Não dá pra não pensar em você
Capítulo 19: Não dá pra não pensar em você.
Na manhã seguinte, após tomarem café da manhã, eles foram para a academia do hotel. Gina foi na bicicleta ergométrica e Draco no supino (aparelho de levantamento de peso).
A Weasley pedalava, mas assim como o resto do público feminino da academia, contava mentalmente quantas vezes Draco conseguia levantar diferentes tipos de pesos, as séries de flexões...
Gina mudou-se para uma esteira, que era mais próxima de onde Draco estava agora. Observou-o. O loiro estava totalmente suado, com os cabelos grudando no rosto e caindo nos olhos, mas mesmo assim...
“... ele continua gostoso como sempre”, a ruiva pensou, meio relutante em admitir.
Draco olhou para Gina e seus olhares se encontraram por um instante, antes que ele começasse a se suspender em uma barra. A ruiva olhou em volta e percebeu os olhares predatórios para cima do Malfoy.
“25 e ainda não parou? Ah, não! Isso é uma tortura, para de se suspender. 28, chega disso!!!”, ela pensou e saiu sa esteira para r na direção de Draco.
Ao vê-la vindo em sua direção, o loiro soltou-se da barra.
- Eu vou embora. E você? Vai comigo ou vai continuar aqui com a sua sessão se exibicionismo?
Ele deu um sorriso debochado:
- Vou com você.
Os dois começaram a se dirigir para a saída, mas foram barrados por um grupo de garotas que faziam um monte de perguntas para Draco:
- Qual o seu nome? – uma loira perguntou, entusiasmada.
- Quantos anos têm? – outra garota, dessa vez morena, perguntou entrando na frente da loira.
- Qual o número do seu quarto? – uma garota de cabelos cor de cereja exigiu saber.
- Ela é sua namorada? – a morena perguntou, curiosa.
Antes que Draco pudesse responder algo, Gina bufou entediada e saiu sem ser notada.
Ao chegar no quarto, foi direto tomar banho para tirar o suor e o casaco do corpo. Quando saiu do chuveiro e terminou de se enxugar foi que percebeu que havia se esquecido de trazer as roupas.
- Merda! – ela praguejou e enrolou-se na toalha.
Então abriu a porta do banheiro, já tinha dado alguns passos quando ela percebeu a presença de Draco. Os dois engoliram em seco.
Gina olhou para o loiro. Ele estava descalço e sem camiseta (a qual estava jogada no chão perto das malas), vestia apenas uma bermuda azul marinho. A ruiva olhou para o corpo dele e teve um leve tremor involuntário. Então ela se tocou e o encarou:
- Já seu o seu autógrafo para todas as sua fãs? – perguntou, indiferente.
O loiro mediu-a de cima abaixo. Observou os chinelos pretos que ela calçava, a toalha branca do hotel e os cabelos flamejantes soltos, úmidos e desalinhados. Não pôde evitar de passara língua pelos lábios:
- Autógrafos? Nem tanto. – respondeu, sem perceber, se aproximando de Gina.
Ela deu um passo para o lado e foi andando pra trás, o loiro se aproximando cada vez mais.
- Mas o seu fã clube parecia bem interessado em saber tudo sobre você.
- Apenas respondi algumas perguntas e inventei uma desculpa para sair de lá.
- Não é você que adora estar rodeado de mulheres? – Gina perguntou e mordeu o lábio inferior, suas costas na parede e Draco à sua frente.
“Estou encurralada. E agora?”
Ao ver Gina morder o lábio, Draco percebeu a apreensão dela. O loiro aproximou-se mais e apoiou uma mão na parede:
- Nenhuma delas teve algum ato que me chamasse a atenção.
Draco encarava a Weasley e ela tinha o rosto vermelho de vergonha pela proximidade daquela situação e respirava aceleradamente sem conseguir dizer nada.
Seus dedos sentiram urgência em tocá-la e não conseguiu refrear o impulso. Pegou uma mão de Gina e passou por seu rosto ainda quente dos exercícios físicos. Então, sem aviso, puxou o corpo da ruiva em direção ao seu e começou a beijar os cabelos vivos e sedosos dela.
