O Livro

N/a: Perdãããoooooo a demora.

 

A música inserida no cap. É:::
Como way with Me – Norah Jones

O Livros Escondido

 

Aquele local estava gélido, entretanto não ventava. Havia ervas daninhas por todo o jardim e a grama estava visivelmente a um bom tempo sem cortar, quantos anos ele não ia naquele local?Ah... É mesmo, quatro anos... Quatro anos foram o bastante para deixar o grande Castelo de Hogwarts como o castelo do Conde Drácula, morto e abandonado.

 

- Hey, psiu! Sirius... – A voz de Danielle ecoava aflita.

 

Eram exatamente cinco da manhã e eles haviam acabado de aparatar frente aos portões fechados da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, Danielle havia se escondido atrás de uma moita enquanto ele mantinha-se de pé, com as mãos enfiadas no bolso e com um olhar distante. Havia passado por tantas coisas ali, aquela nostalgia lhe contaminava como uma doença incurável.

 

- Anda logo Sirius! Se esconda! Nosso plano vai por água a baixo! – Esbravejou a loira.

 

Ele não respondeu, permaneceu parado, feito estátua, observando os portões altivos e negros. Danielle rolou os olhos, o que Sirius queria afinal? Estragar todo o plano que ela demorou horas para construir? Merlim! Tudo bem que ele estava puto da vida por ela ter o acordado ás três da manhã... Mas isso era motivo para jogar um plano pela janela?

 

- Só posso ter colado chiclete na varinha de Morgana! – Bufou saltando da grama e indo ao lado do moreno que não movera um músculo sequer. – Ok, você quer fuder com meu plano, vamos fuder!

- Hum? – Sirius a encarava com uma sobrancelha arqueada. – Você tem um plano?

- Lóóógico que eu tenho um plano seu debilóide! Acha que eu iria vir para cá às cinco da manhã se não tivesse um?

- Sinceramente Danielle, se seu plano for entrar escondido em Hogwarts pelas catacumbas e entrar na Ala Proibida da Biblioteca, é um plano idiota.

- COMO É QUE È?

- Você é a jornalista e eu estrategista. Você documenta e eu faço a parte de marginal da história ok?

 

A loira rolou os orbes castanhos em fúria, por que mesmo Sirius fora com ela? Ah... É.... Ela permitiu e ela ainda o chamou! Esfregou a testa com os dedos, se Sirius Zabine soubesse a raiva que ele estava a fazendo naquele exato momento, não a faria.

 

- Ótimo gênio! Fale como entramos!

- Não quero zombar de sua inteligência amada Dandan, mas... Acho que você ainda não notou um pequeno detalhe que faz toda a diferença...

- Hum?

- O portão está aberto! – Sirius sorria mostrando toda sua arcada dentária, e com um pequeno gesto empurrou o portão com delicadeza. – As damas primeiro?

 

Danielle arregalou os olhos não crendo no que presenciava, abriu e fechou a boca milhares de vezes, para então avançar e cruzar os portões com seu costumeiro mal humor. Só podia ser brincadeira que ela não notara aquele detalhe.

 

- Sabe Sirius, você deveria ter usado este cavalheirismo no tempo que moramos juntos! – Declarou nervosa enquanto cruzavam os jardins.

- Oh não Danielle, não vamos discutir...

- Discutir? Esse é seu problema! Você nunca quer discutir!

- Não querer discutir é um problema? – O moreno franzia o cenho, conforme passavam ao lado do lago negro.

- Sim! É um imeeeeeeenso problema! Se as pessoas não discutem elas não dialogam e se não dialogam jamais conseguem dizer o que as está incomodando em um relacionamento! Ou seja...

- Estamos em um relacionamento?

- URRRRRRRRRRRRRRRRRRRGGGGGGGGGGGGGHHHHHHHH! Eu odeio você!

 

Sirius sentiu vontade de rir, Danielle avançava a sua frente cruzando feito louca aquele jardim, Hogwarts estava tão mal cuidada que chegava a dar dó. Respirou pesado encarando todos os cantos, um sentimento de tristeza lhe tomava conforme via tudo aquilo, como se apertassem seu coração e não o soltassem jamais. O que estava acontecendo com ele? Estava ficando emotivo? Esse era o papel de James e não seu! Sacudiu a cabeça acelerando o passo.

 

- Nossa... – Danielle mordia o lábio empurrando as grandes portas do castelo. – Pensei que haveria sentinelas sei lá... Isso ‘tá tão...

- Abandonado? – Sirius sorria fraco.  – Aparentemente eles também procuraram coisas por aqui... – Ele sinalizava mostrando quadros e moveis jogados e revirados. – Mas como não encontraram...

 

Danielle cruzara os braços, era esquisito ver tudo aquilo de uma forma tão banal, como se os fantasmas de seu passado invadissem sua mente e começassem a transformar todo aquele lugar como era antes: “Claro e Limpo”, olhando para a escadaria, lembrava-se de Sirius, Caios, Jay e Kevin saltando de escada em escada, apenas por brincadeira.

