Capítulo 11
Capítulo 11:
Ninguém me acordou esta manhã, parece até um milagre de natal. Abri os olhos bem devagar, e realmente não havia ninguém me espiando. Levantei-me lentamente protelando o máximo possível meu encontro com James, afinal só de pensar nele era como se meu estômago se retorcesse. Quando voltei de meu banho, ainda penteando meu cabelo que havia secado magicamente, minha coruja estava me esperando com uma carta de meus pais.
Estavam falando que sentiam saudades e convidando meus amigos - e meu namorado - para um almoço de natal em nossa casa. Realmente parece que evitar James era algo que não ia conseguir, mas eu não sei se sobreviverei sendo obrigada a ficar tão perto dele e ao mesmo tempo saber que ele não me ama, não mais. Se é que um dia ele já me amou. Pensando em como minha vida havia se transformado nos últimos dias, peguei minha caixinha secreta para guardar a carta de meus pais.
Foi então que vi novamente aquele amuleto que James segurava no último dia que recordo de meu passado. Decidi que iria descobrir o que era aquilo e o guardei em meu bolso para perguntar ou a James ou a Sirius mais tarde. Sem ter mais nenhuma desculpa para permanecer no quarto por tanto tempo e por estar realmente curiosa pela gritaria que podia ouvir no andar de baixo, fui me encontrar com meus amigos.
Eles estavam montando a árvore de Natal. Uma verdadeira confusão estava formada na sala de minha amiga. Sam e Mich corriam de um lado para outro cada hora com um enfeite diferente. Lene, James e Sirius usavam suas varinhas para pendurar os enfeites, mas aquilo parecia que ia durar horas em vista do tamanho da árvore.
“Lily, ainda bem que você chegou!” Sirius havia me descoberto. “Bom dia pra você também” não custava tentar ensinar bons modos para ele, não é? “Temos de comprar algumas coisas para a seia de natal e você vem comigo enquanto eles arrumam a árvore, o que acha?” Olhei para a bagunça na sala e então olhei para James que estava brincando com Sam não o deixando pegar um dos enfeites. Era melhor ir com Sirius do que ficar definhando perto de James.
Aparatamos no beco diagonal que estava realmente lotado, tive de andar de braços dados com Sirius para não nos perdermos. Ele tinha uma lista em mãos, e ela era longa. Enquanto procurávamos batatas e tomates, Sirius me falou que os pais de Marlene chegariam de tarde. “E você vai falar com eles sobre Lene?” perguntei interessada, era bom me preocupar com outro assunto que não James. “O Pontas acha que esta sua idéia não é ruim, ele disse que poderia dar certo...” é claro, esta não é ruim, mas todas as outras eram. E lá vinha ele com este apelido novamente.
“Todas as minhas idéias são boas” fechei a cara, Sirius apenas riu como sempre. “Por que você chamou o James de Pontas?” Ele me olhou por um momento como se me avaliasse “Porque este o apelido dele” acho que preciso informar ao Sirius que de um modo geral eu não sou burra. “Isso eu já percebi, quero saber o porquê de Pontas.” Ele desconversou enquanto encontrávamos chocolates, o que era o décimo item de nossa longa lista.
“Certo, se não quiser me dizer o porquê do apelido, então me explique o que é isso” Sirius arregalou os olhos enquanto eu lhe mostrava o amuleto. “Você não mexeu nisso, mexeu?” Ele me perguntou me deixando assustada, mas com um fio de esperança de encontrar algum tipo de defeito em James que me fizesse desencantar. “Ele é a última coisa que me lembro... antes daquele dia que dei um tapa em James.” Era melhor conversar sobre o tapa, já que a lembrança do único beijo que James me dera e eu me lembrava me deixava afetada demais.
Sirius me levou para a sorveteria que era o único lugar completamente vazio no beco diagonal, levando em conta a temperatura com graus negativos. O dono do estabelecimento ficou com olhos brilhantes quando nos avistou, de modo que acabei comprando uma água e Sirius resolveu enfrentar um sorvete de chocolate. “Então, comece a explicação Sirius Black” meu coração disparava com a possibilidade de descobrir algo horrível de James, algo em mim implorava para que ele não tivesse nada a ver com amuletos obscuros. “Vamos ao inicio então...”
