A CASA NA FLORESTA



CAPÍTULO UM

A CASA NA FLORESTA



A noite caia depressa enquanto um homem alto e magro atravessava a floresta. Sua longa capa negra farfalhando a cada passo. Ele caminhou um pouco mais até avistar uma casa pequena, porém muito bela que fica escondida entre grandes árvores. Ao se aproximar mais ele a viu na varanda: uma belíssima mulher grávida, trajando um longo vestido branco, cujos longos cabelos negros contrastavam perfeitamente com a pele clara e os olhos tão azuis.
-Por que demorou tanto?- perguntou ela quando eles entraram.
-Ah! Nada demais...problemas de sempre...apreensões e prisões. E você...está bem?
-Sim, estou ótima.- mentiu a mulher, que passara todo o dia sentindo pequenas contrações.
-Que bom.-disse ele beijando-a.
Ele parecia ansioso e ao mesmo tempo preocupado.
-Tem certeza que não aconteceu nada?-pergunta a mulher.
-Meu amor - diz ele aproximando-se dela devagar,-a que ponto vai o amor que você sente pelo nosso filho?
-Como assim?-a mulher estranha aquela pergunta.
-Digo, o que você seria capaz de fazer para salvar a vida de nosso filho?
-Tudo!
-Tudo?
-Sim. Eu seria capaz de tudo para salvar meu filho se ele estivesse em perigo.-disse ela encarando-o.
O homem olhou bem nos seus olhos, poderia perder-se naquele olhar. Sentimento estranho.
-Querida, você sabe estamos numa época de guerra no mundo magia. Cada instante que passa o exercito do Lorde das Trevas parece crescer.
-Também estou preocupada. Não por mim, mas pelo bebe.-disse ela.-Nosso filho tem de estar seguro, e eu tenho medo.
-Não fique assim. Nosso filho estará a salvo, se estivermos do lado certo, e no lugar certo.-disse ele.
-Como assim?
-Querida, não há mais como fingir, Voldemort ganhara essa guerra!
-O que???Você enlouqueceu? Como pode dizer isso? E tudo que fizemos? E todas as pessoas que morreram?-ela estava perplexa.
-Morreram porque não estavam do lado certo, querida. Morreram porque ficaram apegadas a idéias idiotas de que bruxos e trouxas podem se dar bem. Porque aceitaram a submissão de viverem escondidos enquanto os trouxas pensam que são os donos do mundo.-disse o homem energicamente.
-Eu não posso acreditar no que esta me dizendo! Um absurdo!!!
-Nos termos que sair do Brasil. E o quanto antes melhor, meu amor.
-A mulher se levantou, no rosto o reflexo da perplexidade.
-Eu não vou a lugar nenhum. Por que está fazendo isso? Por que está dizendo todas essas coisas horríveis? Por que esta fazendo isso comigo?
-Pelo seu bem. E pelo bem do nosso filho.-disse ele aproximando-se dela.
-Não se aproxime de mim. Eu estou com nojo de você. Você tem idéia do que está falando?-pergunta ela com os olhos marejados de lágrimas.
-Não chore. Um dia vocë irá me agradecer por tudo isso.-disse ele
-Estarei louca nesse dia.
-Eu não estou brincando. Temos de sair do país. Haverá um golpe, amanha.-disse ele.
-Golpe? No Conciliábulo?-pergunta ela desesperada.
-Sim. Comensais irão invadir, querem que o Brasil adote as idéias de Voldemort no Governo do mundo mágico.
-O Conciliábulo está preparado? Todos já sabem?- ela estava completamente amedrontada.
-Não, ninguém sabe. Apenas eu. Por isso tenho que tirar vocë daqui.-disse ele.
A mulher parecia em transe.
-Ninguém sabe? Vocë está me dizendo que este golpe derrubará o Conciliábulo, e ninguém sabe?- ela havia sacado a varinha, e apontava ferozmente contra o homem.
