Voltando para Hogwarts...



Capítulo dez: Voltando para Hogwarts...


Na manhã de 15 de agosto, Harry, Rony e Hermione acordaram bastante animados com a perspectiva de poderem aparatar e desaparatar. Eles desceram pra tomar café, junto com Gina, e quando chegaram lá, sentaram-se á mesa e começaram a conversar.

- Tomara que eu passe de primeira! Aqui em casa, Carlinhos foi o único que teve que prestar o exame duas vezes. – disse Rony animado, passando manteiga no pão.

- Eu continuo não entendendo porque vamos prestar o exame mais cedo... só devíamos prestá-lo ano que vem! – disse Hermione. Ela só falava disso. Disse que suspeitava que fosse porque agora que Voldemort retornou, Dumbledore resolvera que o exame seria prestado antes, para a própria segurança deles.

- Hermione... – foi dizendo Rony lentamente. – Quem se importa?

- O que importa é que vamos prestar o exame mais cedo e isso vai ser muito legal! – disse Harry feliz.

- Eu queria poder prestar o exame também... – disse Gina triste.

-Não se preocupe, minha ruivinha. Ano que vem você vai prestar o exame e eu tenho certeza de que você vai passar! – disse Harry. Gina olhou pra ele e sorriu.

- É... você tem razão. – disse ela.

- Eu também não entendo porque eles querem que nós aparatemos, se em Hogwarts não se pode aparatar! – disse Hermione, agora quase desesperada. Harry suspirou, Rony soltou o pão na mesa e olhou pra Hermione com cara de quem ia explicar quanto é 2+2.

- Mione... quem disse que nós só vamos aparatar em Hogwarts? – perguntou Rony tranqüilamente. – Por acaso você não gostaria de aparatar em Hogsmead ou alguma coisa assim? No Beco Diagonal? Na estação?

- É verdade. Até porque nós não vamos e nem podemos aparatar em Hogwarts! Não esqueçam disso! – disse Hermione, agora mais calma. Rony sorriu.

- Quanto á isso não precisava se preocupar. Com você do nosso lado, como podemos esquecer? – perguntou Harry sorrindo.

- Com certeza vocês não lerem e nem pretendem ler Hogwarts, uma história. – replicou Hermione.

- Pra quê? – perguntou Rony.

- Qualquer coisa que nós quisermos saber é só perguntar pra você, Mione! – disse Harry. – Você já sabe tudo!

- É verdade! Você é o Hogwarts, uma história em pessoa! – disse Rony. Agora todos riam da cara que Hermione fez. Era uma cara misturando riso e raiva.

- Ah! Esqueçam! – disse Hermione impaciente. – Vamos logo conferir o material escolar! Pode estar faltando alguma coisa!

- HERMIONE! – gritaram Harry, Gina e Rony ao mesmo tempo.

- Essa já é a décima terceira vez essa semana que você diz isso! Eu tô enjoando! Não dá nem pra namorar em paz! – disse Rony irritado, mas com um ar de riso na voz.

- Ah, Rony. Pelo amor de Merlim! Você sabe muito bem que eu nunca te deixo em segundo plano!

- É... – disse Rony pensativo. “Que tapado!” , pensou Hermione.

- É verdade! Por falar em namorar... – disse Harry virando-se pra Gina. – Preciso conversar com você, Gi.

- Tá, tudo bem. Rony, Hermione, comportem-se. Lembrem-se que vocês estão na cozinha! – disse Gina. E saiu junto com Harry. Ele a levou para o seu quarto e trancou a porta. Gina estranhou.

- Porque você trancou a porta, Harry? – perguntou ela. Harry se sentou na sua cama e disse.

- Porque o que eu tenho pra falar pra você é muito importante, Gi. Acho melhor você se sentar. – disse Harry, apontando a cama de Rony.

- O que houve, Harry? – perguntou Gina confusa. Harry reparou que ela não estava entendendo uma só palavra do que ele estava dizendo. Ele resolveu contar.

- Eu sei o que dizia a profecia. – disse ele rapidamente. Não queria se lembrar de Sirius. Mas tinha que se lembrar dele, porque fora ele o motivo que Harry teve pra saber o que dizia a profecia. Harry respirou fundo e começou a contar. Gina ouvia tudo com muita atenção. Ela procurava não perder uma palavra do quê ele falasse, até porque era sobre a profecia, um assunto muito importante na opinião dela. Harry contou tudo. Desde a morte de Sirius, (o que o fez derramar uma lágrima), até o escritório de Dumbledore. Harry queria contar tudo nos mínimos detalhes, e esperava que Gina entendesse o porque dele não ter contado antes. Quando Harry terminou, ele não pôde deixar de reparar que o rosto de Gina estava molhado.

- Gi... você está chorando? – perguntou Harry sem jeito. Gina afirmou com a cabeça. O ânimo de Harry despencou. Ela estava chorando por causa... simplesmente por causa: dele. Harry levantou da cama e foi andando lentamente até ela.

