Aquele que não devia voltar



Aquele Que Não Devia Voltar



Acordei com uma tremenda dor de cabeça, já haviam se passado dois dias desde o acontecimento na sala de História da Magia em minha formidável detenção. A Weasley simplesmente declarou-se doente e matou aula durante dois dias inteiros deixando com um de seus colegas de monitoria incompetentes para me monitorar e tagarelar na minha cabeça.

Rolei na cama por algum tempo, Alice como sempre havia invadido minha mente e descobriu o que havia acontecido, bem... Sua primeira palavra foi: “ECA”, para depois começar um interminável discurso sobre bons modos com ás garotas, John limitou-se em me fitar espantado como se eu fosse algum tipo de aberração mutante, sinceramente eu ando a fim de mandar Merlim ir se fuder, afinal qual é o problema dele? O cara me persegue! Ele acha que não tem mais ninguém no mundo para ele fazer a vida se tornar uma merda, minha vontade é espancar esse velho vesgo filho da puta.

- BOM DIA! BOM DIA! O CÉU ESTÁ AZUL! – John cantarolava no quarto arreganhando meu cortinado e me sorrindo como um retardado. – PASSARINHOS VOAM PELO JARDIM E A LULA GIGANTE FEZ BUM!
- John para de cantar, minha cabeça está doendo. – Resmunguei me levantando com certa dificuldade.

John me encarou de maneira marota e eu sabia que ele faria de tudo para piorar meu sofrimento e bem... Não deu outra. Ele conjurou um tambor e começou uma batucada desgovernada enquanto eu voltava a amaldiçoar Merlim e toda a futura descendência de Johnnathan, meu grande amigo filho da puta. Já deu para perceber como minha boa anda limpa hoje não é? Ah, que se dane, eu nunca disse que não gostava de palavrão.

- Wow! Que barulho! – Alice saltitava para dentro do quarto fazendo John parar de tocar. – E aí John? Como foi ontem com a Potter?
- Com a Potter? – Franzi o cenho.
- É... – Alice ria enquanto John dava os ombros. – A Potter pegou nosso amiguinho aqui, completamente nu no banheiro dos monitores.
- Alice, invadir a mente das pessoas é errado! – John grunhiu.
- Hey, a mente dela estava praticamente gritando ok?
- E o que estava gritando? – Quis saber meu amigo curioso o que me fez sorrir também.
- Você disse que é errado invadir a mente das pessoas... – Alice desabava em minha cama com uma expressão de inocência.
- Argh! Diz logo Alice! – Gritou John.
- Não! – Ela riu saltitando para fora do quarto.

Fitei John com o canto dos olhos, nunca havia o visto tão curioso, lancei um sorriso sarcástico a ele que me fitou com desespero, John era um ótimo legimente, mas péssimo oclumente e bem... Invadir sua mente não era lá a coisa mais difícil do planeta terra. O olhei nos olhos e me aprofundei em seus pensamentos e memórias, sorri de canto enquanto fazia isso.

Eu estava no banheiro dos monitores, John tomava seu banho de espuma como se fosse uma mulher, por Deus como ele me envergonha! E ainda tinha um patinho? Cara, isso realmente é ridículo.

- Vamos lá super duck salve a princesa Leah do terrível Darth Vader! – Meu ignóbil amigo dizia fazendo surgir um barquinho, uma bonequinha e um bonequinha na banheira, uma cena deveras lastimável em minha opinião. – Ohhh não senhor Vader, me deixe viverrr... Você deve morrer LEAHH!!! SUPERRR DUCK ME SALVEEE!!!

Arregalei os olhos ao vê-lo afinal e engrossar a voz, isso não é lá uma coisa que se vê todos os dias se é que alguém me entende. Fora aí que John levantara-se da banheira coberto de espuma e começara a procurar algo, creio que era sua toalha. Virei os olhos para a porta, ver John pelado não é lá uma das cenas mais agradáveis do universo. Foi então que ela apareceu...