Parece inacreditável. Remus é um lobisomem, não sei porque, mas meu afeto por ele só fez aumentar com esta informação. Isso explicava perfeitamente o fato de ele faltar as aulas a cada 28 dias durante uma semana. A história de como Dumbledore o adaptou para a vida escolar com a casa dos gritos, realmente era fantástica. Tinha mil perguntas sobre Remus, mas então percebi. “Sirius, o que isso tem a ver com o amuleto?” com toda a certeza ele estava tentando me enrolar, e ainda mais com o drama do amigo, o que tornava a coisa mais feia ainda.
“Calma, Lily, chegarei lá...” Então ele me contou de como ele e James haviam descoberto isso e que tinham vários planos em mente para amenizar o sofrimento do amigo. Haviam se tornado animagos para poder acompanhar Remus em suas noites de lua cheia, era algo realmente perigoso e ilegal, mas ao mesmo tempo grandioso. Estava tentando não deixar que aquelas palavras me deixassem ainda mais apaixonada por James, me segurava na idéia de que Sirius estava falando coisas boas, para enfim falar do amuleto.
“E o amuleto...” sugeri que ele parasse de contar suas aventuras como um grande cachorro preto – realmente não conseguia imaginar outro bicho para Sirius se transformar – por mais que a cada momento quisesse saber mais e mais principalmente porque a maior parte delas incluíam James. E então ele me contou que apesar de amenizar o sofrimento do amigo, eles se transformarem em animais, não mudava o fato de ele ser lobisomem e Remus tinha muitas dificuldades em lidar com isto. Então resolveram fazer este amuleto, pensavam em se transportarem para o passado e evitar a mordida que o tornou lobisomem.
“Então, você roubou o amuleto naquele dia, e depois acabamos descobrindo que Remus preferia continuar sendo um lobisomem a correr o risco de mudar todo o seu futuro depois disto e deixar de ser nosso amigo.” Eu estava completamente fascinada com a história que acabara de ouvir. Com toda a certeza isso mudou meus sentimentos por James, mas para pior, agora eu realmente amava James. Sirius me alertou para a realidade. “Isso explica a sua perda de memória, nós estávamos tentando corrigir este detalhe quando você roubou o amuleto”,
Então eu não tinha realmente perdido a memória, só tinha acelerado minha vida de modo que um ano se passou em um segundo e, claro, meu cérebro não foi capaz de acompanhar a velocidade. Não fico admirada já que mesmo no ritmo normal, parece que estou sempre alguns minutos atrasada. Sirius parecia feliz quando eu não gritei. Gaurdei o amuleto, talvez fosse uma alternativa voltar ao passado, quando James ainda me amava ou quando conseguia odiá-lo.
Quando vimos tínhamos perdido toda a manhã na sorveteria e ainda haviam 20 intens na lista de Sirius. Fomos comprando todas aquelas gulosemas de natal, quando finalmente chegamos ao último item. “Como você ainda não comprou um presente para Marlene?” A desculpa de Sirius era que ela estava sempre junto dele durante nossas compras de ontem. “ E o que você pretende comprar?” ele passou o braço seu meu ombro. “ Achei que você poderia me ajudar com isto.” Se ele ao menos soubesse que haviam sido duas crianças de 5 anos de idade as inspiradoras de meus presentes de natal deste ano!
“Flores?” ele fez que não. Realmente não combina com Sirius Black dar flores, e isto nem parece presente de natal. Quem sabe no dia em que ele a pedir em casamento? Por que Sirius sempre enruga a testa quando falo em casamento? “Doces, eu já vou dar” pensei alto, enquanto Sirius me sacudia como se assim meu cérebro funcionasse mais rápido. “ Que tal um rádio?” a idéia brilhante foi de Sirius, aposto que Marlene ia amar. Fomos então a procura do rádio perfeito.
Enquanto o balconista nos mostrava os modelos de radio bruxo mais modernos tentei iniciar uma conversa com Sirius. “Como foi que eu comecei a namorar James?” Ele parou de prestar atenção no balconista. “Pensei que não gostasse de falar sobre o passado” ele me disse em tom acusatório. Não tinha nada em minha defesa. “O Pontas estava no canto dele e então você o agarrou...” realmente não tinha graça alguma! Cruzei os braços! “O quê? Você não acredita?” Sirius estava gargalhando enquanto pegava aquele seu espelho no bolso. “Pontas...” falou e eu realmente achei que ele estivesse louco e então o rosto de James apareceu no espelho de modo que passei a ter certeza que eu tinha enlouquecido. “ O que houve Almofadinhas...Oi, Lily...” James falou com seu bom humor habitual. “Conta pra ela como foi que vocês começaram a namorar?” Senti meu rosto esquentar. “Ah, você me agarrou” e os dois caíram na gargalhada. Não dava para ter uma conversa séria que fosse com estes dois. O balconista murmurou alguma coisa sobre loja cheia e perca de tempo e então Sirius falou para a imagem de James no espelho que logo estaríamos em casa.
