Revelações surpreendentes...
Capítulo trinta e dois: Revelações surpreendentes...
Depois do incidente, todos voltaram para o andar de baixo e continuaram a festa. Harry sentiu falta de Gina. Não a encontrava em lugar algum. Parecia que ela havia sumido.
- Então, Harry. Como vai o namoro? – perguntou Tonks enquanto ele, Hermione e Rony conversavam.
- Muito bem. – respondeu Harry.
- Isso é ótimo! E como vai o namoro de vocês? – perguntou Tonks para Rony e Hermione.
- Normal. – respondeu Rony distraído.
- Normal? Normal? NORMAL? Tem certeza? – perguntou Harry irônico.
- Pra quê esse escândalo todo, Harry? – perguntou Rony.
- Vocês podem ser tudo, menos normais. – disse Harry rindo. Tonks também riu.
- É verdade, o Harry tem razão. – disse ela.
- E o seu namoro, Tonks? Como vai? – perguntou Hermione mudando de assunto.
- Ah! Está indo muito bem! Pena que não podemos ter filhos... será que a maldição é hereditária?
- Bom, tem alguns livros que dizem ser, já que a maldição se encontra no sangue. Mas têm outros que dizem ser psicológica, ou seja, se encontra no cérebro. E têm outros que dizem que depende, porque...
- Tudo bem, Mione, já sabemos. Não precisa repetir. – disse Rony entediado.
- HARRY! – gritou alguém. Ele se virou e viu Gina correndo até ele. Ela estava um pouco vermelha por causa da corrida.
- O que foi, Gina? Onde você tava? – perguntou Harry.
- Você precisa vir comigo. – disse ela.
- Por que? O que aconteceu? – perguntou ele sendo levantando a contra-gosto do sofá.
- Venha! – disse Gina puxando-o para a escada.
Eles subiram em silêncio. Passaram um, dois, três andares e quando chegou no quarto andar, Gina puxou Harry pro corredor e começou a correr com ele atrás. Eles pararam em frente a uma porta marrom sem fechadura com um símbolo de cobra. Harry estranhou.
- Gina... como nós vamos entrar aí e porque eu vou entrar aí? – perguntou curioso.
- Calma. – sussurrou Gina.
- Gina...
- Harry... fala “abra” em língua de cobra. – pediu Gina.
- Como? – perguntou Harry confuso.
- Fala a palavra “abra” em língua de cobra! Vai logo! – sussurrou Gina. Harry resolveu não contrariar.
- Certo. – disse. Virou-se pra porta e falou: - Abra - a porta se abriu lentamente. Havia uma pessoa lá dentro. Era Helena.
- O que você tá fazendo aqui? – perguntou Harry confuso.
- Ela vai te contar uma coisa muito importante, Harry. – disse Gina com a cara preocupada.
- Sente aí. – disse Helena. Harry sentou numa cadeira e só agora olhou o quarto. Não era exatamente um quarto. Estava mais pra biblioteca. Tinham várias estantes cheias de livros. Estavam todos empoeirados e tinham alguns que pareciam estragados.
- O que houve? - ele perguntou.
- Eu preciso te contar uma coisa. – disse Helena.
- Isso eu já sei. – disse Harry.
- Preste atenção. – disse Gina se sentando ao seu lado.
- Harry... você-sabe-quem tem um plano quase infalível. Eu sei tudo e posso contar pra você se prometer que não vai contar pra ninguém! – disse Helena.
- Certo! Eu prometo, agora conta logo! – pediu Harry curioso.
- Harry, o Voldemort quer pegar o príncipe mestiço. – disse Helena.
- O quê? Quem é esse? – perguntou Harry confuso.
- Eu não sei! Mas ele quer pegar esse príncipe, você e... – Helena parou.
- E... – Harry insistiu.
- Gina. – completou Helena.
- Mas porque? O que...? Não tô entendendo nada! – Harry falou.