Os cabelos ruivos e lisos na altura dos ombros, os olhos castanhos escuros e o rosto salpicado de sardas, sua boca pequena se abriu categoricamente fitando a bunda de John que cantarolava algo como “Yellow Submarine”, foi aí então que ela gritou, e tampou os olhos com as mãos, John escorregou e caiu de testa no chão, como eu disse antes, cena lastimável.

- TAHAN! COMO VOCÊ OUSA FICAR NU ASSIM? – Gritou a Potter de olhos fechados.

John não respondera e eu fiquei o encarando, talvez o único neurônio dele tivesse morrido naquela queda. A Potter arriscou olhar e vendo que John não respondia aproximou-se vagarosamente dele, como se tivesse medo que ele fosse a estuprar ou algo do tipo. Vendo que a anta ali deitada não oferecia risco algum ela se ajoelhou ao seu lado e cutucou seu ombro, sorri ao vê-la mordendo o lábio inferior, era óbvio que a Potter desejava o que lhe era proibido, nesse caso, John.

- Tahan? – Ela sussurrou cuidadosa. – Hey, você está bem? Desculpe ter gritado e... Ai minha Morganinha espero não ter o matado!

Gargalhei alto, os desesperos alheios sempre me agradaram.

- Tahan, acorda, vamos... – Ela virava o corpo dele parando o olhar em... naquilo! Suas bochechas tornavam-se rubras e seu olhar voltava para a face dele, John possuía um pequeno corte na testa.

Potter limpou o sangue ali, o corte era bem pequeno, mas a deixava preocupada, ela o sacudiu mais algumas vezes até que os olhos de meu amigo começavam a se abrir e a Potter ficava mais vermelha do que seus cabelos escorridos, cena cômica.

- Potter?
- Tahan, você ‘tá legal?
- Tirando a dor agoniante na testa e quase ter ficado surdo por causa do seu memorável grito, é... Eu vou sobreviver! – Ele sorria largamente sentando-se e a encarando com um sorriso safado. – Potter, você não pensou em nenhum momento em me cobrir com uma toalha?
- Hã? – A ruiva arregalava os olhos.
- Aposto que a visão estava muito boa né? Para quê cobrir uma obra de arte se podemos exibi-la? – John brincava.

Gargalhei alto, esse sim era meu amigo sacaneando a Potter! Bati algumas palmas, a ruiva bufara saindo correndo do banheiro, a face em estado beta e John com um imenso sorriso nos lábios.

Saí da mente do meu amigo que me encarava de maneira intrigada, eu chorava de rir, não sei se fora pelo episódio Super Duck ou pela Potter o encarando nu.

- Obra de arte hum? – Gargalhei saindo do quarto com John em meu encalço.
- Eu quase fui molestado pela Potter e você fica rindo? – John se fazia de vitima. – Grande amigo!
- John, fala sério! Eu não acredito que você bateu a testa no chão e desmaiou!
- Quem disse que eu desmaiei? – Meu amigo me lançava um sorriso traquinas o que me fez gargalhar ainda mais.


Eu ainda estava tendo crise de risos por conta do episódio da Potter enquanto atravessávamos as portas do salão principal, Alice já estava na mesa se fartando de comida, John sorria para algumas meninas enquanto eu ainda gargalhava, gargalhava até vê-la. Ela estava linda sentada em meio aos primos, os olhos azuis vidrados na comida, senti vergonha de mim mesmo desviando o meu olhar, como eu pude abusar de algo tão puro?

Malditos hormônios que me perseguem, eu nunca fiquei com uma garota que não fizesse nada e bem... A Weasley foi algo que me deixou sem fôlego, só de pensar nela eu ficava com vontade de repetir nosso beijo, ela era como fogo e eu gelo, era a combinação do beijo perfeito e eu sabia que dizer a ela que minha empolgação foi porque estava loucamente e desesperadamente apaixonado por ela não iria funcionar. Eu precisava bolar algum plano para que ela me perdoasse de alguma forma.

Sentei-me ao lado de Alice que tagarelava com Henry sobre a aula de feitiços, me servi de cereal e comecei a comer, meus olhos estava colados em minha própria comida, era como se todo meu humor sumisse quando eu a via e me lembrava que a fizera sofrer, de repente eu estava me dando conta de que eu era pior do que qualquer cara daquela escola que ousava sair com ela, eu era um babaca.

