Desencontros
Aquele idiota ainda me paga por me fazer vir aqui. Quem ele pensa que é para me forçar a isso? Onde é a porcaria da sala do infeliz? Aff. Papai ainda me paga! Sala 16, sala 17, sala 18...mas o que...
- O que é que você pensa que está fazendo? – perguntou dando um tapa fortíssimo na porta.
Harry soltou a mão de Hermione imediatamente, pulando com o susto. Olharam para a porta para ver quem estava os atrapalhando, e lá estava um garoto alto e gordo, não era possível ver o seu pescoço, tinha cabelos louros e vestia vestes bem largas e compridas, como as de um jogador de basquete.
- Me responde logo, seu infeliz!
- Nada que te interesse.
Duda Dursley olhou desconfiado para Harry e para a garota que estava em sua frente, quando viu Hermione, a expressão em sua face parecia de completo nojo.
Deve ser uma infeliz igual a ele.
Hermione, que já estava assustada com a batida da porta e nervosa com a situação, ficou mais nervosa ainda quando viu a expressão de nojo do garoto olhando para ela. O trauma que ela tinha por outros garotos tê-la xingado subiu com tudo em sua cabeça.
Ele está com nojo de mim. Certeza que foi por causa que eu sou feia. É claro que foi, não tem porquê não ter sido. Harry só estava com pena de mim, por isso ele é assim. Eu sou feia, fato. Por isso não tenho namorado, por isso que sou tão rejeitada.
Os olhos de Hermione se encheram de lágrimas. Ela saiu correndo do lugar, trombando com Duda ao passar, para que Harry não a visse chorando.
- Olha só o que você fez! – gritou Harry com menção de seguir a garota, mas Duda logo o parou, segurando-o pelo braço.
- Ah, não vai não! O Valter já me fez subir até aqui para te buscar, e ele estava com pressa. Quanto mais rápido você chegar até o carro, mais doces eu vou ganhar. – disse Duda com uma cara sonhadora.
- Que se dane! – disse Harry empurrando Duda com uma força que não sabia de onde tinha vindo. Se o loiro não estivesse tão distraído, não conseguiria tirá-lo de seu caminho.
Harry saiu do aperto de Duda e correu pelo corredor, procurando Hermione. Olhou na sala de espera, ninguém. Na recepção, ninguém. Olhou pela janela para a rua, onde eles geralmente ficavam, apenas estudantes circulando. Procurou entre eles Hermione, mais ela não estava lá, olhou para o lado e viu o carro de seu tio parado quase em cima da calçada. Quando ouviu passos atrás de si, se virou, e viu o vulto de uma pessoa indo em direção aos banheiros. Correu em direção à ela, só que não era Hermione, era apenas um aluno esperando a aula começar.
Xingava seu primo mentalmente por ele ter atrapalhado seu momento, nunca tivera tanta raiva dele como hoje. Bem quando ele criara coragem para dizer tudo para Hermione, o balofo vai lá e atrapalha! E ele tinha certeza que vira Hermione prestes a chorar, a razão, não sabia.
Drogado ridículo, imebecil! Ele fez ela chorar! Não, ou fui eu? Eu fiz ela chorar?
Não seja idiota, por que teria feito?
Não sei, vai que ela ficou triste por eu ter dado esperanças...
Da onde você tira essas coisas?
Mas só pode ser, agora ela sumiu, não sei mais o que fazer, agora ela...A INFORMÁTICA!
Harry saiu correndo pelos corredores do prédio, indo para o andar de baixo onde ficava o laboratório de informática. Era o único lugar que restava, isso é, se ela já não tinha ido embora.
Hermione abriu a porta do carro com força, não conseguia pensar em mais nada. Ela tinha fugido de Harry, perdera a sua chance por causa daquele garoto estúpido que enfiou pensamentos horríveis em sua mente. Segurando o choro para sua mãe não perceber nada de anormal, sentou-se no carro, olhando fixo para o retrovisor.
- Hermione, querida...como foi? – perguntou a mãe feliz.
- Foi normal. – disse ela seca.
- Conseguiu?
- O quê?
- Ignorá-lo.
A pergunta da mãe só fez piorar a situação em que ela estava, não podia pensar nele, de jeito nenhum. Então lembrou-se:
- Meus materiais! – disse Hermione abrindo a porta do carro, deixando uma Jane espantada para trás.
