Encontros e Desencontros




Capitulo 5:
Encontros e Desencontros



W.
Porque você não me responde mais? Esta é a quarta carta que eu mando e você ainda não me respondeu. Aconteceu algo? Já estou começando a imaginar coisas terríveis. Por favor, responda-me o mais rápido que puder.

Ps: Como está J.? Diga para ele que eu disse oi.

K.



Kate suspirou e entregou a carta para uma coruja marrom de Hogwarts. Observou ela sair do corujal e sobrevoar o castelo, até ela sumir de vista. Ela ouviu passos vindo da escada e se virou abruptamente.

-Oh, oi Harry. – disse ela, sorrindo ao ver o garoto aparecendo.

Harry sorriu e se aproximou de Kate, a beijando nos lábios. Só então percebeu que ela estava tensa.

-Kate, você está bem? – perguntou.

-Sim, não é nada demais. – disser ela, um pouco rápido de mais. Harry ergueu uma sobrancelha. Ela não havia prometido sem segredos? – Estava só mandando uma carta para Fleur. E você?

-Sirius. – disse, em voz baixa, com medo que uns dois garotos do terceiro ano que estavam ali pudessem ouvir.

Ele entregou a carta para uma coruja – para a insatisfação de Hedwig - e a observou sair pela janela. Ela voltou sua atenção para Kate. Ela ficou quieta, e os dois saíram do corujal para voltar para o castelo.

-Você realmente deveria ter ficado quieto quando eu pedi. – finalmente disse Kate. – Com Umbridge.

-Mas ela estava errada! – justificou Harry.

-Harry, ela é do ministério. Ela trabalha para Fudge. Fudge, Harry, o Ministro que quer acabar com qualquer um que seja aliado à Dumbledore e que acredite nele. Se você continuar se impondo contra ela desse jeito, ela transformará sua vida num inferno e irá achar um jeito de te expulsar.

-Já me disseram isso.

-Que bom! – disse Kate. – Porque ignora, então?

Harry não respondeu. Ficou em silêncio, olhando para o chão.

-Você poderia me responder, por favor? – ela não recebeu resposta. – Merlin, parece que estou falando com uma criança.

Harry riu e colocou a mão no ombro de Kate, a abraçando.

-Você tentará se comportar? – perguntou Kate. – Amanhã você tem detenção com Umbridge, no dia que a gente fazeria o dever de casa juntos, se lembra?

-Lembro, mas eu acho que não tem tanta diferença porque a gente não acabaria fazendo o dever de casa mesmo. – Kate deu um tapa fraco no braço dele. – Está bem, eu me comporto.

Kate sorriu e o beijou no rosto.


~~*~~


-A não, agora eles foram longe demais! - disse Hermione, por cima de seu livro de aritmancia, olhando para os gêmeos Weasley – Vamos, Ron, nos temos que mandar os dois pararem com essas babaquices das Gemialidades
Weasley.

Ron olhou para os irmãos, para Hermione e depois para seu distintivo de monitor. Obviamente, ele não teria coragem de mandar os gêmeos ficarem quietinhos. Como isso algum dia aconteceria.

-Er... Desculpe, Hermione, mas eu estou ocupado com...Er... Dever de casa. – ele pegou o livro de poções na mochila e começou a responder as perguntas no caderno.

-Você realmente acha, Hermione, que é só você mandar Fred e George pararem que eles param? – perguntou Lilly, cínica.

-Mas dessa vez eles passaram dos limites! – disse Hermione, apontado para eles. – Eles estão testando os Kits Mata-Aula em alunos do primeiro ano!

George, ouvindo Hermione reclamando, fingiu uma cara de ofendido e apontou para o grupo de “cobaias”.

-Hei! A gente está pagando eles, sabia? – disse George.

Hermione rolou os olhos e voltou a se sentar na cadeira, irritada.


~*~


Após uma discussão entre Hermione, Fred e George, Harry saiu do Salão Comunal da Grifinória e se dirigiu para a detenção com Umbridge.

Ele andava devagar, tardando seu encontro com Umbridge; ele odiava aquela mulher com todas as suas forças e estava imaginando quem ele odiava mais; Umbridge ou Snape. Fazendo os prós e os contras na sua cabeça, ele teve de considerar um empate.

-Ei, Harry! – disse alguém atrás dele. Ele se virou e se deparou com Angelina. – Preciso falar com você.

-Oi Angelina. O que houve?

-Como sou a nova capitã, eu marquei treino domingo. Por favor, não arrume detenção para esse dia, está bem?

-Ok. – disse Harry, rolando os olhos. Estava todo mundo achando que ele passaria o resto do ano letivo em detenção?

-E estaremos fazendo teste de goleiro, já que Wood saiu... – disse Angelina, suspirando. – Te vejo domingo, Potter. NÃO entre em detenção.