- Pelas barbas de Merlim! – Exclamou Suzan, uma quintanista do nosso ano.

Todos viraram-se para encarar a face de Su, mas ela apontava atônita para a porta principal onde um rapaz alto de cabelos negros com alguns reflexos meio ruivos, bastante alto, forte e de olhos amendoados estava parado. Ele possuía um sorriso torto em seus lábios enquanto passava entre ás mesas, meu olhar brilhou em fúria, o que aquele imbecil fazia aqui?

Minha visão daquele desgraçado foi completamente tampada quando uma garota saltara em seus braços e o abraçara fortemente enchendo as bochechas dele de beijos, a garota ruiva, a minha ruiva ESTAVA BEIJANDO O MALDITO DO JAMES POTTER!

- Jamesss!!! – Minha Rose exclamara enquanto o maldito a rodava e a apertava ainda mais em seus braços. – Oh, que saudades!
- Hey Rosie, deixe um pouco do meu irmão para mim! – Lílian Potter falava com um fingido ar de prepotência.

Rose se afastou com certa dificuldade, era visível que ela queria sufocar o panacão de beijos, o que sinceramente eu acho desnecessário, para que se encher de beijos uma pessoa que deve-se cobrir de porrada? Bufei me endireitando na mesa, só assim me dando conta que Alice havia ficado em um silencio memorável, o que era raro vindo dela.

- Alice? – A chamei fazendo-a olhar para mim. – Tudo ok?
- Não... – Ela mordia o lábio. – Cólica.
- Oh... – Cocei a cabeça, problemas femininos não eram minha área. – Quer que eu te leve até a Ala Hospitalar?
- Não, eu tenho remédio no meu dormitório, vou lá buscar! – Ela dava um beijo estalado em minha bochecha desaparecendo do salão.

Mulheres são tão complicadas... Elas sentem dor quando não deveriam sentir nada, sangram e desejam fazer os outros sangrarem, graças a Morgana que eu sou homem! Arrumei meu material e olhei para John que me retrucou o olhar de maneira divertida, sorri de canto, é... Não íamos para a aula hoje, afinal do que serve a sexta feira se não para emendar com o sábado e o domingo hum?

- Cara, eu queria um bronzedor... – Henry comentava quando chegávamos a nossa área do jardim.
- E eu queria minha casa... – Declarei afrouxando gravata e deitando em um dos bancos.
- Cadê a pequena? – John procurava com os olhos, a única pequena de nossa turma só podia ser Alice.
- Problemas femininos. – Sorri tampando o sol de meus olhos. – Cólica.
- Urrghhh!!! – Exclamaram todos os rapazes juntos me fazendo gargalhar.
- O que James Potter faz em Hogwarts? – Loisi indagava se aproximando de nós e arremessando sua mochila no colo de Henry que sorriu satisfeito.
- Por quê? Interessada no Heroizinho? – Zombara John arrancando gargalhadas.
- A presença dele me irrita! – Declarou a loira.
- Ele deve ter vindo ver a família de coelhos dele, sei lá! – Henry dava os ombros a puxando para se sentar em seu colo.

Pelo menos com meu rompimento com Loisi, Henry estava se dando bem, aparentemente a loira ninfomaníaca havia decidido que já que recusava-se fazer o meu Scorpius Jr. Feliz, ela poderia fazer o Henry Jr. Muitoooo contente.

- Não gosto dele aqui. – Loisi grunhiu. – Ele se acha o melhor.
- Concordo com a Loisi... – Eu disse me levantando. – Também não gosto dele aqui, já bastar ter de aturar o irmão debiloide dele!
- Eu curto a irmã dele! – Henry erguia a mão recebendo um soco de John e um tapa de Loisi.

John estava com ciúmes de um simples comentário de Henry? Segurei uma risada, não seria possível que meu amiguinho estivesse apaixonado pela Potter, seria plausível? Oh céus, isso sim seria considerado a vergonha da sonserina! Espreguicei-me caminhando em direção ao castelo, ninguém disse nada, já estavam acostumados com minhas idas e vindas.