- Você-sabe-quem quer fazer uma magia antiga para recuperar os poderes antigos que ele havia perdido. E para ganhar novos. Harry... se ele conseguir fazê-la... ele poderá entrar na casa dos seus tios e matá-lo. O sangue da sua tia não te protegerá mais. Onde você estiver ele pode ir. – disse Helena.
- E quem é esse príncipe mestiço? – Harry perguntou finalmente.
- Não sei. E pelo visto Voldemort também não sabe. Mas o importante agora é proteger você e a Gina. – disse Helena.
- Por que? Eu não preciso de segurança! – disse Gina. Helena riu.
- Pensa que eu sou burra, é?! Não... eu sei que você gosta da Gina, Harry. – disse.
- Como? Tá tão na cara assim? – perguntou Harry confuso.
- Não, eu já tinha percebido antes. Mas a pessoa tem que investigar muito antes de chegar a essa conclusão. Pro Draco a opção mais óbvia é a Hermione. É ela que anda mais com você. Mas eu disse que ela namorava o Weasley então a outra opção foi a Cho Chang. O Draco é mais burro do que pensam. Ele não procura espionar nada! E, além disso, o que Crabbe e Goyle descobrem... tsc, não serve pra nada. Aliás, eles não descobrem nada. São muito burros! – disse Helena rindo. Gina sufocou uma risadinha.
- Isso é verdade. – disse.
- Então eu fui percebendo umas coisas entre vocês e cheguei à conclusão muito mais óbvia e certa, claro, que você amava a Gina. E resolvi protegê-la. – disse Helena. Harry bufou irritado.
- Desde quando você quer proteger a Gina se ela era sua... digamos que... “inimiga”? – perguntou.
- Deixe-a falar, Harry. – pediu Gina irritada.
- Eu pensei assim: se o Voldemort pegar o sangue errado, a poção provavelmente vai dar errado também. Então o Harry fingia namorar comigo enquanto vocês namoravam escondidos. – disse Helena.
- EU NÃO ACEITO ISSO! – gritou Gina se levantando.
- Calma! É só uma sugestão! – disse Helena assustada.
- Tudo bem. Desculpe. – disse Gina corando e sentando-se novamente.
- Então... vão seguir a minha sugestão ou não? – perguntou Helena.
- Não sei... – respondeu Harry.
- Melhor decidir logo, porque vamos colocar o plano em prática... – dizia Helena.
- Espera aí! – interrompeu Gina. - Nós, no caso, eu e Harry, temos que conversar primeiro sobre isso...
- Verdade. Espera aí. – Harry falou. Eles se levantaram e foram para um canto afastado da sala.
- O que houve? – perguntou ele.
- Não tá na cara? – Gina perguntou irônica.
- O que?
- Que ela está arrumando um pretexto pra te beijar, Harry! Ela quer ficar com você, e quer fazer com eu fique sozinha e me apaixone por aquele babaca do Malfoy! – comentou Gina irritada. Ah, então era isso? Ciúme.
- Gina... você sabe que eu não vou deixar ela me beijar em ocasião alguma! E sabe também que eu só gosto de você! Você sabe disso! – Harry disse com uma certa aflição na voz, o que Gina estranhou.
- Harry... por que você tá assim? – perguntou.
- Assim como?
- Assim... aflito!
- Eu não estou aflito! Só estou... nervoso. Só isso.
- Sei...
- Escuta, Gina. Ceninha de ciúme agora não, né?
- “Ceninha de ciúme?” Eu só tô defendendo o que é meu! – exclamou Gina num sussurro.
- Eu já disse que eu só gosto de você! Que é você que eu amo! Uma vez acredite em mim, por favor!
