Listas Por RJLupin
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Por Remus John Lupin
1. Parem de tentar me unir a Jenna, de afirmar que a amo, se compará-la a mim. Somos amigos e somente isso, compreende? Claro que eu não quero dizer que ela não é atraente, inteligente, esforçada e maravilhosa. Estou longe de dizer algo assim. Eu apenas pretendo esclarecer o nosso tipo de relacionamento – e não, Sirius, eu não tenho uma ‘amizade negra’ com ela. Pare de espalhar isso a torto e a direito, seu cão histérico! Já está me tirando do sério –. Ah, tudo bem. A quem eu quero enganar? Eu gosto dela. Muito. Mas não a quero ao meu lado pelo motivo do próximo tópico.
2. Sou um lobisomem. Não é lobinho, bola de pêlos e derivados. Vamos dar nomes aos hipogrifos, ok? Sou uma criatura meio humana que mensalmente, a cada lua cheia, transforma-se em um dos monstros mais perigosos do nosso mundo. Um monstro que vaga pela calada da noite, provocando chacinas escabrosas, fazendo dos outros um igual. Ser um lobisomem é ter uma semivida, pois nunca se vive intensamente; não se tem liberdade para tanto. É complicado amar alguém; nunca se pode ficar com a pessoa amada. Conviver em sociedade torna-se impossível; ninguém o quer por perto por apresentar perigo em uma certa época. Não há quem confie e se doe para um lobisomem; somos destinados a encarar as dores antes, durante e após as transformações. Perde-se a sanidade, lembranças; torna-se uma arma, um ser sanguinário . Apelidos podem amenizar a verdade, mas ela continua sendo uma verdade. A lincantropia em mim é imutável. Sou o que sou. E não posso tê-la justamente por isso – falo da Jen –.
3. Sirius Canino Futuro Cadáver Black, PARE de duvidar da minha masculinidade, entendeu? Não sou eu o escandaloso, que vive gritando sobre a vida de todo mundo que nem um berrador. Não sou eu que demoro décadas para tomar um banho e escolher uma peça de roupa, sem culpar “minha perfeição”, como certas pessoas fazem. Não sou eu que digo gostar de escrever em um diário e descobrir sobre os segredos alheios – como você admitiu hoje quando o recebi para fazer minhas anotações –. Em suma, não sou você, seu cão. Eu apenas te conheço o suficiente, vejo suas ações e prevejo as reações. Não me culpe por conhecê-lo demais; são longos sete anos de amizade, é natural que nesse meio tempo eu saiba como você é. Culpe nossa convivência e sua incapacidade de percepção para predizer o que os amigos costumam fazer. Lesado. E outra, eu gosto de mulher, como deve ter percebido nos itens acima. E mesmo que eu fosse homossexual não teria o péssimo gosto de estar apaixonado por você. Poupe-me, seu cão inútil.
4. Realmente, sou sensato, engraçado, tímido, monitor e esforçado, mas ainda sou um Maroto. Parem de distorcer minha imagem; posso ser o mais sensível que continuo safado. Quero dizer, não no sentido pejorativo da coisa... é mais na questão de ser um maroto... quebrar algumas regras, sair com garotas... ok, as garotas tornam o ‘safado’ pejorativo, mas não pense que sou indelicado e que desrespeito as meninas... bom, eu reparo em certos atributos, não posso negar... AH! Eu sou garoto, poxa! Antes de ter lincantropia e ser ‘meigo’ – segundo Alice –, sou um garoto! Tenho desejos como outro qualquer – igual ao James, que mesmo falando que ama a Evans, sei que há uma segunda intenção maliciosa por trás. Sempre tem –. Portanto, não me coloquem como anjo, estou mais para um ser indefinido – não sexualmente! Escutou bem, Padfoot?! –, embora eu seja amaldiçoado não me considero um demônio também – não como Sirius e James –.
5. Não tenho nada contra a Lene. Apenas ando investigando boatos suspeitos ao seu respeito. Mas nada contra. Não mesmo.
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Pauta da reunião marota do dia 1º de novembro de 1977; Salão Comunal da Grifinória; participantes: James Jack Potter, Sirius Orion Black, Remus John Lupin, Peter Stuart Pettigrew
Transcrito por R. J. Lupin, aquele que não tinha mais o que escrever aqui
1. Madame Pomfrey – enganá-la com a tática de sempre; a aventura pela floresta que resulta em três estudantes machucados, caso o lobisomem saia de controle dos amigos. Aproveitar para descansar um pouco pela noite mal dormida.
