Capitulo 2 O corredor das escu
Entramos numa estrada escura acima de uma montanha nebulosa, com milhares de arvores negras, e uma lua cheia no centro do céu nublado. Talvez ficamos nesta estrada á horas, mas adormeci com uma intensa curiosidade do mal humor de meu pai. Mas não imaginava que a partir daquela noite, eu nunca mais seria o mesmo. A partir daquele dia encontrei minha verdadeira personalidade, soube quem eu sou e o que eu posso fazer.
Entramos numa casa grande, pensava que meu pai estava me levando para conhecer monstros de verdade, porque a casa era cheia de rachaduras e parecia mal assombrada, não sabia ler, mas havia escritas encima de uma longa porta abandonada pelos moradores. Ao bater na porta, uma portinhola se abriu, e logo uma velha de cabelos brancos engrolados num coque mal feito, vestindo um uniforme cinza e um avental branco cheio de babados indicava que ela era a cozinheira do local. Entramos.
No Hall Havia outra mulher com cabelos brancos e enrolados num coque, nos recebeu e começou a conversar com meu pai, não prestava atenção estava olhando o local, era grande com muitas luzes de velas e enormes quadros com formas abstrata. Nunca pensei que ali seria a minha mais nova casa. Depois de um longo tempo assumi meu medo. Percebi que a mulher colocava as mão nos meu ombros.
Fui conduzido até um corredor, fiquei muito apavorado olhei para traz e queria chamar meu pai, mas quando olhei ele estava muito longe e foi embora sem se despedir. O que era já muito comum para min. Mas me senti estranho e com muito mais medo de estar naquele lugar bizarro, escuro e sujo.
Virei a cabeça e olhei novamente para o corredor, era mofado e continha muitas portas. A recepcionista me deu um empurrão me levando para mais adentro, passei pelas portas de madeira descascadas observando que havia salas e mais salas de aula, com meninos e meninas de diversas idades, também havia garotos limpando a cozinha e outros lendo a bíblia em voz alta.
Crianças ali e crianças aqui, subimos uma enorme escada que rangia e se mexia e ainda para me assustar mais, havia quadros de velhos Barbados, ela me conduziu até uma porta no 1° andar, me empurrou novamente para dentro dela, jogando malas enormes, não havia imaginado que minhas roupas, livros e acessórios estivessem no porta-mala do carro.
Aporta bateu com muita força, que as paredes chegou a deixar cair muito pó e fagulhas da madeira, apertando o choro levantei a cabeça e era um quarto com 14 camas uma na frente da outra, como se ali dormissem muitas crianças juntas, olhei uma que o colchão estava enrolado com uma fita marrom, deixei as malas nelas com muito esforço consegui tirar as fitas para poder me sentar e se confortar na cama, deixando o choro ganhar escorrendo no meu rosto pálido de pavor tentei refletir no que havia acontecido até ali. E agora? O que iria acontecer? Só sabia que estava sozinho e num mundo obscuro onde não conhecia ninguém e nem o por quê que estava ali.
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