- Tudo bem, Harry. Eu aceito. Mas se ela tentar te beijar, nem que seja uma vez... eu acabo essa palhaçada e o nosso namoro vai por água abaixo! Não sei se você lembra, mas o nosso último plano foi um completo fracasso e nós quase acabamos o namoro definitivamente! Fique sabendo que se esse plano falhar... eu não vou mais fazer nenhuma tentativa! E, além disso, não sei se você lembra, mas o baile está chegando! – e dizendo isso Gina foi até Helena e sentou-se. Harry foi logo atrás, meio atrapalhado. Sim, ele tinha esquecido completamente do baile.
- Nós aceitamos. – disse Gina. Helena sorriu.
- Ótimo. Estão preparados? – perguntou ela.
- Preparados pra quê? – perguntou Harry confuso.
- Como pra quê? Pra terminar o namoro novamente! – disse Helena como se fosse a coisa mais simples do mundo. Harry e Gina se entreolharam. Um silêncio incômodo cobriu o aposento. Gina respirou fundo antes de falar:
- Estamos.
- Como assim, estamos? Mal começamos a namorar e você já quer terminar de novo? – Harry perguntou intrigado.
- Eu pensava que você queria! Afinal, o baile não importa mesmo. – comentou Gina desdenhosa.
- Claro que importa! Justamente por isso eu não quero acabar o namoro! Porque é com você que eu quero ir pro baile! – disse ele. Gina se exasperou.
- Agora você lembrou, foi? Pois desde o começo da conversa eu pensava nisso! Com quem eu iria, com quem eu passaria a noite, quem eu beijaria! – disse ela.
- Ainda faltam dois meses! – exclamou Harry.
- E daí?! Dois meses me protegendo! E você ainda vai com essa... essa... – Gina parou e ficou gesticulando com as mãos como se não houvesse um adjetivo no mundo pra descrever o quão feia era Helena. -... essa... olha... espero que me perdoe, Helena, mas você não é lá essas coisas, então...
- Eu sei, não se preocupe. – disse Helena. E completou: - Mas não se acanhem! Podem continuar brigando! Pelo menos eu assisto de camarote!
- O que é camarote? – perguntou Gina sem entender.
- Bom, é uma espécie de... – Helena tentou explicar, mas foi interrompida por Harry.
- Voltando ao assunto...
- É... Onde eu estava mesmo? Ah! Lembrei. Sinceramente, Harry. Eu acho melhor ir sozinha do que mal acompanhada! – disse Gina.
- Já sei! Tive uma idéia ótima agora! Vai resolver nossos problemas! Não sei como não pensei nisso antes! – Helena falou eufórica. Gina a observou, confusa.
- Qual a sua idéia? – perguntou ela.
- Uma semana antes do baile, eu e o Harry acabamos o namoro e vocês vão juntos ao baile! – disse Helena.
- Tenho que admitir que é uma boa idéia... – comentou Gina.
- Mas não vai dar muito na cara, não? – perguntou Harry. – Nós acabamos o namoro, eu namoro a Helena, depois volto pra você, depois pra Helena novamente. Vai ficar estranho...
- Também acho... – disse Gina pensativa.
- Não tinha pensado nisso... – Helena falou abalada.
- Voltamos à estaca zero... – comentou Harry desanimado.
- Anh? – Gina perguntou sem entender.
- É uma expressão trouxa. – Harry explicou.
- Ah...
- E que tal se nós não acabássemos o namoro? Você e Gina podiam dançar no baile! – sugeriu Helena.
- É uma boa idéia, Harry! – exclamou Gina. Harry, porém, continuava pensativo. Por fim, falou.
- Eu não achei.
- Por que?
- E se eu quiser beijar a Gina? Como vai ser? Oh, já sei! Que tal se eu levasse uma capa de invisibilidade e no meio da festa eu e Gina nos escondermos debaixo dela? – perguntou ele irônico.
- Não é uma má idéia... – comentou Helena absorta em seus pensamentos. Depois, parou subitamente de pensar e virou-se para Harry, olhando-o, assustada e impressionada ao mesmo tempo. – Você tem uma capa de invisibilidade?