Aquele idiota! Ele que se ferre também! Não vou ficar esperando imbecis aqui nessa joça.
Duda saiu da sala pisando firme no chão, enquanto procurava a saída do prédio. Quando chegou no andar inferior, viu Harry correndo para o final do corredor.
- Até mais ver, otário! – gritou ele o suficiente alto para Harry ouvir.
Até.
Harry não estava preocupado com a carona de volta para casa, agora, ele só queria achar Hermione.
Entrou desesperado na sala de informática.
- Hermione!
Os rostos que ocupavam a sala se virou para ele, curiosos. O lugar estava lotado, havia gente ocupando todas as cadeiras e computadores. E entre essa gente não estava Hermione.
- O que foi, querido? – perguntou a professora para ele – Algum problema?
- Não senhora...é...er...me desculpe. – disse Harry dando um passo para trás, fechando a porta.
Já era. Ela foi embora.
Hermione subiu as escadas devagar, tentando não encontrar Harry pelo caminho. Não teria coragem para olhar na cara dele novamente. Chegou no topo, colocou a cabeça para fora da parede, pra poder visualizar o corredor e não tinha ninguém lá. Foi em direção à sua sala, pegou seus materiais e viu que os de Harry também estavam lá. O que teria acontecido? Por que ele não foi embora?
É melhor eu sair daqui.
Hermione saiu da sala segurando o choro, e entrou no elevador. Enquanto Harry subia as escadas em direção da sala para pegar seus materiais. O moreno entrou na sala de cabeça baixa, e viu que os materiais dela não estavam lá. Isso não era possível, afinal, ela tinha ido embora. Foi quando lhe ocorreu:
Ela não deve estar longe!
Hermione pensava muito enquanto o elevador descia. Seu rosto estava molhado por causa das lágrimas que teimaram em cair.
Por que comigo? O que eu fiz para merecer isso? Agüentar todos esses xingamentos por todos esses anos, não é justo! E ainda por cima, o Harry vai ficar com raiva de mim porque eu deixei ele falando sozinho...
Você tinha que ignorá-lo, não se lembra?
Ah, não consigo...só de pensar como ele ficou depois que eu o deixei lá...
Seja forte garota! É assim que ele vai correr atrás de você...
Não acho.
Pois comece a achar. Lembra do que sua mãe disse? Confie nela! Ela tem razão!
Tem? Então porque ele não veio atrás de mim até agora?
Você sabe se não? Você não viu os materiais dele lá?
Mas...pode ter ocorrido alguma outra coisa...
Sem perceber, Hermione tinha chego até o portão de saída da escola. Estava tão presa em seus pensamentos que nem via as pessoas passarem ao seu lado, olhando para a sua cara molhada.
Estava quase chegando na porta do carro quando achou que ouviu seu nome ser pronunciado, mas não deu atenção.
- Hermione!
De novo, ignorou.
- Hermione! Espere!
Era a voz dele, ela se arrepiou com o som. Não resistiu, se virou. Sua mãe olhava pelo vidro do carro.
- Espere! – disse Harry, que vinha correndo ao seu encontro, chegando perto.
- Desculpe. – disse ela sufocando um soluço.
- Pelo quê?
- Por ter te deixado lá.
- Como desculpe? Eu fiquei super preocupado, te procurei por todos os cantos!
Eu te disse.
- SÉRIO? – disse ela se animando um pouco, logo percebendo que falou alto demais, abaixando o tom da voz – Mesmo assim. Me desculpe, não devia ter te deixado lá sozinho de repente, quando você tinha alguma coisa para me falar.
- Você não tem que se desculpar. – disse ele passando os dedos no rosto da morena, limpando uma lágrima que insistia em cair – E essa coisa pode esperar para ser dita, mas não muito.
Hermione sorriu de lado, arrepiando-se com o toque dele.
- Tudo bem, aula que vem você me conta.
- Com toda a certeza.
- A propósito, quem era ele?
- Meu primo, Duda.
- Ah.
- Muito legal ele não?
- Ú – disse Hermione, os ombros tremeram com a afirmação irônica.
- Ele é um idiota. Você não sabe como eu odeio aquela família.
Jane Granger, que tinha ouvido e visto tudo, pô-se a falar.