 

No grande salão onde eram servidas as refeições, ela recordava das conversas com Stacy na mesa da grifinória enquanto ambas babavam na mesa da sonserina, onde o grande Nathan Adhara sempre se encontrava carrancudo.

 

Passando pelos corredores podia recordar de Kevin e Lauren discutindo e levando boas gargalhadas de todos, talvez todos rissem daquela forma quando ela e Sirius praticamente se matavam... Merlim, como foi que tudo mudou de repente? Como foi que o tufão das mudanças invadiram a vida deles daquela forma tão hedionda sem que eles percebessem?  Mordeu o lábio inferior limpando uma lagrima solitária, Sirius estava por demais calado e Danielle sentiu que ele estava sentindo exatamente o que ela mesma sentia, tristeza.

 

- Vamos... – Ele declarou com uma voz rouca. – A Ala Proibida é grande e não queremos ficar o dia todo aqui...

 

Ele deu as costas  e seguiu em passos longos, Danielle respirou pesado, Sirius era sempre tão calado, tão ele mesmo, nunca se podia saber o que ele pensava, apenas podia-se deduzir e como ela deduzia? Bem... Vinha a sua cabeça e jogava aos sete ventos... Sirius odiava quando ela fazia isso, então... Porque ele nunca lhe dizia o que se passava em sua mente?

 

Coçou a cabeça seguindo o moreno, aquela atitude de Sirius lhe fazia recordar algo, algo que se passou há três anos...

 

FlashBack

 

Mais uma vez, mais uma maldita vez ele a deixara sozinha naquele quarto de Hotel, mais uma maldita vez ele se atrasara e mais uma maldita vez ela sentia uma vontade imensa de chorar. Será que Sirius não percebia o que estava a sua volta? Ela o amava! Ela largaria tudo por ele umas mil vezes, mas ele... Bem... Ele nunca dizia o que se passava em seu coração, a preferia deixar sozinha a ter o bom senso de chegar na hora e lhe fazer companhia.

 

Ambos estavam em Las Vegas sozinhos, mas nunca ficavam sozinhos, daria para alguém entender? Não... Ela não queria que ele lhe desse um anel de brilhantes e assumisse a relação de ambos com um “casados”, elas apenas queria que ele demonstrasse o quão importante ela era na vida dele, ela queria ver se estar ali com ele valia realmente a pena.

 

A porta abrira-se num estouro, ele entrara meio cambaleante e desabara na cama olhando para o teto com os olhos cinzas sem foco. “Bêbado”, pensou consigo mesma. Quantas vezes uma pessoa pode ficar bêbada em uma semana? Todos os dias? Bem, ela iria mandar Sirius então para o A.A .

 

- Sirius... – Rosnou aproximando-se.

- Eu não vou discutir Danielle... – Ele rolara na cama cobrindo os ouvidos com o travesseiro.

- Vamos conversar então... – Ela bufou sentindo os olhos encherem de lágrimas. – Você sabe como eu estou me sentindo?

- Nervosa, brava, com vontade de me bater... – Ele respondera sem retirar o travesseiro.

- Triste. – Ela declarou baixando a cabeça. – Quanto tempo não ficamos sozinhos? Você passa horas jogando com os amigos que você tem aqui e simplesmente me deixa de lado, quando fala comigo é só patada! Sinceramente Sirius, eu acho que eu sou um estorvo para você!

- É exatamente por isso que eu não gosto de discutir... – Ele bufou erguendo-se de supetão da cama. – Estorvo Danielle? Por Morgana! Eu sei  que você fala muita asneira, mas isso é demais!

- Você me trata mal, você se atrasa, vive bêbado!  O que quer que eu pense?

- Eu não quero que você pense!  Eu te trato mal? Ok... Atrasar... Mas eu SEMPRE me atrasei! Você sempre soube disso! E eu não vivo bêbado, você mesmo disse que eu tinha que curtir mais a vida, bem, eu estou curtindo eu e o meu copinho de Jack Daniels.

- Eu queria que você curtisse ao meu lado Sirius... Noventa e nove por cento das vezes você tem me trocado para ficar com outras pessoas... Sirius, eu não agüento mais...

- Você está dizendo que noventa por cento das vezes eu sou ruim pra você?

- Sim!

- Uau! Você é forte mesmo hein? Estar comigo mesmo eu sendo ruim desse jeito!

- Pare de ironias!

- Não é uma ironia Danielle! – Vociferou andando de um lado para o outro. – Eu sou assim entende? Eu não quero ser um príncipe encantado como Caios Trent, porque eu não sou assim! Eu sou meio grosso mesmo, mas é meu jeito de ser, eu não penso comigo “Hoje eu vou magoar tanto a Danielle para ela brigar comigo!” Eu odeio brigar com você, e você fala tanta bobagem quando discutimos que eu sinceramente prefiro não discutir!

- Eu não falo bobagem!
- Você não pensa para falar o que é pior ainda!

- Eu penso sim!

