Desespero por Helena...



Capítulo trinta e um: Desespero por Helena...



Desceram as escadas silenciosamente e Harry ficou escondido na escada, enquanto Gina ia pra cozinha.

- Gente! Que desânimo é esse? – perguntou Gina na cozinha. Harry esperou do lado de fora, para ser apresentado.

- Gina... sem o Harry aqui não tem graça. Ele já faz parte da família. Mesmo antes de vocês namorarem ou de se casarem. – disse Rony. Harry abafou uma risada.

- O Harry vai ficar bem! Todos nós sabemos disso! – disse Gina agoniada.

- Você diz isso porque brigou com ele! – disse Rony.

- Não fala assim com ela, Rony. Não foi culpa da Gina! Foi culpa do Harry... mas ele faz muita falta aqui... isso eu admito, até porque ele é nosso melhor amigo! – disse Hermione.

- Tem alguém ali na sala que quer falar com vocês, posso mandar entrar? – perguntou Gina.

- Tem que ser agora, querida? – perguntou o Sr. Weasley cabisbaixo.

- Tem, pai. É do St. Mungus. Disse que quer informar uma coisa sobre o Harry ou alguma coisa assim. Parece que veio falar sobre o estado dele. – disse Gina. Harry abafou uma risada. Gina era uma boa atriz.

- Mande-o entrar. – disse a Sra. Weasley rapidamente.

- Vou chamá-lo. – disse Gina se levantando da mesa e indo até Harry.

- Vem! – ela sussurrou para ele. Harry seguiu-a.

- Pode entrar. – disse Gina para ele quando ela chegou na cozinha. Harry entrou. – Surpresa! – todos olharam de Harry para Gina e de Gina para Harry e sorriram.

- Que bom que você veio, Harry querido! – disse a Sra Weasley abraçando-o. – Você está bem? Melhorou?

- Acordei a uma... – Harry tentou dizer mas...

- HARRY! QUE SAUDADE! QUE BOM QUE VOCÊ MELHOROU! VOCÊ NÃO DEVIA ESTAR NO HOSPITAL? – perguntou Hermione abraçando-o forte. Um abraço que quase o deixou sem ar.

- Oi, Mione...

- Harry! Quanto tempo! Um mês! Como você tá, cara? E a recuperação? Foi boa? – perguntou Rony apertando-o num abraço.

- Foi boa...

- Harry! Como vai? Que bom que você está aqui conosco! E que maravilha que você melhorou! – disse o Sr. Weasley. Harry sorriu sem graça.

- Obrigado. – murmurou ele, sendo abraçado pelo Sr. Weasley.

- Harry! Recebeu nossos presentes? – perguntou Fred.

- Gostou? – perguntou Jorge.

- Usou? – completou Fred dando uma piscadela para Harry. Este riu.

- Recebi, gostei, mas não usei. – respondeu Harry sorrindo.

- Que pena! – comentou Fred.

- Dá pra você usar na aula do Snape quando ele te importunar! – sugeriu Jorge rindo.

- Fred! Jorge! Parem com isso agora e deixem o Harry se sentar! – disse a Sra. Weasley.

- Foi mal! – responderam os gêmeos ao mesmo tempo. Harry se sentou e todos sentaram ao seu redor.

- Como você se recuperou, querido? – perguntou a Sra. Weasley carinhosamente.

- Bom, eu acordei a uma semana, e dali pra cá fui me recuperando. – disse Harry.

- Queremos detalhes. – disse Hermione.

- Ah... quando eu acordei, eu não conseguia nem falar. – disse Harry pensativo. Todos fizeram “Ah!”. – Mas eu fui recuperando as forças aos poucos. Primeiro a fala, depois os movimentos da cintura pra cima. O último movimento recuperado foi o das pernas. Era difícil. Tinha que fazer muito esforço. Mas logo recuperei. Não totalmente, claro. Ainda estou meio enferrujado, mas daqui a mais ou menos uma semana vou estar novinho em folha. – terminou Harry sorrindo. Todos sorriram.

- E o quadribol? – perguntou Hermione.

- Quando voltar já vou poder praticar. Mas nas férias de natal, não. – disse Harry tristemente.

- E vocês se acertaram? – perguntou Hermione apontando de Harry para Gina. Eles sorriram.

- Sim. – Gina respondeu. Todos ficaram felizes. O natal naquela noite foi uma festa. No meio da bagunça apareceram Moody, Lupin, Tonks e Mundungo.

