Juillet Baudler



Capitulo 8:
Juillet Baudler




-S’îll te plaît... Je suis desolée, ne s'agit pas de ma faute... – exclamava a garota.– Pardonnez-moi!

A garota estava ajoelhada no chão ao seu pé, lágrimas rolando de seus olhos e com a expressão mortificada. Parecia se arrepender de ter contado os segredos ao Ministério... Mas, Lorde não a perdoaria. A Comensal abaixou seu capuz, sorrindo friamente.

-Au revoir, Juillet! – disse Kate, sorrindo. - Qui l'a envoyé dire au Ministère?

No segundo instante, uma luz verde saiu da varinha de Kate e atingiu Juillet, que caiu no chão, os olhos fixos no nada e com a pele fria e gelada...





-Srta. Jackson, eu terei de chamá-la novamente ou terei de descontar 5 pontos da Sonserina?

Kate abriu os olhos em um susto. Estava vendo tudo fora de foco, e esfregou as costas da mão no olho. Assim que voltou a ver normalmente, lembrou-se que havia dormido no meio da aula de Herbologia.

-Não será preciso, professora. – disse Kate, olhando para o chão.

-Muito bem. – disse Profa. Sprout. – Onde eu estava? Ah, claro, o Cactus do Cairo tem inúmeras utilidades...

Juillet Baudler.

Kate ficou olhando para o chão, que estava sujo de terra. A imagem estava bem travada em sua mente – o primeiro assassinato que tinha feito. Suspirou, e percebeu que seus dedos estavam tremendo. Distraiu-se completamente da aula, lembrando de uma de suas piores memórias...

Como desejava que pudesse esquecer daquilo – o pavor de Juillet, vendo ela respirar pela ultima vez, vendo-a perder toda a cor restante de sua pele... Presenciar e causar a morte...

-Kate, você está bem? – sussurrou Harry do lado dela. – Você parece meio pálida...

-Eu estou bem, não é nada. – disse Kate, sorrindo.

Harry retribuiu o sorriso e voltou a se concentrar na Profa. Sprout. Kate não
pode deixar de conter um outro suspiro – sentia-se mal por mentir tanto para Harry. Nunca se atreveria contar a verdade para ele, porém. Temia que ele a visse como uma pessoa má, e ela realmente achava não era... Pelo menos quando não estava exercendo o dever de Comensal da Morte.

Porque minha vida é uma droga?” pensou Kate amargamente.

Como desejaria que todas suas mentiras fossem verdades...


~~*~~


Christopher estava voltando de sua aula de poções quando ouviu uma risada vindo do final do corredor – uma risada conhecida, que o contagiava e o fazia se sentir meio estranho... De Lilly.

Não poderia negar que nos últimos dias, sentia-se atraído a ficar perto dela, ouvir sua voz e apenas observá-la... Estava começando a virar uma obsessão.
Entretanto, tinha de se permanecer distante, seria perigoso demais se envolver com ela. Ainda por cima, a prezava demais para machucá-la...

Estava confuso sim com a discussão de Lilly e Kate. Sabia que Kate nunca trairia Harry, mas também não achava que Lilly estava inteiramente errada. Só porque Lilly a viu, não quer dizer que a era realmente... Estava começando a ficar confuso demais. Só sabia que não era Kate e ponto final.

Lilly apareceu, um pouco tanto alegre. O sorriso continuava em seu rosto, e Christopher pareceu se perder a ficar observando o contorno de seus lábios, imaginando qual seria o gosto deles, contando as sardas que lhe salpicavam no rosto, os olhos oblíquos, porém observadores e atentos, o cabelo que estava preso num rabo de cavalo mal feito... Christopher sacudiu a cabeça, tentando parar de pensar nela.

Seu humor mudou completamente quando viu quem a acompanhava.

-Michael, eu não acredito que você realmente fez isso com ele! – disse Lilly, ainda rindo.

Michael estava do lado dela, segurando seus livros. Assim que viu Christopher, parou de rir e adotou um olhar sério e sarcástico. Lilly não percebeu a mudança súbita do amigo, e nem reparou que Christopher estava ali.