- Draco... – ela pronunciou baixinho e bem vagamente.
O Malfoy a enlaçou fortemente pela cintura e seus lábios encostaram na orelha dela:
- Calminha, apenas quero sentir o seu cheiro e a sua pele. – ele sussurrou, bem baixinho.
Pouco tempo depois, ela tremeu ao sentir a respiração quente dele e as pressões alternadas que ele fazia com os lábios no pescoço e ombros dela.
O cérebro de Fina pareceu voltar de férias e começou a funcionar, tanto que ela logo percebeu quando Draco começou a descer uma das mãos de sua cintura.
“O que é que eu estou fazendo? Eu estou apenas de toalha e ele de bermuda. Como poso ter perdido o bom senso por tanto tempo? Tenho que pará-lo agora mesmo!”.
Gina colocou as duas mãos no peito de Draco e o empurrou:
- Não, Draco. Pare com isso. – disse, tentando se mostrar calma com a situação.
- Seu perfume parece ser uma mistura de jasmim com flores do campo. – ele disse, se afastando.
-Por que você fez isso?
- Porque eu queria descobrir a essência do seu perfume sem ter que perguntar a você ou fuçar nas suas coisas. – respondeu e parou para pensar um pouco. – Accio roupas. – disse, após pegar sua varinha e as roupas vieram até ele. – Com licença, mas eu vou tomar banho.
Gina assistiu Draco entrar no banheiro e fechar a porta.
“Desculpa esfarrapada! Depois vem dizendo que EU não sou franca, que EU não assumo o que quero e todo esse papinho enfadonho. Custava ele dizer que seguiu um impulso? Mas não, ele nunca vai falar com todas as letras que queria e obedeceu ao desejo de dar uns amassos em uma Weasley. Eu fui idiota! O meu cérebro devia ter estado em greve para eu deixar o Malfoy me acariciar. As mãos dele estavam tão quentes, deve ser uma espécie de milagre. Mas eu acho que foi por causa dos muitos exercícios que ele fez na academia. De qualquer forma, eu não devo deixar ele tocar um dedo em mim, se bem que a minha promessa foi com relação à não beijá-lo e nem selinho nós demos... Então isso não chega a ser uma quebra do meu propósito, mas era uma questão de tempo para nos beijarmos. Que bom que parei antes de ficar mais quentes ou eu poderia perder o controle. Oh Deus, isso foi uma loucura! Eu não estava vestindo nada por baixo da toalha (sorte eu saber amarrá-la tão bem em volta do meu corpo) e ele sem camisa. O que foi aquilo? Decididamente o meu cérebro estava ‘ausente’ naquela hora. O que me intriga é que ele realmente acertou qual era a essência do meu perfume...”, a ruiva pensou, enquanto se vestia.
Quando Draco saiu do banheiro, Gina disse sem olhar diretamente pra ele:
- Vamos almoçar? Já está na hora.
- Tem razão. – ele respondeu e os dois foram.
Estavam comendo em silêncio e Draco pensava.
“Não dá! Simplesmente não dá mais! Eu tenho que tirar a Weasley da minha cabeça, mas ela não coopera e fica se fazendo de difícil pra mim. De qualquer jeito, eu tenho que parar de pensar nela e a minha vontade de fazer isso parar é maior que o meu orgulho ou ego. Eu assumo que perdi, eu desisto de tentar seduzi-la. Mas mesmo assim, vou parar de pensar nela, a diferença é que terei que usar outra. Hum-hum, é isso que irei fazer.”, ele decidiu.
Gina queria perguntar pra ele qual a razão dele estar tão quieto, mas ainda estava constrangida demais pra fazer isso.
Voltaram também em silêncio. Ao chegarem no quarto, Draco deixou Gina entrar primeiro no banheiro para escovar os dentes e depois que ela terminou, fez o mesmo.
Quando saiu do banheiro, viu que Gina estava na varanda observando a paisagem:
- Estou saindo, tá?
- Pra onde?
- Por aí. – ele informou, já que não sabia mesmo ao certo.