- Gina... me perdoe, por favor. Eu não tinha intenção de te fazer chorar... desculpe por não ter te contado antes... – disse Harry com a voz fraca, ajoelhado em frente á Gina e segurando as mãos dela.

- Não foi por causa disso, Harry. – disse Gina, tentando enxugar as lágrimas. – Foi por causa do final da profecia. Ela dizia...

- Nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver. – disse Harry pra Gina. Ela apenas apertou ainda mais as mãos de Harry e o abraçou. Os dois caíram no chão e riram. Gina se levantou e voltou á cama. Harry a seguiu e sentou-se ao seu lado.

- Do mesmo jeito desculpe Gi. Eu devia ter te contado antes. – disse Harry, mexendo numa mecha de cabelo de Gina.

- Não tem problema, Harry. Acho que você estava certo. Isso não é coisa pra ficar falando pra qualquer um. Você precisa confiar nas pessoas antes de contar. Do mesmo jeito eu fiquei feliz em saber que você confia em mim. – disse Gina sorrindo.

- Eu sou seu namorado, Gi. E eu te amo. Claro que eu confio em você. Porque não confiaria? – perguntou Harry.

- Porque eu já fui possuída por Você-sabe-quem! – respondeu Gina. Harry olhou pra ela e sorriu.

- Não tem nada á ver, Gi! Você sabe que você era só uma criança e não tinha consciência alguma do que ou de quem era aquele diário! Isso é passado!

- Porque será que você sempre tem razão? – perguntou Gina divertida. Harry a beijou. Para ele, sentir o gosto da boca de Gina era um sonho. Mais que um sonho. No começo era só um sonho. Harry começou a gostar de Gina a partir do momento que ele a viu nesse verão. Ela estava tão linda. E era tão compreensiva. Harry lembrou da morte de Sirius e logo depois lembrou de quando Gina falara com ele no quinto ano. Ela tentou ajudá-lo. E conseguiu.

- Harry... – disse Gina, parando de beijá-lo. – Preciso dizer uma coisa.

- Pode dizer.

- Obrigada.

- Ué... pelo que, ruivinha? – perguntou Harry confuso.

- Por você existir e por estar aqui comigo. – disse Gina sorrindo radiante. Harry a olhou, sorriu e em seguida a beijou. Um beijo muito doce no qual Harry demonstrava quanto amor sentia por Gina e o quanto agradecia por ela estar ali. Ele adorava tê-la por perto, pois além de conselheira, ela também era sua companheira.

Quando faltavam 15 minutos para ás três horas, Rony e Hermione se despediram de Gina e se dirigiram para o carro. Harry foi o último.

- Boa sorte, Harry. Espero que você se saia bem no exame. – disse Gina.

- Com certeza, ruivinha. Mas eu queria que você fosse, Gi... – disse Harry entristecido.

- Ah, Harry. Não fica assim! – disse Gina e aproximando-se dele o abraçou. – Eu quero que você saiba... – disse Gina se soltando de Harry. – que eu sempre vou estar com você. Aqui. – disse ela, colocando a mão no peito de Harry. – No seu coração. – terminou ela. Harry sorriu e a beijou.

- Obrigado, minha ruivinha. Só você pra me alegrar. – disse ele sorrindo. E se encaminhou para o carro.

Assim que chegaram no ministério, se dirigiram para a sala e tiveram uma aula básica do que se deve fazer pra aparatar, e que se não passarem no exame na primeira vez só poderão repetir o exame novamente depois de um ano. Depois de um tempinho, começaram a chamar os nomes. Quem fosse chamado, entrava na sala, escolhia onde queria aparatar e se conseguisse estava passado e já tinha permissão. Hermione foi a primeira. Depois de mais ou menos meia hora ela apareceu ao lado de Harry e Rony. Hermione abriu os olhos, olhou a sua volta e sorriu. Ela tinha um cheiro forte de canela. Logo em seguida ela gritou:
- CONSEGUI!

Depois de mais ou menos seis pessoas, chamaram o nome de Harry. Ele se encaminhou até a sala, entrou e fechou a porta. A sala era pequena e tinha um forte cheiro de canela. Cheiro da canela da roupa de Hermione. Mas na sala era vinte vezes mais forte e enjoativo.

- Cheiro enjoado, não é? – perguntaram. Harry confirmou com a cabeça. – Esses incensos servem justamente para confundi-lo do seu objetivo. Agora me diga: onde você quer aparatar?

- Ao lado de Rony e Mione. – disse Harry, meio enjoado.

- Muito bem. Já sabe o básico, Sr. Potter. Agora é só se concentrar e tentar. – disse a voz, cada vez mais distante. Harry se concentrou. Tocou de leve a varinha em sua cabeça e ele sentiu como se seus pés tivessem saído do chão. Um segundo depois, com um forte CRACK, ele sentiu seus pés tocarem o chão. Ele ouviu a voz de Rony ao seu lado.

- Acho que o Harry vai conseguir...

- HARRY! – gritou Hermione. Harry abriu os olhos. Estava justamente no ponto que ele queria. Ele sorriu.

- Você conseguiu? – perguntou Rony.

