Party
By Doods xD
Maroon 5 feat. Rihanna - If I never see your face again
Sirius olhou em volta do salão suntuoso e perguntou-se por que estava mesmo ali.
“James” Ele pensou suspirando, bebendo mais da champagne em sua mão e desejando que houvesse algo mais forte para poder ficar mais “leve”. Mas como aquela era a festa de noivado de Lílian e seu melhor amigo, e ele seria o padrinho do casório, tinha de se manter são, pelo menos por aquela noite.
”Now as the summer fades
I let you slip away
You say I'm not your type
But I can make you sway”
Olhou James e Lílian conversando com Alice e Frank, sentindo uma pontada de ciúme. Lembrava-se que James dissera que Marlene estaria lá, como madrinha da noiva, mas também se lembrava que Remo o prevenira:
“Ela está namorando, Sirius” Ele lhe dissera e Sirius engasgou, olhando para o amigo. “E sério, parece até que é com aquele Ex-Lufa Lufa do colégio, que sempre dava bola pra ela, as garotas o chamavam de...”
“Sorriso” Ele espremeu a latinha de cerveja trouxa na mão, raivoso. Aquele cara sempre andava de papinhos e convitinhos para Marlene, e ela sempre o respondia com sorrisos e “sim’s”. Mas, ele realmente pensara que era tudo para fazer ciúmes nele, já que logo ela vinha de volta para ele.
“Você não é meu tipo” Ela dizia milhões de vezes, mas ele sempre sorria, beijando o pescoço dela.
“Mas sou eu quem te deixa balançada, má ange” Ele sussurrava em seu pescoço, e logo ela desistia.
”It makes you burn to learn
You're not the only one
I left you be a field
Put down your blazing gun”
E agora ela efetivamente estava com aquele garoto imbecil, que vivia traindo-a enquanto saía com ela no colégio. Aquele que se beijava em banheiros masculinos com garotas, enquanto ela o esperava para trazer um suco no três vassouras.
“Será que ela não aprende?” Sirius pensou, largando a taça de champagne em uma mesa qualquer e se pondo á procurá-la. Prevenira-a um milhão de vezes no colégio de que aquele garoto não prestava, garantira á ela que o vira traí-la, mas ela não acreditara, alegando ser só mais um “ataque de ciúmes” dele.
E era realmente irônico, quase cruel, o modo com o qual ela duvidava dele, que sempre lhe fora fiel (mesmo que ela não soubesse disso), e confiava plenamente naquele cretino, á ponto de namorá-lo.
“Mas ela vai ver isso. Hoje mesmo” Pensou andando decidido pela pista de dança, indo para o banheiro. Mas algo o parou.
”Now you've gone somewhere else
Far away
I don't know if I will find you
But you feel my breath
On your neck
Can't believe I'm right behind you”
-Olá Sirius – O corpo dele estremeceu violentamente ao sentir aquela respiração em seu pescoço. Virou-se.
-Marlene – Ele disse observando a garota, que o procurara a festa inteira. Vira-o sumir por entre a multidão e seguira-o, incerta de que ele permaneceria na festa mesmo depois daquele tempo todo. Ele não era de ficar em festas até tarde, a não ser nos tipos de festas típicos dele.
“Ele deve ter ficado por causa de James” Ela pensou, mas perdeu a fala ao ver os olhos azuis dele penetrarem os seus como sempre acontecia. Ele lia sua alma, isso ela não poderia negar.
Mas agora estava com Marcos. Mais conhecido como Sorriso, o menino fofo e sorridente que a cantava na escola, completamente seguro e fiel. Tentou se convencer, agora, olhando para o moreno, de que não queria mais aquela turbulência que era viver com Sirius, sempre sendo surpreendida por ele, olhando para os lados o tempo todo, esperando ser puxada para alguma sala escura e beijada com um ímpeto de tirar o fôlego, sem explicação alguma, saindo tonta, atordoada e com o perfume dele impregnado em suas roupas.
-E então? – Ele apoiou o ombro na parede que dava acesso aos banheiros, estupendamente lindo naquele smoking. Cruzou os braços e colocou um pé cruzado sobre o outro, tentador e desafiante ao mesmo tempo, como só ele sabia ser. Ela suspirou fundo.