Passei a tarde dormindo, estava entediado demais para assistir aula e com preguiça demais para aturar “minha gangue” nos jardins, ficar no meu quarto dormindo era o certo a ser feito, era realmente melhor, mais agradável. O despertador tocou na hora de minha detenção, lavei o rosto e arrumei o uniforme que estava amassado, eu havia dormido até demais.

Caminhei em direção a minha tortura, a sala de História da Magia sem Rose ficava realmente um porre. Adentrei cabisbaixo, ela deveria me amaldiçoar nesse momento.

- Varinha. – Uma voz musical me tocou os tímpanos.

Ergui os olhos de maneira assustada, ela estava ali, seu ar orgulhoso e mandão, a mão esticada e o rosto virado evitando me encarar, senti vontade de abraça-la, mas me segurei, lhe entreguei a varinha e retirei minha gravata começando a limpar ás mesas em um silencio mórbido. Talvez a primeira palavra realmente tivesse que ser minha.

- Weasley... – A chamei a fazendo me encarar pela primeira vez em dois dias. – Sinto muito por aquele dia.
- Não deve sentir nada, afinal das contas é assim que você se comporta não é?
- Bem... – Respirei fundo tentando ser o mais sincero possível. – Com a maioria das garotas sim, mas eu não queria agir daquele modo com você, fui grosseiro por isso peço desculpas.
- Um sonserino pedindo desculpas a uma grifinória? Oh, poupe-me! – Ela rolava os olhos.

Me aproximei o mais rápido possível me colocando a sua frente, os olhos focados em sua maré azul, Rose deu um sobressalto, assustada por minha proximidade, mas parecia curiosa.

- Você deveria saber que não sou qualquer sonserino. Lhe peço perdão por não ter sido um cavalheiro, posso ser muitas coisas Weasley, mas tenho honra e sinceramente você me julga ser um canalha pelo que quase fizemos, mas eu acho que precisa de mais de uma pessoa para sair em amassos e deitar na mesa não é mesmo?

Ela me encarou estupefata, seu cérebro super avançado parecia estar processando tão depressa que fumaça seriam capazes de sair de sua cabeça, a encarei desafiador vendo a sua boca se abrir e fechar inúmeras vezes.

- Gosto de você. – Eu disse sério. – Gostaria muito de ser seu amigo... – Completei avançando alguns passos a fazendo recuar e bater de costas com a parede, apoiei minhas mãos ao lado de sua cabeça como se a impedisse de tentar sair.

Os olhos azuis dela escureceram e ela estremeceu, o perfume dela era quase que sufocante e eu segurava o monstro dentro de mim para não lhe invadir os lábios novamente em um daqueles beijos avassaladores que me tiravam o fôlego, foi então que senti braços em volta de meu tronco e uma cabeça apoiada em meu peito, ela estava me abraçando, a apertei em meus braços como se temesse que ela fosse embora, como se aquele abraço representasse tudo o que ela significava para mim, era tão fácil ser sincero com ela, era tão fácil amá-la.

- Me desculpe... – Ela sussurrou. – Acontece que íamos fazer algo por causa de hormônios, e esse algo você sempre fez com todas e eu...
- E você achou que era igual as outras? – Murmurei afundando minha face em seus cabelos inalando todo seu perfume. – Rose, você nunca vai ser igual as outras para mim...

Ela me abraçou mais forte e eu me afastei um pouco para lhe encarar os olhos, a colei novamente na parede, ás mãos dela que antes estavam em meu tronco deslizaram para envolver meu pescoço, me senti novamente nas nuvens me perdendo na dimensão azulada e baixando meus lábios para tocar com delicadeza os dela, céus, como eu a queria naquele momento.

Um barulho fora o bastante para nos afastar, era um barulho de passos, Rose me encarou pasma e eu corri até a porta para ver o que estava acontecendo, toda minha plenitude acabou quando eu vi aquela cena.

Alice andava apressada enquanto o panacão do James Potter corria atrás dela, eu precisava averiguar isto, mas a mão de Rose segurou a minha me impedindo, me fazendo a encarar mortificado.

