A. Dumbledore.
-Mas o qu... – Harry em suma curiosidade começou a abrir rapidamente o envelope recém chegado quase o rasgando de tanto excitação. Abriu o pergaminho contido ali e leu, confuso.
Harry,
É você quem tem que fazer. A muito, isso já lhe foi predestinado, sei que você não precisa de lembretes, só não tenho certeza de que alguém já tenha tido coragem de lhe contar. Preciso que me encontre, não posso lhe explicar por carta, esteja quinta-feira as 11:00hrs no Café Jolie, centro de Londres.
A. Dumbledore.
Depois de ter lido a carta algumas vezes, Harry muito nervoso passa a Gina.
- A. Dumbledore? Alvo Dumbledore? – Perguntou ela a Harry em um momento de devaneio puro.
-Claro que não Gina, Abertofh, seu irmão. – Harry realmente não havia apreciado o jeito com que ele o intimara a aquele encontro, intimar, sim, pensou Harry, aquilo não era, nem de longe, um convite amistoso a um passeio no parque. Quinta-feira? Era amanhã, a carta devia ter sido escrito rapidamente, não que a letra estivesse em um garrancho no estilo Hagrid, não, mas ele marcara o encontro tão em cima da hora, e sem remetente algum, o que não fazia sentido.
Durante o resto dia, Harry tentou não pensar muito na carta, levara Gina para um almoço fora de casa, em um restaurante trouxa perto de casa, mais acima do vilarejo, onde o barman sempre se simpatizara muito com os dois e lhe deixavam comer de graça de vez em quando. Hoje, ele havia lhes contado uma história muito curiosa, sobre uma velha gagá que entrara correndo na noite passada no horário do jantar, aos berros dizendo ter avistado um criaturinha pequena e mirrada com enormes olhos e orelhas de morcego que se pendurara em uma árvore, que havia pensado ser um macaco, ate o estranho bicho despencar a sua frente e pedir-lhe as horas, a velha soltou-se ladeira abaixo ate o restaurante, pedindo por um copo d’água ao velho barman, que dera boas gargalhadas com as maluquices da velhota. Nada na história parecia surpreender muito Harry ou Gina. Os dois voltaram para casa, Harry passou a tarde no ministério resolvendo coisas costumeiras, como relatórios e problemas burocráticos, há tempos não tinham uma chamada de emergência em que algo emocionante acontecesse no Departamento de Aurores.
Quando Harry novamente sentia o fulgor das chamas verdes esmeraldas acariciarem seu rosto na lareira na volta pra casa do trabalho, a primeira imagem que teve da sala de estar era de Frigg estendendo uma bandeja com três xícaras de café a mesinha de centro. Então percebeu que havia convidados em casa.
-Ron! Como vieram parar aqui? Pelo jeito não precisa mais trabalhar, não é mesmo? – Brincou Harry, dando palmadinhas nas costas de Ronald Weasley, em quem se via os mesmos cabelos cor de fogo de quando tinha 11 anos e Harry o acompanhava pela primeira vez a Hogwarts. Hogwarts.... Porém Hermione, parecia mudar um pouco mais toda vez que Harry a via, estava ficando realmente boa em feitiços de beleza, motivos para muitas brigas entre o casal. Coisa que Harry achava muito engraçada, estava mais que acostumado com os dois discutindo o tempo todo, e agora ele nem sequer convivia dia-a-dia com eles.
- Não Harry, só vim para lembrar que você me deve! – Disse Rony, em um tom totalmente forjado de quem esta bravo.
- Ora, vamos Rony, você sabe que não venceu, você mudou completamente as peças todas do tabuleiro, quando fez Frigg cair e pediu que eu o olhasse. E como eu ri bastante, porque eu realmente ri, você teve bastante tempo para fazer isso. Mas perder de você? Não, não sardento, sem chances. Aposta invalida!
Os quatro tiveram uma noite maravilhosa cheia de risadas- crédito, é claro, de um hidromel envelhecido que Madame Rosmerta mandara a Harry de natal, adiantado.
- As crianças vem passar o natal em casa, imagino, Gina. – Disse Hermione, enquanto secava a lágrima que fugira para fora de seu olho quando teve seu acesso de riso nada típico.
Sim – Á respondeu uma Gina cheia de saudades. – Vem, sim e não vejo a hora de chegarem em casa, passei a tarde de ontem toda comprando presentes pra eles. Harry insistiu em dar uma Firebolt para o Alvo, mas sabe como é, não é, Mione, bati o pé e consegui que ele não o fizesse.
- Você é levado em rédea curta, amigo. – Gozou da cara de Harry, Rony.
- Ah, Harry, você sabe que ele não pode levar uma vassoura pessoal em seu primeiro ano. – Disse Mione.
- Eu tive uma no meu primeiro ano de Hogwarts. – Disse Harry.
- É verdade, teve, e seus anos em Hogwarts foram os mais calmos, certo?
- O que é a vida sem ter que passar por cima de alguns dragões? Falando nisso, Rony, lhe contei que enviei uma esfinge para Alvo de aniversário esse ano? – Rony deu uma boa gargalhada que ele parou logo quando viu o olhar de Hermione sobre ele, olhar qual dizia que estava se comportando feito criança, um olhar bem conhecido, na verdade.
- Muito engraçado Harry, todos apreciamos seu sarcasmo habitual. – Disse Gina fazendo cara de brava, mas cedendo ao beijo do marido. – Porque vocês quatro não nos acompanham na ceia de natal, também?
Nós dois, talvez. – Respondeu Hermione – As crianças vão ficar em Hogwarts. Acho bom, na verdade, Rosa disse que realmente precisa estudar mais e quis ficar por lá, assim podendo utilizar o acervo da biblioteca como fonte de pesquisa.
- E é por isso que Jorge diz que ela não é sua sobrinha. – Comentou Harry baixinho, de um jeito que só Harry pudesse ouvir. O amigo abafou risadinhas, fingindo uma tosse repentina. – Então, Harry, vou a Gringotes amanhã. Me acompanha?
Na verdade... – Então Harry lhes contou a carta e o encontro que teria amanhã com Aberforth Dumbledore. Eles então ficaram discutindo os possíveis motivos para a pressa e o jeito como o escrevera, mas não chegaram a nenhuma conclusão convincente. Rony e Mione se despediram, mas antes Harry combinou que iria com os dois ate o Beco Diagonal amanhã, rapidamente, e depois se deslocaria para o Café. Afinal, já estaria em Londres e não o custava nada dar uma passadinha no Caldeirão Furado, sem comentar que a companhia dos amigos nunca era de mais.
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