Morte aos trouxas

Local desconhecido

Narcisa Malfoy lê novamente as notícias no jornal, ela ainda não acredita que os trouxas tiveram capacidade de atacar Hogsmeade e ela definitivamente não consegue entender como eles conseguiram. Seu semblante neste momento é de puro ódio, a senhora Malfoy chega a cogitar que talvez Voldemort sempre tivesse razão, que os trouxas são uma escoria que precisa ser destruída e, pior ainda, que eles podem ser perigosos. Perigosos de uma forma que nenhum bruxo poderia imaginar

Não caia nesta armadilha! (Severo Snape diz com o mesmo tom que usava quando Neville Longbotom errava uma poção) É exatamente isso que o Lorde quer que todos pensem!

Você não devia ler minha mente – a senhora loira retruca, amuada

Às vezes é necessário (o ex-professor de poções fala sem arrependimento algum. Ele olha sua amiga nos olhos) não caia nesta armadilha, Narcisa. O que você está pensando neste momento é exatamente o que grande parte do nosso povo está pensando. É exatamente o que o Lorde quer que todos pensem

Não sabia que você agora era um amante dos trouxas – Narcisa fala com asco

Eu não sou, você sabe muito bem (Snape rebate buscando uma calma que está longe de sentir) mas eu consigo ver além do óbvio. Os trouxas nunca teriam condições de localizar a vila e planejar um ataque assim. E muito menos teriam motivo pra isso a não ser que alguém tivesse incutido estas idéias em um trouxa muito poderoso

A boca de Narcisa se abre e fecha sem que ela emita som algum. Finalmente ela está entendendo a jogada de Lorde Voldemort. Espalhar o ódio, o seu ódio. E provavelmente ele vai ter êxito

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No Beco Diagonal

Embora o ataque não tenha sido lá, é possível ver que ele afetou muito o cotidiano do Beco. Essa é a conclusão que Harry e sua comitiva chegam assim que eles pisam no local. Não há quase ninguém na rua e algumas lojas estão fechadas. É como se uma nuvem de terror pairasse sobre cada bruxo

Harry respira fundo e tenta fazer a sua mente se focar no que interessa no momento – vocês acham que os gêmeos abriram a loja? (ele observa o pouco movimento e pergunta para os ruivos enquanto se dirigem à Gemialidades)

Pode ter certeza (Rony sorri) se eu bem os conheço, eles diriam que o mundo bruxo precisa de um pouco de humor mais do que nunca

Realmente Rony tem razão. A loja está aberta, mas o movimento é bem pequeno se comparado com a última vez em que estiveram lá. Por um lado isso não é totalmente ruim, pois pessoas indesejadas poderiam ver que Harry não está na escola caso o movimento estivesse maior

O que vocês estão fazendo aqui? – um dos gêmeos pergunta sem que Harry consiga identificá-lo

Olá pra você também, irmãozinho (Gina fala sorrindo enquanto abraça e beija a ambos) você acreditaria se a gente dissesse que ficamos com saudades e resolvemos fugir para uma visita rápida?

George olha para a sua irmã caçula – considerando o ataque sem fundamento que aconteceu em Hogsmeade e considerando que eu não acredito em coincidências... Eu diria que não, eu não acredito nesta visita rápida

Fred completa – e considerando que vocês devem ter consciência que aquele ataque foi obra daquele maldito, supomos que vocês vieram aqui com um propósito determinado. Acertamos?

Sim, acertaram (é Harry quem fala) nós precisamos de suas boas relações pra conseguir algo, uma coisa que vai ser muito importante pra gente

A gente precisa de um chifre de erumpente – Gina fala sem rodeios

Caramba! – Os gêmeos falam ao mesmo tempo

Essa é difícil! – George completa, boquiaberto

E o que faz vocês acharem que a gente tem como conseguir algo assim? Como vocês sabem esse comércio é controlado – Fred fala personificando a inocência

Digamos que as boas relações que vocês dois têm com algumas pessoas (Gina os encara) pessoas que a dona Molly Weasley ficaria furiosa em descobrir

Ponto pra você, Gininha (Fred fala provocando-a deliberadamente) é sempre bom conhecer as pessoas erradas. Às vezes elas podem ser as pessoas certas

Mas tem um problema (George olha para os presentes) pode ser que demore um pouco e não vai ser barato

O preço não importa (Harry fala) é muito importante que a gente consiga esse chifre. Agora, quanto ao tempo...