-E então o que? – Imitou-o na posição, quase sorrindo ao vê-lo arquear uma sobrancelha, como ele fazia quando era surpreendido, principalmente pela ousadia dela.
-Está feliz com o babadinho? – Ele perguntou indicando o atual namorado da morena na pista de dança, conversando animadamente com uma loira de decote exagerado. Marlene empinou o nariz.
-Isso não lhe diz respeito, mas sim, eu estou – Ela confirmou, voltando para a posição ereta, cansada daqueles joguinhos do rapaz. Ele pareceu aprovar sua decisão, ficando ereto também e ajeitando o paletó do smoking, logo depois a puxando pela mão para um escritório ao final do corredor, perpendicular ao corredor do banheiro.
-O que quer me trazendo pra cá, Black? – Ela tentou usar o sobrenome dele, mas não soou natural saindo de sua boca. Tentou manter o controle cruzando os braços, mas o olhar que ele lhe lançava era ardente, lascivo.
Sirius se aproximou dela lentamente, sem quebrar por nem um momento o contato visual entre os dois. Ela foi recuando a cada passo avante que ele dava, e logo bateu as coxas contra a escrivaninha, sentando-se ali para tentar conseguir alguma estabilidade.
Mas ficar estável com ele ali estava ficando bem difícil.
-O que quer, Sirius? – Ela insistiu agora um tanto trêmula, principalmente quando ele colou seu corpo no dela e segurou seu rosto com as mãos delicadamente. Arfou.
-"A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar" – Ela reconheceu a frase, e já estava ficando entorpecida com o perfume do rapaz á sua frente, brincando com os cachos negros de seu cabelo – Minha alma quer você de volta – Ele dizia isso olhando nos olhos dela, e ela sucumbia lentamente, perdia a razão á cada palavra, o coração palpitando. – Senti saudades, doçura.
”Sometimes you move so well
It's hard not to give in”
Momentos depois eles estavam se beijando, ela sendo prensada contra a escrivaninha, o vestido de seda ameixa ficando todo amassado, assim como o smoking dele. Mas não se importavam. Só precisavam acabar com aquela sede, aquela saudade que os possuíra por todo aquele tempo separados.
Mas ela não queria ir muito longe naquilo. Já ele parecia pensar diferente.
“Certo, ele é bom nisso.” Ela pensou sentindo-o deslizar a alça de seu vestido por seu ombro delicado, beijando todo o trajeto que o tecido fez, enquanto ela jogava a cabeça para trás, antecipando todo o prazer que sentiria quando ele chegasse aos...
“Céus!” Ela gemeu alto, segurando a cabeça dele no lugar, enquanto ele sugava sua pele sensível. “Ele não é bom nisso. É ótimo.” Ela pensou e teve que conter uma risada. Já estava entregue, não conseguiria parar agora. E tinha a leve desconfiança de que ele não a deixaria parar, de qualquer maneira.
” I'm lost, I can't tell
Where you end and I begin”
Ele viu o sinal positivo que ela lhe mandara com aquele gemido, então desceu o vestido dela até sua cintura, pondo-se a acariciá-la lentamente, torturando-a. Queria saborear cada instante, queria torturá-la para que ela pedisse por ele, como sempre fazia.
Logo ela pegou seus cabelos e o puxou para cima, levando a boca dela á sua. Beijou-a ardentemente prensando seu corpo contra o dela, sentindo o calor que a pele nua dela emanava da cintura para cima, que estava passando pelo tecido de seu smoking e o convidando á tirá-lo para terem mais contato. Por um momento pensou estar machucando-a pressionando com tanta ânsia contra a escrivaninha, mas ela somente fazia puxá-lo, então ele continuou, sentindo que naquele momento não conseguia mais distinguir seu corpo do dela, de tão unidos que estavam. Não sabia onde acabava sua barriga e começava a dela, mas não ligou afinal estar com Marlene era sempre assim.
Intenso.
”It makes me burn to learn
I'm with another man”
Ele tocava-a e beijava-a de uma maneira que nenhum outro fizera. E sabia disso. Ela concentrou-se nos toques que recebia, pronta para retribuí-los quando ele a permitisse.