- Quer companhia? – as palavras escaparam de sua boca e ela viu-se perguntando.
- Não, obrigado. – disse e saiu.
“Ele está muito estranho, mal olhou pra mim enquanto falava.”, ela pensou, desconfiada.
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Draco estava vagando a esmo pelo hotel, nem prestava atenção por onde andava.
- Draco? – uma voz que ele já tinha ouvido, mas não lembrava de onde, o chamou.
O Malfoy virou-se e viu uma ruiva parada no meio do corredor onde estava, mas não era Gina. Era a garota de cabelos cor-de-cereja que ele havia visto na academia. Só agora reparava direito nela. Percebeu que os cabelos dela era mais escuros que os de Gina, os olhos eram verde-oliva e tinha um belo sorriso, mas que não abrangia os olhos.
- Oi. Como se chama?
- Sou Gabrielle Linnet e sou de Marselha, no sul da França.
- Já sabe que sou Draco Malfoy.
- Você não é daqui, é?
- Não, sou inglês.
- Mas fala francês perfeitamente.
- Tenho parentes franceses. – ele explicou
- Hum... Draco. Posso te chamar assim? – ela perguntou e ele fez que sim. – Não gostaria de vir comigo até o meu quarto? Parece ser um homem interessante para se conversar.
Ele concordou e a seguiu para um corredor paralelo àquele. Ao entrarem no quarto, ela disse:
- Fique à vontade. – e apontou para um sofá de couro branco.
Draco sentou-se e Grabrielle sentou-se ao seu lado com uma distância de três palmos:
- Gostaria de beber algo?
- Se não for um incômodo pra você.
- Whisky está bom?
- Está sim, Srta. Linnet.
- Não precisa ser formal comigo, chèrie. Me chame de Gabi. – falou, enquanto pegava a bebida e dois copos rasos de dentro do frigobar.
- Sobre o que quer conversar, Gabi?
- Quero te conhecer melhor. Não respondeu à mim e as outras garotas se aquela ruiva é a sua namorada. – falou, servindo os copos e entregando um a ele.
Draco bebeu um gole e respondeu:
- Eu e ela estamos ligados apenas por negócios profissionais, estou solteiro.- respondeu, com um meio sorriso. – Não está com calor, não? – ela perguntou, abrindo os dois primeiros botões da camisa preta que ele usava.
O loiro fez uma cara maliciosa.
“Essa Gabi é bem apressadinha, é desse tipo de mulher que eu gosto. E também é bonita e sensual, pena que seja uma trouxa. Trouxas e sangues-ruins só Server pra dar uns amassos, eu me recuso a passar disso com alguém que não seja uma bruxa de linhagem decente. Pelo menos eu posso aproveitar um pouco”.
- Ouvi falar que a Inglaterra tem muitas escolas boas. Onde foi que você estudou?
- Você não ia conhecer o nome dessa escola. – ele respondeu.
- Mesmo assim quero saber. – ela disse, o encarando firme.
- O.K., o nome da escola é Hogwarts.
- Hogwarts? - ela perguntou em tom eufórico e com os olhos brilhando.
- Sim, por quê? Já ouviu esse nome?
- Mas é claro! Eu estudei em Beauxbatons, todos os alunos de lá sabem que é uma das maiores e melhores escolas de magia da Europa.
- Você é uma bruxa... É sangue-puro, mestiça ou nascida trouxa? – ele perguntou, esperançoso.
- Sangue-puro, e você?
- Também. Que surpresa encontrar uma bruxa por aqui.
- Eu suspeitei que você e a ruiva eram pelas taças que estouraram no almoço de ontem, mas queria ter certeza disso.
- A Weasley me tira do sério.
- Weasley? Ela é parente do Ministro da Magia inglês?
- É filha dele.
- Eu acho que tenho um grau de parentesco com Arthur Weasley. Acho que 5º grau. O meu cabelo não chega a ser vermelho vivo, mas é meio vinho.
- Quantos anos você tem, Gabi?
- Dezoito. Você está contra Aquele-que-não-deve-ser-nomeado, não é?
- Estou. – ele mentiu.