- Pensa? – Sirius a encarara de olhos arregalados. – Eu posso não chorar Danielle, mas dói te ouvir falando isso... Você falando que é um estorvo para mim? Que eu não sou bom pra você? Que o que eu sinto por você não tem sido suficiente? Eu sou livre Danielle, eu sempre fui livre, eu nunca me prendi a nada e a ninguém... Ás vezes até acham que eu não dou valor as pessoas que me cercam, mas eu sou assim. Eu sou como um João de Barro, eu sou livre para voar, passear, mas eu sempre volto para a minha casinha para viver ao lado de quem amo o resto da vida... Mas não me prenda, não queira ter controle sobre mim e minha vida...

- Acontece que ás vezes quando o João de Barro voa longe demais e abandona a sua companheira, ela se sente só e sente vontade de arrumar alguém que não voe para tão longe.

 

Danielle respirou fundo, Sirius se manteve calado e então ela num gesto simples apanhou sua bolsa e saiu pela porta do quarto,  deixando apenas um rapaz sentado na cama pensativo e calado.

 

Final do FlashBack

 

- Não acha estranho  tudo estar assim? – Indagou quebrando o silêncio fazendo com o que o moreno a olhasse de solasaio.

- Na verdade acho bem óbvio... – Retrucou Sirius. – No mundo do “crime” quando não se há nada de interessante eles simplesmente abandonam.

- Nada de interessante?

- Certamente eles procuraram e não acharam nada que fosse “grandioso” demais...

 

Caminharam, desceram escadas, e o silêncio parecia voltar a reinar. Sirius estava introvertido, sério e parecia extremamente carrancudo. Talvez fosse por estarem depois de tanto tempo sozinhos, isso incomodava a ele? Bem... Ela se sentia ligeiramente desconfortável.

 

Longe dali, longe daquele castelo abandonado, algo acontecia, em uma fazenda enfeitiçada para desaparecer do mapa. O sol aparecia brilhante iluminando todo o gramado verde, onde Kevin treinava arduamente ao lado de Nathan, onde da enorme varanda Anne assistia com a respiração presa.Cada gesto, cada passo, ela sabia tudo de cór, como uma máquina que fizera a muito tempo movimentos repetidos e pudesse repeti-los  milhões de vezes sem falhar uma vez sequer.

 

- Direita... – Murmurou ao ver Nathan atacando o loirinho com uma espada enorme e Kevin se atrapalhando e sendo cortado no braço esquerdo. – Droga Kevin... Concentre-se!

- Você sabe bastante de lutas corporais não é mesmo? – Indagara Lauren ao seu lado tomando tranquilamente um chá.

 

Anne limitou-se em concordar com a cabeça, ela poderia derrotar Nathan num piscar de olhos, mas não iria se gabar, nenhum deles havia passado o que ela passara no País do Fogo. O treinamento que Apus lhe dera poderia ser considerado o mais cruel do universo, puxou o máximo de ar para seus pulmões, os guerreiros de Procyon eram poderosos e ela sentia uma pontada de medo se espalhar pelo seu corpo ao pensar em seu irmão e seus amigos lutando naquela guerra sem sentido.

 

- Acho que Kevin vai ter que redobrar seu treino. – Declarou Draco ao lado de Carter que maneou a cabeça afirmativamente. – Você tem deixado meu filho muito mole, Lauren!

- Desculpe Sr. Malfoy! – A mulher sorria abertamente. – Prometo não atrapalhar mais!

- BASTA! – Gritou Carter.

 

Nathan parara a espada a alguns centímetros do rosto de Kevin que mantinha os imensos orbes azulados arregalados categoricamente.

 

- Nunca gostei tanto de ouvir um berro do tio Carter como agora... – Ele sorrira fracamente a Nathan que gargalhara.

- Mais concentração Keke! – Ele comentara afastando-se.

- JAMES! CAIOS! – Gritou Carter. – Como Sirius está em missão com Danielle, vocês formarão uma dupla.

- O que? – Jay balbuciara levantando-se do gramado.

 

Anne prendeu o fôlego, não havia visto Caios desde que chegara ali, e vê-lo surgindo de trás de uma arvore fora o bastante para que seu fôlego desaparecesse e suas pernas lhe falhassem a fazendo sentar e morder o lábio inferior.

 

Ele estava mais alto? Não... Eram os músculos que estavam em destaque, o cenho franzido  e os óculos de Sol tampando seus olhos verdes, estava com a pele levemente bronzeada, talvez por conta de treinamentos árduos debaixo do sol quente. Havia tanto tempo que queria vê-lo, abraçá-lo e agora? O que ela queria? Queria fugir para o mais distante dali.

 

- Não estou acostumado em lutar com Caios! – Declarou Jay. – Por que Emmy não luta com ele ou então Nathan?

- EU NÃO! – Emmy esbravejava. – Estou de FOLGA hoje Potter!

- Qual é o problema JayJay... – Kevin zombava. – O Cacazitinho não morde, acredite!

- Urgh! Não é disso que estou falando sua besta! – James grunhira. – Eu não vou lutar contra o Caios!

- Eu não estou pedindo James. – Carter descia pela soleira indo em direção aos rapazes para olhar nos olhos azuis esverdeados do moreno e silabar friamente. – Estou mandando.