Angelina deu meia volta e virou o corredor. Harry viu um dos gêmeos, Fred ou George – era difícil diferenciar –, indo atrás dela. Por um momento passou em sua cabeça que não tinha nada a ver com quadribol, mas distraiu-se
rapidamente.

Enquanto estava completamente desatento, quando viu uma pessoa passar por ele, parecendo apressada. Ele olhou para trás e viu Kate, praticamente correndo. Ele estranhou, mas continuou indo em direção do escritório de Umbridge.


~*~


Com o barulho crescente do Salão Comunal, Lilly enfiou os livros na mochila e se dirigiu para a biblioteca. Estava impossível fazer o dever de casa naquele barulho todo. Ela viu Kate no pátio, conversando com alguém, mas ignorou.
Continuou andando até a biblioteca, cantarolando uma música das Wierd Sisters. Ela passou por uns grupos de alunos com o Profeta Diário nas mãos, e ficou atenta quando ouviu o nome de Sirius.

-...E o Ministério da Magia avisou que ele fora visto em Londres, mas já faz dois anos que ninguém viu ele...

Alarmada, ela fez uma anotação mental para contar isso para Harry, Ron e Hermione. Chegando ao final do corredor, ela se virou e chegou às portas da biblioteca. Um garoto estranhamente familiar estava recostado na parede, lendo um pergaminho.

Ele tinha rosto quadrado, cabelos espetados e olhos amendoados castanhos. Não havia mudado nada desde a ultima vez que Lilly o vira, no começo do ano passado.

-Michael? – perguntou ela, insegura.

O garoto virou o rosto quando ouviu ela, e sorriu. Ele guardou o pergaminho da
mochila e se aproximou dela, e os dois se abraçaram. Era apenas algo da sua mente ou ele estava mais pálido do que o usual?

-Lilly! – disse ele, ainda sorrindo. Meu deus, como ela esquecera que ele era
lindo. – Não sabia que você havia parado em Hogwarts. Eu achei que você poderia estar em Durmstrang ou naquela escola de magia no Canadá...

Ela riu, e se esqueceu completamente porque viria até a biblioteca, e esqueceu do dever de casa. Ela o havia encontrado pela primeira vez num acampamento
com seus antigos amigos de Beauxbattons. Michael havia acabado de entrar na escola francesa, e eles ficaram amigos lá. Porém, Lilly sempre gostara dele um
pouco a mais...

-Bom, eu recebi uma carta de Durmstrang também, mas resolvi que Hogwarts era bem melhor. – disse Lilly - E você, porque abandonou Beauxbattons?

-Hum, estava me irritando com aquela escola. Um monte de gente esnobe e irritante. – Michael imitou uma garota metida - Droga! Quebrei minha unha de novo!

Ele sorriu de novo, e passou a mão no cabelo, e depois olhou em volta.

-Então... Que casa você está? – perguntou ele.

-Grifinória. E você?

-Corvinal. Que pena que estamos separados. – disse ele, fingindo uma cara de sofredor, fazendo Lilly rir.

Os dois começaram a conversar, e foram andando pelos corredores, e pararam num corredor em frente à entrada para o Salão Comunal da Corvinal. Era tão bom reencontrá-lo. Lilly poderia tê-lo conhecido durante apenas um ano, mas parecia que o conhecia há milênios.

Lilly notou que os dois estavam próximos, inclinados. Eles se conheciam há um tempo, e eram bons amigos... Talvez até mais do que isso... Porque não se arriscar e se aproximar alguns centímetros dele?

Tomando coragem, ela se aproximou mais, fechando os olhos e respirando lentamente, até que...

-Christopher – disse Michael.

Hm... Meu nome é Lilly” – pensou ela, ironicamente.

Ela arriscou abrir os olhos; Michael não estava inclinado. Ele estava olhando para alguém atrás de Lilly, e parecia surpreso e ao mesmo tempo frustrado.

-Michael. – disse Christopher, com os punhos cerrados, e acrescentou, secamente – O que você estaria fazendo aqui?

-Eu me mudei. – Michael sorriu maliciosamente. – Faz tempo, não é mesmo?

Lilly não estava entendendo nada. Michael parecia satisfeito ao ver Christopher praticamente tremendo de tanta raiva. O que será que havia acontecido?

Christopher se acalmou, e lançando um olhar frio a Michael, saiu. Lilly continuava olhando do lugar onde Christopher estava a Michael. Uma coisa estranha estava acontecendo, e dotada pela curiosidade, Lilly descobriria de qualquer jeito o que acabara de acontecer.


~*~


Michael havia voltado para o Salão Comunal da Corvinal, e Lilly havia se lembrado do dever de casa. Já estava ficando tarde, e Madame Pince não a deixaria entrar na biblioteca naquela hora. Ela caminhou em direção a Torre da Grifinória, e viu Harry no caminho.