- Harry! Deve ter sido difícil ficar inconsciente por tanto tempo, não? Mas você não sentia então não tem problema! – disse Mundungo. Estava com bafo de bebida.

- Harry! Como vai você? – perguntou Lupin. Ele não esperou resposta e levou Harry até um canto afastado. – Escute. Eu preciso que você me desculpe por Hogsmead. Você sabe que eu não estava no meu juízo perfeito, e...

- Não se preocupe, Lupin. A culpa não foi sua. A culpa foi de Voldemort! Aquele filho da...

- Harry... olhe pra mim. – pediu Lupin segurando os ombros de Harry. – Sabemos os próximos planos de Voldemort e presumimos que ele vai atacar seus tios. – disse ele. Harry se espantou. Tudo bem que ele não gostava dos tios, mas não a ponto de vê-los... mortos.

- Mas como? E o que vocês vão fazer? Eu vou ficar como? Eles não podem morrer! Onde eu vou ficar? O que vai acontecer depois? Não sei o que vou fazer se eles morrerem! – exclamou Harry angustiado.

- Acalme-se, Harry! Vamos dar um jeito! Calma! Temos guardas em volta da casa e eles vão ficar vigiando-a dia e noite! – disse Lupin. Harry continuava aflito.

- Mas e se os comensais conseguirem entrar assim mesmo e matá-los? O que vão fazer? – perguntou.

- Vamos dar um jeito. Vamos fazer o possível para que seus tios fiquem bem. Mas fique calmo. – disse Lupin.

- Tudo bem. Desculpe. – sussurrou Harry agoniado. Sua angústia ainda não tinha passado.

- Harry! – chamou alguém. Harry se virou e observou Moody vir até ele. - Como está? Já soube?

- Dos meus tios? – Harry perguntou. Moody confirmou com a cabeça. – Já.

- Sentimos muito, Harry. Vamos fazer o possível para ajudá-los. – disse Moody.

- É isso mesmo, Harry. Você vai voltar pra casa dos seus tios, não se preocupe! – disse Tonks sorrindo.

- Harry! Vem cá! – chamou Gina do outro lado da sala. Harry se despediu de Tonks, Moody e Lupin e foi até Gina, Hermione e Rony.

- O que houve? – perguntou.

- Viu o artigo no Profeta Diário de ontem? – perguntou Hermione.

- Vi. Mas só hoje. No Nôitibus. – disse Harry.

- A Cho não contou os diálogos, só a história. Foi muito honesto da parte dela. Pelo menos ela não falou que o Lupin era lobisomem. – Hermione disse aliviada.

- Ela falou certo dessa vez. Mas acho que ela não ouviu quando a Tonks falou comigo sobre o Lupin. Por isso não falou que ele era lobisomem, entenderam? – perguntou Harry.

- Entendemos, Harry. Não precisava explicar. – disse Hermione entediada. Harry riu da cara da amiga.

- Eu preciso falar com vocês. – disse alguém atrás deles. Hermione foi mais rápida e sussurrou antes que alguém pudesse se virar.

- Helena. – sua voz saiu com muito rancor.

- Preciso falar com vocês. – repetiu Helena.

- Pode falar. – disse Harry.

- É sério. É uma coisa muito importante. – disse Helena. Parecia que estava ficando agoniada.

- Perdeu seu tempo tentando falar com a gente. Por que não vamos falar com você. – disse Rony irritado.

- Por favor! Preciso que vocês me escutem! – disse Helena. Dessa vez ela não parecia: estava angustiada.

- Certo, Helena. Nós falamos com você. – Harry disse finalmente, percebendo que se não falassem com ela, Helena teria um surto. Seguiram Helena até um quarto do primeiro andar e ela fechou a porta rapidamente.

- Certo... o que você quer falar com a gente? – perguntou Rony irritado.

- É sobre uma coisa... muito importante... muito mesmo... – Helena falou andando de um lado para o outro do quarto. Agora ela parecia uma garota que estava prestes a fazer uma loucura.

- Mas o que é? – perguntou Hermione.

- É sobre ele... – sussurrou Helena indo até Harry e segurando-se nele com uma força incrível.

- Ele quem, Helena? – perguntou ele tentando soltá-la. Ela arregalou os olhos.