- É tão difícil encontrar um bruxo por aqui. Ainda mais um bruxo que parece ser um deus grego de perfeição. Você é muito lindo, tenho que confessar que fiquei babando ao te ver na academia.
Draco então a beijou.
“Que sorte ela ser uma bruxa. É Gabi, vai ser você mesma que vai me fazer esquecer a Weasley”, ele pensou, a carregando em direção da cama enquanto a beijava.
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Gina estava se sentindo desanimada e culpada.
O desânimo era devido a estar sozinha sem ter o que fazer além de assistir televisão.
A culpa era porque se achava a razão (e na verdade era isso mesmo) pela qual Draco estava agindo estranho e meio que a ignorando.
“Onde o Malfoy de deve estar agora? E fazendo o quê? Por que ele ficou tão distante comigo? Só por que eu o parei? Ora, isso é um direito meu! Se ele não fosse do jeito que é, poderíamos até ter um relacionamento, mas do jeito que ele é não dá. Não quero servir de brinquedo na mão dele. Eu não gosto quando ele é frio e indiferente comigo, que é quase sempre, mas daí á me ignorar é demais! Contudo não vai ser isso que vai me fazer sair correndo atrás dele. Draco é muito galinha, não pode ver uma mulher... Será que ele está com alguma mulher? E se ele estiver? Isso não é problema meu, ele é livre pra ficar com quem quiser. E eu não me importo com isso! Seria um alívio que ele não desse em cima de mim, porque é tentação demais pra uma mulher conseguir resistir”.
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Raiva. Tormento. Era assim que Draco estava se sentindo. Havia sido tudo em vão e por isso ele fervia de raiva. E o tormento... hum, o tormento tinha nome e sobrenome: Virgínia Weasley.
Parecia inacreditável, mas de nada adiantou o que fizera.
Não adiantou beijar Gabi desesperadamente. Não adiantou levar Gabi pra cama. Não adiantou olhar dentro dos olhos dela na hora do ápice. Não adiantou o brilho dos olhos de Gabi. Não adiantou o prazer que Draco sentiu nem o quanto excitado ficou. Não adiantou ficar 3h na cama com Gabi. Não adiantou nada querer trocar uma ruiva por outra.
Os beijos de Gabi fizeram Draco desejar beijar Gina. Quando ele levou Gabi pra cama, era Gina quem ele desejava. Olhar dentro dos olhos de Gabi, só fez ele perceber o quão vazio se sentia. O brilho dos olhos de verde-oliva eram quentes, mas não tinha o poder de fazê-lo pegar fogo como o brilho vivo e radiante dos olhos castanhos faziam. Draco sabia que por mais vontade que Gabi havia demonstrado, ela nunca seria capaz de levá-lo ao delírio quanto Gina levaria. Nas 3h que ele passou na cama com Gabi não parou de pensar na Weasley e em como seria se fosse com ela. Ele quis trocar uma ruiva por outra, mas a 1ª parecia estar pregada em sua mente como ninguém nunca estivera antes.
“MALDIÇÃO!!!!!! Que feitiço aquela Weasley usou pra me deixar tão vidrado?”, ele perguntou-se, indo para o quarto 207. “Por quê? Por que eu não consigo tirá-la da minha cabeça? Eu vou ficar louco! Ficar não, eu já estou. O que é que eu faço? Estou quase a ponto de fazer um feitiço de esquecimento em mi mesmo. Que ódio da Weasley!!!!! Como é que ela pode fazer isso comigo? NÃO É JUSTO!!!! Só de raiva eu vou provocá-la”, pensou e abriu a porta do quarto.
Gina olhou para Draco assim que ele entrou no quarto. Os tênis desamarrados, a calça com o cinto mal prendido, a camisa meio aberta e os cabelos meio desarrumados.
Draco chegou mais perto de Gina e estava tentando controlar sua fúria. Os olhos dele estavam mais para azul do que cinza, mas mesmo assim, muito frios.
Gina estava apenas com suspeita de que ele tinha se encontrado com uma mulher, mas quando viu uma marca vermelha no pescoço dele obteve certeza. Draco notou nos olhos dela 1º a decepção e depois raiva, apesar de Gina estar mantendo seu rosto inexpressivo:
- Vejo que andou se divertindo. – ela falou, como se tanto fizesse.