-Eu acabei de lembrar que eu tenho de entregar a redação para a Profa. Sinistra... – disse Lilly, olhando para uma folha em sua mão. – Eu tenho que ir, depois a gente se encontra!

Lilly despediu-se de Michael e saiu correndo em direção as escadas. Michael e Christopher continuaram a se entreolhar, parados onde estavam.

-Porque você veio para cá, Michael? – perguntou Christopher secamente.

-Eu já lhe respondi. Mudei-me. – disse Michael, sorrindo cinicamente.

-Impossível. – disse Christopher, praticamente rosnando. – Em trezentos anos, você nunca mudou. E agora realmente você não mudará.

Michael riu, porém Christopher continuou impassível.

-Se você um dia a machucar, - falou Christopher, referindo-se a Lilly – você vai ver comigo, entendeu?

Michael ergueu uma sobrancelha.

-Eu não tenho medo de você. – disse, ainda com o sorriso no rosto.

Christopher teve uma enorme vontade de arrancar aquele sorriso cínico dele do rosto, mas controlou-se.

-Pois deveria ter.

E sem dizer mais nada, deu meia volta e saiu do corredor, dando passos firmes, tentando se acalmar.


~~*~~


A chuva ainda caia, agora mais forte do que nunca. Dumbledore foi obrigado a fechar a janela, ou senão seu escritório iria virar uma piscina. Após fechá-la, sentou-se na sua poltrona, lendo vagamente as noticias do Profeta Diário. Não preocupou muito em prestar atenção, sabia que estaria lotado de mentiras e omissões.

Respirou profundamente e olhou para sua fênix, Fawkes, que agora dormia pacificamente. Desejava poder dormir daquele jeito também, há dias não conseguia pegar no sono – estava cercado de problemas e preocupações.

Alguém bateu à porta, e Dumbledore mandou a pessoa entrar.

-Ah, Christopher, para o que devo o prazer desta visita? – disse Dumbledore, indicando a cadeira em frente a sua mesa para este sentar-se.

Christopher aproximou-se, mas recusou a sentar na cadeira. Ficou em pé, perto da lareira.

-Porque você o aceitou aqui? – perguntou Christopher.

-De quem estaríamos falando? – perguntou Dumbledore, calmamente.
-Michael. – respondeu Christopher, de forma mal humorada. – Porque o aceitou aqui?

Dumbledore entrelaçou seus longos dedos finos e observou Christopher através de seus oclinhos de meia lua, que agora deslizavam perigosamente do nariz.

-Pelo mesmo motivo pelo qual eu o aceitei aqui. – disse Dumbledore.

-Ele não está para proteger alguém, Albus! – exclamou Christopher. – E também não foi requisitado por ninguém!

Dumbledore não falou nada, permaneceu em silêncio.

-Você sabe muito bem porque vim para Hogwarts. E você deve saber que Michael não veio aqui para bancar o bonzinho. – disse Christopher. –Ele está aqui por minha causa, e temo que ele poderá machucar alguém que eu prezo. Agora me responda: Porque você o aceitou?! Você sabe quem ele
verdadeiramente é!

-Eu tenho meus motivos, Christopher. – disse Dumbledore.

-ENTÃO QUAIS SÃO? – exclamou Christopher, perdendo o controle.

-Temo que não irei revelá-los para você, Christopher. Não enquanto você estiver agindo deste jeito.

Christopher cerrou os punhos e flexionou o maxilar. Respirou profundamente até se acalmar, e depois relaxou e encarou Dumbledore.

-Você poderia me contar? – perguntou Christopher, mais calmo e de maneira educada.

Os dois ouviram batidas na porta.

-Creio que não seria uma hora boa. – disse Dumbledore – e ainda por cima, temos companhia.

Christopher foi abrir a porta, e uma mulher baixa e de aparência frágil apareceu, com o cabelo ondulado num tom loiro bastante claro, a face toda fina e de nariz arrebitado. Sorriu quando viu Dumbledore e apressadamente o cumprimentou.

