Avisos...
Capítulo onze: Aviso importante...
Estuporada. Rony caiu ao lado dela, desesperado. Harry e Gina ouviram passos e viram os contornos de alguém em frente á porta.
- Harry Potter. – disse uma voz arrastada e fria. Era Lúcio Malfoy. E não vinha sozinho. Mais uns três comensais estavam com ele.
- ESTUPEFAÇA! – alguém gritou á costas de Lúcio. Um dos comensais caiu no chão estuporado. Lúcio olhou para o lado. Harry se aproveitou.
- EXPELLIARMUS! – gritou ele. A varinha de Lúcio saiu voando pela janela. Ele olhou enfurecido para Harry.
- Seu filho da...
- PETRIFICUS TOTALUS! – gritou Gina. Os braços e pernas se colaram no corpo de Lúcio e ele caiu duro no chão.
- ESTUPEFAÇA! – gritou outro comensal. Gina caiu desacordada no chão.
- ESTUPEFAÇA! – gritou novamente uma voz atrás dos comensais. Mais um deles caiu desacordado no chão. Agora só restava um. Ele recuou, com medo, e com um forte Craque, desaparatou. Harry e Rony se viraram para as meninas e colocaram-nas nos bancos. Harry virou-se para Gina e disse:
- Enervate! – Gina abriu os olhos lentamente. Quando seus olhos pousaram em Harry, ela soltou um gritinho e o puxou para si, abraçando-o. Rony apenas observou.
- Harry... eu pensei que eu ia... – ia dizendo Gina, mas Harry a interrompeu.
- Eu nunca ia te deixar morrer, Gi. Não se preocupe. – disse Harry, ainda abraçado á Gina. – Espera um pouco. – disse ele, se soltando e virando-se para Hermione. Rony sentou-se ao seu lado.
- Enervate! – murmurou Harry. Hermione acordou um pouco atordoada. Rony sorriu e a abraçou.
- Você está bem, Mione? – perguntou Harry, porque Rony parecia não querer largá-la murmurava a todo o momento coisas como: “Que bom que você está bem, Mionezinha...” e “ Ah, Mione. Que susto, Mionezita...”.
- Acho que sim. Só um pouco tonta. Só isso. – respondeu ela, ainda abraçada a Rony, que a segurava forte e continuava a murmurar coisas sem sentido.
- Todos estão bem? – perguntou uma voz conhecida á porta da cabine. Todos se viraram. Menos Rony, que parecia não perceber nada e continuava a abraçar Hermione com uma cara de bobo.
- Estamos. Obrigado professor. – disse Harry ao professor Mclagan.
- Que bom! - Disse ele.
- Professor, quando o trem vai começar a andar novamente? – perguntou Hermione com dificuldade, pois Rony não queria soltá-la de jeito nenhum. Parecia até chiclete. Só que chiclete não falava. Rony sim.
- Ah... Mionezinha... Mionezita... Mione... Meu amor... Que bom... você... nunca mais... amo... – continuava a murmurar ele, cada vez apertando mais ela, e cada vez mais dizendo coisas sem sentido.
- Não sei. O motorista está desacordado, acho. Afinal, os comensais entraram pela porta de frente, então, provavelmente, estuporaram ele. Eu estou indo de cabine em cabine para ver se todos estão bem. Até agora só algumas pessoas estavam desacordadas... bom, continuem conversando. Gina, Harry, fizeram um bom trabalho. Parabéns. Eu vou reanimar o motorista. Adeus. – terminou ele, fechando a cabine e saindo pelo corredor afora.
- Rony, será que você poderia soltar a Mione? – perguntou Gina preocupada, pois Hermione parecia ficar cada vez mais branca á medida que Rony a apertava mais.
- Desculpe. – murmurou Rony, com as orelhas vermelhas, soltando Hermione e se sentando ao seu lado.
- Tudo bem, Rony. – disse Hermione massageando a barriga. Gina riu.
- O que foi, Gina? – perguntou Rony, olhando confuso para Gina, que começava a rir descontroladamente e ia ficando cada vez mais vermelha.
- Gina Weasley, o que aconteceu? – perguntou Rony novamente, dessa vez ficando furioso.
