Prólogo
Eu sentia minha cabeça pesada, como se algo a estivesse comprimindo... Abri os olhos devagar e tudo estava embaçado. Chacoalhei a cabeça levemente, e minha visão começou a entrar em foco. Olhei ao redor, e examinei tudo minuciosamente... Os quadros, os móveis, as cortinas... Os sapatos jogados no chão, tudo exatamente como sempre fora.
Tomei um banho rápido, os pingos caindo como pedrinhas de gelo (apesar de quentes) na minha cabeça, que ainda doía. Vesti-me devagar, enrolando o máximo que podia... Não estava a fim de trabalhar hoje. Não, não hoje. Tranquei a porta, e desci as escadas, degrau por degrau, o mais devagar possível. Cheguei à garagem do prédio e notei um amassado na lateral do carro.
- MERDA! – gritei.
Peguei um papel e uma caneta que estavam dentro do porta-luvas e escrevi um grande “OBRIGADO!”. Prendi o papel no pára-brisa do carro ao lado, e saí, dirigindo em meu carro amassado, até a estação de metrô.
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