-Ah, Srta. Baudler! – disse Dumbledore, e indicou a cadeira para a mulher sentar. – É um prazer tê-la aqui.

-Pode me chamar de Genevieve. – disse, e apertou a mão de Dumbledore.

Genevieve reparou em Christopher, e sua expressão mudou.

-Talvez em outra hora, Dumbledore? – disse, com o sotaque Francês.

Christopher sorriu ironicamente com uma piada interna. Se ao menos a mulher soubesse que poderia ler seus pensamentos...

-Christopher faz parte da Ordem, Genevieve. – disse Dumbledore
pacificamente. Ele apontou para uma xícara e um bule – Chá?

Genevieve olhou novamente para Christopher, provavelmente ficando surpresa com a idade dele. Parecia estar jovem demais para estar participando da Ordem da Fênix, mas desconcentrou destes pensamentos quando viu que
Dumbledore estava se dirigindo à ela.

-Eu adoraria. – disse Genevieve, e Dumbledore lhe entregou uma xícara de chá. – A viagem foi longa, e ainda por cima com este tempo...

Dumbledore olhou para a janela, aonde a chuva caia torrencialmente.

-Porque resolveu aliar-se com a Ordem, Genevieve? – perguntou Christopher, ainda encostado na parede ao lado da lareira.

Genevieve soltou um longo suspiro e após tomar um gole de seu chá, repousou a xícara na mesa. Ficou encarando o chão, mordendo o seu lábio inferior.

-Eu trabalho no Ministério da Magia Francês. Todos estão dizendo que Você-Sabe-Quem não retornou, e que Dumbledore está blefando. – ela deu uma pausa, e olhou para Dumbledore, mas retornou a olhar para o chão – Eu não acredito nisto. Eu sei que ele está de volta.

-O que a fez acreditar nisto? – perguntou Dumbledore.

-Há alguns anos atrás, antes de todos suspeitarmos que Você-Sabe-Quem voltaria, minha irmã mais nova estava em seu primeiro ano em Beaubattons. Em uma das cartas, ela me disse que tinha ouvido uma conversa entre pessoas mascaradas, que se intitulavam de “Comensais”. – ela respirou profundamente, e sua voz foi ficando cada vez mais baixa. – Na época, ela não sabia o que era. Ela não sabia o perigo que estava se metendo...

Dumbledore olhou para a mulher em sua frente, achando a história familiar.

-Enfim, ela me acabou contando detalhes que seriam úteis para a segurança do Ministério. Na época, fiquei alerta – os Comensais da Morte estariam agindo, mesmo sem seu Lorde? Resolvi enviar as informações. Porém, foram interceptadas por alguém. Descobriram que minha irmã ouviu seus planos, e
foram atrás dela...

A mulher começou a achar difícil para continuar a falar, estava lutando para não chorar.

-Todos disseram que foi algum acidente. Mas eu sei que não foi nada disso – foram os Comensais da Morte. E se eles já estavam se juntando faz tempo, quer dizer que eles estavam esperando para seu mestre ressurgir. – Genevieve limpou uma lágrima que corria de seu rosto.

Baudler... Dumbledore lembrou-se do sobrenome; era o mesmo que a garota que havia sido assassinada em Beaubattons, uns anos atrás. A garota, Juillet Baudler, havia sido encontrada morta nos jardins da escola, no meio de uma manhã. Tinha sido neste ano que Dumbledore havia mandado uma carta requisitando Kate em Hogwarts...

Dumbledore percebeu que Christopher tinha seu olhar fixo nele.
Provavelmente, devia ter visto tudo que havia passado em sua mente.
Christopher assentiu e virou a face, observando para a mulher que agora
lutava contra as lágrimas.

-Será uma honra estar na Ordem da Fênix, Dumbledore. – disse Genevieve, recompondo-se.

-Será uma honra tê-la, Genevieve. – disse Dumbledore, levantando a sua xícara de chá como se estivesse brindando a ela.

Genevieve fez o mesmo e bebeu um gole de seu chá. Levantou e despediu-se de Dumbledore e Christopher, lançando um olhar desconfiado para este.
Quando saiu fechando a porta atrás de si, Dumbledore dirigiu-se a Christopher.