- O... o... você... você-sabe-quem... ele está chegando... vai matar todos... ELE ESTÁ VINDO! ESTÁ PERTO DE NOS MATAR! ELE VAI PEGAR TODO MUNDO E DEIXAR SEM VIDA! VAMOS TODOS MORRER, HARRY! TODOS NÓS! – gritou Helena descontrolada. Seus olhos encheram-se de lágrimas e ela se ajoelhou no chão, com os olhos arregalados, a boca entreaberta e balançando de um lado pro outro. Helena parecia enlouquecida.

- HELENA! – gritou Hermione se ajoelhando ao lado dela.

- O que você quer dizer com isso, Helena? O QUE? – Harry perguntou sacudindo-a. Mas Helena continuava com uma expressão sinistra.

- Ele está se reerguendo... ele vai voltar e matar todos nós... – ela sussurrava com a voz rouca. Todos estavam agitados. Gina se ajoelhou na sua frente e começou a sacudi-la mais forte que Harry.

- Não deixa ele te possuir, Helena! Não deixa! Você não merece! REAGE! VAI! – ela gritou para Helena.

- Não... ele não deixa... tem poderes que ninguém conhece... matar... – Helena estava começando a tremer.

- ELA ESTÁ SENDO POSSUÍDA! – gritou Hermione assustada.

- AAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – Helena gritou como nunca havia gritado antes. Sua pela estava ficando enrugada e...

- ELA PARECE UMA COBRA! – gritou Gina aterrorizada.

- OLHEM OS OLHOS DELA! – gritou Rony desesperado. E eles deviam se preocupar. Os olhos dela estavam vermelhos como duas pupilas.

- PRECISAMOS TIRAR VOLDEMORT DE DENTRO DELA! AGORA! – gritou Harry. Todos ouviram passos e batidas na porta.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – um novo grito de Helena.

- Abram a porta! ALOHOMORA! – alguém gritou do lado de fora. Mas o feitiço não fez efeito.

- O QUE ESTÁ ACONTECENDO? – ouviu-se a voz de Lupin do lado de fora.

- HELENA ESTÁ SENDO POSSUÍDA! – gritou Hermione amedrontada.

- ECA! – Gina saiu de perto de Helena, enojada. Ela havia vomitado uma coisa branca! Horrível!

- O que é isso? – perguntou Rony intrigado. Hermione olhou bem e saiu rápido de perto. Começou a chorar.

- É O VÔMITO DA ALMA! – gritou ela desesperada.

- AI MEU MERLIM! – eles ouviram alguém exclamar do lado de fora.

- Vômito de quê? – perguntou Rony confuso. Gina começou a chorar também.

- Vômito da alma, RONALD! Helena vomitou a alma dela! – disse Hermione se ajoelhando desolada. Rony e Harry se entreolharam apavorados.

- E o que vai acontecer? – perguntou Rony.

- Temos que guardar a alma dela... e... e... – Hermione não conseguiu continuar.

- Matá-la. – alguém falou do lado de fora. Todos se olharam desconsolados.

- Achem algum pote ou vaso, sei lá! VAMOS! – gritou Hermione. Todos começaram a procurar. Helena estava desmaiada no chão, mas sofria freqüentes transformações.

- CRAQUE! – Mclagan aparatou ao lado deles.

- PROFESSOR! – Harry, Rony, Hermione e Gina gritaram.

- Eu arranjo um vaso. Aparecium! - disse Mclagan. Um vaso apareceu em sua mão. Helena voltou a se contorcer. – Coloquem a alma dela aí dentro! RÁPIDO!

- HELENA! – gritou Harry. Ela havia se levantado de cabeça abaixada. O cabelo pequeno no rosto, e o corpo mole que quase não se agüentava em pé. Harry sentiu uma pontada forte na cicatriz.

- Fique parada, minha filha! Fique parada! – ordenou Mclagan. Hermione já havia guardado a alma.

- E... por qual motivo eu deveria obedecer uma ordem sua, Mclagan? – perguntou uma voz fria, cortante e rouca vindo de Helena.

- AAAAHHHHHHHHHHHHH! – Harry gritou caindo no chão. Gina e Hermione se ajoelharam ao seu lado.

- Pobre Potter... acho que já está na hora de me revelar... – e dizendo isso Helena ergueu a cabeça.

- AAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – gritaram Harry, Rony, Hermione, Gina e Mclagan, horrorizados pela visão. Helena estava com os olhos vermelhos, estreitos como pupilas. O sorriso amarelo agora tinha dentes bastante afiados, o nariz parecia com o de uma cobra e a pele tinha ficado enrugada, parecendo com escamas. Pela primeira vez Harry sentiu pena de Helena.