- Rony... você... está... Huahuahuahuahua... – Gina não conseguia parar de rir. – Você está... você... – ela tentou dizer novamente, sem sucesso. Então Harry percebeu. Rony estava com as calça toda molhada. Ele devia ter feito xixi de tanta preocupação com Hermione, que olhava os dois, confusa.
- Rony... – tentou dizer Harry. Mas não conseguiu. Ele começou a rir tão descontroladamente quanto Gina e estava quase caindo do banco. Ele não conseguiu se segurar. Até porque Gina tentou se apoiar nele e acabou caindo com ele no chão do trem. Gina caiu em cima de Harry e os dois continuaram a rir. Só depois de alguns minutos começaram a perceber a posição e pararam de rir na mesma hora. Eles ficaram vermelhos e voltaram a se sentar no banco.
- O que aconteceu? – perguntou Hermione. Harry e Gina se entreolharam e desataram a rir novamente. Harry estava quase se fazendo xixi quando Gina resolveu falar.
- Rony... você... não você... é... você... sua calça...tá... ela tá... toda... molhada... – tentava dizer ela, mas ria tanto que só conseguiu dizer palavras sem sentido. Mas Rony entendeu. Ele olhou para a calça e suas orelhas ficaram tão vermelhas quanto o rosto. Ele olhou pra Hermione e ela olhou para ele. Ela percebeu.
- Ah meu deus! Rony! Você fez xixi? – perguntou Hermione vermelha, segurando o riso e olhando para Gina e Harry, que começaram a rir mais ainda quando ela percebeu. Rony ficou mais vermelho.
- Eu não tenho culpa, Mione... quando eu vi você desmaiada eu fiquei muito preocupado e... – disse Rony, MUITO sem jeito. Todo o corpo dele parecia estar em chamas. Harry podia sentir o calor do corpo de Rony, de tanta vergonha que ele sentia. Isso só o fez rir ainda mais.
- E... – insistiu Hermione, olhando para Rony com uma cara muito vermelha de riso misturada com preocupação. Gina contorceu-se de tanto rir e acabou caindo no colo de Harry. Ele percebeu, mas como estava muito ocupado rindo da cena, apenas ruborizou de leve.
- E eu fiz xixi... eu nem tinha percebido ainda... eu vou me trocar. – disse Rony, virando-se para a porta. Ele estava realmente muito vermelho. Harry achou que poderia fritar um ovo na cara de Rony.
- Rony! Você não vai sair assim, vai? – perguntou Hermione vermelha.
- Assim como?
- Assim... – ia dizendo Hermione, ficando mais vermelha a cada segundo. – Desse jeito... todo... molhado. – terminou ela.
- Eita... não tinha percebido... – disse Rony vermelho. Hermione abaixou a cabeça e tornou a levantá-la decidida.
- Eu ajeito isso pra você. Senta aí. – disse ela. Rony sentou e perguntou:
- O que você vai fazer?
- Vou secar o xixi. – disse Hermione vermelha.
- Como? – perguntou Rony assustado. Harry e Gina pararam de rir para recuperar o fôlego e observavam a cena. Gina ainda estava deitada sobre o colo de Harry.
- Não se preocupe... não vai doer... mas vai... – disse Hermione corada. – Vai...
- Vai o que, Mione? – perguntou Rony.
- Vai fazer cosquinha... – disse ela, corando muito. Mas vendo a cara de Rony, completou rapidamente: – Mas se você quiser eu não faço nada!
- Não... tudo bem... pode secar. – disse Rony.
Hermione pegou a varinha e murmurou: - Secus. – e um ventinho saiu da ponta da varinha. Rony, constantemente, fazia caras de riso e tapava a boca, suas orelhas ficando vermelhas e seu rosto corando levemente. Harry e Gina se entreolharam e não conseguiram se segurar. Começaram a rir ainda mais do que antes e sobressaltavam várias pessoas que passavam pelos corredores. Hermione aparentava estar controlada, mas estava tão vermelha quanto Rony. Depois de mais ou menos 10 minutos, a calça secou e Hermione guardou a varinha. Rony murmurou “Obrigado” e ela fez que sim com a cabeça. Cinco minutos depois, as luzes se acenderam e o trem recomeçou a andar.