-Vá para o seu dormitório. Mas cuidado para não ser visto, não seria bom Umbridge o ver andando por ai à noite. – disse Dumbledore, e com aceno de varinha, as xícaras e o bule de chá desapareceram.

-Albus... – começou Christopher, mas Dumbledore o interrompeu.

-O nosso assunto havia terminado por aqui, Christopher. – disse Dumbledore seriamente. – Não há nada mais a ser discutido.

Christopher ia persistir no assunto, porém desistiu. Desejou boa noite para o diretor e caminhou em direção a porta. Porém, parou quando tocou a maçaneta.

-Juillet Baudler. – disse, em voz baixa. – Fora ela, não?

Dumbledore assentiu com a cabeça.

-Ela ainda tem pesadelos com isso... – disse Christopher, mais para si mesmo do que para Dumbledore.

Christopher sacudiu a cabeça, tentando afastar pensamentos indesejáveis. Ia sair quando Dumbledore o chamou. Lentamente, virou-se e olhou para Dumbledore.

-Eu acho que não há necessidade de privá-la de passar as férias de Natal com seus amigos. – disse Dumbledore, pensativo – Ela pode ir a Grimmauld Place, aposto que Sirius deve estar morrendo para poder conhecê-la...

Christopher riu, porém Dumbledore continuou sério.

-Apenas precisarei avisá-lo para manter segredo tudo sobre a Ordem... – disse Dumbledore, distraidamente.

-Porque a mudança de pensamento? – perguntou Christopher, um tanto surpreso.

-Temo que quanto mais afastá-la das pessoas que a amam possa fazê-la sucumbir às vontades dele... – respondeu Dumbledore, cruzando seus dedos. – Apenas gostaria que você fosse junto, Christopher, caso alguma coisa
saia do controle.

Christopher concordou.

-E agora, boa noite. – disse Dumbledore – Creio que já está ficando demasiadamente tarde.

Christopher abriu a porta e saiu, andando nas sombras sem fazer nenhum barulho, sempre atento se alguém estava próximo. Processava em sua mente tudo que havia visto e ouvido, além de lembrar-se de memórias que desejaria que não existissem. Estava absorto demais em seus pensamentos quando finalmente percebeu que não estava sozinho no corredor.

-Kate! – sussurrou Christopher, ao ver que era a irmã. – O que você faz a esta hora, sozinha fora do seu dormitório?

Kate pôs as mãos na cintura.

-Pergunto o mesmo! – disse teimosamente.

-Eu tenho minhas razões... – falou Christopher, porém Kate o interrompeu.

-...E eu também!

Falando isso, passou por Christopher e caminhou em direção a gárgula que abria para o escritório de Dumbledore.

Christopher pode ouvir passos de salto vindo de longe, que se aproximavam cada vez mais. Pode ouvir também aquela risada e aquela vozinha irritante aguda, que pertencia a apenas uma pessoa.

-Umbridge! – sussurrou, e puxou Kate para trás de uma coluna.

Kate ficou surpresa e aliviada, pois não tinha ouvido. Alguns segundos depois,
eles puderam ver sombras se aproximando.

-Por isso que às vezes eu desejaria ter audição de vampiro... – sussurrou Kate sarcasticamente.

Christopher rolou os olhos, e teve que segurar uma risada.

Umbridge vinha acompanhada de Argus Filch, e Madame Nor-r-ra ao seu pé.

-...Hem, hem. Ultimamente, Sr. Filch, eu tenho percebido que certos alunos andam saindo do dormitório em horários proibidos. – disse Umbridge. – Gostaria que você começasse a reforçar a guarda, e se for necessário, reforçar o castigo também.

Os olhos de Filch pareciam brilhar de adoração.

-Sim, senhora! – disse, sorridente – Farei de tudo para poder disciplinar essas pest... Alunos. Tudo para o bem deles, claro!