- É... – Caios respirava fundo evitando olhar em direção a varanda. – Manda quem pode, obedece quem tem juízo...

 

Carter dera as costas e então arremessara duas espadas pesadas para os rapazes que as pegaram no ar. Jay parecia extremamente abatido com aquela situação enquanto o semblante de Caios permanecia indiferente, como uma rocha, imutável.

 

- Essa vai ser interessante... – Murmurara Nathan puxando Kevin para caminharem com Carter em direção a varanda.

- Se você acha que derramamento de sangue é interessante...

- Na verdade eu acho que a rivalidade vai ser interessante... – Nathan acomodava-se no banco ao lado da irmã que o encarara com um pesar descomunal nos olhos. – Não se preocupe maninha, ninguém vai morrer.

 

Carter apoiara-se na grade da varanda, Draco e Blake o olhavam com um mínimo sorriso nos lábios assim como Harry, aquele momento onde uma luta seria travada poderia resolver mais de um problema, poderia mostrar quem estava mais apto para liderar uma tropa enorme, quem estava mais maduro, quem estava mais concentrado, aquele simples duelo era por fim o inicio de tudo.

 

- AO MEU SINAL! – Amy Trent gritara. – UM, DOIS E AGORA!!!!

 

Os olhos de Jay deram um brilho profundo e sua posição passou para defesa. Caios girara a espada indo em direção ao moreno com toda a força, fazendo com que James se defendesse e quase fosse cortado.

 

- Caios... – Murmurou.

 

O loiro girou o corpo, batendo a espada algumas vezes no chão fazendo com que esta se tornasse uma imensa lança, Jay respirou fundo o imitando, e apanhando no chão um dos escudos. Dava para ver no semblante indiferente de Caios que ele não estava ali por brincadeira.

 

- James está desconcentrado... – Murmurou Anne levantando-se e apoiando-se na grade.

 

Caios então respirou pesado, como ele se sentia naquele momento? Lutando com seu melhor amigo, colocando em prova tudo o que aprendera e para quê? Para saber que Jay amava a mesma mulher que ele, para saber que Jay poderia ter uma vida saudável ao lado de Anne, mas por conta de um maldito sentimento que Caios nutria por ela e ela por ele, jamais poderia deixar Anne e Jay serem felizes? Caios sentia raiva de Jay, sentia raiva de si mesmo.

 

- Caios está furioso... – Carter comentara ao lado da morena que o encarara séria. – A culpa pode levar um homem a glória, Srta. Adhara.

 

Um calafrio subiu pela espinha de Anne Adhara, ao mesmo tempo em que Jay partira para cima de Caios e ambos começaram uma luta descomunal, as lanças se batiam de um lado para o outro como se pudesse sair faísca de seus encontros.

 

Jay girara o corpo batendo com o escudo, Caios vacilara por um instante e assim seus óculos voaram longe, os olhos verdes vivos estavam cobertos de ira, e num ato insano Caios revidara. Ele girara o escudo e a lança, levando a lança em direção ao pescoço de Jay que esquivara por pouco e conseguira prender a mesma e a cortar com seu escudo, girando o corpo e dirigindo sua própria lança para a costela de Caios que se defendera com seu escudo a quebrando também.

 

- Caios tem que ter mais destreza com o escudo... – Murmurara Anne.

- Ele está bem mais forte do que eu esperava... – Comentara Nathan colocando-se ao lado da irmã. – Mais um pouco de treino e acho que ele fica melhor do que eu.

- Isso só Anne poderá testar. – Declarara Carter sério.

- Co-como?  - Balbuciara a morena.

- Caios já lutou com todos, Nathan, Kevin, Sirius, Emmy, menos eu e você... Depois de passar por mim você irá ver se ele está pronto para a guerra. Creio que em uma semana você já esteja bem recuperada para treiná-lo.

 

Anne pensara em responder que isso era loucura, entretanto o barulho vindo da luta a distraíra, o pedaço das lanças haviam virado espadas e o cruzar das mesmas causava um barulho estrondoso. Caios girara o corpo várias vezes atacando enquanto Jay mantinha-se atento na defesa para então num ato confuso Carter fincar a sua espada no escudo de Jay que se partira no meio e então a espada cravar na perna do moreno que urrara de dor.

 

Caios puxara a espada com frieza e tomara a espada de Jay que urrava de dor no gramado, Anne arregalara os olhos, o loiro estava fora de si e ela respirou fundo, aquela frieza era a mesma que ela utilizava como Dama Negra, aquela frieza... Caios não podia...

 

- ONDE VOCÊ ESTÁ INDO ANNE? – berrara Nathan.

 

Mas era tarde demais, a morena havia apanhado uma espada na grama e corrido em direção a Caios, o loiro girou o corpo no momento em que a morena lhe dirigira o ataque, Caios se defendera por pouco com o escudo e então teve de se defender inúmeras vezes, pois Anne possuía uma destreza inigualável e era tão rápida em seus movimentos que Caios mal podia identificar de onde viria seu ataque.

