens razão, este... poderia ver a doutora Díaz? Ele me atendeu da outra vez, já sabes, quando eu desmaiei.
Enfermeira: Passe diretamente, não creio que tenho alguém a esta hora, saísse bem madrugadora senhora.
Ginny passou ao consultório donde lhe fizeram uma série de exames ainda que segundo a observação da médica sua gravidez seguia perfeitamente bem.
Doutora: É mais, pelo que tens aumentado de peso lhe asseguraria que vais ter uma criança grande e sã.
Ginny se enterneceu com essas palavras, lhe agradeceu e saiu do consultório.
- Ginny pequena, por fim nos vemos -
Ginny virou ao reconhecer essa voz. Era cara, tão varonil e amável a vez, sim, recordou tê-la visto uma noite baixo as estrelas em um barco e em alguma rua perdida na bela Itália. Não havia duvidas de que esse cavaleiro que a mirava com cara de preocupação era o mesmíssimo Valentino Lanús. Ginny lhe sorriu, sempre lhe alegrava vê-lo ainda mais quando saía muito bem o que lhe tinha que dizer.
Ginny: Saímos? É que... Temos que conversar.
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