Umbridge sorriu e passaram pela a coluna onde Christopher e Kate estavam escondidos, sem perceber que havia dois alunos infringindo a regra. Assim que já estavam longe o bastante, os dois saíram do esconderijo da onde estavam.

Kate xingou Umbridge de algo que fez Christopher a repreender.

-Ah, vai me dizer que você não concorda comigo? – disse Kate.

Kate dirigiu-se novamente ao escritório de Dumbledore.

-Posso saber o que você quer com ele? – perguntou Christopher.

-Posso saber o que você estava fazendo aqui? – perguntou Kate.

Christopher suspirou e sem responder, segurou Kate pelo pulso e começou a
puxá-la para a direção contrária do escritório do diretor.

-Onde você está me levando? – disse Kate, tentando desvencilhar-se.

-Ao seu dormitório. – disse Christopher, tento dificuldade nenhuma para segurar
ela. – Já passou da hora, e você devia estar em seu Salão Comunal, não
andando por ai.

-Eeeeei, me larga! - disse Kate, tentando fazer uma tentativa inútil de se soltar.

-Faça silêncio ou senão Umbridge irá nos ouvir! – sussurrou Christopher.

– Eu não sou uma criancinha e ainda por cima, o que eu tenho para dizer é importante! – falou Kate em voz baixa. Christopher parou de puxá-la. – É sobre
Voldemort.

Christopher ouviu novamente o barulho de passos, dessa vez mais apressados, e parecia ser de várias pessoas. Não pareciam ter medo de que alguém pudessem os ouvir – deveriam ser professores.

Christopher lançou um olhar significativo para Kate, que rolou os olhos. Os dois voltaram a se esconder e conseguiram ver Minerva McGonagall com um grupo
de alunos. Entre eles, puderam identificar Gina, Ron, Fred, George e... Harry.
Kate tentou se levantar, porém Christopher a puxou de volta para baixo.

-Alguma coisa aconteceu com Arthur... – sussurrou Christopher – Isso é um assunto para os Weasleys, e não para você.

-Então porque Harry está ali? – perguntou Kate, preocupada.

-Ele viu um ataque de Voldemort. – sussurrou Christopher, e depois pôs os dedos nos lábios, como se pedisse silêncio.

Christopher olhou para Minerva; estava pálida, as pupilas dilatadas, os lábios crispados e com a expressão de choque e medo. Fred, George e Gina pareciam perdidos, não pareciam ter idéia do que estava acontecendo ali. Ron estava com uma expressão similar à McGonagall, enquanto Harry parecia estar péssimo, com a respiração ofegante e tremendo. Quando entraram no escritório de Dumbledore, Christopher e Kate levantaram e Christopher colocou a mão
no ombro dela.

-Vamos, você devia ir para o seu dormitório. – disse Christopher. Ficou surpreso quando viu que Kate não tentou relutar.



~~*~~


Lilly se jogou na cama assim que Molly havia liberado todos de ficarem desinfetando a casa daquelas fadinhas idiotas que haviam rasgado a manga do seu casaco novo. Olhou para o dano que elas tinham feito e conteve um
suspiro.

-Dá para consertar, sabia? – disse Hermione, e pegou uma agulha e linha e começou a costurar.

-Não sou muito boa com técnicas trouxas. – disse Lilly, sorrindo. – Obrigado, Hermione.

Hermione sorriu, e um tempo depois, estava pronto.

-Acho que Molly daqui a pouco irá ficar sem nenhuma tarefa para nós, do jeito que parece que a casa já está ficando arrumada... – disse Hermione, devolvendo o casaco para Lilly.

Harry e Ron entraram dentro do quarto, e sentaram num sofá que tinha ao lado de uma pequena lareira.

-Mamãe está toda doida lá na cozinha, nem queiram descer. – disse Ron, e agradeceu pela porta estar fechada. – Papai vai chegar hoje do hospital, então ela está fazendo uma festança, mas parece que Tonks quis vir para poder ajudar a cozinhar, e não está dando tão certo...

Lilly e Hermione riram.

-Ainda bem que ele já está melhor. – disse Hermione – Sua mãe ficaria brava se Arthur não viesse para passar o Natal com a família.