Tem que ser o mais rápido possível – Hermione fala

Eu diria mais (Harry completa) a gente precisa pra ontem. É muito importante

Devo pressupor que isso vai causar um estrago em você sabe quem? – Fred pergunta

Os gêmeos sorriem ao ver Harry confirmar com a cabeça

Então não se preocupem (George afirma) a gente vai ter isso pra vocês mais rápido do que vocês imaginam (ao ver Harry pegar a carteira ele completa) nem pense em fazer isso menino que sobreviveu. É um presente nosso

É isso mesmo (Fred concorda) nossa humilde contribuição para destruir o maldito

Antes que Harry possa falar alguma coisa, George diz – se você preferir, fica como parte do pagamento daquele empréstimo

Não foi um empréstimo (Harry balbucia) foi um presente

Então esse também é – George fala

Isso mesmo. É um presente nosso – Fred concorda

Harry pensa em recusar, pois pelo que pôde perceber o tal chifre não sairá barato, mas ele pode perceber pelas feições idênticas dos gêmeos que eles não aceitarão sua recusa e que ficarão aborrecidos com isso, então ele diz – obrigado, mandem notícias assim que puderem

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Enquanto isso

Remo Lupin olha novamente para uma velha foto, uma foto que retrata ele e os companheiros, amigos, irmãos. Uma foto tirada no último ano de Hogwarts antes de James e Lilly começarem a namorar. Seu olhar se fixa no semblante de Sirius Black que sorri abertamente para a câmera e acena com a mão. O lobisomem sente seu coração apertar, seu lado racional não quer acreditar que exista uma possibilidade, mas existem muitas coisas que não estão bem explicadas, coisas demais...

Ele não sabe o que pensar e isso lhe angustia muito, principalmente porque nas atuais circunstâncias não há como se dedicarem integralmente a isso, não quando Voldemort parece cada vez mais perto de algo terrível

Tonks olha para seu amado. Desde que eles voltaram do ministério sem a resposta que tanto almejavam que Lupin passa muito tempo observando essa foto. Não é preciso ser muito inteligente para deduzir o que ele está pensando

Que loucura isso que está acontecendo – ela fala enquanto senta-se a seu lado e coloca a cabeça em seu ombro. Por mais que o lobisomem tenha dito que ela deveria ficar afastada dele e tivesse listado todos os motivos plausíveis e racionais para que ela o fizesse, a metamorfogama não desistiu de seu amor e embora nenhum deles tenha conversado sobre o relacionamento. Eles estão juntos na maioria do tempo. Como namorados, como amantes e como amigos

Eu não sei direito o que pensar (ele desabafa) mas ao mesmo tempo eu não consigo parar de pensar nisso. Eu não sei o que seria pior, descobrir que isso tudo não tem fundamento ou descobrir que ele pode estar vivo e que não podemos fazer nada para salvá-lo

Tonks não fala nada, apenas o abraça. Ela não fala nada porque também já pensou nisso. Se Sirius estiver vivo, o que pode ser feito?

Você deve ir agora – Lupin a tira do devaneio. Essa é uma das poucas noites que eles não passam juntos, uma noite de lua cheia. E por mais que ela queira, ambos sabem que mesmo com a poção mata cão seria uma loucura descabida

Ainda falta um bom tempo (ela retruca) e eu gosto do seu lado lobo (Tonks dá um sorriso maroto. Ela já notou que nos períodos anteriores a sua transformação o seu amado fica, digamos, mais afoito)

Você é louca, sabia? (ele fala sem conseguir deixar de sorrir) só mesmo uma louca pra se apaixonar por um cara como eu

Você quer dizer um cara maravilhoso que tem apenas um pequeno problema? (ela sorri) mas quem não tem algum problema nesta vida? (ela o encara) eu não escolhi me apaixonar por você, assim como você não escolheu ser um lobisomem, mas foi o que a vida nos deu. Ninguém sabe o que vai acontecer amanhã, principalmente com você sabe quem planejando sabe se lá o que. Tudo o que eu quero é viver, viver intensamente (ela olha nos olhos dele) com você

Ele a beija suavemente. No fundo é o que ele também quer. Neste momento o que ele mais quer é ficar com essa maluquinha até o fim dos seus dias, mas infelizmente não agora, não falta tanto tempo assim para o sol se por e é melhor não arriscar – você deve ir (o lobisomem repete embora sem muita convicção)

Ela assente, tristonha – eu posso perguntar uma coisa antes de ir? (Ela diz talvez querendo prolongar o momento)

Claro (ele assente) mas depois você vai, mocinha

Sim, senhor! (ela fala gracejando e depois abaixa os olhos por um minuto) é meio pessoal... Você não precisa responder se não quiser

Nossa! Agora eu fiquei curioso – o lobisomem exclama

É sobre o tempo que você passa transformado (ela esclarece) você consegue lembrar alguma coisa? Você sabe o que acontece?

É complicado (Remo suspira) às vezes eu tenho flashes de coisas estranhas, não sei se são sonhos, se é que um lobisomem sonha. Se aconteceram ou se são produto da minha imaginação (ele se levanta) agora sem mais desculpas (ele lhe dá um selinho) eu vejo você amanhã?

Amanhã e sempre – ela diz enquanto se prepara para sair

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Em Hogwarts

Harry e os demais acabam de voltar. O menino que sobreviveu está mais aliviado, finalmente eles descobriram uma forma de destruir a horcruxe que habita a taça, isso sendo extremamente otimista e imaginando que dará certo. Vai dar. Ele pensa tentando espantar os maus pensamentos. A sala precisa nunca falhou. Só espero que os gêmeos não demorem muito pra achar o chifre

Harry! – Hermione fala cutucando-o. O moreno estava tão absorto em seus pensamentos que não ouviu o que ela falava

Desculpe (ele fala) o que você disse?

