Prólogo
Prólogo
Era difícil achar as lápides certas quando elas estão cobertas por neve, isso era fato.
Quando achei, quase festejei, limpei a neve de seus nomes e sentei-me do lado de cada um, ficando exatamente no meio. Cocei a cabeça, olhei dos lados, fiquei suspirando enquanto minha mão congelava fora da luva. Ninguém para me ouvir.
Ninguém de carne e osso.
Minhas conversas com mortos sempre são animadas, afinal, eu tenho certeza que eles não irão me interromper ou pior, achar ruim porque eu fiz isso ou aquilo.
Principalmente, quando os mortos são seus pais.
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