Ron concordou, sorrindo.

-Teremos uma casa cheia, não? – disse – Acho que Olho-Tonto-Moody e Lupin vêem no jantar do Natal, além de Tonks, Kate e Christopher...

Lilly levantou-se abruptamente da cama, surpresa.

-Oi?! – exclamou – Quem você disse que vinha?

-Olho-Tonto-Moody, Lupin, Tonks, Kate e Christopher. – repetiu Ron, estranhando a reação dela. – Porquê?

Lilly estava preste a falar mal de Kate, mas percebeu que Harry estava ali.
Refreou bem na hora, e tentou pensar em uma desculpa qualquer, mas nada parecia vir em sua mente.

-Ahm, nada de mais... – disse Lilly.

-Não entendi direito porque Dumbledore a deixou vir. – disse Hermione – É meio estranho, não acham? Digo... Antes não havia deixado por achar que Você-Sabe-Quem poderia ler a mente dela... Porque será que ele andou mudando de idéia?

-Talvez Você-Sabe-Quem não esteja interessado na mente dela... – disse Lilly, e depois olhou para Harry – E sim na mente de outra pessoa.

Harry não percebeu seu olhar.

Fred e George apareceram no quarto, e os dois falaram na mesma hora:

-Sua namoradinha chegou, Potter! – disseram, em tom irônico.

Harry rolou os olhos, e Ron e Hermione riram. Lilly continuou séria, não gostando nada do fato que Kate estava ali. Ainda por cima, Christopher vinha junto como um bônus!

Que maravilha!” pensou sarcasticamente. “Estou com uma sensação que este feriado será perfeito... Só espero que nada de esquisito
aconteça...


Eles desceram, e viram Kate e Christopher na sala, com os casacos cobertos com a neve que nevava lá fora. Molly os cumprimentou, abraçando os dois. Ela pareceu notar na estranha temperatura de Christopher.

-Você está bem? – disse Molly – Está gelado!

Kate e Lilly tiveram que segurar uma risada.

-É apenas o tempo, Sra. Weasley. – disse Christopher educadamente.

Eles ouviram um barulho de algo caindo no chão e quebrando, e apenas a cabeça de Tonks apareceu pela porta.

-Eu tenho tudo sobre controle, não se preocupem! – disse Tonks, com uma risadinha nervosa.

Molly rolou os olhos e foi em direção a cozinha, e encontrou a travessa de arroz caída no chão, quebrada. Sirius riu e saiu de lá, com medo que Molly fosse
descontar na primeira pessoa que visse.

-Ah, Kate, é um prazer conhecê-la! – disse Sirius, cumprimentando-a.

-Igualmente. – disse a garota, sorrindo.

Harry observou a expressão de Kate. Ela estava sorrindo, mas parecia de uma certa maneira, meio falso. Seus olhos estavam um pouco avermelhados e o rosto meio inchado, como se estivesse chorando, e Christopher lançava toda hora um olhar preocupado para ela.

Molly voltou, com o casaco e o cachecol em volta do pescoço.

-Estou indo para o St. Mungus, e encontrarei Bill e Charlie lá. Voltaremos em menos de uma hora, está bem?

Molly despediu-se de todos e saiu porta fora. Sirius pediu para que as crianças
mostrassem os quartos onde eles ficariam enquanto ia até a cozinha ajudar Tonks a arrumar a bagunça. Christopher ficou no quarto junto a Fred e George enquanto Kate dividiria o quarto junto com Hermione e Lilly.

Nem Lilly nem Kate pareciam estar felizes com aquilo.

















***


N/A: Desculpem-me se o francês está errado... Faz tempo que eu aprendi e eu não sei se está certo :P

Traduçãozinha básica:
S’îll te plaît... Je suis desolée, ne s'agit pas de ma faute... Pardonnez-moi! = Por favor... Desculpe-me, não foi minha culpa... Perdoe-me!

Au revoir, Juillet! Qui l'a envoyé dire au Ministère? = Adeus, Juillet! Quem mandou contar ao Ministério?

:)

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