- Não exatamente. Será que não está vendo a minha cara de felicidade e satisfação? – ele perguntou irônico.
- Então o que é essa mancha vermelha no seu pescoço?
Draco engoliu em seco antes de responder:
- Faz parte da minha tentativa fracassada de ter paz.
- Ahn? Do que é que você está falando?
- Não te interessa. Será que pode me deixar sozinho?
- Está me expulsando, Malfoy?
- Não faça drama, Virgínia.
- Por que você está me evitando?
- Eu não estou te evitando. Apenas quero ficar sozinho.
- Vou embora, procurar alguém que não me ignore. – disse, batendo aporta ao sair.
“Assim é melhor, tenho que me afastar dela”, ele pensou, suspirando pesadamente.
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Gina fez um tour pelo hotel até dar a hora do jantar. Então foi para o refeitório.
Quando já estava sentada na mesa comendo, alguém a chamou:
- Weasley? Posso me sentar aqui?
Era Grabrielle, mas Gina não sabia disso e nem entendeu a pergunta em francês que ela havia feito:
- O quê?
- Então não fala francês? - Gabi perguntou em inglês com sotaque.
- Não falo. Me desculpe... Mas que é você e o que havia perguntado antes?
- Sou Grabrielle Linnet e tinha perguntado se poderia me sentar aqui.
- Pode sentar. – e Gabi o fez – Sou Virgínia Weasley, - as duas apertaram as mãos. – Como sabia o meu nome?
- Draco me contou.
- Então foi com você que ele esteve essa tarde? – Gina perguntou, fechando a cara.
- Foi. Ele te contou? – ela perguntou, sorrindo abertamente.
- Não, eu deduzi. – respondeu, cerrando os dentes.
- Sabia que somos parentes?
- Como assim?
- Sou prima do seu pai de 5º grau, eu acho.
- Legal. – ela disse, sem animação. - O que mais o Malfoy falou de mim pra você?
- Ele disse que você o tirava do sério, só isso.
- Ah...
Draco então chegou colocando o prato em cima da mesa e ficou muito surpreso ao encontrar as duas ruivas conversando:
- Oi. – disse para as duas e sentou-se entre elas.
Gabi inclinou-se e deu um selinho em Draco que se sentiu estranho por Gina ter presenciado a cena.
- Eu e Virgínia estávamos conversando. – ela disse em inglês para que Gina entendesse também.
- Não sabia que fala inglês. – o loiro falou para Gabi.
- Descobri o seu segredinho, Draco. Estava ocupado com a Srta. Linnet.
- Grabrielle ou Gabi, por favor. – pediu para Gina.
- Sim, eu estava. – Draco disse, sem olhar diretamente para Gina. – Mas o que você tema ver com isso? – perguntou, agora a encarando.
Gabi também olhava pra a Weasley. Um brilho de raiva passou momentaneamente pelos olhos de Gina:
- Grabrielle parece ser uma pessoa legal. – disse, forçando a última palavra. – Mas há duas coisas que eu não entendo. – e um sorriso mau formou-se em seus lábios. – Como ela pôde querer se envolver com alguém tão volúvel como você? E também não entendo o porque de voltar tão estressadinho de seu encontro com ela.
Gina e Gabi olharam inquisidoramente para Draco, à espera de satisfações:
- O meu estado de irritação não tinha nada a ver com a Gabi e sim com você. Agora porque dela ter se envolvido comigo não pergunte a mim, mas para ela.
Agora os olhares se voltaram para Gabi.
- Ele é o bruxo mais lindo que eu já conheci e sabe realmente como deixar uma mulher babando. Não há como não desejá-lo e eu costumo lutar pelo que quero. - a francesa disse como se fosse a coisa mais normal do a se dizer.
O queixo de Gina quase caiu. 1º porque Gabi não parecia minimamente envergonhada com o que havia dito há pouco e 2º porque Draco não parecia cheio de si sem nado do tipo ao ouvir a resposta de Gabi. Por alguns instantes Gina ficou chocada.