- Por que se assustaram? Eu sou tão feio assim? – perguntou Helena. Soltou uma gargalhada alta, fria e cruel, que fez o ar faltar no pulmão de Harry. Hermione e Gina não se mexiam. Tampouco Rony e Mclagan.

- Você não está paralisado, não é, Potter? Então vamos ter uma conversinha... – sussurrou Helena sentando-se no chão e ficando na mesma altura de Harry. Ele olhou em volta. Todos estavam imóveis. Aparentavam estar parados no tempo.

- Isso mesmo, Potter. Eles pararam no tempo, sim. Eu os deixei assim. – disse Helena.

- Onde está a Helena? – Harry perguntou com dificuldade.

- Ora, Potter! Acho que está na hora de mudar de óculos! – comentou Helena rindo, o que fez Harry, mais uma vez, sentir uma forte pontada na cicatriz. – Eu sou a Helena, não está me reconhecendo?

- NÃO! CADÊ ELA? – Harry perguntou gritando. Ele se levantou.

- Eu estou aqui, Potter. Na sua frente. – disse Helena se levantando também. Eles se encararam com profundo ódio. Helena, em vez de ficar com raiva, riu.

- VOCÊ A POSSUIU! POR QUE VOCÊ MESMO NÃO VEIO, HEM?! FICOU COM MEDO, FOI? SE ACOVARDOU? DESDE QUANDO VOCÊ TEM MEDO DE MIM, VOLDEMORT? – perguntou Harry.

- EU NÃO TENHO MEDO DE VOCÊ, POTTER! E só para responder sua pergunta: eu não vim porque não quis. – disse Voldemort, agora com sua voz verdadeira, mas no corpo de Helena.

- MENTIRA! – gritou Harry. Ele tinha que ganhar tempo. Tinha que irritar Voldemort.

- Tsc, tsc... você não sabe de nada, Potter. Eu só vim dar um aviso: estou de olho em você. Qualquer coisa que fizer em Hogwarts... tenho minhas fontes lá. – disse Voldemort.

- Que fontes?

- Não interessa! Pena que não posso matá-lo, Potter. A menina morreria com esse simples esforço. – comentou Voldemort.

- Está com pena dela, é?

- Não diga tolices! Eu só não a mato porque ela virá a ser útil pra mim. E eu preciso dela. E, além disso, você não morreria, apenas ficaria fraco. – disse Voldemort, no caso, no corpo de Helena, virando as costas. Era sua chance.

- Ei! – Voldemort se virou. - AVADRA KEDAVRA! – gritou ele. Helena (o corpo da garota), caiu no chão. Harry se aproximou dela e tocou seu pescoço. Estava morta.

- Ai... ui... minhas costas. – comentou alguém atrás dele. Olhou pra trás e viu Hermione, Gina, Rony e Mclagan se levantando.

- Harry! Que bom que você está bem! – disse Hermione abraçando-o. Gina também foi até ele. Mclagan foi até Helena com o vaso numa mão e um frasco na outra.

- Harry! O que aconteceu? Por que eu caí no chão? Por que a Helena tá no chão? – perguntou Rony curioso.

- Eu não podia ver nada, mas eu sentia. Não agüentava mais ficar presa com ele dentro de mim. Obrigada por me salvar, Harry. – disse Helena atrás deles. Harry se virou. Mclagan já devolvera a alma de Helena.

- É pra isso que servem os amigos. – disse. Todos sorriram.



N.a: Pessoas!!!!!!!!! Por favor, me perdoem por demorar TANTO pra postar esse cap.!!! Não sei se ficou TÃÃÃÃOOOOOO bom, mas dá pro gasto... No próximo cap. vai rolar muita coisa... Não tanta... mas muitas revelações, com certeza! Aguardem pra ver!! Só mais uma coisa... KD OS COMENTS? Voltando ao assunto, muito abrigada a todos que comentaram e continuem comentando!!! Até o próximo cap.!!!

Prévia do próximo cap.:



- Sente aí. – disse Helena. Harry sentou numa cadeira e só agora olhou o quarto. Não era exatamente um quarto. Estava mais pra biblioteca. Tinham várias estantes cheias de livros. Estavam todos empoeirados e tinham alguns que pareciam estragados.

- O que houve? - ele perguntou.

- Eu preciso te contar uma coisa. – disse Helena.


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