- O que pensa que está fazendo? – Ela sussurrou. – Oh céus! O que James faz indo atrás de sua prima?
- É o que eu pretendo descobrir... – Declarei nervoso.
- Você vai espiona-los?
- Ela é minha prima, se ele a fizer chorar serei obrigado a bater nele! – Respondi o obvio.
- Bem, ele é meu primo, se você for bater nele eu tenho que estar perto para impedir!

Bufei andando sorrateiramente atrás dos dois, Rose vinha atrás de mim e logo enlaçou sua mão na minha, enlaçando nossos dedos de maneira carinhosa, ninguém nunca havia segurado minha mão com tanto afeto, nenhuma garota havia me tratado com tanta ternura. Apertei sua mão a puxando, estávamos sério enquanto James e Alice saiam do castelo e seguiam pelos jardins.

Eles andaram até o fundo dos jardins onde havia um chafariz e varias estatuas, Alice parecia nervosa e James a analisava dos pés a cabeça, como um leão a fim de atacar sua presa, aquele olhar me incomodou.

- O que faz aqui? – Perguntou Alice com uma voz esganiçada.
- Não gostei da sua ultima resposta, então vim pegar outra resposta pessoalmente! – Potter declarava displincente.
- Aquela resposta é a única que você terá! – Ela grunhiu.
- Alice, seja razoável!
- Razoável? Fazer seu irmão de pombo correiro, aparecer em mil e uma revista com modelos de biquíni e me cobrar fidelidade, ISSO É SER RAZOAVEL?

- Uh... Essa foi feia... – Murmurei.
- James e sua prima estavam saindo? – Rose me perguntou tão pasma quanto eu.
- Alice nunca me disse nada, a mente dela é um mistério. – Afirmei.

- E o que você queria? Que eu publicasse que estou com você?
- Não precisa publicar nada, não estamos juntos! – Alice dava os ombros.
- É claro que estamos! – Potter a puxava pelo braço. – Eu realmente gosto de você Alice, desde...
- E o que importa? Eu estou farta ok James? Eu mereço mais do que ser qualquer uma!
- E merece quem? Alvo?

- Alvo está a fim da Alice? – Rose me perguntara.
- Ruiva, os primos são seus e você me pergunta?

- Ele não teria vergonha de mim! E quer saber James eu não te devo satisfação!
- Eu vim da Romênia só para te ver, isso não conta?
- Se eu sair com um cara de sunga em uma capa de revista e ir te visitar, você vai sentir o que?
- Alice... – O panacão esfregava a face se aproximando da minha prima tocando o rosto dela. – Eu te assumo se esse for o problema, mas não me deixa ok?
- Eu não quero que você me assuma... – Ela confessou. – Eu só quero que pare de ficar com essas mulheres diversas!

- Ela é tão pequena e meiga... – Rose sussurrava.
- Alice sabe ser adorável. – Concordei. – Ao contrario de seu primo.

- E eu sei que não é possível então eu quero distancia, o que há entre nós é impossível, meu avô foi um comensal da morte e foi morto pela sua mãe e... Por Merlim eu...

O Potter a puxou antes que ela terminasse e a beijou, fiz uma careta virando meu rosto, eu não era obrigado a assistir aquela cena. Rose sorriu ao ver minha atitude e me puxou pela mão para que nos afastássemos dali, adentramos o castelo e andamos por um tempo em silencio lado a lado, Alice estava com o Panacão! Por Merlim, e agora? O apocalipse estava chegando?

- A hora da sua detenção acabou... – Ela disse parando no corredor. – Boa noite Scorpius.

Estanquei quando ela disse meu nome, Rose sorriu ao me ver tendo tal atitude e então se colocou na ponta dos pés e me deu um beijo na bochecha, sorri abertamente a puxando pela mão a surpreendendo.

- Vamos manter nossa espionagem em segredo ok? – Eu disse em seu ouvido e ela concordou com a cabeça.

Beijei sua testa e me afastei, assim que termina um pesadelo, um sonho começa e bem... Eu estava predestinado a permanecer sonhando.

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