Rony e Hermione tinham que patrulhar os corredores do trem de meia em meia hora. Harry e Gina usavam esse tempo pra namorar um pouquinho, até porque Gina também tinha que patrulhar os corredores, mas sempre dava um jeito de fugir do trabalho e voltar pra cabine. Harry podia apostar 1000 galeões que Rony e Hermione também não estavam cumprindo o trabalho de monitores e fugiam de vez em quando pra namorar um pouco.
O resto da viajem foi tranqüila. Exceto pelo pequeno acidente com Draco Malfoy. Ele foi à cabine de Harry e Gina bem no finalzinho da viajem e eles estavam se beijando quando Draco abriu a cabine. Ele estava com seus dois capangas: Crabbe e Goyle. Ele ficou estupefato quando viu a cena e xingou tanto Harry e Gina que Harry acabou se descontrolando, esqueceu que tinha varinha, e deu um murro bem no meio da cara de Draco. O murro foi tão forte que Draco caiu desacordado no chão. Crabbe e Goyle olharam para Harry, depois para Malfoy, e saíram correndo feito loucos. Harry puxou Draco pelo cabelo até a porta do banheiro, abriu-a e colocou-o lá dentro. Depois, voltou á cabine como se nada tivesse acontecido e encontrou Gina esperando por ele com um sorriso no rosto. Ele sorriu de volta.
Quando chegaram em Hogwarts, Harry, Gina, Rony e Hermione deixaram seus malões no trem e seguiram para as carruagens sem cavalo. Sem cavalos para quem não conseguia vê-los. Na verdade, existiam cavalos, eles se chamavam Testrálios. Harry era uma das poucas pessoas que conseguiam e não se sentia nada feliz. Pelo contrário, se sentia muito triste. As únicas pessoas que podiam ver os Testrálios eram aquelas que já tinham visto a morte. Harry já vira duas pessoas morrerem até agora: Cedrico Diggory e Sirius Black. Esse era um número muito grande de pessoas. Assim que chegaram ao salão principal, Harry, Gina, Rony e Hermione se se sentaram à mesa da Grifinória e esperaram a canção do chapéu seletor e a seleção das casas. Entre todos os alunos escolhidos para a Grifinória, um impressionou muito Harry. Era uma menina de olhos verdes e cabelos ruivos cacheados. Ela era muito bonitinha e parecia muito com duas pessoas que Harry conhecia. Gina disse a Harry que o nome da menina era Lílian. O queixo de Harry caiu. Era o mesmo nome de sua mãe e ela também era muito parecida com ela. Não só com ela, mas também com Gina. Quando Harry se deu conta, todos, inclusive ele, já haviam jantado e estavam esperando Dumbledore fazer o discurso. Pela primeira vez em seis anos, Harry pôde perceber que Dumbledore estava muito triste.
- Boa noite, queridos alunos. Primeiro, quero desejar-lhes um ótimo ano letivo. Para os que abaram de chegar, sejam bem-vindos. Para os antigos alunos, um bom progresso. – disse ele sorrindo. – Em segundo lugar, quero dizer que as visitas a Hogsmead foram canceladas. – Todos os alunos protestaram silenciosamente. – Mas isso tem um motivo. Como todos sabem, Voldemort retornou. E ele está recrutando seguidores para formar seu exército. Portanto, o único lugar seguro, creio eu, nesse momento, é Hogwarts. Hogsmead foi atacada ontem por comensais enfurecidos e por dementadores. Mais um aviso. Andem juntos. Se unam, pois somente com muito amor, união e amizade vocês poderão vencer tudo e todos. E o último e mais importante aviso: a guerra já começou. – terminou ele.
- Caraca... eu não sabia que era tão grave assim! – exclamou Rony assustado.
- E agora eu lhes apresento o professor Heitor Mclagan. O novo professor de DCAT. – disse Dumbledore. Embora estivessem assustados, os alunos aplaudiram o novo professor. Mclagan se levantou, fez uma reverência e sentou-se novamente.
- Só mais uma coisa. Eu gostaria que o Sr. Harry Potter me acompanhasse até a minha sala. – disse Dumbledore, olhando para Harry. Todo o salão principal ficou em silêncio. Harry se levantou.
- Vejo vocês depois. – ele murmurou para Rony, Hermione e virando-se para Gina, deu-lhe um beijo e seguiu o diretor, enquanto todos retornavam para os seus dormitórios.
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