Capítulo 12
Capítulo 12:
“So this is Christmas
And what have you done
Another year over
And a new one just begun
And so this is Christmas
I hope you'll have fun
The near and the dear one
The old and the young”
Um coral parecia ter escolhido a minha janela para cantarolar a música de natal de John Lennon. As vozes um tanto quanto agudas se misturaram com meu sonho – que era basicamente um bolo de chocolate gigante sendo totalmente desperdiçado porque não conseguia evitar que as formigas o devorassem. De modo que de repente percebi que as formigas não podiam cantar algo tão sofisticado e entendi que era Natal.
“A very Merry Christmas
And a happy New Year
Let's hope it's a good one
Without any fear”
Levantei-me rapidamente. Sei que não se espera que as pessoas liguem Natal à presentes, mas eu realmente não tenho esta virtude. Adoro receber presentes! Meus olhos ávidos por embrulhos coloridos percorreram o quarto rapidamente os encontrando no pé direito de minha cama.
“And, so this is Christmas
For weak and for strong
For rich and the poor ones
The world is so wrong
And so happy Christmas
For black and for white
For yellow and red ones
Let's stop all the fight”
Apesar de preferir o Paul ao John,- que na minha opinião é um ingrato - fiquei contente pela sua menção clara a minha pessoa em “red ones”. Então como Lennon mesmo disse, até eu merecia um feliz Natal, por isso pulei da cama para mergulhar em meus presentes.
“A very Merry Christmas
And a happy New Year
Let's hope it's a good one
Without any fear”
Comecei pelo maior embrulho, mas infelizmente este foi o pior deles. Francamente a única utilidade que vejo para a vassoura que Sirius me deu é tacá-la em sua cabeça. Com toda certeza ele deve ter herdado muito dinheiro de seu tio para comprar uma coisa tão inútil e ao mesmo tempo tão cara. Não teve nenhuma graça o seu bilhete dizendo que era pra eu pedir a James que me ensinasse voar.
“And so this is Christmas
And what have we done
Another year over
A new one just begun
And, so happy Christmas
We hope you have fun
The near and the dear one
The old and the young”
Marlene me deu uma caixa de penas, ela sabe exatamente como sou viciada em penas. Adorei também os doces que Remus e Frank me mandaram.
Alice me deu algo lindo e ao mesmo tempo perturbador, era um porta-retrato mas não havia apenas uma foto nele. Elas iam trocando, eram mais de cem fotos e todas elas tiradas no ano em que me esqueci- ou como descobri que pulei. Chorei porque era realmente muito lindo e também por terem muitas fotos de meus momentos felizes com James. Pensando nele fui abrir o último embrulho.
James me deu algo igualmente lindo. Uma caixinha de música que apesar de eu nunca ter ouvido me parecia estranhamente familiar. Fiquei pensando o que ele teria achado de meu presente. Rindo fui vasculhar o meu quarto a procura do segundo presente, já que ele havia dito que seriam dois. No entanto, não achei mais nada.
“A very Merry Christmas
And a happy New Year
Let's hope it's a good one
Without any fear
War is over, if you want it
War is over, now”
Ainda emocionada com meus presentes, fui para a janela ver o coral. Eram crianças com seus 10 anos e fiquei pensando se Voldemort ou os governantes trouxas um dia realmente ouviriam o clamor do povo pelo fim das guerras. Então minha mãe me gritou lá de baixo e eu ainda estava de pijama.
Aprontei-me em tempo recorde - para minha pessoa pelo menos. Apesar de as pessoas gostarem de usar vermelho no natal, isso não serve para mim – já tenho muito pigmento vermelho natural. Coloquei, portanto, um vestido amarelo e fiquei feliz por não precisar sair de casa ou ia ter de botar um sobretudo cobrindo-o. Mudei a cor de minha bota e minhas luvas para amarelo também e então desci.
Eles já estavam lá. Sirius, Marlene e James completamente enturmados com meu pai. Minha mãe lançou um olhar de advertência ao amarelo um tanto quanto chamativo que estava usando, mas nem liguei, ela nunca entendia meus problemas com as cores. Ela, então voltou para a cozinha.