 

O loiro parecia voltar a si a cada ataque que ela dirigia, Jay ao chão observava tudo embasbacado, não crendo que uma mulher do tamanho de Anne estava praticamente dando uma surra em Caios. A rasteira de Anne fora o bastante para Caios cair ao chão e seu escudo voar longe e finalmente a espada da morena ser encostada no peito do rapaz. Caios havia sido derrotado em menos de trinta segundos.

 

- A culpa Sr. Trent também pode levar um homem a ruína. – Ela declarou solene encarando nos olhos de Caios pela primeira vez depois de tanto tempo. – Você estava desconcentrado o tempo todo, não previu um ataque pelas costas, na guerra você não luta em dupla, é você contra centenas de homens a fim de sua cabeça. Você se surpreendeu a me ver lhe atacando, na guerra pessoas irão te atacar, pessoas que você jamais acreditaria que estariam do lado oposto ao seu. Você precisa estar preparado para tudo, mas não pode estar com culpa no coração ou com ódio ou simplesmente com remorso. Você precisa estar determinado. Você não perdeu por falta de habilidade, você perdeu pelo simples motivo de estar se perdendo dentro de si mesmo.

 

O silêncio havia pairado e então Anne jogara a espada ao lado do rapaz para então  apoiar a mão no coração e respirar pesado, aquela simples luta havia lhe cansado, Lauren correu ao seu encontro e a apoiara a encaminhando em direção ao casarão. Caios manteve-se ali deitado ao chão encarando o céu azul claro, ele não possuía palavras para aquilo tudo.

 

De volta a Hogwarts

 

 

Sirius empurrara a porta pesada da biblioteca, seus olhos acinzentados atentos e sua mão deslizando para a varinha no bolso traseiro, Danielle imitou a reação do moreno, mas sentiu um frio lhe tomar a espinha. Sirius estava sério demais.

 

- Não se preocupe Danielle... – Ele dava seu melhor sorriso calhorda. – Eu protejo você!

E então abriu a porta com força revelando uma biblioteca semi destruída, com livros, pergaminhos e mapas jogados em todos os lugares.

 

- Minha Morgana! – Exclamou a loira.

- O que você esperava?  - Sirius arqueava uma sobrancelha. – Coelhinhos e flores?

- Por que eles destruiriam a biblioteca?

- Para achar algo que foi escondido. – Sorriu maroto. – Vamos, a Ala Proibida é bem ali...

- Algo que foi escondido?  - Acelerou o passo. – Não vai me dizer que você que escondeu!

- Bem... Eu não sabia que era tão importante na época... – Ele sorria abertamente. – Mas agora eu sei que pode ser bastante útil... Tentei vir aqui algumas vezes nesses anos, mas eles ainda estavam procurando...

- VOCÊ ESCONDEU O LIVRO QUE FALA SOBRE A CURA DA MALDIÇÃO DA ANNE E NÃO CONTOU PARA NINGUÉÉÉÉEMMMMM???

- Shiiii... Estamos em uma biblioteca! Não se deve falar alto! E eu diria que eu não sabia que o conteúdo fosse tão importante e que eu preferir manter isso oculto antes que levasse ilusões...

- Você sabe o quão você é egoísta?

- Hum... Digamos que tem o mesmo peso de o quão você é escandalosa... – Sirius dava uma piscadela girando o corpo.

 

Danielle bufara vendo o sorriso imenso do rapaz, Sirius certamente era o cara mais insuportável de todo o mundo. Entretanto, aquele seu momento de tédio se transformou em agonia, em um piscar de olhos, Sirius havia girado o corpo numa velocidade descomunal e a empurrado para trás de uma estante, como se não quisesse que ninguém a visse naquele local.

 

- Na quarta estante da ala proibida, atrás dela, quarto tijolo, bata três vezes e diga “Sigilo Maroto”, aponte sua varinha e espere, assim que o livro aparecer em suas mãos corra para fora de Hogwarts e aparte, não me espere.

- Como é que é? – Grunhiu ao vê-lo se afastar brutalmente.

- EPHRANNNNNN! Meu  amado Ephrannnnnn!!!

 

A loira sentiu um calafrio passar por suas espinhas, havia mais alguém ali, alguém que possuía um poder quase tão enorme quanto o de Anne e Nathan, mas alguém que possuía uma aura negra que chegava a ser aterrorizante. Como Sirius conhecia alguém daquele tipo? Espreitou os olhos para então ver.

 

Era um rapaz, deveria ter seus vinte e poucos anos, os cabelos ruivos como o fogo, o corpo  musculoso e a pele pálida. Ele trajava uma roupa marrom digna de um príncipe, os olhos fixos na imagem de Sirius como um leão prestes a atacar sua presa.

 

- Como vai Zabine... – Ephran respondera sacando uma imensa espada de bronze.

- Oh não, não vai começar com as hostilidades... – O moreno rolava os olhos. – Qual é Ephran, nosso ultimo encontro foi tão amigável.

- Não leve para o lado pessoal... – O ruivo sorria de canto. – Mas digamos que você tem algo que pertence a minha família...