- Claro que não! – mentiu Harry rapidamente. - Era só uma suposição!
- Ah... – fez Helena. Gina abafou uma risadinha. - Então teremos que acabar o namoro um mês antes?
- Também não... temos que pensar em outra coisa... – sussurrou Harry. Mas ele parou repentinamente de falar. Um barulho alto foi ouvido no corredor. Harry sacou a varinha na hora e virou-se para a porta. Ele ouviu vozes hesitantes.
- Eles têm que estar por aqui! Eu vi Harry subindo nessa direção, Rony! – sussurrou uma voz feminina.
- Eu sei, Mione. Mas isso não quer dizer que ele esteja aqui, quer? – perguntou Rony com a voz carregada de terror.
- Rony... só porque nunca viemos aqui, não quer dizer que ele não tenha vindo antes! E se eu estiver certa, e eu sei que estou, nesse andar, desse lado ficam os aposentos dos membros da ordem. – sussurrou Hermione com a voz vacilante.
- Tem certeza disso, Hermione? – perguntou Rony, mais que assustado. Aterrorizado.
- Absoluta. Vi o professor Lupin vir aqui uns cinco minutos atrás. – disse Hermione.
- Espera aí, Hermione. Se nesse lado ficam os aposentos dos membros da ordem... isso quer dizer que o quarto do Sirius está por aqui também, não é? – perguntou Rony vacilante. Harry sentiu suas pernas tremerem por um instante.
- Não. O quarto dele fica no quinto andar, onde ficavam os familiares. Mas ficava no final do corredor. Se não me engano, Sirius não gostava de dormir lá, trazia más lembranças. Mas tinha por causa dos seus pertences. E tem mais! Segundo a lei, tudo isso aqui, no caso, a casa e todos esses pertences que antes eram do Sirius, agora são do Harry. E você sabe que o julgamento para provar a inocência dele ainda nem começou. – disse Hermione.
- Então quer dizer que provavelmente tudo isso já pode ser considerado do Harry? – perguntou Rony num sussurro, com a voz contida.
- Bom... se o ministério da magia for seguir as leis, sim, tudo isso pode ser considerado do Harry. – sussurrou Hermione em resposta. O coração de Harry acelerou. Então tudo o que era de Sirius agora ia ser dele? Aquela casa enorme agora era dele? Hermione só podia estar brincando.
- Como fazemos para sair daqui? – Harry finalmente conseguiu perguntar.
- É só girar a maçaneta. – respondeu Helena.
- Mas... que lugar é esse? – perguntou Gina curiosa.
- É uma biblioteca. – disse Helena entediada.
- Isso nós sabemos! Mas... é uma biblioteca estranha, não acha? Todos os livros estão empoeirados ou estragados. Como conseguem ler aqui? – perguntou Harry olhando em volta.
- É porque essa não é... como posso dizer... uma biblioteca normal. – comentou Helena. E continuou: - Eu achei esse lugar na primeira vez que vim nessa casa. Nem sei como consegui entrar. Só sei que entrei e comecei a pesquisar algumas coisas. Li alguns livros, que por sinal são ótimos! Eu cheguei a me empolgar muito com essa biblioteca e passei horas seguidas aqui, lendo.
- Como você pode ler com livros tão empoeirados? – perguntou Gina olhando um livro.
- O que você descobriu? – perguntou Harry. Helena respirou fundo antes de falar.
- Descobri que Sirius Black é, na verdade, descendente de Salazar Sonserina.
Harry não podia acreditar. Sirius era descendente de Salazar Sonserina?
- Mas isso é impossível! – exclamou ele exasperado.
- Não é não! Eu pesquisei em vários livros e cada vez mais a minha sede por informações aumentava! E eu comecei a ir mais além! Olhei na seção reservada e achei um livro que falava sobre os Black. Só então descobri como surgiram! – falou Helena assustada.