- Você está se sentindo bem, Virgínia? – Gabi perguntou, demonstrando sincera preocupação.
- E-eu... – gaguejou olhando de Draco para Gabi. – estou com dor-de-cabeça, vou subir para o quarto. – disse, se levantando e sentindo os olhos se encherem de água.
Rapidamente foi-se embora, antes que eles pudessem notar que estava prestes a chorar.
Sentia-se rasgando por dentro de raiva e frustração.
“Por que eu estou me sentindo tão mal? É o meu maldito ego que foi ferido. Eu não estou com ciúmes! É apenas o teu maldito ego feminino, Virgínia!!!!!! Ele me trocou... NÃO! Como ela pode ter me troca do se nunca estivemos nada sério? A verdade é que o Malfoy se tocou que nunca irei lhe dar bola. Eu não ligo pra ele... SÉRIO!!!!! Eu só... eu só... NÃO ACHO CERTO ELE FICAR USANDO AS MULHERES COMO SE FOSSEM MEROS OBJETOS! Ainda mais se for alguém da minha família. Aquele galinha idiota! EU ODEIO O MALFOY!!!!”, ela pensou, batendo a porta com força ao entrar no quarto.
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Ao ver Gina sair tão subitamente da mesa, Gabrielle disse:
- Eu acho melhor você ir ver se ela está bem.
- Ela não tem nada demais, apenas fez a sábia escolha de não servir de vela.
- Então me faz companhia? – ela perguntou, levantando e erguendo uma das sobrancelhas em indagação.
- Mas é claro. – ele respondeu, levantando-se também.
“O que será que deu na Weasley? Aquilo meio que pareceu um ataque de ciúmes... Bah! Estou imaginando coisas... Ela deve ter apenas querido sair do caminho para que eu pudesse ficar mais à vontade com a Gabi, parece que levou mesmo á sério esse negócio de amizade”. Ao chegar na porta do quarto de Gabi, ela o tirou de seus pensamentos.
- Vem com sua moranguinho, - falou, relembrando de como ela a havia chamado em um momento de intimidade. – pare de ficar pensativo e vem comigo loirinho sexy. – ela acrescentou, desconsiderando o quase 1,80m de Draco e o puxou porta adentro.
É verdade que havia dito moranguinho. Mas adivinha em quem ele estava pensando? Sim, na Gina e... Gabi achava que era com ela.
- O que é que foi? – Gabi perguntou, colocando seus braços ao redor do pescoço dele e notando que ele parecia estar meio distante.
- Nada. – Draco respondeu e levou seus lábios aos dela num beijo longo.
Ao terminarem o beijo, sentaram-se no sofá, um do lado do outro.
- Quero saber mais sobre você, Draco. – Gabrielle disse, o encarando.
- O que você quer saber?
- Hum... Em que casa de Hogwarts você estudou?
- Sonserina.
- E a Virgínia?
Ao ouvir o nome de Gina, o estômago de Draco revirou, desconfortavelmente.
- Grifinória. – ele disse, fazendo pouco caso da casa dos Leões.
- Conheceu Harry Potter? – ela perguntou, curiosa.
-Sim, infelizmente. Brigamos muito em Hogwarts e até hoje nos detestamos. Se não se importa, eu não quero falar dele.
- Você e a Virgínia eram amigos desde Hogwarts?
- Não, e não quero falar dela também. – respondeu sério.
- Pelo visto você é um homem de poucas palavras. – ela sussurrou no ouvido dele.
- Sim, eu sou.
- Eu sei do que você precisa. – ela disse, sentando-se no colo dele e empurrando-o para que deitasse no sofá branco.
- O que então, Srta. Especialista?
Em resposta, Gabi beijou a boca do loiro em quanto desabotoava os botões da camisa dele com agilidade.
“Tenho que tentar novamente, acho que não me esforcei direito no propósito de esquecer a Weasley”, ele pensou, parando para respirar um pouco enquanto tirava a blusinha roxa de Gabi.
Draco observou os seios dela no sutiã bege. Eles subiam e desciam devido á respiração acelerada dela.