“Marcos!” Sua mente gritou e ela empurrou Sirius para longe, vestindo as alças de seda sobre os ombros, tampando o busto com a veste, ofegante.
-Eu tenho namorado, Sirius – Ela alertou-o, tentando amedrontá-lo usando o fato de ele ser fisicamente bem mais forte que o outro. Ele na realidade era uma montanha de músculos, enquanto Sirius tinha tudo no lugar certo e…
“Certo, Marlene, PARE JÁ COM ISSO” Ela pensou observando ele elegantemente arrumar os cabelos e a camisa agora amarrotada, sorrindo cinicamente.
”I wonder if he's half
The lover that I am”
-Bom, eu aposto toda a minha “herança” dos Potter que ele não faz nem metade do que eu faço com você, se você deixar – Ele passou os olhos pelo corpo dela, que sentiu como se ele passasse as mãos por lá. Gemeu baixo e ele sorriu de satisfação; sabia que ela o queria. E muito.
” 'Cause you keep me coming back for more
And I feel a little better than I did before
And if I never see your face again I don't mind
'Cause we got much further than I thought we'd get tonight”
-Você sabe que não interessa se eu parar agora ou se consumássemos o ato, Marlene, porque você sabe que de um jeito ou de outro eu vou te ter essa noite – Ele disse e ela sentiu como se tivessem batido em seu rosto. Claro, aquilo era verdade, ela sabia disso. Mas mesmo assim sua mente quis bater nele pela ousadia de dizer aquelas palavras como se fosse o ultimo biscoito do pacote.
“Arrogante” Ela pensou ajeitando-se e ignorando o olhar insistente dele, enquanto repunha a maquiagem de frente á um espelho com bordas douradas ao canto do escritório.
Ainda assim se sentia melhor. Sentia-se viva com ele por perto, fazendo mesmo que por alguns instantes ela sentir como se fosse a única, a garota dele e de ninguém mais. E isso, permitiu-se admitir, era simplesmente fabuloso.
-Vamos embora daqui, primeiro eu e depois você – Ela comandou e ele riu, mesmo assim acatando as ordens dela. Ela era assim mesmo; racional, controladora e calculista, ás vezes. Pensava em tudo para manterem as impressões, foi assim que o caso deles ficou tanto tempo em segredo no colégio.
Ele viu-a sair pela porta branca sem olhar para trás, como se nada tivesse acontecido, com seu porte elegante e altivo de sempre. Suspirou.
Não se importava muito se não visse o rosto dela depois de tê-la aquela noite. Aliás, no fundo se importava sim, porque sabia que gostava dela mais do que devia. Mas, de um jeito ou de outro, ou assim pensava ele, sobreviveria se ela se casasse com a montanha de músculos engomada e traíra.
Sabia que, mesmo ela estando com Marcos, ela não resistiria aos apelos dele. Sabia exatamente como o corpo dela regia á cada toque seu, sabia o que ela ia dizer antes que ela o fizesse, sabia o que ela estava pensando somente de olhar em seus olhos.
E sabia também que tinham ido longe demais naquela noite, e que ela reagiria mal se tentasse a tocar novamente, pelo menos nos próximos três dias. Mas, ele sorriu, adorava provocá-la. Deu alguns minutos e saiu daquele escritório, indo diretamente para a posta de dança, procurando-a.
”Baby, baby
Please believe me
Find it in your heart to reach me
Promise not to leave me behind”
-Me concede uma dança com a sua dama, cavalheiro? – Ele forçou a voz para parecer que era um velho amigo da garota quanto cutucou levemente o braço de Marcos, que dançava desajeitadamente com ela.
O grandalhão olhou de Sirius para Marlene, mas ele não era muito sensível, e não percebeu os olhares suplicantes que ela lhe lançava enquanto ele cogitava a possibilidade de ceder a parceira para um velho amigo e ir para o banheiro se esfregar com aquela loira com peitos de balão que tinha dado bola para ele.
Logo o grandão se decidiu e colocou a mão delicada da moça sobre a de Sirius, e ela olhou-o com profunda raiva, enquanto ele a fazia girar levemente e a puxava para perto, ficando bem colado á ela, seu queixo no pescoço dela, enquanto se balançavam pouco da pista.