- Tem alguém aí? – chamou uma voz do lado de fora. – Harry? Gina? São vocês?
- Somos, Hermione! Posso abrir a porta, Harry? – perguntou Gina. Harry confirmou com a cabeça. Gina foi até a porta e abriu. Rony e Hermione entraram mais que depressa na sala.
- O que está acontecendo? – perguntou Rony.
- Sirius é descendente de Salazar Sonserina. – Gina falou. Rony e Hermione se olharam boquiabertos.
- Como? Como foi que descobriram isso? – perguntou Hermione com a voz fraca.
- Pesquisei em vários livros. Salazar Sonserina se casou com uma mulher e a filha deles se casou com um Black! Então ela virou uma Black também! – falou Helena.
- Merlim! – sussurrou Rony sentando-se na cadeira.
- Eu pensava que o sobrenome de Salazar ia se sobrepor ao dos Black! – disse Hermione.
- Mas ele se sobrepôs! O problema é que na hora de se casarem, o Noferus Black raptou a própria noiva e fez seu sobrenome se sobrepor ao de Salazar! Eles se casaram e quando voltaram, o nome dela era... era... – Helena vacilou ao falar.
- Era qual? – insistiu Harry.
- Lílian Black. – disse Helena num murmúrio. Mas Harry ouviu.
- Lílian? O nome da minha mãe? – perguntou Harry hesitante.
- Isso mesmo. – respondeu Helena.
- Merlim! – sussurrou Rony novamente.
- Mas como isso é possível? – perguntou Gina.
- Não sei! Mas tem uma foto dela no livro. Eu vou pegar pra você ver. – disse Helena se levantando e dirigindo-se a um canto afastado do aposento. Ela ia andando e falando.
- Segundo a história, Lílian e Noferus se amavam. Mas como Lílian não queria ter o pai que tinha, ela combinou uma fuga com Noferus. Ela não queria seu nome gravado com Lílian Sonserina e sim com o nome do seu amado. A fuga ocorreu com sucesso e eles conseguiram viver tranqüilos num povoado por cinco longos anos. Tiveram uma filha que se chamou Amélia. Mas um dia, foram descobertos. Noferus fez de tudo para proteger a mulher e a filha, mandou que ela se escondesse. No entanto, Lílian, com uma menina de apenas um ano de idade não ia conseguir proteger a filha e nem a si mesma. Na rua, sendo seguida e caçada, Lílian encontrou uma mulher. Decidiu que já que não conseguia proteger a filha, alguém a protegeria por ela. Em entregou Amélia à mulher e fugiu. Foi morta pouco depois. A única coisa que Amélia sabia sobre si mesma era seu nome e sobrenome. Sobre a mãe, só que se chamava Lílian e o pai Noferus. Nada mais, nada menos. Lílian desonrou o nome dos Sonserina e Salazar expulsou-a da sua vida matando-a. – terminou Helena voltando para o lugar onde eles estavam, com um livro na mão. Ela abriu numa página e entregou-o a Harry. Assim que segurou o livro, Harry o largou.
- Essa é a minha mãe! – exclamou. Hermione, Rony e Gina se agruparam em torno do livro e soltaram exclamações de surpresa. O livro era colorido e dava para ver perfeitamente a mulher na página. Ela estava usando um vestido antigo, seus cabelos ruivos estavam presos num coque elegante. Seus belos olhos verdes combinavam com o vestido. Ela sorria sincera e tinha um olhar de extremo carinho.
- Merlim! – exclamou Rony pela terceira vez. – Harry! É a sua mãe!
- Não é! Essa é Lílian Black! – disse Helena pegando o livro da mão de Hermione. Esta olhou feio pra ela.
- Mas é igualzinha a minha mãe! Até o último fio de cabelo! – falou Harry exasperado.
- Mas não é ela! Entenda isso, Harry! NÃO É ELA! – falou Helena. Hermione estava pensativa.