Hermione suspira – eu disse que a gente devia procurar a diretora e explicar a nossa ausência. É uma questão de delicadeza, Harry (a morena argumenta) ela nos deu permissão para sairmos quando bem entendermos, mas a gente não avisou e ela provavelmente teve que arranjar uma desculpa para a nossa ausência sem ao menos saber do que se tratava

Que seja (Harry assente com a cabeça se sentindo meio culpado por não haver avisado Minerva) vamos falar com ela

Eles entram na sala da diretora esperado que ela não tenha ficado chateada com o sumiço do grupo. No entanto não há ninguém lá o que é bem estranho

Ela teve que sair (o quadro de Fineus Black avisa) e não é de bom tom que alunos invadam a sala sem a presença da diretora

Onde ela foi? – Hermione pergunta ignorando a má criação do quadro

O quadro a olha de cima a baixo antes de responder – Não que seja da conta de vocês alunos, mas ela foi ao ministério

O ministro a chamou? – Gina pergunta

Claro que não, menina tola (o quadro fala rispidamente) fomos nós quem avisamos! Antes que aquele ministro faça alguma besteira! Agora saiam!

Harry até pensa em dar uma resposta mal criada ao quadro, mas isso só dura um segundo, logo ele decide que não vale à pena, há coisas mais importantes com o que se preocupar, e a todas elas soma-se agora a pergunta. O que a diretora foi fazer no ministério?

Ao sentir a porta bater, Hermione expressa o que todos pensam – o que será que aconteceu? (ela pergunta mesmo sabendo que nenhum dos seus amigos tem a resposta)

Deve ter sido algo grave (Gina pondera) pra diretora sair assim

É verdade, para um quadro vir chamá-la com certeza aconteceu alguma coisa – Harry completa. Ele sabe que os antigos diretores só se manifestam quando há algo grave

Sim, há algo grave, mais grave do que eles podem imaginar. A primeira pista desta triste constatação vem em algo que Rony vê – olhem (o ruivo diz) Eu estou vendo coisas ou aquele garoto da sonserina está usando um broche que diz morte aos trouxas?

O menino que sobreviveu olha estarrecido. Ele está a um passo de ir tirar satisfação com o aluno, mas Hermione o segura – não, Harry. Não faça isso

Como assim, eu não vou fazer isso, Mione? Você viu o que o garoto estava usando? (ele fala, exasperado) isso não pode acontecer! Não desta forma, não aqui!

Hermione respira fundo – concordo que isso não pode acontecer, mas está acontecendo. E eu queria muito estar enganada, mas deve estar acontecendo em vários lugares por causa do ataque

E você vai aceitar isso assim? (quem pergunta é seu namorado) Vai deixar que as pessoas pensem que os trouxas tem culpa? Está na cara que isso foi obra de você sabe quem. Ele vai colocar muitos bruxos contra os trouxas, sabe-se lá o que eles podem fazer

Gina olha para os amigos, apreensiva – a gente sabe o que eles podem fazer, Rony. Esse é o problema, eles podem fazer exatamente o que Voldemort quer

Hermione leva a mão à boca. Gina está certa, eles podem fazer exatamente o que Voldemort quer, podem vir a odiar os trouxas da mesma forma que Voldemort odeia, e o pior podem começar a acreditar que ele está certo...

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NOTA DA AUTORA

Não, não é miragem, finalmente eu apareci! Milhões de desculpas pela demora. Eu juro que não faço isso de propósito, são por motivos alheios a minha vontade. Eu juro que tento não enrolar tanto, mas é complicado. A vida real está aí e eu não posso deixá-la em função das fics.

Infelizmente, não tenho boas notícias pra vocês. Não, não estou desistindo da fic ou nada do tipo, podem ficar tranquilos isso não passa pela minha cabeça e não vai passar nunca! O problema é que eu vou fazer uma viagem no mês que vem, e será uma viagem longa, eu vou passar um mês fora e meu acesso a net vai ser praticamente zero. Isso quer dizer que o próximo capítulo vai demorar ainda mais do que os últimos. Eu realmente sinto muito, mas estou com essa viagem programada desde o início do ano e mereço me divertir um pouquinho né.

Sem querer ser chata e já sendo... Vocês bem que podiam aproveitar pra comentar um pouquinho mais... Poxa vida, gente, eu nunca condiciono capítulos novos a ter ou não comentários, mas vocês não imaginam como é frustrante postar e ficar na expectativa de comentários que não vêm. Eu sei que muita gente vê o número de comentários e pensa, "já tem muita gente comentando então não precisa do meu". Mas se a gente for analisar a fic já passou dos cinquenta capítulos e ainda não chegou aos 200 coments. Isso é bem pouco, snif!

Vou ficando por aqui pois ainda tenho três fics pra atualizar antes da viagem

Bjos e até a volta!

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