“Lily, feliz natal!” Marlene veio correndo me abraçar. Do jeito que ela estava feliz aposto como Sirius não deu uma vassoura para ela. Perguntei para ela como havia sido a noite de ontem e ela disse que fora fantástica. Sorri para Sirius.
“Gostou do meu presente?” Sirius falou de onde estava – no sofá ao lado de meu pai, James estava em pé dando corda para as histórias de meu pai. “Claro, já achei uma utilidade para ele” Ele gargalhou, realmente ia ter de usar a vassoura mais vezes do que pensara. “E você gostou do meu presente?” meu ursinho com os dizeres ’é fácil dizer eu te amo’ era muito melhor que uma vassoura. “Claro, fiquei feliz por você achar isso tão fácil, resolvi esperar você me mostrar como se faz.” Muito engraçado!
“Deixa a Lily em paz, almofadinhas” Era James finalmente prestando atenção em minha existência. Ele me abraçou e desejou feliz natal. Eu estava muito atordoada para responder qualquer coisa – permaneci calada. E ele passou o braço em volta de meu ombro, mas logo lembrei que era por conta de meus pais. Não havia falado nada do fim do nosso namoro para eles! Como pude me esquecer? Olhei para meu pai que obviamente gostava mais de James do que de mim e Petúnia juntas, e pensei que talvez fosse melhor contar em outra hora.
Então minha mãe me salvou nos chamando para almoçar. Foi um longo almoço é só o que tenho a dizer. A toda hora meu pai pedia para contarmos as minhas brigas e de James – as que aconteciam antes do namoro. Eles se divertiam com meus dramas enquanto eu apenas tentava deliciar o peru de natal que minha mãe tinha feito com tanto carinho. Aposto que se eu me retirasse da mesa, continuariam todos ali se divertindo as minhas custas.
Então para piorar as coisas Petúnia chegou com o namorado. Dava para perceber que James, Sirius e meu pai resolveram parar de se divertir as minhas custas, me substituindo por Valter. Não posso dizer que tive pena dele, mas realmente seria eu quem ouviria as reclamações de Petúnia mais tarde. E acho que até poderia ter me divertido se realmente tivesse prestado atenção nas coisas que eram ditas, mas James estava sentado ao meu lado no sofá. Ele me distraia completamente de qualquer coisa.
Depois de muita conversa, minha mãe serviu um chá. Só Merlim sabe o quanto estava precisando de um para me acalmar. Sai de perto de James com um pouco de dificuldade e fui ajudar minha mãe a servir. Quando terminaram de tomar o Chá, Sirius disse que teria de ir embora. Parece que agora que a relação dele e de Marlene era definitivamente um namoro – mesmo que não verbalizado – os pais de minha amiga tinham imposto regras e chegar cedo em casa era uma realmente um escândalo ver Sirius seguir algum tipo de regra.
Por mais que fosse completamente idiota, minha alma implorava para que James não fosse embora. No entanto, ele também veio se despedir de mim. “A propósito, obrigado pelo presente” ele me falou quando fui levá-lo na porta- afinal, com Valter em minha casa eles não podiam simplesmente desaparatar. “Não adiantou nada...” falei o obvio enquanto ria.” Pontas, se você vem com a gente... então vem logo” Era o chato do Sirius. James me deu um beijo no rosto e se foi.
Completamente decepcionada fui direto para meu quarto. Sabia que James não gostava mais de mim, mas ainda existia um fio de esperança quando acordei pela manhã. Mas ele definitivamente tinha acabado com toda ela durante o dia de hoje. Se gostasse de mim teria me falado, nem bilhete ele havia posto no presente. Com lagrimas nos olhos fui até minha caixinha secreta.
O amuleto estava em minhas mãos. Fui até a janela ver os flocos de neve caírem, geralmente isso me acalmava. Não ia conseguir sobreviver com todo aquele sentimento que não era recíproco por James . Se quando girei os ponteiros em sentido horário vim para o futuro, se girasse ao contrário iria para o passado. Só não sabia o quanto tinha de girar. Voltei a observar a paisagem de inverno pela minha janela, quando o amuleto voôu de minhas mãos.