- E se... na verdade... a mãe do Harry... no caso, Lílian Potter... for a reencarnação da Lílian Black? – ela perguntou lentamente, como se estivesse absorvendo a informação.
- Merlim! – exclamou Rony.
- Mas como isso é possível? – perguntou Harry confuso.
- Não sei... mas também não é impossível disso acontecer. Vai ver... Merlim quis que ela voltasse porque não tinha acabado de cumprir sua missão... ou alguma coisa assim... – comentou Hermione.
- Ou talvez... – Gina falou pensativa. – Ela tivesse voltado para fazer o que ela não tinha feito antes!
- Como assim? – perguntou Hermione desordenada. Gina respirou e falou:
- Entendam... Lílian Black não protegeu sua filha, certo?
- Certo. – respondeu todos.
- Então... ela reencarnou no corpo da Lílian Potter para a mesma coisa, só que essa Lílian não era covarde e te protegeu, Harry! Ela fez uma coisa que a Black jamais faria: morreu por você. Morreu para você viver! – falou Gina. Hermione fez uma cara de entendimento. Helena fez uma cara impressionada. Rony exclamou:
- Merlim!
- Faz sentido... – comentou Helena.
- Faz sentido? É uma teoria brilhante! E isso pode ser verdade! Essa é uma informação valiosa que temos em mãos! – disse Hermione sorrindo.
- Por que é uma informação valiosa, Mione? – Harry perguntou perturbado.
- Por que se Voldemort descobrir isso, Harry... ele vai saber como te derrotar. – Hermione disse.
- Continuo não entendendo...
- Ah, Harry! Quando você vai deixar de ser cabeça-dura? No caso dele descobrir isso, pode te colocar contra nós e fazer você mesmo se matar! – Hermione falou.
- Merlim! – exclamou Rony assustado.
- Mas como? – perguntou Harry.
- Fácil. Harry... você não notou nada? Não tem mais ninguém aqui pra te proteger nesse mundo! Você tem que se virar sozinho! E se Voldemort souber disso, ninguém mais poderá detê-lo. Ele virá te procurar e irá te torturar até a morte. – Hermione falou.
- Nossa sorte é que ele não sabe o final da profecia! – disse Rony.
- RONY! – exclamaram Harry, Hermione e Gina ao mesmo tempo, furiosos.
- O que foi que eu fiz? – ele perguntou inocentemente.
- Nada! Simplesmente nada! Esquece! – Gina falou irritada, sentando-se numa cadeira.
- Acho melhor irmos embora. Já devem estar a nossa procura. – disse Hermione se levantando da cadeira.
- É verdade. Também acho melhor. Vamos. – concordou Harry puxando Gina e carregando-a no colo, ela estava com uma tremenda cara de sono. – Você não vem, Helena?
- Já vou indo. Só vou guardar o livro. – respondeu Helena sorrindo.
- Vamos esperar. – Gina sussurrou no ouvido de Harry. Ele riu. Gina estava bêbada de sono.
- Tudo bem. – disse Helena. Ela foi correndo até um canto afastado e desapareceu entre as estantes. Logo depois, voltou e abriu a porta para Harry passar com Gina. Em seguida, saiu do aposento.
Harry levou Gina até o quarto dela e de Hermione e a depositou na cama. Eles (Harry e Gina) se despediram com um beijo e Harry foi com Rony para o quarto. Amanhã seria um outro longo dia.
Harry andava por entre árvores que ficavam cada vez mais juntas. Logo atrás vinham Rony, Hermione e Gina, todos machucados. Nesse momento, eles ouvem um barulho e Harry se vira bem em tempo de ver Gina ser morta por um comensal....
- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOO! – gritou. Acordou ensopado de suor.
- Harry? – perguntou uma voz hesitante. – Você tá bem? O que aconteceu?
- Nada, eu... eu... tô bem... acho que tô... Gina... preciso falar com ela... – Harry falou se sentando na cama. Uma grande angústia começou a crescer dentro dele. Rony se levantou e foi até ele.