- Perdão, eu não tenho a mínima idéia do que esteja falando... – Sirius dava os ombros. – Então se não se importa, eu vim aqui ler um pouco, sabe como é né? Minha leitura se atrasou em Vegas...

 

Danielle engoliu em seco, Sirius virara-se para ela fazendo sinal para que a loira saísse dali o mais rápido possível, quem era aquele rapaz? Merlim... Ela sentia-se paralisada vendo Sirius se comportar daquela maneira, como se soubesse que se saísse dali algo de ruim poderia acontecer com ele. Sirius mais uma vez gesticulou com a mão e fora o bastante para a loira descongelar e correr.

 

- Há mais alguém aqui Zabine? – Rosnou Ephran.

- Nããão, apenas nós dois! Você sabe o quanto eu aprecio sua companhia não sabe?

- Vá pegar o livro... – O ruivo esfregava o cenho. – Por nossa amizade, não me faça matá-lo...

- Me matar? Você não faria isso pelo seu irmão, faria?

- Você não sabe o que eu sou capaz...

 

Aquela fora a ultima frase que Danielle escutara, Sirius era amigo daquele rapaz? Da onde eles se conheciam? Tantas perguntas se formavam em sua cabeça e a Ala Proibida estava mais do que uma zona, aquilo tudo estava a deixando desnorteada, mordeu o lábio inferior contando as estantes derrubadas e localizando a quarta amarrotada de livros.

 

Havia muito barulho, berros e brilho, Sirius estava duelando e isso a estava deixando mais do que louca, como iria sair de Hogwarts para aparatar? E porque aquela maldita estante era tão pesada? Ela não podia fazer barulho algum, mas não estava obtendo muito sucesso, respirou pesado sacando a própria varinha.

 

- Urgh... Chega! Estupefaça!!! – Berrou fazendo com que a estante estourasse e os livros voassem para longe, num ato de desespero contou os tijolos. – “Sigilo maroto”.

 

Respirou fundo cerrando os olhos, o livro aparecera em sua mão, agarrou o mesmo enfiando dentro de sua mochila, para então saltar longe ao ver o corpo de Sirius ser lançado na parede a sua frente e vindo logo atrás o ruivo misterioso em uma posição de ataque.

 

- Mentiu para mim Zabine?

- Por que as pessoas sempre confundem, mentir com omitir? – Sirius levantava-se com dificuldade. – E o que diabos ainda você faz aqui?

- Eu vou te ajudar! – Danielle sacava a varinha.

-Você? – Debochou o ruivo. – Vai lutar comigo?

- Sua conversa é comigo Ephran! – Vociferou o moreno pondo-se de pé sacando a varinha.

- Não me diga que é ela? A que te abandonou em Vegas? – Ephran sorria abertamente. – Isso é tão patético.

- Danielle, que parte do SUMA você ainda não entendeu?

-  Infelizmente ela não pode sumir mais meu amigo, algo me diz que você deu a ela algo que me pertence...

 

Sirius respirou pesado, talvez aquela sombra de seriedade nunca houvesse passado em seu semblante, Danielle jamais havia o visto daquela maneira tão travada, tão peculiar. Num gesto de racionalidade Sirius abrira sua mochila retirando da mesma uma espada colocando a varinha colada na lâmina prateada, seus olhos acinzentados haviam ganho um tom lupino indescritível.

 

- Sirius... – Murmurou à loira.

- Sabe Ephran, eu sou muito agradecido a você... – Começou o moreno girando os pés. – Eu me tornei um excelente esgrimista graças as suas aulas em Vegas...

- Não me arrependo disto, meu caro amigo... – O ruivo sorria abertamente. – Você sabe o quanto aprecio sua inteligência, mas perdoe-me a falta de elegância, estamos em lados opostos...

- É... Eu sei... – Sirius sorria abertamente.  – E é por isso, que...

- Que? – Ephran franzia o cenho.

 

Sirius sorria marotamente e então correra agarrando Danielle pela cintura.

 

- Que eu te encontro no campo de batalha!

 

Danielle gritara, Sirius a jogara contra a parede e a segurara firme e então tocara um quadro, tudo então girou e uma confusão se passou dentro de sua cabeça até seu corpo colar em algo extremamente gelado e molhado. Sentia-se zonza, algo pesado estava em cima de si e um enjôo passara em sua barriga de maneira hedionda.

 

- Sirius... – Sussurrou.

- Sim? – O moreno a encarava tão nauseado quanto ela.

- Sai de cima de mim.

 

Sirius levantara-se com dificuldade,  estavam em Hogsmead, era óbvio, haviam caído em uma possa de água no meio da rua. O moreno respirou pesado e então segurou a mão da loira apartando, tinha que sumir do mapa o mais rápido possível antes que Ephran os localizasse.

 

Caíram meio a um pasto onde vacas e bois andavam de um lado para o outro comendo feno, Sirius ofereceu a mão novamente a jornalista que permanecia sem fôlego, Danielle nunca tivera uma fuga tão maluca quanto aquela, isso Sirius podia acreditar.

 

- Como que você sabia da chave de portal? – Indagou enquanto caminhavam em direção a fazenda.

