Epílogo



Não sei ao certo o que me levou a escrever a minha história. Parte dela, na verdade. Acho que foi a nostalgia que me bateu quando Scorpius me pediu em casamento. Hoje, estou para colocar o último ponto final.


Acho que vale à pena explicar como se deu o pedido de casamento. Foi surpreendente e mais romântico do que se Scorpius tivesse me levado para jantar.


Estávamos aqui n’A Toca, durante o feriado da Páscoa, jogando uma partida de Quadribol. Eu havia marcado o último gol antes que Lily capturasse o pomo e desse a vitória ao nosso time. Enquanto comemorávamos, ainda montados nas vassouras, Scorpius se aproximou de mim e me entregou a goles. Eu escutei algo sacudir dentro dela e, achando aquilo estranho, usei a varinha para rasgar a costura do couro. Com uma exclamação de surpresa, admirei um belo anel de rubi cair na palma da minha mão. Acho que nunca amei tanto Scorpius como naquele momento.


- Casa comigo? – ele perguntou, sorrindo. Eu sorri também, mas não respondi.


- Hm, um rubi como os da Grifinória. – falei, ainda admirando o anel.


- Para a sua informação, é um dos rubis da Grifinória. – Scorpius respondeu, petulante.


- Muito esperto, Malfoy. Você sabe como conquistar uma garota. – olhei para baixo e vi toda a minha família nos olhando, como se estivessem assistindo a um show. Voltei a olhar para Scorpius. – O que você acha que eu vou responder?


- Tenho certeza de que você vai dizer ‘sim’.


- Nossa, como você é prepotente! – ele riu e as covinhas que eu amava surgiram em suas bochechas. Prossegui para dar o passo mais importante da minha vida. – Tudo bem, Malfoy, você venceu. Eu aceito. – sorrindo, ele colocou o anel no meu dedo e me beijou. Abaixo de nós, minha família gritou satisfeita.  – Eu te amo.


Enquanto comemorávamos, ainda pudemos ouvir meu pai reclamar, tentando parecer zangado.


- Ah, ótimo. Minha filha vai casar com um puro sangue. Não, melhor dizendo, minha filha vai casar com um Malfoy. Meu Deus, minha filha vai ser uma Malfoy! Meus netos também! Era só o que me faltava. Ei, Rose, quando você entrou na escola, o plano era que você odiasse Scorpius! O que deu errado? – ele falou, arrancando gargalhadas de todos nós. Eu dei de ombros.


- Ah, papai. Eu gosto de loiros, o que posso fazer?


- Entendo. Você vai quebrar nossa linhagem, filha, seus filhos serão loiros. É isso o que você quer?


- É exatamente isso que eu quero, papai. – eu falei, rindo. Papai estava preparado para implicar mais um pouco, mas mamãe fez o favor de intervir.


- Ron, cala a boca. – e ele se calou.


Quando Scorpius colocou o anel no meu dedo, eu tive a necessidade de escrever nesses pergaminhos a nossa história, que teve início no nosso sétimo ano da escola. Já pensei em mostrar isso ao Alvo, mas desisti da ideia: ele tiraria sarro de mim até o fim da minha vida.


Aliás, falando em Alvo... ele e Sam continuam juntos e vão sair em viagem para Paris daqui a alguns dias. Eu soube que ele planeja pedi-la em casamento no alto da Torre Eiffel. Afinal, foi na França que Sam passou a maior parte da adolescência; e ela sempre mencionou como a vista lá de cima é muito romântica. Eu tenho certeza de que ela aceitará e eu fico tão feliz por eles. Todo mundo sabe que eles foram feitos um para o outro e que serão muito felizes juntos. Mais do que já são.


Eu não posso me esquecer, é claro, de duas pessoas muito importantes nessa história que agora termino. Peter e Izzy. Os dois realmente namoraram por uns três anos e, claro, faziam um belo casal, mas infelizmente não deu certo. Peter viajava muito a trabalho e Izzy estava sempre de plantão no St. Mungus (isso mesmo, ela é medibruxa), então eles nunca se viam. De qualquer forma, nós quatro somos amigos até hoje e, quando temos alguma folga, nos encontramos para uma cerveja amanteigada no Três Vassouras. Se não me engano, eles devem estar lá embaixo no jardim agora conversando com Scorpius.


Scorpius, meu futuro marido!


Nossa, como é legal dizer isso. Scorpius, meu futuro marido. Scorpius, meu futuro marido. Scorpius, meu futuro marido. Scorpius, meu futuro marido!


Viu? É bem legal.


De qualquer forma, é um futuro bem próximo. Hoje, dois meses depois daquela partida de Quadribol, é o dia do meu casamento. Com Scorpius Malfoy, o homem que eu amo desde os onze anos de idade – mesmo que eu não soubesse disso na época – quando o vi pela primeira vez naquela estação coberta de névoa.


Meu Deus, acho que vou chorar. Certo, já estou chorando e se Lily descobrir que estou correndo risco de borrar a maquiagem que ela fez, posso ter certeza de que serei azarada. Mas não consigo evitar; estou aqui no quarto dos meus avós, vestida de noiva, com uma linda tiara na cabeça e pronta para dizer ‘sim’ a uma nova vida ao lado do amor da minha vida. Não é à toa que eu esteja chorando, borrando a maquiagem e tremendo tanto que minha caligrafia está horrorosa. Mas e daí? Nada disso importa quando eu estou prestes a me casar.


Estou ouvindo passos na escada. É meu pai. Acabou de bater na porta e dizer que está na hora. Deus, está na hora.


Eu vou me casar. Agora. Com Scorpius.


Devo dizer que esse é um belo fim para uma bela história.

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Comentários (2)

  • Gabriela

    meu deus, que fanfic maravilhosa!!!

    2017-09-16
  • Lana Silva

    AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH Que lindo *-------------------* Eu amei....Pena mesm que acabou mas eu ameiiii *----------------------------*

    2011-10-13
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