2. Passar pela passagem do Salgueiro Lutador já transformados, como de costume – nunca deixar de revisar as questões de segurança feitas no quinto ano; lembrar que a maldição é passada para seres humanos e a mordida em animais age apenas como veneno. Ou seja, é mais cômodo ser ferido como animal.
3. Perambular pelo vilarejo de Hogsmeade – se, e somente se, o lobisomem se mostrar ‘dócil’ ao contato com os demais animais. Atualmente este tópico é quase não comentado, graças ao convívio de dois anos com os animagos.
4. Severus Snape – mantê-lo o mais distante possível, checando se seus amigos o acompanham. Não deixar, em nenhuma hipótese, Padfoot confrontá-lo. A última vez – ano passado – rendeu a descoberta da lincantropia.
5. SEGUIR TUDO DESTA PAUTA! Isto serve para James e Sirius em específico.
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Lista de afazeres
Por R. J. Lupin
1. Separar roupas íntimas! Nunca se sabe o que pode acontecer no período de transformação.
2. Separar camisas e calças! Sempre acabam rasgadas ou destruídas de alguma forma.
3. Primeiros-socorros! Padfoot é o que mais se machuca. Cães e lobos podem ser parentes, mas se mordem bastante. Não esquecer de afanar faixas da Ala Hospitalar.
4. Afanar faixas! Padfoot acabou com as minhas extras.
5. Terminar os deveres de monitor! Passar o resumo de detenções para Lily, junto da minha carta de afastamento. Como se ela não soubesse a razão.
6. Fazer todas as tarefas e trabalhos! Não deixar nenhum para depois, pois não se sabe quando minha transformação poderá me matar. Tenho de entregar tudo para Jen passá-los a McGonagall. Morrer como aluno exemplo é um sonho que pretendo alcançar.
7. Dizer a Jenna Creeb que a amo com a intensidade de mil sóis!
8. Nunca fazer o de cima!
9. Bater no Sirius! Se eu morrer não terei outra oportunidade de vingar minha masculinidade questionada.
10. Parar de pensar na minha provável morte prematura! Ora, sempre me disseram que algumas pessoas mordidas não resistem a tantos anos se transformando. Acredito que eu seja forte, resistente, principalmente por ser jovem, mas nunca se sabe do futuro, nem Clarisse, nossa professora biruta de adivinhação – aquela charlatã! Ela disse que eu me casaria e teria um filho! Um lobisomem como eu não pode se multiplicar! Pobre criança seria a que nascesse –. Bem, tenho de levar em conta que são doze anos como lobisomem, isto cansa qualquer corpo – provavelmente aos meus trinta e quatro anos parecerei um senhor de quarenta e dois! Sabe, com os cabelos grisalhos. Que triste fim para minha beleza –. Posso ter um ataque fulminante.
11. Parar de agir como o histérico do Pad quanto minha morte.
12. Parar de agir como a Lily, dramatizando ainda mais minha maldição.
13. Utilizar melhor este diário ao invés de fazer listas estúpidas que eu sei que posso guardar de cabeça.
14. Aprender a me abrir mais. Assim, poderei escrever sobre o que penso neste caderno, apesar se saber que todos lerão.
Obs: Pagar ao Peter pelo saco de bombons explosivos que me comprou em Hogsmeade. Obrigado mesmo, Wormtail. Sirius torrou toda a minha grana em uma flor pra Marlene e ela sequer apareceu. É bom contar contigo, Worm.
Obs2: Realmente. Escrever aqui é muito bom. Da próxima vez faço um relato descente. Estou sem disposição de tratar sobre sentimentos hoje. Fico absurdamente sentimental com a lua cheia. Não quero parecer bobo aqui, principalmente depois da desconfiança do Padfoot. Culpe o maldito cão por esta minha deplorável aparição. HAHA! Colocarei todos contra o Sirius! Daí poderei transcrever calmamente meus surtos lupinos, sem que ele caçoe. Esperto da minha parte, não?
Obs3: Maldita lua cheia!
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Anexo: Carta da Elle Warhols
Lily pediu que eu colocasse
Caros amigos,
Vim por meio desta dizer-lhes notícias sobre meu curso como auror, no Ministério da Magia.