- Olá Harry, querido. Como vai?
- Senhora Granger! Hm..bem, e a senhora?
- Pelo amor de Deus, me chame de Jane.
- Ok, desculpe, Jane. – disse Harry corando.
- Melhor. É, estou bem. Estava aqui me perguntando...parece que seus tios te deixaram aqui sozinhos de novo, não quer uma carona?
- Não precisa, eu posso ir de ônibus, muito obrigado.
- O que é isso, querido! Venha, não vai ser problema nenhum!
- Vai, Harry, entra ai. – disse Hermione indicando a porta de trás.
- Já que vocês insistem... – disse Harry sorrindo para Hermione.
Hermione já tinha se recomposto durante o tempo que demorou até a casa de Harry. A dúvida sobre o que ele queria lhe falar ficava martelando em sua cabeça. Jane conversava animadamente com Harry, às vezes olhando para a filha de esguelha, suspeitando de algo.
Chegando ao destino, Harry agradeceu e saiu do carro. Jane que ficou parada na calçada esperando ele entrar, disse à filha:
- O que aconteceu?
- Nada demais.
- Tudo demais, olhe sua cara. Eu te conheço filha, sei quando você força para não chorar, isso é, se já não chorou.
- Nada, mãe.
- Eu sei que ocorreu uma coisa, e você vai me contar assim que chegar em casa.
- Tudo bem. – confirmou Hermione.
- Pelo jeito você conseguiu ignorá-lo. – Afirmou a mulher indicando Harry – que procurava as chaves embaixo do tapete - com a cabeça.
- É, mais ou menos.
Jane, ao ver que o garoto não conseguia entrar em casa, perguntou:
- Algum problema, Harry? – Harry olhou para o carro depois de ter tentado abrir as janelas por fora – Eles não estão?
- Acho que não. – disse Harry chegando mais perto – E parece que tiraram a minha chave de baixo do tapete. Não consigo entrar.
- Vamos lá pra casa, depois eu te trago de volta.
- Não! É muito incômodo. Eu posso ficar aqui com a minha vizinha, a Sra. Figg. – disse Harry tremendo com a lembrança do cheiro de gatos.
- Incômodo nenhum. – O peito de Hermione pulava de felicidade com as palavras da mãe – Vamos.
- Não, mas...
- Entra logo, Harry! – disse Hermione.
- Ok! – disse Harry rindo da cara da amiga.
Chegaram em casa, o pai de Hermione ainda não tinha chego do trabalho.
- Por favor, fique à vontade.
- Obrigado, Sra...ops, Jane.
Jane sorriu.
- Venha Harry, vamos lá pra cima.
Harry e Hermione estavam no meio das escadas quando alguém chamou pelo nome da morena. Era a doméstica, Rosa, que vinha com um espanador nas mãos.
- Ah, Hermione. Quase que me esqueço...você tem visitas.
- Visita, Rosa? Quem é?
- A pessoa pediu para não contar, queria fazer surpresa.
Hermione levantou uma sobrancelha, Harry, que estava atrás dela enrugou a testa.
Pronto, não vou estar sozinho com ela, de novo. Que vergonha.
- Obrigada, Rosa.
Dizendo isso, eles terminaram de subir o lance de escadas, seguindo pelo corredor.
- Visitas? Vou ficar sem graça, Mione. – ela adorava quando ele a chamava assim.
Além de perder a oportunidade de me declarar.
- Não fique Harry, com toda a certeza deve ser um vizinho. Já deve ir embora logo.
Hermione abriu a porta do quarto, com Harry logo atrás e viu um par de cabeças vermelhas ali.
- Hermione! – gritou Gina exasperada. Correndo até a amiga e lhe dando beijinhos. – E quem é esse?
- Bom...er...pode deixar Mione, eu me apresento...
- HARRY! – gritou Ronald logo atrás.
- Harry? – Gina abriu um sorriso malicioso nos lábios, olhando para Hermione exigindo explicações.
N/A.: Ah, esse eu postei mais rapidinho né? [Apesar de vocês não comentarem :'(((³³]
Acho que vocês percebram que a Ingrid deu uma sumidinha, mas daqui a pouco ela ta ai, com mais barracos! MUAHAHAHA
Ai genty, comentem pooor favor!
Me deixa tãão feliz! s2 *____*
beigos, :*
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!