- Consegui.

- Esse era o ponto exato que você estava pensando? – perguntou Hermione.

- Era. Exatamente esse. – disse Harry sorrindo. Eles sorriram.

- Que bom! Agora só falto eu...

- Ronald Weasley! Pode entrar na sala. – disse a voz de uma mulher.

- Bom. Minha vez.

- Boa sorte, Rony. – disse Harry.

- Obrigado. – disse Rony. E entrou na sala.

- Harry, você só demorou 20 minutos! Isso deve ser um recorde! – disse Hermione sorrindo.

- 20 minutos? Eu só fiquei 5 minutos lá! – exclamou Harry confuso.

- Não. A pessoa demora muito se concentrando e perde muito tempo. Mas ela não percebe isso. Eu não percebi. Muita gente pensa errado sabe?

- Sei. Mas isso é realmente muito estranho. Eu podia jurar que eu só passei 5 minutos lá...

Depois de mais ou menos 40, 50 minutos, Rony apareceu na frente deles. Ele abriu os olhos e olhou á sua volta. Depois sorriu.

- Oba! Consegui! – disse Rony. Ele começou a remexer o quadril, de olhos fechados, e para Harry pareceu que ele estava dançando alguma dança maluca. Todos que estavam presentes riram da cena e Rony pareceu se tocar que tinha gente ali. Suas orelhas ficaram vermelhas como a goles.

- Vamos aparatar. Voltar pro Largo Grimmauld. – disse Rony, tentando mudar de assunto, porque até Harry e Hermione estavam rindo dele.

- Vamos.

- Parem de rir! Vocês precisam se concentrar! – disse Rony enfurecido. Harry apenas assentiu e fechou os olhos. Rony e Hermione fizeram o mesmo. Depois de 10 minutos, Harry aparatou na sala da família Black. Ele não precisou esperar 10 minutos. Rony e Hermione aparataram 5 minutos depois.

- Já tá aqui, Harry? – perguntou Rony meio tonto.

- Não, Rony. Isso é só uma ilusão de ótica. O Harry ainda tá lá... – disse Hermione ironicamente. Harry riu baixinho e se encaminhou para a cozinha seguido por Rony e Hermione. Quando chegou na cozinha, viu que já tinha gente lá. A Sra. Weasley, Gina, Fred e Jorge.

- E aí? Passaram? – perguntou Gina apreensiva.

- Passamos. – disse Harry, sentando-se ao lado de Gina e lhe beijando a face.

- Que bom! – exclamou a Sra. Weasley feliz.

- Mas o Rony demorou muito! Ele ficou quase uma hora lá! – retrucou Harry divertido.

- É verdade. Mas eu não estava conseguindo me concentrar! – disse Rony, com as orelhas ficando vermelhas. Todos riram.

- Eu acho melhor vocês jantarem. Vocês não almoçaram, devem estar com fome. – disse a Sra. Weasley. Nesse momento, todos ouviram um ronco alto vindo da barriga de...

- RONY! – gritaram todos rindo.

Na manhã de 1º de setembro, tudo já estava pronto e já eram 10:50 quando eles chegaram á estação King´s Cross para pegar o trem na plataforma nove e meia. Harry, Rony, Hermione e Gina entraram no trem e começaram a procurar uma cabine. Quando encontraram uma cabine vazia, entraram nela, colocaram os malões em cima e se sentaram. Rony e Hermione tinham que ir á reunião e Gina teve que ir com eles, porque ela também era monitora. Harry teve que ficar sozinho na cabine. Depois de uma hora, a porta da cabine se abriu e por ela entrou: Rony, Hermione, Gina, Luna e Neville.

- Oi. – disse Luna, como se tivesse entrado por acaso na cabine. – Já soube?

- Do que? – perguntou Harry, enquanto Gina se sentava ao seu lado.

- Eu e a Luna estamos namorando. – disse Neville. Harry sorriu.

- Que legal! Parabéns. – disse ele.

A viagem continuou. Rony e Hermione foram fazer a ronda nos corredores, deixando Harry e Gina sozinhos, já que Neville e Luna tinham ido “passear” por aí. Harry olhou pra Gina, Gina olhou pra Harry. Eles começaram a se aproximar e se beijaram. Os beijos começaram doces, depois foram ficando cada vez mais ardentes. Eles estavam no meio de um desses beijos, quando o trem foi parando vagarosamente. Eles pararam de se beijar e se olharam. Gina estava assustada. As luzes se apagaram. Gina agarrou-se a Harry, abraçando-o. De repente, a porta da cabine se abriu.

- O que está acontecendo? – perguntou Rony assustado, enquanto entrava na cabine, seguido por Hermione.

- Não sabemos. – disse Harry. Hermione lançou-lhe um olhar assustado e fechou a porta da cabine. No mesmo instante, um jato de luz vermelha a atingiu e ela caiu no chão.


N/a: Gostaram? Se gostaram, por favor, comentem!!! Esperem o próximo capítulo!!! Obrigada pelos coments! E quanto ás críticas... Vou tentar melhorar! Beijos!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.