- Bem... – Sirius coçava a cabeça. – Eu a coloquei lá quando escondi o livro, só não pensei que você seria idiota o bastante para não fugir quando eu mandei fugir... Você quase estragou o plano Dandan!

- Você é completamente doente! – Rosnou a loira.

- Vou levar como elogio. – Ele piscava maroto. – O importante é que temos o livro não é?

- Quem é aquele cara? Da onde vocês se conhecem? Por que ele quer te matar?

 

Sirius respirou pesado enquanto atravessavam os portões da fazenda, Danielle praticamente berrava enquanto ele mantinha-se mudo e sério. Não queria ter de contar tudo a Danielle, havia coisas em sua vida que ele preferia guardar para si próprio, isso era algum pecado?

 

- TIO SIRIUS!!!! – Luke gritara.  – MAMÃE, PAPAI! TIO SIRIUS E TIA DANIELLE ESTÃO DE VOLTA!

 

Stacy correra para a varanda, assim como Kevin e Nathan, Sirius forçara um sorriso e afagara os cabelos de Luke para então dar um abraço rápido em Kevin e lhe piscar maroto. Danielle vinha logo atrás bufando.

 

-  E então? Conseguiram algo? – Perguntou Nathan.

- Conseguimos o livro, que ELE escondeu! – Rosnou Danielle.

- Escondeu? – Nathan arqueava a sobrancelha. – Sirius?

- Longa história... – O moreno dava os ombros. – Danielle, você realmente é a pior dedo duro do planeta sabia.

- Eu quero explicações Zabine! Quem é Ephran?

- Ephran? – Nathan franzia o cenho.

- É! Ele estava lá e tentou nos MATAR!

- Ephran estava lá Sirius? – Nathan arregalava os olhos. – Como conseguiram fugir?

- Como eu disse antes... Longa história... – Sirius dava os ombros. – Nada muito importante, ao invés de se preocuparem comigo porque não se preocupam em ler essa porcaria e procurarem uma cura pra esse troço de maldição? Eu hein, não me segue que eu não sou novela!

- URGGGGGGGGH!!! Eu ainda mato ele! – Danielle esbravejara dando o livro a Nathan.

 

Kevin sorrira torto dando os ombros, Sirius era assim, o que Danielle tinha de fazer era  tentar compreender e aceitar.

 

- Vou tomar uma ducha... – Sirius entrava para a casa deixando todos do lado de fora.

- Danielle... – Chamara Nathan. – Como Ephran agiu com Sirius?

- Bem... – A loira coçara a cabeça. – Eles se conheciam, Sirius disse algo sobre Ephran o ensinar esgrima e Ephran disse que agora estavam em lados opostos... Achei bem esquisito...

- Ephran é o irmão de Procyon. – Nathan declarava. – Sirius deve ter ficado amigo dele em Vegas e absorvido o máximo de informação possível sobre a maldição, por isso ele sabia do livro e o guardou... Sirius já havia planejado tudo em sua cabeça há anos... Ele realmente é o melhor estrategista que eu conheço...

- É... E é o cara mais sem noção também! – Rosnou a loira entrando para dentro da casa.

- Foi algo que eu disse? – Nathan encarava Stacy.

- Na verdade, foi algo que Sirius não disse... – Respondeu a mulher beijando o rosto do marido.

 

Anne respirara  fundo, havia assistido todo o retorno de Sirius e Danielle da sacada de seus aposentos, Eprhan estava de volta? Estava ao lado de Procyon? Não combinava muito bem, já que Procyon insistia em dizer que era filho único e que jamais precisaria do irmão caçula infeliz. Eprhan era a “ovelha branca” da família, por assim dizer. E o que ele fazia ao lado “negro” agora sim era algo preocupante.

 A batida na porta fora o suficiente para ela retornar para dentro do quarto e murmurar um “entre”, Sirius abrira com delicadeza e adentrara o local com o cenho franzido e preocupado.

 

- Ephran está com Procyon. – Ele declarou. – Não é nenhuma armação, ele realmente está do lado do irmão dessa vez.

 

A morena coçou a cabeça e sentou-se na cama, como que as coisas havia ser tornado cada vez mais difíceis?

 

- Mas pelo menos o livro da maldição está conosco. Sei lá, pelo menos...

- Dei uma surra em Caios hoje a tarde. – Declarou a morena com um leve sorriso nos lábios.

- Wow! É só eu sair por algumas horas que você já estapeia o loiro? – Sirius riu. – Pensei que o encontro de vocês seria mais romântico...

- As coisas não são assim mais Sirius, tudo mudou...

- Mas o que vocês sentem um pelo outro não.

- Ele está com Danielle.

- Danielle me ama.

 

Anne riu, Sirius piscou maroto abrindo a porta novamente e desaparecendo por ela,  apanhou um casaco de pele jogado em cima de uma cadeira, precisava sair para pensar.