-Não seja tola. É pelo nosso filho.-disse ele.-Para dar a ele um futuro digno.
-Futuro digno? Deixaremos que pessoas morram, por um futuro digno?
-Vocë disse que faria tudo para salvar seu filho!-disse ele.
-Pelo meu filho eu posso morrer. Mas eu não quero que quando ele crescer saiba que os seus pais são uns covardes. Eu quero que ele saiba que eu farei tudo que estiver ao meu alcance para salvá-lo, mas de uma forma honrada.-disse.
-Vocë insiste me se enganar. Não vê que O Lorde das Trevas que já conquistou poder suficiente. Em todo o mundo há seguidores, e só aumentam a cada instante. Temos de ficar do lado certo.
-Eu já estou do lado certo. Estou contra Voldemort.-disse a mulher entre os dentes.
-O lado dos bonzinhos nem sempre é o lado vitorioso.-disse ele tão firmemente que fez a mulher dar um passo a trás.
E naquele instante então ela percebeu.
-Quem é vocë?
-Como assim quem sou eu?-pergunta o homem sarcasticamente.
-Vocë não é o meu marido.-grita ela, agora um medo terrível apoderando-se de sua alma.
-Claro que sou.-ele riu.
Ele empunhou a varinha fortemente.
-Diga quem é vocë, se não eu o mato.-disse ela.
-Se eu quisesse matá-la, minha bela, eu já teria feito. Vocë é inteligente e astuta, mas não é capaz de tanto.-disse ele com um leve sorriso.
-Quem é você, diga-me agora.-grita ela.
-Eu pensei que você que você não perceberia. Um sinal de que é muito inteligente, além de linda.-disse ele.
-Aonde está meu marido? O que fez com ele?-gritou ela sem dar importância a frieza do homem.
-Deixe-o. Ele não lhe merecia. Tão bobo, com idéias tão idiotas. Mas ele te amava, disse isso até o último segundo.-disse o homem.
Ela caiu de joelhos. Seu mundo caiu.
-Vocë o matou? VOCË O MATOU?-gritou caída no chão.
-Sim.-disse ele calmamente.
-NAAAAAAAAOOOO!!!
Ele grita de tanta fúria e medo.
-Eu vou matar você!!!!-grita ela levanto-se.
-Não diga bobagens, temos uma viagem a fazer.-disse ele.
-AVADA KEDAVRA!!!
Mas não o acertou.
-Quem é vocë? Um seguidor de Voldemort?-Grita ela ofegante.
-Um pouco mais que isso.
-Diga quem é vocë, antes de matá-lo.-diz ela ainda empunhando a varinha.
-Quando você ver, desistirá dessa idéia.
E então o homem que se fizera passar por seu marido foi se transformando. Os olhos acinzentados, transformaram em vermelhos vivos cujas pupilas eram como fendas finas. As narinas se tornaram iguais as de uma cobra. E a pele tão lívida quanto a de um defunto.Ela não podia acreditar.
-V-V-VOLDEMORT.
Foi só o que conseguiu dizer antes de tudo escurecesse.
Um garoto de cabelos negros despenteados, e uma cicatriz fininha em forma de raio, acabara de acordar assustado em seu quarto na rua dos alfeneiros número 4.
-Voldemort?!!!
Ele colocou os óculos no rosto, foi até a janela, e contemplou a rua dos Alfeneiros que estava tranqüila e silenciosa aquela hora. O sono havia ido por completo, e agora ele tentava entender aquele louco sonho. Teria sido apenas um sonho?
E ficou contemplando a rua, sem saber que num orfanato muito, mas muito distante dali, uma menina acabara de acordar daquele mesmo sonho.


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Oi, galera do FEB
espero que gostem da minha fic...
este primeiro capítulo é um pouco confuso,
mas logo logo vo6 vão entender o sentido da coisa...
Muita aventura ainda aparecerá por essa fic...podem apostar
beijos
comentem...

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