-Você não me esqueceu, não foi, Lene? – Ele perguntou no ouvido da moça, que somente afastou-o de sua boca. Suspirou.
-Porque, sabe, eu tinha a esperança que em algum lugar aí você ainda me amasse. Eu tinha esperança que você cumprisse aquela promessa que agente tinha feito quando éramos crianças, de nunca esquecermos um do outro ou deixar para trás o que tivemos – Ele continuava tentando cada vez mais se aproximar dela, mas ela continuava recuando.
Sentiu uma pontada no peito por ser novamente rejeitado assim por ela, justamente quem ele queria que não o rejeitasse de modo algum. Mas talvez, se ela não o fizesse, ele não gostasse tanto dela. Não sabia. Só rezava para que, em algum cantinho do coração dela, ela ainda o amasse como antes, e só não mostrasse isso.
”Take me down, but take it easy
Make me think but don't deceive me
Talk to me by taking your time”
-Vai com calma, Six – Ela disse em seu ouvido e, em um momento de surpresa, entendeu que ela tinha se rendido. Só teria que se ajustar ao ritmo dela, mas isso não era problema, já que o ritmo de ambos era a cadência de uma mesma música, só que de instrumentos um pouco diferentes.
-Iremos como quiser, desde que você me prometa que vamos sair daqui logo – Ele sussurrou-lhe divertido e ela riu, parecendo também cansada daquela festa cheia de pompa. Ela fora nascida naquele tipo de lugar, assim como ele, mas nenhum dos dois se ajustara muito bem ao estilo de vida dos Sangues-Puros. E fora exatamente por isso que ficaram amigos, enquanto os pais planejavam um baile enquanto eles eram crianças, e eles, enfadados, resolveram brincar nos jardins.
” 'Cause you keep me coming back for more
And I feel a little better than I did before”
Marlene inspirou profundamente o ar gelado de fora do recinto, observando os jardins iluminados somente pela lua minguante, e algumas estrelas. Sirius então chegou por trás dela e ela fechou os olhos, sentindo o calor que emanava do corpo dele. Sempre sabia quando ele estava perto. Sempre sabia o que ele estava sentindo. Sempre.
Abraçou os braços numa tentativa de afastar o frio, e logo sentiu um paletó deslizando por seus ombros nus, cobrindo-os e aquecendo-os. Sentiu o perfume dele impregnado na peça e perguntou-se por que sempre acabava assim, nos braços dele, despertando novamente aquela paixão, aquele sentimento que a consumia por dentro, que sempre a fazia voltar para ele, como uma necessidade de tê-lo por perto, apesar de tudo.
Suspirou pesadamente.
-Você sente também, não sente? Você sempre soube que acabaríamos juntos. – Sirius disse após caminharem durante alguns minutos, parando sob uma árvore que fazia um bonito formato de arco sobre a estradinha de lajotas que havia no jardim. Ela olhou-o novamente.
-Sim, de um jeito ou de outro. Nunca consegui deixar de te amar, por mais que eu tentasse... – Ela olhou para a lua e logo depois para o chão, parecendo meio triste – É mais forte que eu, já sabia que um dia teria que me resignar e me entregar, por mais incerto e talvez frustrante que isso fosse.
”And if I never see your face again, I don't mind
'Cause we got much further than I thought we'd get tonight”
-Pois é isso que eu quero que aconteça, má ange – Ele disse olhando em seus olhos, e ela sentiu-se insegura por um momento de encarar aquelas íris azuis penetrantes. – Eu a amo também, mas você não precisa que eu lhe diga isso. Eu quero começar de novo, mas dessa vez quero fazer certo. Me deixa tentar, doçura – Ele pediu se aproximando cada vez mais dela, que, de repente sorriu.
-Vamos para casa. – E, de braços dados com ele, ela foi. Para casa, para o casamento dos Potter, para o próprio casamento, e para o futuro que ele lhe prometera quando eram crianças, mas que insistira em negar.
Tá, esse final ficou tosco. Eu quis, realmente quis fazer algo com mais ação, mas achei que algo mais simples, que deixasse a imaginação de vocês rolar, talvez fosse bom. Espero as críticas e sugestões pra ver se mudo ou não esse final, okay? Sinceramente não espero só elogios, critiquem e eu mudo isso assim que puder, OK?
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