AHAM! E eu consigo mesmo ser formal! Poupe-me!
Hey pessoas!
Cara, estou acabada, literalmente. Trabalhar como auror, mesmo que estagiando – não me perguntem como consegui com apenas um ano na academia –, pois os Comensais da Morte estão dizimando todos os melhores bruxos do Departamento de Mistérios. Muitos estão escondidos por feitiços potentes, como o fidelius – Jenna e Remus devem saber como funciona. Anos na Biblioteca devem ter valido a pena –. Até eu estou escondida – ao fim da carta mando meu endereço para uma visita nas férias natalinas ou de fim do ano –.
Ai, meu Merlin! Vocês já são adultos! Ou melhor, quase. São apenas maiores de idade. Foi tão bom quando fiz dezessete anos. Pena que não estou em Hogwarts com vocês. Este é o pior lado de ser um ano mais velha. Droga. Estou morrendo de saudades das nossas aventuras no Saguão de Entrada contra os sonserinos, das brigas de James e Lily – agora namorados! AH, Lily! Quando li sua carta eu quase surtei. Na verdade, eu surtei. Sempre torci por vocês. Parabéns, Jamie! –, das competições de quem come/bebe mais rápido com o Sirius e o Peter – ninguém te vence Stuie, sério. Acho que Sirius e eu morreríamos duelando e acabando sempre empatados –, das conversas e jogos de xadrez de bruxo na Biblioteca – Remmie é o melhor, tenho de admitir –. Saudade de apertá-los, tê-los comigo. Droga de idade a mais.
Bem, ando meio sem tempo estes dias, com o sumiço de Arthur Moscovitz, o pai do Michael. Por falar nele, mudou-se aqui para minha casa faz alguns dias. Estávamos combinando de viajar para Tóquio, Manhattan, Acapulco, São Paulo e Paris. Queremos expandir nossos conhecimentos pelo mundo, e pesquisar a influência de Você-Sabe-Quem no exterior. Não queremos mais seguidores, não é? E procuramos refúgio para aqueles que pretendem deixar o país. Mike está bem animado. Passaríamos dois anos viajando, o que acham? Quero opiniões sinceras dos meus melhores amigos.
Tenho de ir agora, pessoas. Os amo DEMAIS! Sempre estaremos juntos, ok?
El W.
PS: Wizvillage; 504; Londres.
PS2: O vilarejo está incomunicável e não se pode localizar em qualquer mapa. Está sob o feitiço fidelius também; há vários aurores morando por aqui. Continuem mantendo-me informada pelo endereço do Ministério. Sirius, venha passar o Natal comigo, deixar a tia Rebeka sossegada. Eu sei que todos os outros passarão com a família, então venha! Preciso ficar com um de vocês, saber como vai tudo, e você é o melhor em contar novidades. Prometo preparar um ótimo jantar – aprendi a cozinhar recentemente. Mas qualquer coisa, podemos pedir ao Cássio, meu elfo, para fazer. Acho isto mais conveniente –. Ah, o Mike não passará o Natal conosco, caso você aceite o convite. A família o quer presente nesta data. Venha, Sirius, por favor!
Warhols.
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Comentário da carta
Por R. J. Lupin
Japão, Estados Unidos, México, Brasil e França! Tudo em dois anos! Que maravilha! Tipo, eu estava pensando em estudar no exterior – mesmo que eu não vá ser empregado por condições óbvias. Afinal, quem quer morrer nas garras de um lobisomem subordinado? –, mas na Suíça e Portugal. Tem ótimos centros de pesquisas lá, fora que os Comensais não têm tanta influência nesses países. Assim, posso me tornar um excelente auror e voltar para cá quando conseguir dinheiro. Mas a idéia da Elle e do Michael é mesmo divina.
Além de estudar, trabalhar e analisar condições para os refugiados, estão querendo uma viajem juntos, aposto. O Michael sempre foi apaixonado pela El, desde o terceiro ano deles. Sinceramente, o Sirius nunca apoiou nenhum dos namorados da morena. O James também não. MMMM! Já sei, vou listar os namoros da Elle, apenas para passar o tempo.