“Nunca mais toque nisto!” meu coração disparou, era James. Ele estava no meu quarto! E espere aí, estava brigando comigo. “Pensei que tivesse ido embora” Disse com mais raiva do que pretendia. Ele não disse nada apenas guardou o amuleto no bolso e se aproximou. ”E quem disse que você pode aparatar no meu quarto?” não é porque eu estou apaixonada por James que isso ia virar uma bagunça, certo? Ele continuou se apresentando. “Eu prometi que ia te dar dois presentes de natal.” Oba presente!
Ele me puxou pela cintura com uma das mãos e a outra conduziu minha cabeça para que nossas bocas se tocassem. Fechei os olhos e sim, ele me beijou. Envolvi seu pescoço e ele teve de levar a outra mão para minha cintura ou eu com toda certeza cairia. Eu poderia beijar James infinitamente, mas ele de repente parou o beijo e afastou sua cabeça da minha de modo a me observar.
Fiquei perdida nos olhos castanhos esverdeados dele, como se fizesse isso há anos. Necessitando saber se aquilo era de verdade, percorri todo o contorno do rosto de James com as pontas de meus dedos. “Eu te amo” James com toda certeza não tinha problemas em verbalizar seus sentimentos. Eu, no entanto, precisei de um pouco mais de tempo para captar aquela informação. Ele realmente me amava?
“Eu também te amo” falei porque era absolutamente a verdade. “Eu sei” e o que anteriormente era prepotência, agora me fez rir. Ele então me beijou mais uma vez. Foi difícil dizer que era melhor ele ir para casa – mas tinha uma leve idéia de que mesmo meu pai gostando muito de James, não iria gostar nada da idéia de ele estar no meu quarto. Portanto, ele me deu o seu espelho – aquele artefato maroto – e disse que se comunicava comigo pelo de Sirius.
E querem saber? A caixinha de música que ele me deu toca a canção que embalou nosso primeiro beijo- o anterior ao amuleto. Beijo este que foi na festa de aniversário de Sirius. James destruiu o amuleto, falou que me conquistar duas vezes já era o suficiente, nada de uma terceira. E apesar de eu ter certeza que me apaixonaria por ele quantas vezes fossem, concordei. E eu ganhei o melhor presente de natal que poderia ganhar: o melhor namorado do mundo – a pessoa que eu amo.
Nota da autora:
O James é tão lindo! Espero que este capítulo esteja a altura da expectativa de vocês, talvez eu tenha corrido demais com ele. Perdão.
Eu realmente amei escrever esta fic! Que, aliás, é total e completamente dedicada a minha irmã que eu amo muito e que faz 17 anos hoje( to muito velha, ela tinha apenas 12 quando escrevia as notas da irmã da autora...). Bebê, você sabe que eu te amo, não é? Você vai passar, ta?
Eu estava hoje no ônibus, no segundo ônibus- pego três para vir da faculdade para casa – em pé e filosofando sobre minhas fics. Cheguei a conclusão que se Formandos de 1977 foi a expressão de meus 5 anos de Ensino médio e Trabalho de verão foi resultado de minha inesgotável vontade de estar numa ilhaa grega e não na ilha do fundão - onde fica minha faculdade – Bola de Cristal nada mais foi que eu mesma. Não que eu seja a Lily ou tenha um James como namorado e um Sirius como amigo,rs. Mas eu realmente vivi esta fic, e acho que por isso que foi tão legal escrevê-la.
E, claro, como sabem sou muito carente, peço encarecidamente comentários. Não dói e nem gasta muito tempo. Sejam caridosos! Por favor, vai!
Beijinhos infinitos no coração de vocês!
P.S. Ah! Não tenho nada contra John Lennon
P.P.S. Fiquei com vontade de Natal neste capítulo
P.P.P.S. Minha próxima fic está sendo escrita, espero que poste em breve e que vocês possam lê-la também.
P.P.P.P.S. Vou sentir saudades de escrever esta fic : (
P.P.P.P.P.S. Acabououou! Rs.
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