- Cara... com o grito que você deu, acho que acordou a casa toda! – sussurrou.
- Eu já tô bem... foi só um pesadelo... – murmurou Harry, desejando que fosse apenas isso mesmo. Mas Rony não se convenceu.
- É melhor nós irmos lá embaixo e você tomar um copo de leite, água com açúcar, ou só água... sei lá! Só sei que é melhor você se acalmar, cara!
- EU ESTOU CALMO! – Harry gritou desesperado. – Mas eu preciso ver a Gina. Preciso falar com ela. AGORA!
- Calma! Eu vou chamá-la! Fica aqui e se acalma! – Rony disse sacudindo Harry. Ele confirmou com a cabeça. Assim que Rony abriu a porta, deu de cara com...
- GINA! – disse ele abraçando-a. Ela não entendeu nada. – Harry precisa de você!
- O que está acontecendo? – Hermione perguntou entrando no quarto seguida por Helena, pela Sra. Weasley e pelo Sr. Weasley. Gina foi até Harry e ele a abraçou com força.
- Não sei. Harry acordou gritando um “nããããããããoooooo!”, e durante todo o sono murmurou o nome da Gina. E mesmo depois de acordado ele insistia em falar com ela! Ele disse que teve um pesadelo. – Rony falou preocupado.
- Deve ter acontecido alguma coisa... – sussurrou Hermione, mais pra ele mesma do que para os outros.
Não muito longe dali...
- Harry... o que aconteceu? – perguntou Gina baixinho para que só ele pudesse escutá-la.
- Eu... tive um pesadelo... não me deixa, Gina! Por favor não me deixa! – Harry pediu num sussurro.
- Eu nunca vou te deixar, Harry! Nunca! Eu te amo, ouviu bem? Eu te amo! Por favor, me conte qual foi o pesadelo! – Gina pediu.
- Eu sonhei... sonhei que... que você... morria. – Harry murmurou. Gina ficou paralisada. Então era por isso todo o drama? Por causa... dela? Gina percebeu que Harry chorava, mas que ele não demonstrava.
- Harry... não se preocupe. Eu estou aqui com você. Você não vai me perder! Foi apenas um pesadelo! Não passa disso! – sussurrou Gina abraçando-o ainda mais forte. E completou: - Confie em mim.
- Eu confio, Gina. Eu confio. – Harry murmurou em resposta, mas percebeu que Gina termia tanto quanto ele. Sabia que ela também estava assustada.
- Harry, querido... você está melhor? – a Sra. Weasley perguntou timidamente, parecendo preocupada.
- Sim, obrigado Sra. Weasley. Acho que já posso voltar a dormir. – Harry disse.
- Tem certeza, Harry? – Gina perguntou insegura.
- Absoluta. – Harry respondeu. E completou: - Não se preocupem.
- Está bem então. Eu e Hermione já vamos. – disse Gina. E virou-se para Harry, sussurrando: - Tudo ficará bem. Não se preocupe.
- Obrigado Gi. – Harry agradeceu.
- Não tem o que agradecer, Harry. Mas se precisar de mim, pode chamar! Ou gritar... – completou Gina, rindo. Harry também riu.
- Certo. Boa noite... – desejou Harry. -...ruivinha.
- Boa noite, Harry. – desejou Gina rindo. Ela saiu do quarto com Hermione e a Sra. Weasley. Rony virou-se para Harry, animado.
- Que história é essa de ruivinha? – perguntou desconfiado.
- São códigos, caro Rony. Códigos. – Harry respondeu se deitando e sorrindo. Rony também sorriu.
- Depois você me ensina alguns desses códigos pra eu usar com a Mione. Boa noite. – disse Rony.
- Boa noite. – disse Harry se cobrindo. Depois de dez segundos...