O Céu estava escuro quando finalmente chegamos a casa de Lene. A sala estava muito bem arrumada e a árvore realmente linda. “Desculpe a demora” falei para a mãe e o pai de Lene que estavam na cozinha começando a preparar a seia, a espera de nossos ingredientes para finaliza-la. “Obrigada meus queridos, sei que o beco devia estar uma loucura hoje.” Cutuquei Sirius para que falasse agora com os pais de Lene, ele me lançou um olhar pouco amigável.
“Nossa, vocês demoraram demais...” Marlene nos avistou na cozinha. Sirius então a abraçou pela cintura. Os pais de Lene e a própria o olharam surpresos. Sorri, talvez Sirius não precisasse mesmo de palavras para demonstrar o quanto gostava de Lene, mas ainda assim me parecia mais romântico quando a coisa toda era verbalizada. Sai da cozinha para deixa-los sozinhos, mas sabia que era apenas uma desculpa para tentar achar James.
Eu ia para casa naquela noite para passar a véspera de natal com meus pais. Os Potter, Sirius e James passariam a véspera de natal aqui na casa de Lene. Encontrei James jogando Snap explosivo com Sam, parecia mesmo que as crianças gostavam dele. Mas isso não era estranho para mim, estava claro agora o quanto era imensamente fácil gostar de James, difícil era mesmo saber como pude odiá-lo durante tanto tempo. Talvez, ainda pensei antes de ele me descobrir observando-o, eu realmente nunca tenha o odiado de verdade.
“Já estava achando que o Sirius tinha te seqüestrado” Ri quando ele se aproximou, Sam aparentemente não se importou de ele ter largado o jogo. Aposto como estava vendo as cartas de James enquanto eu o distraia. “Onde você vai almoçar amanhã?” perguntei antes mesmo que pudesse evitar. “Por quê? Você vai me fazer um convite?” Realmente quase me arrependi, mas até o ego dele parecia divertido para mim neste momento. “ Minha mãe convidou não só você, mas Sirius e Lene para o almoço de natal amanhã.” Ele riu. “ Pode falar para sua mãe que eu estarei lá então.” Espiei que Sam estava realmente mexendo nas cartas de James. “oh, ela vai ficar realmente feliz” ele riu mais uma vez e me abraçou, pensei que eu fosse desmaiar ou algo parecido. Talvez quem sabe eu ainda tivesse alguma chance com ele, mesmo que remota.
“Lembra daquele pedido? Aquele que consegui por beber o remédio todo?” Ele me soltou de seu abraço e pensei ter visto medo em seus olhos. Ri dele. “Não vou fazer nenhum pedido difícil” acalmei-o “ Quero só que fale a verdade e não fique fazendo brincadeiras, certo?” Ele assentiu. “Eu não te agarrei, não é?” Adivinha? Ele riu de mim. “Não, Lily, você não me agarrou...” Fiquei um pouco mais tranqüila, idéias sobre eu o forçando a namorar comigo borbulhavam em minha cabeça durante toda a tarde. “Até amanhã, então” Disse desaparatando para a triste realidade de minha casa.
Era bom rever meus pais. Mas eu realmente tinha motivos para não gostar do namorado de Petúnia. Foi uma noite um tanto quanto longa já que mal podia esperar pelo dia seguinte quando ia rever James novamente. Era algo repugnante a maneira como minha felicidade dependia dele, mas eu não tinha controle sobre isso.
Nota da autora:
Olá gente! Penúltimo capítulo! Lily ta quase!
Então que tal comentar? Sabe acho que vou começar implorar comentários, rs. Juliana se ajoelha! Por favor, comuniquem-se, eu sou uma pessoa carente, quero conhecer vocês, pessoas que por um motivo inexplicável lêem esta fic, rs.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!