 

Desceu as escadas na surdina desaparecendo na soleira , a noite estava bastante fria, vira do outro lado do pastou Emmy e Jay treinando juntos, como Jay era bobo de não perceber as verdadeiras intenções da garota. Maneou a cabeça negativamente enfiando as mãos dentro do bolso do casaco, ali estava o celeiro, lá havia coisas de Caios e de certa forma lhe trazia paz...

 

Empurrou a porta velha entrando no local, as luzes estavam acesas e o cheiro de feno era reconfortante, subiu a escadinha vendo a pequena escrivaninha cheia de papéis escritos, o casaco verde da sonserina estava lá, e ela sabia muito bem a quem pertencia. Debruçou na janela vendo o céu estrelado, seu coração as vezes doía tanto que não sabia se seria forte o bastante para suportar aquela maldição.

 

Fora naquele momento que uma música suave começara a tocar, virou-se bruscamente para então vê-lo.

 

Come away with me in the night

Venha embora comigo no meio da noite

Come away with me and I will write you a song

Venha embora comigo e eu te escreverei um música

Come away with me on a bus

Venha embora comigo em um ônibus

Come away where they can't tempt us with their lies

Venha embora para onde eles não possam nos tentar com suas mentiras

 

Caios estava ali, trajado inteiramente de negro, suas mãos escondidas por luvas de couro de dragão, os cabelos loiros levemente arrepiados  e um cheiro amadeirado que só ele poderia ter, sentiu seu estomago dar mil e uma voltas, mas tudo o que ele foi capaz de fazer fora lhe estender a mão e lhe puxar para si.

 

And I wanna walk with you

E eu quero caminhar ao seu lado

On a cloudy day

Em um dia nublado

In fields where the yellow grass grows knee-high

Em campos onde o capim amarelo cresce à altura dos joelhos

So won't you try to come

Então, você pode tentar vir comigo?

 

Ele enlaçara sua cintura conforme começava a se mover, uma dança, apenas uma dança, mas era tudo o que Anne precisava naquele exato momento. Descansou a cabeça em seu peitoral sentindo a velocidade ao qual o coração dele batia, ele lhe apertara tão forte contra si como se temesse que ela fosse embora a qualquer milésimo de segundo.

 

- Anne... – Ele murmurou fazendo com que os pelos de seu corpo erguessem em arrepio.

 

Come away with me and we'll kiss

Venha embora comigo e nos beijaremos

On a mountain top

No topo de uma montanha

Come away with me and I'll

Venha embora comigo e eu irei

Never stop loving you

Nunca deixar de te amar

 

Ela o amava, Merlim como ela o amava, e aquela sensação era enlouquecedora. Não poderia sentir a pele dele e sequer enlaçar os lábios aos dele se não era morte súbita. Mas... O que lhe importava a morte naquele momento? Ele era exatamente tudo o que ela precisava, e se morrer em seus braços fosse a ultima coisa de sua vida, ela morreria contente por demais.

 

- Eu morreria feliz agora... – Sussurrou a menina fazendo com que ele a apertasse firmemente e se afastasse encarando os olhos da mulher.

 

Os olhos dele eram tão intensos e ao mesmo tempo tão doces, ele acariciou sua face, seus lábios, bochecha, Merlim que sensação gostosa era aquela...

 

And I wanna wake up with the rain

E eu quero acordar com a chuva

Falling on a tin roof

Caindo no telhado de zinco

While I'm safe there in your arms

Enquanto eu estou segura em seus braços

So all I ask is for you

Então tudo que eu peço é que você

 

- Eu amo você Anne Adhara, e eu vou amá-la até o meu ultimo momento de vida. – Ele declarou olhando seriamente.

 

Anne colocou-se nas pontas dos pés tentando ficar na altura do loiro, e então ele a ergueu do chão a colocando em seu colo e a olhando fixamente, não suportava mais aquilo, aquela distancia era cruel por demais.

 

To come away with me in the night

Venha embora comigo no meio da noite

Come away with me

Venha embora comigo

 

Enclinou os lábios na direção dos dela, Anne cerrara os olhos apenas aguardando o beijo que lhe daria prazer e morte, sentia a respiração de Caios cada vez mais próxima.

 

- O QUE VOCÊS DOIS ESTÃO FAZENDO? – a voz de Kevin urrara fazendo os dois arregalarem os olhos. – É SUICIDIO EM DUPLA?

 

Kevin estava aflito, Caios a depositou no chão com cuidado enquanto Kevin arfava.

 

-  ENQUANTO O CASAL VINTE ESTÁ TENTANDO SE MATAR, ESTAMOS SENDO ATACADOS!

- Atacados? – Balbuciou Anne ainda zonza com o acontecimento.

- FOMOS INVADIDOS, PEGUEM SUAS ARMAS! – Urrou o loirinho abandonando o celeiro.

 

Caios sacudiu a cabeça como se também tivesse voltando a si.

 

- Caios...

- Vamos resolver isso... – Ele a encarou serio. – E depois vamos curar sua maldição, eu não aceito te perder mais uma vez.

 

Ele apanhara sua armadura e lançara uma espada a mulher, para abraçá-la forte e correr para fora do celeiro.

 

Anne sorriu abertamente, talvez as coisas estivesse começando a melhorar.

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