“Não comece a pensar na Weasley agora, Draco!”, ele se repreendeu ao lembrar-se do corpo de Gina tanto na noite do chalé quanto quando a havia espiado no banho. “Você tem que esquecê-la de uma vez por todas!!!!”, acrescentou e voltou a beijar a ruiva.
Quando Gabi estava tirando o cinto da calça de Draco, ele pegou nas mãos o cabelo cor-de-cereja e lembrou-se da...
“Gina! Saia da minha cabeça! Eu não posso continuar com isso!!!!”, ele pensou e afastou Gabi de si.
- O que aconteceu, Draco? – ela perguntou ao vê-lo abotoar o cinto.
- Nós precisamos parar com isso. – o loiro respondeu, botando a camisa de volta.
- Mas por quê? Foi alguma coisa que eu fiz, Draco?
- Não, Gabi. Você é uma mulher maravilhosa. Eu apenas não posso. – ele respondeu a encarando e oferecendo a blusa roxa dela de volta.
- Não pode o quê? – ela perguntou, deixando transparecer um pouco de decepção.
- Continuar te usando. – ele respondeu finalmente.
Gabi ficou estática, sem conseguir falar qualquer coisa.
- Não vai me bater?- Draco perguntou, confuso.
- Não. Obviamente não gostei de ouvir isso, mesmo porque é errado da sua parte ter me usado. Além disso, eu quero saber porque em usou. E, apesar de ter cometido um erro, Draco, você foi franco comigo e eu admiro isso em um homem.
Depois do que tinha acabado de ouvir, ele não achou justo não contar o que se passava:
- Tem uma mulher pela qual eu tenho uma atração física muito forte.
- Então eu não tenho chances com você, não é mesmo?
- Na verdade, não. Quando estou com você, eu... eu... fico pensando nela. É um verdadeiro tormento não conseguir tirá-la da cabeça, mesmo porque ela é tão intransponível quanto uma fortaleza.
- Você me usou para tentar esquecê-la e não deu certo?
- Na mosca. – ele disse, com um sorriso forçado e para sua surpresa, Gabi começou a sorrir e depois riu um pouco. – Qual é a graça? – perguntou, não entendo nada.
- É que eu já saquei tudo. – falou ao parar de rir.
- Sacou tudo o quê?
- Quando é que você vai contar pra Virgínia que se apaixonou por ela? – perguntou ainda sorrindo.
- O QUÊ? Que absurdo é esse que está dizendo, Grabrielle? EU NÃO ESTOU APAIXONADO E NEM NUNCA ESTIVE!!!! Bote isso na sua cabeça, entendeu? É apenas atração e desejo, NADA MAIS QUE ISSO! Mas como é que você descobriu que é ela?
- Agora que se pensa no caso é tudo muito claro. Eu vi como você se sentiu desconfortável quando eu te dei aquele selinho na frente dela e o fato dela ter saído da mesa daquele jeito só prova que foi ciúmes. Além do que, eu percebi os olhares que vocês trocavam na academia e a raiva quando ela descobriu que passamos a tarde juntos.
- Nada a ver, a Weasley não liga com quem eu durmo ou deixo de dormir, ela mesma me disse isso uma vez.
- Ela está sim na sua. Me surpreende que um homem como você não entenda como a cabeça de uma mulher funciona.
- Mas ela sempre em pára quando tento algo. – ele explicou.
- Será que a paixão o deixou cego?
- JÁ DISSE QUE NÃO ESTOU APAIXONADO! – ele gritou, furioso.
- Tá bom, não vou mais tocar nesse assunto. Ela disse que você é volúvel, deve ter medo de envolver com você por causa disso. Eu não tenho medo de tentar ser feliz, mas ela parece ser bem insegura.
- Eu não entendo porque está falando tudo isso pra mim. Na verdade, achei que me jogaria porta afora aos pontapés quando dissesse sobre ter te usado.
- Eu disse que costumo lutar pelo que quero, mas também sei reconhecer quando perdi. – ela explicou – Apenas pense em tudo o que eu disse, O.K? – e Draco fez um gesto afirmativo.
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