-Harry! – chamou Lilly, e ele virou para trás. – Como foi a detenção com Umbridge?

Ela o viu esconder rapidamente as mãos dentro dos bolsos. Desconfiada, ela o encarou.

-Chata. – disse Harry. – Ela só me obrigou a escrever...

-Harry, o que você tem na sua mão? – interrompeu ela.

-Não é nada.

-Harry, me mostre o que é! – sem esperar respostas vindo dele, Lilly puxou sua mão e viu cortes nas costas da mão dele. – Harry, isso é tortura! Você devia relatar isso a Dumbledore...

-Não é preciso. E não irei dar Umbridge o gosto da satisfação. – disse ele, retornando a caminhar em direção a Torre da Grifinória.

Lilly já ia começar um discurso com ele, mas os dois ouviram passos. Já era tarde, e se fosse Filch, eles provavelmente levariam bronca.

Eles se esconderam atrás de uma pilastra e esperaram que seja quem fosse passasse.

Lilly viu duas pessoas passando. Um garoto e uma garota, provavelmente um casal de namorados. Aliviada por não ser Filch, ela já ia saindo de trás da pilastra quando reconheceu as duas pessoas. Uma delas era Brian, um dos melhores amigos de Christopher. A outra fez Lilly sentir profundo desgosto e ódio.

Kate.

Os dois estavam andando próximos, e Lilly viu que estavam de mãos dadas. Com uma careta de nojo, ela viu os dois se beijarem. Eles se recostaram na parede, abraçados.

-Você devia parar com isso. – disse Brian à Kate – Imagina se descobrem que você não é...

-Nunca iram descobrir, Brian. – interrompeu Kate, sorrindo. – Mas agora vamos, eu acho que aquele cara que fica rondando os corredores está vindo.

Os dois saíram, deixando Lilly praticamente petrificada no local. Como Kate poderia estar traindo um dos seus melhores amigos? Alguma coisa estava errada, e todo respeito que ela tinha pela Kate evaporou. Harry continuava recostado na pilastra, e não tinha visto nada. Estava com uma expressão de tédio no rosto, e quando os passos sumiram, os dois saíram do esconderijo.

-Viu, não era Filch! E sim um casal de namorados, nada demais. – disse ele.

- Você viu quem era o casal, por acaso? – perguntou ela, de olhos arregalados.

-Não. Porque?

Ela olhou para o chão. Se contasse, tinha certeza que Harry não acreditaria nela e provavelmente iria brigar com ela. Se ela não contasse, Harry viveria naquele relacionamento de mentiras, nem sabendo que Kate estava o traindo...

Testando os prós e contras, Lilly resolveu que não diria nada. Esperaria um pouco, até ter provas, ai sim ela contaria para Harry.

-Hum... Nada de mais. – disse Lilly, fingindo um sorriso.



~~*~~


-Hem, hem, tão bobo por minha parte, mas parece que você está questionando minha autoridade na minha própria sala de aula, Minerva!

Harry, Lilly, Ron e Hermione estavam conversando sobre os kits mata aula de Fred e George quando viram um alvoroço no Saguão de Entrada. Eles viram Minerva e Umbridge, as duas discutindo intensamente.

-Não estou, Dolores. – disse Minerva, friamente. – E sim seus métodos medievais!

-Me desculpe, querida, mas questionar meus métodos é questionar o Ministério! E pelo Ministério, Cornelius Fudge! – disse Umbridge, agora perdendo sua voz afeminada – A única coisa que não irei tolerar é deslealdade.

Minerva ficou quieta, e seus lábios crisparam. Ela encarou Umbridge com
profundo desgosto e deu um passo para trás.

-As coisas em Hogwarts estão pior do que eu esperava. – disse Umbridge, se dirigindo a multidão de alunos. – Cornelius irá tomar uma ação imediata.

Dito e feito; na semana seguinte, em todas os Salões Comunais havia um aviso enorme, cobrindo as datas para Hogsmeade e as inscrições para Quadribol. Hermione se espremeu entre os alunos grifinórios que estavam lendo o aviso, e seu queixo caiu.



Por ordens do Ministério da Magia, Dolores Jane Umbridge é nomeada como a Alta Inquisidora da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

























**

Um... Tenho um aviso para dar.
Eu terei que trancar a fic por um curto tempo. Eu preciso completar o quinto ano inteiro primeiro, e assim que o fizer, eu destrancarei a fic.

sorry =/

vou tentar não demorar tanto. as únicas coisas que me atrasam são preguiça, falta de criatividade e dever de casa/prova. ¬¬'


beijos e até daqui a pouco (eu espero :X )
K.

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