- RONC! – Rony solta um ronco alto da cama e Harry solta uma risadinha. Ele fecha os olhos e a imagem de Dumbledore lhe vem à cabeça. “Só abra no natal”. E ainda era natal. Harry sai silenciosamente da cama e pega seu malão debaixo dela. Abriu-o e pegou a caixinha. Examinou-a lentamente. Era verde e completamente lacrada. Harry suspirou desanimado.
- Mas como eu vou abrir isso? – mal ele acabou de falar, a caixinha flutuou e parou em frente a Harry, girando sozinha. Apareceu uma fechadura que se abriu magicamente. Ele pegou a caixinha e abriu-a. Lá tinha a mais bela jóia que podiam imaginar. Harry soltou uma exclamação quando viu.
Era uma jóia verde, parecida com uma esmeralda. Era da cor dos olhos de Harry.
A pequena jóia brilhou intensamente quando Harry a pegou. Ficou admirado pela beleza dela. Mas Harry percebeu uma coisa. Faltava um pedaço da jóia, ela estava partida ao meio. Dentro da caixinha havia um bilhete. Harry pegou os óculos e leu.
Harry,
espero que tenha gostado do presente. Era da sua mãe. Lílian possuía essa metade da pedra e achei que gostaria de ter alguma recordação dela, não é mesmo? Guarde-a bem. Essa pedra é mais importante e preciosa do que você imagina. Junto com a outra metade, ela pode dar grandes poderes à pessoa que a possuir. Tenha muito cuidado e fique atento para que ela não caia em mãos erradas.
Dumbledore.
Harry acabou de ler o bilhete com uma frase na cabeça: “Essa pedra é mais importante e preciosa do que você imagina”. Será que tinha alguma coisa a ver com o príncipe mestiço? Ou alguma coisa a ver com a morte de Sirius? Isso era o que ele ia descobrir agora.
Harry pegou a capa de invisibilidade e saiu do quarto sem fazer barulho. Subiu as escadas até o quinto andar. Andou silenciosamente, de quarto em quarto até o final do corredor. ”O quarto dele fica no quinto andar, onde ficavam os familiares. Mas ficava no final do corredor”. Harry lembrava perfeitamente das palavras de Hermione. Ela estava indo direto para lá.
Finalmente chegou na última porta do corredor. Tinha uma fechadura prateada, muito bonita, mas estava enferrujada. Harry girou a maçaneta e abriu a porta e...
N.a: Pessoal!!!!!!!!!!!! Desculpem a demora do cap.! Esse demorou pra caramba... putz... Mas besteira... O próximo vai sair mais cedo, talvez daqui a um ano... BRINCADEIRA! Ah! Desculpem MESMO pela demora. Eu tava sem tempo pra postar, mas tá aí. Um beijo e MUITOOOOOOOOOO obrigada pelos coments. Continuem comentando, viu? PLEASE! (Vixi, que escândalo...). Ah! Mais uma coisa: a partir de agora os caps. vão ser maiores, ok?! TCHAU! E só pela demora do cap., eu vou colocar uma parte do próximo...
...o que mais chamou a atenção dele estava em cima da cama, iluminada pelo luar. Uma penseira.
Harry olhou-a de longe e foi se aproximando. A cada passo que dava sua curiosidade ia aumentando. Finalmente chegou na penseira e sentou-se ao lado dela. O líquido que parecia com água começou a tremer e depois foi rodando. Harry viu quatro garotos andando e rindo animadamente. Ele se aproximou e tocou seu rosto no líquido. Um segundo depois ele estava dentro da penseira.
- Almofadinhas, como será que o Pontas está se saindo no seu tão esperado encontro com a ruivinha? – Harry ouviu alguém perguntar atrás dele. Ele se virou e deu de cara com Hogsmead. Tudo bem que era uma Hogsmead um pouco mudada, mas ainda sim, Hogsmead. E Sirius, Lupin e Pedro estavam andando pela rua.
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