Namorados da Elle
Por R. J. Lupin
1. Mitchell Hertzog – foi o primeiro namorado e menino que ela beijou. Recordo-me perfeitamente como foi. Estávamos no segundo ano, no trem de volta para Hogwarts; nós, os Marotos, nos sentamos no último vagão, na cabine que nos conhecemos no ano anterior. Claro, esperávamos continuar sozinhos, discutindo sobre meu problema, mas a Emmeline e a Dorcas apareceram, sendo seguidas pela Mary McDonald, uma ruiva que o James beijou no terceiro ano. Foi a primeira dele, eu acho. A Lily a odeia com a mesma intensidade que nós ao Snape; parece que a Mary vive a perturbando sobre o Seboso. Bem, a Elle não demorou a aparecer com a ruiva do Prongs; a morena parecia entusiasmada com cartas de um admirador secreto que lhe mandava flores. Sirius não gostou muito do assunto e começou a contar e mostrar seus cortes feitos pelos seus pais. Claro que a El, como a boa amiga que é, tratou de consolá-lo com beijos e abraços; devo dizer que ele ficou satisfeitíssimo com a atenção, como sempre. Mas sua decepção chegou antes que pudesse entregar um bilhete a Elle; o Mitch apareceu acompanhado pela Janice e Stacy, suas irmãs e amigas de casa da El – eu não sei se disseram anteriormente, mas ela era da Corvinal. Uma corvinal excelente, devo completar –, e chamou a morena para conversar no corredor. Ficamos nos divertindo – a Lily quase estrangulando a Mary e preocupada com Snape, que ainda não tinha visto. Preciso falar que o James não estava com o melhor dos humores? Parecia o Sirius em dia de domingo quando é acordado cedo –, até que Padfoot irritou-se com a demora; falou que eles deveriam estar roubando todo o carrinho de doces – sei. A Elle faria isso. Pode me enganar, Pad, eu gosto –. Ele se levantou do assento e abriu a porta. Lá estava Mitchell e Elle se beijando. Sabe, não é estranho um sujeito mais velho – o Hertzog era um ano mais velho que ela – se interessar pelas mais novas, principalmente as tímidas, inteligentes, bonitas e engraçadas como a El. O estranho foi o término do namoro, desconhecido a todos. Nem os corvos – já que os dois eram da mesma casa – sabem. Parece que eles discutiram feio no Salão Comunal, mas apenas entre eles. Só o Sirius, que nem toca no assunto, aparenta saber a razão do fim.
2. David Madson – depois de dois anos de namoro com o Mitch, no quinto ano, a Elle se envolve com o David, da Lufa-Lufa – ele é da minha idade – e eles começaram a namorar em poucas semanas. Novamente, ela estava com um novo admirador secreto que lhe chamava muito a atenção – é que a El tinha vários. Afinal, nunca conheci alguém tão doce e temperamental ao mesmo tempo – e havia se afastado do Sirius – não me pergunte o por quê, pois não saberia responder –. Daí o David mandou-lhe um bilhete com um coração desenhado no café da manhã; ela pensou que fosse ele o admirador e resolveu dar uma chance. Pena que não durou muito; os dois juntos eram bonitinhos. Eu gostava. Ah, e este fim é outro mistério, ninguém sabe o motivo, somente o Sirius – o que se deve perguntar é sobre a vida de quem ele não conhece –.
3. Michael Moscovitz – começaram a namorar no sexto ano. Ele admitiu ser o admirador que tanto lhe enviava cartas e presentes – essas eram meigas e sinceras. O Mike sempre foi romântico, mas eu não sabia que tanto – e a morena não resistiu, é claro. Parece que ela tem uma queda enorme por seus fãs, mas El costuma escolher bem entre eles. Namorou apenas três em centenas. E Elle continua com o Michael, moram juntos e, segundo Jenna, ele queria se casar, entretanto, a Warhols já disse que casamento é um passo delicado em uma relação. Eu realmente os apoio; Mike a trata divinamente bem, a ama de verdade. Até o Padfoot aceito o namoro deles – antes o cão era totalmente encrencado com todos, mas parece que se dá bem com o Moscovitz –.
Hm... tenho que ir. Sirius quer dar uma passada na Casa dos Gritos antes do fim da semana, checar as condições do ambiente e pegar seu espelho de volta, já que não voltamos depois do domingo. Ou seja, vou tomar um banho, fazer o dever de Feitiços, jogar xadrez de bruxo com a Jenna – aproveito para conversa com ela e, quem sabe, fazer o número sete da lista de afazeres. Ainda não descartei totalmente o lance da morte prematura –, e depois ir com o Padfoot ao vilarejo.
R.L.
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